• Nenhum resultado encontrado

[...] a descoberta da fome que fiz na infância, nos alagados de Recife onde convivi com os afogados deste mar de miséria [...] (Josué de

Castro. Homens e caranguejos)

[...] sinto imensa alegria em ver as pessoas

saírem daqui satisfeito e sentindo bem-estar.

(Djarlan, instrutor voluntário de surf)

Uma das características marcantes do cenário brasileiro é sua enorme desigualdade social e econômica, presente, inclusive, entre as regiões geográficas do país. Isto está explicitado nas obras do renomado economista Celso Furtado. Este pensador entendia ter o Brasil se modernizado em torno de seu parque industrial, mas destacava que isto fora feito com a maioria do nosso povo na miséria ou sem acesso as mínimas oportunidades. No seu discurso na sede do Banco do Nordeste no ano de 2000, quando propõe a recriação da SUDENE5 diz: “A política econômica praticada tradicionalmente em nosso país criou uma sociedade com graves distorções e sujeita a crises intermitentes de balança de pagamentos externos.” (FURTADO, 2000, p.210).

Apesar de o Brasil ter sua economia consolidada entre as maiores do mundo, ou seja, o seu inegável crescimento econômico, particularmente entre 1930 e 1950. O forte salto para a industrialização não ocorreu, de forma paralela com o desenvolvimento sociopolítico e isto se torna um entrave para consolidação dos direitos sociais constitucionais agravados durante o período de1964 até o início da consolidação da abertura política em meados da década de 1980.

Na década de 1980, em todo o território brasileiro começam movimentos pró eleições diretas. O contexto em que este desejo se estabelece está delimitado por uma economia debilitada, desgaste do governo militarista e, sobretudo, a crescente desigualdade social e econômica gerada por um modelo político e econômico fortemente centralizador e controlado pelo Estado. Em síntese, o Estado apresenta um quadro de instabilidade.

5

SUDENE – Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste. É um órgão autárquico recriado em três de janeiro de dois mil e sete, por lei complementar, com sede em Recife que abarca os noves estados do nordeste, extremo norte de MG, Vale do Jequitinhonha e norte do ES. Sua missão é promover o desenvolvimento includente e sustentável e a integração competitiva de sua área de atuação na economia nacional.

41

Para Sampaio (2008), o que de decisivo ocorreu nos anos 1980, precedente à Constituição, foi justamente a inviabilização da construção de um projeto nacional na periferia do sistema.

As imagens midiáticas apontam para inúmeras manifestações de rua e as greves se tornam rotineiras nos períodos de negociações. Uma grande parcela da classe média se manifesta em prol de mudanças e término do que ficou conhecido como “anos de chumbo”. Milhares de pessoas, liderados por líderes estudantis, sindicalistas, artistas e políticos progressistas, tais como: Tancredo Neves, Franco Montoro, Orestes Quércia, Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas, Petrônio Portella, Ulysses Guimarães, e por alguns resistentes movimentos populares, como a Pastoral da Terra, reforçam os slogan das Diretas

Já, projeto de 1983 do então deputado estadual do PMDB Dante de Oliveira.

Dentro do movimento sindical destacam-se as lideranças de Luis Inácio Lula da Silva (CUT) e Joaquinzão (CGT). Posteriormente, Lula será um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) e Mário Covas do Partido Social Democrático Brasileiro (PSDB) uma dissidência do PMDB. O projeto requeria mudança no texto constitucional para que se realizassem as eleições diretas para Presidente da República. Esta emenda que, dentro de um Congresso Conservador, passou despercebida foi encampada por grande parte dos movimentos políticos e congregou uma enorme força social passando a ser conhecido como Movimento pelas Diretas Já.

Apesar de derrotado, em abril de 1984, um comício no Rio de Janeiro, em frente à Candelária contou com mais de um milhão de participantes. Posteriormente foi superado por outro comício em frente à Praça da Sé, em São Paulo, com a participação de um milhão e quinhentas mil pessoas. Como um fato raro na história do Brasil, a sociedade vai às ruas e abre alas para a construção de uma nova relação entre sociedade e Estado, culminando com a formação da Assembléia Constituinte instalada em 1986.

