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A institucionalização que era provisória tornou-se permanente para crianças e adolescentes

4 O CONCEITO DE ADOÇÃO E SUA NATUREZA JURÍDICA

5.2 Aspectos sociais

5.2.3 A institucionalização que era provisória tornou-se permanente para crianças e adolescentes

Primeiramente, é preciso frisar que o mais forte núcleo social desde os primórdios da existência do homem na terra é a família. Ela é a célula a partir da qual chegados desde os primeiros agrupamentos às atuais nações existentes. E os filhos nela contidos, sua proteção e educação compõem uma de suas principais características.

Sobre a criança, Decebal Andrei27 acredita que:

Nos dez primeiros anos ela precisa de cuidados e orientação constantes da família, principalmente dos pais e assim nasce e se desenvolve um forte sentimento de amor compartilhado. A criança adquire o sentido da família, do amor pelos pais, a partir do primeiro abraço, do leite materno, da segurança e doçura que embalam seus primeiros dias. O sentimento de família, não é um instinto, mas sim, uma construção resultante de uma íntima e sadia convivência. Quando isto por alguma razão falta, cria-se um vazio resultante no seu desenvolvimento [...]. Nas instituições, as crianças adquirem apenas uma certa noção de autoridade, da qual nasce o medo e a dissimulação para evitar o castigo, e sonham com algo que não sabem o que é, mas que chamam de família.

E continua o autor:

As instituições que abrigam menores, mesmo as mais liberais, têm um controle rígido dos internos. Eles não saem na rua e não são acompanhados e para tudo têm regras e horários preestabelecidos. A falta de privacidade é outro fator que pesa sobre as crianças internadas, e este peso é sempre mais sentido à medida que se aproximam da adolescência. Ser dono de seu tempo, de suas coisas, escolher suas roupas, seus amigos, não ser vigiado nem mesmo observado por alguém, são desejos ou aspirações que contribuem para a formação da personalidade.

27 ANDREI, Decebal. Reflexões sobre a Adoção Tardia. Boletim “A adoção em Terre des Hommes” - Freire,

Essa questão ligada ao tempo de institucionalização de crianças e adolescentes merece especial atenção, uma vez que o lapso de tempo entre a permanência destes num abrigo e a sua adoção poderá facilitar ou dificultar a sua adaptação no encaminhamento definitivo à família substituta. Segundo Leila Dutra28 “as crianças que chegam a viver períodos prolongados em instituições ficam expostas a prejuízos graves e danos emocionais irreversíveis”, contudo, elas ainda cumprem um papel social, pois, muitas dessas crianças não poderiam permanecer em segurança na companhia dos pais biológicos. F. Dolto, citado pela autora conclui que:

Se a criança precisa permanecer em um abrigo, é recomendável que os profissionais que atuam no caso e os funcionários da entidade considerem essa solução temporária como benéfica para a criança, entendendo que a sociedade tem deveres para com ela, dentre os quais o de proteção integral às suas condições físicas e psíquicas. A criança precisa entender que essa solução imediata é importante na preservação de sua própria vida e que o abrigo cumpre uma função em determinado período, até que haja decisão sobre seu retorno à família ou sobre futura colocação em família adotiva.

Dentre as instituições que abrigam crianças e adolescentes localizadas no Município de Fortaleza, destacam-se os abrigos tais como: Tia Júlia, Santa Elizabeth e Casa da Criança, que atendem, atualmente, 117 crianças e adolescentes. Dentre eles, somente 43 se encontram aptos à adoção e apresentam alguns problemas de saúde, distribuídos entre as três instituições, nas faixas etárias e sexos indicados nas tabelas de nºs 04 a 09 (Ver apêndice).

Desde os primórdios a adoção era o método assecuratório que garantia à continuidade da descendência àqueles que não possuíam filhos biológicos, constituindo-se, também, na propagação dos ritos religiosos através das gerações.

A sua codificação jurídica iniciou-se com o Código de Hamurabi, citada nos arts. 185 a 193, tratando-se estes, especificamente, do rito da adoção. Também é possível verificar sua existência na Bíblia Sagrada, no Código de Manu e outras antigas legislações, constatando-se que ela sofreu profundas mudanças ao longo do tempo, ora visando somente aos interesses religiosos, ora aos interesses políticos, sem, contudo, visar o que seria primordial, ou seja, o interesse do adotando.

Na idade moderna a adoção passou a sofrer modificações significativas, quando apresentou natureza contratual, sendo submetida ao crivo de um tribunal, assegurando vantagens ao adotado, além de direitos sucessórios e irrevogabilidade, muito embora, não houvesse unanimidade de legislações nesse sentido.

No Brasil a adoção, configurada como instituto, foi sistematizada pelo Código Civil Brasileiro, objeto da Lei nº 3.071, de 01.01.1916, tendo alguns artigos alterados em sua redação pela Lei n. 3.133, de 08.05.1957, permanecendo os demais inalterados até a entrada do Novo Código Civil, que os revogou. Outras leis sobre adoção foram as de nºs 4.655/65 e 6.697/79.

Com a vigência da Constituição Federal de 1988, os filhos adotivos foram igualados aos filhos biológicos, sendo-lhes proibida qualquer discriminação em face de sua filiação (art. 227, § 6º), estabelecendo, também, as condições por parte do Poder Público para a efetivação da colocação da criança ou adolescente em família substituta.

Dois anos mais tarde, com a vigência da Lei nº 8.069/90, mais conhecida como Estatuto da Criança e do Adolescente, O ECA, os direitos fundamentais das crianças e adolescentes foram consolidados através do Princípio da Proteção Integral, sendo o mesmo considerado um dos mais avançados da época muito embora alguns direitos não estejam sendo cumpridos em sua totalidade.

Com a vigência do atual Código Civil, instituído através da Lei nº 10.406/2002, em vigor desde 11.01.2003, a adoção passou a ser irrestrita, abolindo-se as adoções simples e plena. Foram reproduzidos, na quase-totalidade e com algumas alterações de redação, os dispositivos do ECA, compreendendo o instituto da adoção, crianças e adolescentes, bem como, os maiores de dezoito anos, exigindo-se procedimento judicial em ambos os casos. (art. 1.623)

Contudo, o Código Civil atual não contém normas procedimentais, não tratando da competência jurisdicional. Mantendo-se, portanto, a atribuição exclusiva do Juiz da Infância e da Juventude para conceder a adoção e observar os procedimentos previstos no mencionado Estatuto, no tocante aos menores de dezoito anos. Para os maiores, a competência será do Juiz da Vara de Família.

No tocante à natureza jurídica da adoção, existe uma divergência doutrinária que discute se a mesma possui natureza contratual ou institucional. Comungam da natureza contratual, entre eles: Eduardo Espínola, Euvaldo Luz, Gomes de Castro, Viveiros de Castro, Curt Egon, F. Laurent, Planiol, e Pasquale Fiore. Como instituto de ordem pública, reúnem- se: De Ruggiero, Ferdinando Salvi Saraiva, Arnold Wald, Antonio Chaves e outros.

Na verificação dos aspectos jurídicos da adoção não preferencial de crianças e adolescentes restou constatada divergência doutrinária acerca da diferença mínima e máxima entre adotantes e adotandos, como requisito legal disposto nos artigos 1.619 do Código Civil e art. 42, § 3º do ECA, que é, atualmente, de dezesseis anos.

Neste sentido, alguns autores afirmam que, em relação à idade mínima, haveria empecilho na adoção de crianças maiores de dois anos, quando por elas, se interessarem casais mais jovens, uma vez que a adoção imita a natureza humana, esquecendo-se o legislador que a menoridade civil cessa aos dezoito anos completos (art. 5º CC), e que “só a pessoa maior de dezoito anos pode adotar” (art. 1618 CC e art. 42 ECA), tendo esta discussão resultado no Projeto de Lei nº. 806/2003, de autoria do Deputado Carlos Nader, do Rio de Janeiro, com vistas à supressão do art. 1.619 do Código Civil, ainda em tramitação na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Outro ponto controvertido reside na inexistência de limite máximo de idade entre adotantes e adotandos na legislação brasileira, comungada, entre outros, pelo Juiz de Direito paulista, Carlos Eduardo Pachi e José Luiz Mônaco da Silva, já adotada em outros países, e que, segundo estes doutrinadores, em muito facilitaria a adoção para os mais idosos, de crianças ou adolescentes com idade a eles compatível.

Verificando-se, ainda, os aspectos jurídicos da adoção não preferencial de crianças e adolescentes, outro Projeto de Lei em tramitação na Câmara Federal, de autoria do Deputado João Matos, objetiva instituir a Lei Nacional de Adoção, eliminando, por meio desta, conflitos de interpretação entre o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Código Civil.