Sob a batuta do deputado Ulysses Guimarães – PMDB - a Constituinte se estruturou, majoritariamente, com uma composição conservadora (dos deputados e senadores constituintes, 306 pertenciam ao PMDB, 201 aos partidos conservadores, liderados pela União Democrática Ruralista – UDR - e apenas 50 aos partidos de esquerda). Mesmo assim, o texto final propiciou a sociedade muito mais condições de transformação do que a permanência no status quo vigente. Isto foi mais fruto das articulações dos movimentos populares, dos movimentos sociais organizados e no dizer de Ulysses Guimarães: “... a

Constituição traz em seu bojo o sopro de gente, de rua, de praça, de favela, de fábrica, de trabalhadores” (Pilatti, 2011).

Plínio de Arruda Sampaio (op. cit.) também rememora este rico momento político:

“A Constituição não começou com um texto pronto – Ela começou com 24 comissões temáticas que deviam chamar as pessoas do povo, ouvi-las e acolher as emendas populares. Nesse momento aconteceu algo inédito, decisivo: o povo acreditou e foi para o Congresso. Tínhamos uma média de 30 mil pessoas por dia. Os corredores foram inundados, assim como os gabinetes dos deputados. Topávamos com delegações a todo o momento. Foi à primeira vez, por exemplo, que as prostitutas fizeram uma delegação para exigir seus direitos. Foi a primeira vez que os gays foram à constituinte para exigir os seus direitos também. Todos foram; inclusive ministros do Supremo Tribunal Federal. A diferença é que os ministros do Supremo não iam para o Plenário, mas sim para o gabinete do Ulysses Guimarães. Foram também generais, carteiros, marinheiros e outros.”

Quando promulgada em 1988, a Constituição Federal Brasileira ficou conhecida como uma Constituição Cidadã. Hermany (2007, p.91) reforça este entendimento, pois segundo ele, a Constituição de 1988 ao consagrar a ideia de Estado Democrático de Direito como princípio fundamental, serve para compatibilizar Estado e Sociedade e consolida uma ordem jurídica de integração social. Ou seja, não é apenas o Estado o construtor de direitos, mas a sociedade por meio da sociedade civil organizada é co-participe.

Silva (2010) aponta este caráter cidadão da Constituição nas garantias que são dadas aos cidadãos em forma de direitos de natureza social e civil. Estas garantias se espalham ao longo de vários artigos e em vários Títulos diferentes. Pode-se citar como referência, o Título II - dos Direitos e Garantias Individuais e com destaque para o capítulo I e II (art.5º a art.11), Título VIII - Da Ordem Social, com destaque pela novidade da inclusão do capítulo VI – Do

Meio Ambiente (art.225). Este assunto é tratado sob a ótica do direito difuso ou coletivo que

envolve o conceito de Bem Comum. A legislação ambiental começou a ser implantada no Brasil a partir de 1981 com a lei nº 6938 - Política nacional do Meio Ambiente. Ela vai regulamentar e instruir o planejamento, a gestão ambiental e a fiscalização. Atualmente, há toda uma legislação sobre o crime ambiental, inclusive, em relação aos resíduos sólidos. Outro aspecto que não pode deixar de ser citado é a preocupação durante toda a Constituinte com a retomada do desenvolvimento social e econômico, este último, apresentava a época um forte quadro inflacionário e de recessão. No entanto, no conceito de desenvolvimento estará circunscrito a questão da sustentabilidade.

Apesar das tentativas de reformas que a constituição vem sofrendo ao longo de mais de vinte anos, como se pode observar em mais de 60 emendas entre o período de 1992 até 2008, ela continua a ser o marco que caracteriza o processo de democratização, ao resguardar a participação popular, facilitar o acesso à justiça, incluir o meio ambiente como bem de

43

todos. Também merece destaque por inovar ao trazer dentro do Título VII – Da Ordem

Econômica e Financeira, o capítulo II, voltado para a política urbana, que mais tarde

consolidará o Estatuto das Cidades.

Sendo o texto constitucional, o espelho de todo o ordenamento jurídico, torna-se importante frisar o papel progressista da Constituição, inclusive, por ampliar o conceito de cidadania para além de um universo restrito a política, e avançar na efetivação dos direitos enquanto garantias civis e sociais. Assim, a primazia no papel democrático da Carta Magna de 1988 foi garantir a inclusão social de milhares de brasileiros que ainda vivem a margem do Estado de Direito e da Justiça, em um quadro de miséria cultural, material e imaterial.