Mencionado Projeto de Lei, dentre as inovações já apontadas nos capítulos anteriores, institui subsídios com o objetivo de incentivar a adoção de crianças maiores de dez anos, bem como, de crianças portadoras de deficiência física ou mental, consideradas

“inadotáveis” do ponto de vista preferencial, muito embora, deve-se ter o cuidado de não se desvirtuar com tais incentivos financeiros e fiscais o sentido primordial da adoção que é dar uma família à criança que não a tem, primando pelo seu melhor benefício e assegurando-lhe todos os direitos necessários ao seu desenvolvimento como pessoa humana.

Na análise dos aspectos sociais, através de pesquisa realizada por amostragem, do universo de 116 habilitações, verificou-se existir maior preferência dos pretendentes à adoção por crianças menores de dois anos (29%), em relação às crianças entre cinco e doze anos (4%), no período compreendido entre fevereiro de 2000 a agosto de 2006, com 69% de pretensões pelo sexo feminino, segundo o setor de cadastro do Juizado da Infância e Juventude de Fortaleza, sendo necessário esclarecer que os dados acima indicados correspondem às pretensões anotadas nos formulários quanto ao perfil desejado.

Na avaliação das preferências dos adotantes estrangeiros, nas adoções internacionais, efetivamente julgadas, do total de 26 habilitações, 23% adotaram crianças na faixa etária de quatro anos e seis anos de idade, refletindo-se, com base nos dados acima, que os casais estrangeiros podem possuir maior abertura à adoção de crianças maiores de dois anos de idade, muito embora essa modalidade de adoção seja efetivada em caráter excepcional, ou seja, na falta de pretendentes nacionais, os adotantes estrangeiros, por sua diferente cultura, buscam, aparentemente, ofertar melhores condições sócio-afetivas aos infantes por eles adotados.

Por último, cabe destacar as contribuições trazidas ao presente trabalho, pelas autoras ligadas à área de psicologia, dentre elas, Leila Dutra Paiva, Marlizete Maldonado Vargas, Lídia Dobrianskyj Weber e Surama Gusmão Ebrahim, uma vez que, ao longo de seu desenvolvimento, foram escassas as obras relacionadas ao tema, o que dificultou, por certo, o aprofundamento dos aspectos sociais da adoção despreferencializada.

Dentro desse contexto, com base nas experiências profissionais vividas pelas autoras supra mencionadas, a adoção de crianças mais velhas, fora da faixa etária preferencial tem sido obstaculizada devido aos preconceitos e medos que os pretendentes possuem nesse tipo de adoção por entenderem que há dificuldades na educação dessas crianças, ou mesmo pelos vícios e traumas que elas carregam, bem como, pela falta de preparação e maturidade dos pretendentes que, muitas vezes, buscam através da adoção suprir a falta de filhos pela incapacidade de gerá-los naturalmente.

Outro aspecto que deve ser considerado é o tempo de institucionalização dessas crianças, pois como bem ponderou Leila Dutra Paiva,29 em capítulo anterior: “as crianças que

chegam a viver períodos prolongados em instituições ficam expostas a prejuízos graves e danos emocionais irreversíveis”. Dessa forma, a demora no processo adotivo dessa criança ou adolescente, mesmo quando já houve a destituição do poder familiar dos pais biológicos ou o consentimento destes, pode trazer problemas futuros na adaptação dessa criança em família substituta.

Concluindo, torna-se imprescindível por parte da Sociedade e do Estado o desenvolvimento de uma nova cultura de adoção através de campanhas permanentes, veiculadas na mídia, que visem prestar os esclarecimentos necessários aos interessados no processo de adoção de crianças e adolescentes, quando for impossível seu retorno ao convívio da família biológica, enfatizando que o objetivo da adoção é trazer uma real vantagem para o adotando, independendo de sua idade, removendo, desse modo, os obstáculos jurídicos e sociais que dificultam a adoção dessas crianças e adolescentes fora da faixa preferencial.

LIVROS:

BRAQUEHAIS, Huguette (Org.) Coletânea de Jurisprudência 2005/2006: CEJAI-CE. Fortaleza: Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, 2007.

COSTA, Gizela Nunes da (Org.). CEJAI/CE: jurisprudência 2003/2005 & legislação aplicada. Fortaleza: Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, 2005.

COSTA, Maria Rosane (Org). Guia para normalização de trabalhos acadêmicos de acordo com a ABNT. Fortaleza: UFC, 2003.

COULANGES, Fustel de. A cidade antiga. 8. ed. Trad. de Jonas Camargo Leite e Eduardo Fonseca. Rio de Janeiro: Ediouro, [s/d.].

CURY, Munir; AMARAL E SILVA, Antonio Fernando do.; MENDEZ, Emílio Garcia. (Coord.). Estatuto da Criança e do Adolescente comentado-comentários jurídicos e sociais. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: Malheiros, 2005.

DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: direito de família. 18. ed. aum. e atual. de acordo com o novo Código Civil (Lei nº 10.406, de 10.01.2002). São Paulo: Saraiva, 2002. V. 5.

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FELIPE, J. Franklin Alves. Adoção, guarda, investigação de paternidade e concubinato. Rio de Janeiro: Forense, 1998.

FIGUEIREDO, Luiz Carlos de Barros. Adoção internacional: a Convenção de Haia e a normativa brasileira – uniformização de procedimentos. Curitiba: Juruá, 2006.

GOMES, Orlando. Direito de família. Rio de Janeiro: Forense, 1983.

GRANATO, Eunice Ferreira Rodrigues. Adoção: doutrina e prática. Curitiba: Juruá, 2005.

GUIA de informação e orientação:Juizado da Infância e da Juventude.Fortaleza:Poder Judiciário, 2004. 76 p.

KAUSS, Omar Gama Bem. A Adoção no código civil e no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90). Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 1993.

LEITE, Eduardo de Oliveira. A monografia jurídica. 5. ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: RT, 2001.

MONACO, Gustavo Ferraz de Campos. Direitos da criança e adoção internacional. São Paulo: RT, 2002.

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SILVA, José Luiz Mônaco da. Estatuto da Criança e do Adolescente. São Paulo: Revista dos Tribunais. 1994.

SZNICK, Valdir. Adoção. São Paulo: Editora Universitária de Direito. 1993.

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LEGISLAÇÃO:

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil, Brasília, DF: Senado, 1988.

______. Decreto nº 3.087, de 21 de junho de 1999. Promulga a Convenção Relativa à Proteção das Crianças e a Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, concluída em Haia, em 29 de maio de 1993. Brasília, DF: Senado, 1999.

______. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, Institui o Novo Código Civil, em vigor a partir de 11 de janeiro de 2003. Brasília, DF: Senado, 2003.

______. Lei nº 8069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, DF: Senado, 1990.

PERIÓDICOS:

ANDREI, Decebal. Reflexões sobre a Adoção Tardia. Boletim “A adoção em Terre des Hommes” - FREIRE, Fernando (Org.) - Ano IX n. 94. Disponível em:

<http://www.cecif.org.br>. Acesso em: 25 set. 2006.

WEBER, L. N. D. et al. (1994). Adoção: Pré-conceitos, conceitos e pós-conceitos. Em Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (Org.), Cadernos de Resumos, 46ª Reunião Anual para o Progresso da Ciência (p. 854), Vitória: SBPC.

TABELA 01 - Preferência dos pretendentes à adoção quanto à idade da criança

FAIXA ETÁRIA Nº DE PRETENDENTES %

Recém-nascido com dias ou semanas 0 0%

até três meses 1 1%

até seis meses 11 9%

até um ano 17 15%

entre seis meses e um ano 7 6%

até dois anos 34 29%

até três anos 8 7%

entre um e dois anos 5 4% entre um e tres anos 9 8%

até quatro anos 5 4%

entre dois e quatro anos 4 3% entre um e cinco anos 10 9% entre cinco e doze anos 5 4%

Nada consta 0 0

TOTAL 116 100%

FONTE: Setor de cadastro do juizado da infância e juventude de fortaleza-ce PERÍODO: Fevereiro de 2000 a agosto de 2006.