Neste sentido, o Título VII, da Ordem Econômica e Financeira, em seu Capítulo I e artigo 170, apontam diretrizes importantes para resguardar um maior equilíbrio entre os interesses econômicos do Estado e privados e os dos cidadãos, como, por exemplo, a existência digna. Como grande marco deste cuidado, surge em 1990, o Código de Proteção e Defesa do Consumidor, Lei nº. 8.078, nos termos dos artigos 5º, XXXII, 170, VII e artigo 48 de suas disposições transitórias. Torna-se relevante frisar esta lei, porque ela respalda em conjunto com a lei ambiental o conceito de coletividade. Essa orientação para o coletivo é importante para a consolidação dos direitos, inclusive os individuais, já que reforçam a ação do indivíduo dentro da esfera social.

O Estado brasileiro, ou seja, a sociedade brasileira, precisa nas diversas práticas cotidianas fortalecer o que hoje se constitui o Estado justo, construído no respeito às leis. A Constituição ao propor estruturas de funcionamento para o Estado e ao garantir as diversas manifestações de liberdade social e individual, revigorou o conceito de cidadania, pois esta só tem sentido quando permite ao indivíduo delinear seu projeto de vida sem, no entanto, desvincular-se de seus deveres enquanto ser social, inserido constantemente nos problemas rotineiros de sua comunidade.

Nesse contexto, todas as ações públicas afetam direta ou indiretamente a forma de como indivíduo vai ser co-atuante nas administrações públicas e co-atuantes na gestão dos interesses que lhe afetam. No dizer de Hermany (2007, p.151), “a importância do Estado deve-se especialmente em função do papel dos princípios constitucionais como referenciais mínimos capazes de confrontar a atuação da sociedade na perspectiva dialética de atribuição de sujeito ativo no processo de decisões públicas”.

Isto implica que todos os espaços para a formação dos atores sociais e seu agir são bem-vindos. Não se trata mais de pensar ou esperar por um Estado paternalista, mas aquele

que garante condições reais e profícuas para o desenvolvimento não só do indivíduo, mas de uma coletividade participativa e que implica na expressão dos conceitos de autonomia, dignidade e solidariedade num cotidiano menos violento, mais tolerante e respeito para o que representa o público.

É dentro deste contexto que a Constituição no Título VIII - Da Ordem Social inclui o

Desporto em seu Capítulo III, na sua seção III, art.217. Esta normatização foi fruto de um

esforço histórico. Diversos profissionais relacionadas ao esporte e à educação física durante os finais da década de 70 e dos anos 80 buscaram romper com o paradigma do esporte competitivo e voltado para as questões de segurança nacional que norteavam a política desportiva brasileira desde o Estado Novo.

Entre as entidades que lutavam contra um pensamento hegemônico esportivo se destacaram a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED), fundada em 1976, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), uma das mais antigas entidades científicas do Brasil, em atuação desde 1948 e, o Centro de Estudos Educação e Sociedade (CEDES), criado em março de 1979, na cidade de Campinas – SP.

Na área específica da Educação Física, foi criado em 1978, o Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE), que representava nesta época um dos mais importantes centros científicos para pesquisadores e acadêmicos de Educação Física e áreas afins tanto biológicas como sociais. Sua sede situada dentro de São Caetano, em São Paulo, convivia com as fortes discussões sobre os rumos do país, o que acabou possibilitando uma participação política e mais crítica de seus membros.

Entre as lideranças críticas para se repensar o modelo desportivo e a educação física orientados para as questões culturais e para o problema da inclusão social, pode-se citar: Apolônio do Carmo (1982), João Paulo Medina (1983), Vitor Marinho de Oliveira (1983 e 1985), Vera Lúcia Costa (1989), Valter Bracht dos filósofos Manuel Sérgio (Portugal) e Silvino Santin (1987). No nordeste vozes se fizeram ouvir nas figuras de Lino Castellani Filho (1983 e 1988), Celi Nelza Zülke Taffarel (1993), Scobar (1993) e Lamartine Costa. Na época, entre os profissionais e acadêmicos ligados ao esporte de rendimento, esta crise foi personificada na figura do renomado professor Dr. Manuel Gomes Tubino (1986) em seus vários debates com outros profissionais, particularmente, com o filósofo Manuel Sérgio; alguns desses debates a pesquisadora teve a oportunidade de presenciar.

Esta crise de identidade dentro da Educação Física gerou: inúmeras publicações, revisões dos currículos acadêmicos com a inclusão de várias disciplinas relacionadas às

45

ciências sociais contrabalanceando as tendências biologista da abordagem corporal; buscas de novas teorias e práticas para a educação física e esporte; e o aumento da abordagem interdisciplinar para se compreender os determinantes sociais, políticos e econômicos que marcavam a maneira de se pensar a corporeidade de forma interdisciplinar o que garantiu uma maior democratização dos debates.

Como conseqüência deste processo, os esportes, a educação física escolar e a social vão ter seus representantes dentro do Comitê de Esporte durante a Constituinte. O resultado final também seguiu orientações de outras constituições: Portuguesa, Espanhola, Uruguaia e Peruana por já trazerem o esporte em seus textos, como meio de integração e educação social. No final, o Esporte e o Lazer ficaram incluídos dentro do Título da Ordem Social no Capítulo III, seção III, artigo 217 com o caput:

Art.217 – É dever de o Estado fomentar práticas desportivas formais e não formais

como direito de cada um, observados:

I. Autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações quanto a sua organização e funcionamento;

II. A destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, para o desporto de alto rendimento;

III. O tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não profissional

IV. A proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional.

Vários desdobramentos de ordem estrutural e hierárquica podem ser observados após a promulgação da constituinte. Um dos mais relevantes, apesar de polêmico à época foi à criação do ministério do esporte em 1999 com o intuito de planejar e fomentar de forma adequada aquilo que a Constituição garantiu como um direito social.

O Ministério do Esporte é responsável por construir uma Política Nacional de Esporte. Além de desenvolver o esporte de alto rendimento, o Ministério trabalha ações de inclusão social por meio do esporte, garantindo à população brasileira o acesso gratuito à prática esportiva, qualidade de vida e desenvolvimento humano. (MINISTÉRIO DOS ESPORTES, 2010)

Outro desdobramento foi o deslocamento da competência para legislar sobre o desporto que deixou de ser exclusiva da União, passando de acordo com o inciso IX do artigo 24 a ser concorrentes da União, Estados e Distrito Federal.

E o último desdobramento a ser destacado é a garantia pela Constituição da descentralização das verbas e dos programas desportivos favorecendo uma maior participação popular.

Na prática o projeto desenhado para o Capítulo III seria o reconhecimento do esporte e lazer como um bem, e estes junto às outras políticas sociais promoveriam a inclusão social, principalmente dos segmentos marginalizados, ao propiciar um espaço educativo informal, porém possuidor de um conjunto de regras e valores.

Numa definição bastante ampla, pode-se definir o “esporte contemporâneo” como um fenômeno sociocultural cuja prática é considerada direito de todos e contribui, por meio dos jogos, para um convívio humano mais solidário, além de ser um espaço para a criatividade e a expressão da corporeidade. Este conceito justifica ele ter sido tipificado no artigo 6º do capítulo II dos Direitos Sociais e no parágrafo 3º do artigo 217, seção III do Capítulo III, nos seguintes termos:

§ O poder público incentivará o lazer, como forma de promoção social.

Um marco importante para o esporte brasileiro na década de 90 foi a criação da Agenda 21 do Movimento Olímpico, surgido a partir da ECO-92. A agenda fortaleceu a perspectiva social da educação física e do esporte. As diretrizes desta Agenda estão sedimentadas nos princípios da sustentabilidade e estes vão direcionar as metas das Confederações Desportivas em todo o mundo, incluindo o Brasil.

Neste período histórico, no campo antropológico social Elenor Kunz (1994) - com sua obra Transformação Didático-Pedagógica do Esporte - e entre os antropólogos brasileiros Jocimar Daólio apud Betti (1995), reforçam a concepção do corpo como uma construção social, portanto, rica em signos e simbologia. Para eles as atividades corporais são vistas como expressão, nos quais fazem parte o jogo, o esporte, a dança, a ginástica. Também não se pode deixar de citar, como mais detalhadamente desenvolvido por Caldeira (2003), a associação do corpo com a ação política, estado de direito e poder. Esses aspectos estão relacionados aos conceitos de disciplina, controle e enclausuramento do corpo.

47

Corpos e direitos civis são sempre conectados, tanto em países como o Brasil como naqueles em que os corpos são circunscritos e os direitos civis respeitados. Na sociedade brasileira, o que predomina é a noção incircunscrita do corpo6 e do indivíduo... Quando a marcação dos corpos predomina, o respeito aos direitos civis é improvável, apesar de poder haver uma democracia política eleitoral e um respeito relativamente amplo aos direitos sociais. (CALDEIRA, 2003, p. 374)

No campo sociológico Nobert Elias (1992) corrobora com a idéia do esporte como um dos maiores fenômenos da modernidade, principalmente por seu potencial agregador, por estar fortemente vinculado ao processo educacional e por vincular-se a área de saúde pública.

É importante frisar que o esporte não tem neutralidade política, basta lembrar os acontecimentos das Olimpíadas de 1936 (Berlim), de 1968 (México), de 1972 (Munique) e de 1980 (Moscou) 7 em que pese às contradições de comportamentos preconceituosos e racistas de alguns atletas, de modo geral, os estudos apontam para o papel positivo da prática de desporto, como promotor de inclusão social e solidariedade. Também vale ressaltar o papel político do grande boxeador Cassius Clay que se recusou a lutar na guerra do Vietnã, e contra o racismo. Realizou sua luta mais importante contra George Foreman, no Zaire, onde se tornou ídolo inconteste dos africanos. Posteriormente assumiu a religião islâmica e mudou seu nome para Muhammed Ali.Haj. Foi considerado o desportista do século pela revista americana Sport Illustrated em 1999. Ainda é considerado o maior pugilista de todos os tempos. Sua última grande aparição foi num show para arrecadar fundos para as vítimas do terremoto do Haiti.

Na área da saúde preventiva é inegável, com ampla comprovação nas pesquisas, o aspecto benéfico de sua prática, principalmente, as atividades praticadas ao ar livre, para todos os segmentos e faixas etárias, inclusive para os portadores de necessidades especiais. De modo geral, hoje, os programas e as políticas públicas de saúde indicam a prática desportiva,

6Corpo incircunscrito é aquele corpo desprotegido, lançado à própria sorte em meio à cidade. Nu e exposto.

7

Olimpíada de 1936 – Owell vence no atletismo e Hitler se retira do Estádio. Olimpíada de 1972 (Munique) - o massacre dos atletas israelitas. Olimpíada de 1968 - movimentos dos negros americanos (Panteras Negras). Olimpíada de 1980 (Moscou) - boicote dos EUA e bloco ocidental das Olimpíadas.

principalmente, no combate ao sedentarismo, à obesidade, ao uso de drogas, ao uso de cigarros, ao alcoolismo, à pressão alta e à depressão.

A agenda 21 do Movimento Olímpico nascida a partir da ECO 92 e alicerçada sobre o conceito de sustentabilidade e da questão ambiental mundial, propugna a atividade física orientada a saúde como parte de um programa de educação desportiva, incluindo, os aspectos nutricionais e os sanitários que dizem respeito a: enfermidades transmissíveis, proteção de grupos vulneráveis e saúde das populações urbanas.

A concepção desportiva integradora se aproxima mais do desporto escolar e lúdico do que o do profissional. Pensar o esporte dentro de uma concepção cooperativa é garantir um espaço separado, como foi pensado na constituição entre o esporte profissional, elitista e competitivo daquele praticado por milhares de pessoas na busca de uma qualidade de vida mais saudável.

Para se garantir o cumprimento destas aspirações, várias legislações infraconstitucionais como a Lei Zico, Lei Pelé, e por último a Lei de Incentivo ao Esporte, Lei nº. 11.438/06, regulamentado pelo Decreto nº. 6.180/07 foram pensadas. As primeiras se voltaram mais para o âmbito do futebol e a última finalmente, busca, garantir o inciso II ao parágrafo 3º do artigo 217. Conforme se pode observar no enunciado a seguir:

Nenhum indivíduo ou conjunto de indivíduos poderá ser alijado do recebimento do necessário fomento à prática

Documentos relacionados