PERCENTUAL DE PRETENDENTES POR FAIXA ETÁRIA

3% 6% 15% 9% 1% 4% 9% 4% 8% 4% 7% 29% até três meses até seis meses até um ano

entre seis meses e um ano até dois anos

até três anos entre um e dois anos entre um e tres anos até quatro anos entre dois e quatro anos entre um e cinco anos entre cinco e doze anos

NÚMERO DE PRETENDENTES POR FAIXA ETÁRIA

0 1 11 17 7 34 8 5 9 5 4 10 5 0 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Recém- nascido com dias ou semanas até três meses até seis meses

até um ano entre seis meses e um ano até dois anos até três anos entre um e dois anos entre um e tres anos até quatro anos entre dois e quatro anos entre um e cinco anos entre cinco e doze anos Nada consta

TABELA 02 - Preferência dos pretendentes à adoção quanto ao sexo da criança

SEXO QUANTIDADE PERCENTAGEM

FEMININO 80 69%

MASCULINO 22 19%

FEM OU MAS 14 12%

TOTAL 116 100%

FONTE: Setor de cadastro do juizado da infância e juventude de Fortaleza-Ce PERÍODO: Fevereiro de 2000 a agosto de 2006

PERCENTUAL DOS PRETENDENTES À ADOÇÃO QUANTO AO SEXO DA CRIANÇA

69% 19%

12%

FEMININO MASCULINO FEM OU MAS

80 22 14 0 20 40 60 80

FEMININO MASCULINO FEM OU MAS PERCENTUAL DOS PRETENDENTES À ADOÇÃO QUANTO AO SEXO DA CRIANÇA

TABELA 03 - Adoções internacionais concluídas - Período 2003 a 2006 IDADE QUANTIDADE % 1 ANO 1 4 2 ANOS 1 4 3 ANOS 2 8 4 ANOS 6 23 5 ANOS 3 12 6 ANOS 6 23 7 ANOS 3 12 8 ANOS 1 4 9 ANOS 0 - 10 ANOS 1 4 11 ANOS 1 4 12 ANOS 0 - 13 ANOS 0 - 14 ANOS 0 - 15 ANOS 1 4 TOTAL 26 100% FONTE: CEJAI-CE

ADOÇÕES INTERNACIONAIS CONCLUÍDAS

12% 12% 23% 23% 8% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 1 ANO 2 ANOS 3 ANOS 4 ANOS 5 ANOS 6 ANOS 7 ANOS 8 ANOS 9 ANOS 10 ANOS 11 ANOS 12 ANOS 13 ANOS 14 ANOS 15 ANOS 1 1 2 6 3 6 3 1 0 1 1 0 0 0 1 0 1 2 3 4 5 6 1 ANO 3 ANOS 5 ANOS 7 ANOS 9 ANOS 11 ANOS 13 ANOS 15 ANOS

QUANTIDADE DE ADOÇÕES INTERNACIONAIS CONCLUÍDAS PERÍODO DE 2003 À 2006

TABELA 04 - Crianças e adolescentes aptos à adoção abrigo Tia Julia

FAIXA ETÁRIA Nº. de crianças e/ou adolesc. %

0 a 02 anos 1 4% 02 a 04 anos 2 8% 04 a 06 anos 4 16% 06 a 10 anos 8 32% Acima de 10 anos 10 40% TOTAL 25 100%

FONTE: Setor de Cadastro do Juizado da Infância e Juventude de Fortaleza-Ce PERÍODO: Abril/2007

TABELA 05 - Crianças e adolescentes aptos à adoção abrigo Tia Julia

SEXO QUANTIDADE %

FEMININO 10 40%

MASCULINO 15 60%

TOTAL 25 100%

FONTE: Setor de Cadastro do Juizado da Infância e Juventude de Fortaleza-CE PERÍODO: Abril/2007

TABELA 06 - Crianças e adolescentes aptos à adoção abrigo Santa Elizabeth

FAIXA ETÁRIA Nº. de crianças e/ou adolesc. %

0 a 02 anos 0 0% 02 a 04 anos 1 17% 04 a 06 anos 1 17% 06 a 10 anos 0 0% Acima de 10 anos 4 67% TOTAL 6 100%

FONTE: Setor de Cadastro do Juizado da Infância e Juventude de Fortaleza-CE PERÍODO: Abril/2007

TABELA 07 - Crianças e adolescentes aptos à adoção abrigo Santa Elizabeth

SEXO QUANTIDADE %

FEMININO 6 100%

MASCULINO 0 0%

TOTAL 6 100%

FONTE: Setor de Cadastro do Juizado da Infância e Juventude de Fortaleza-CE PERÍODO: Abril/2007

TABELA 08 - Crianças e adolescentes aptos à adoção abrigo Casa da Criança

FAIXA ETÁRIA Nº. de crianças e/ou adolesc. %

0 a 02 anos 0 0% 02 a 04 anos 0 0% 04 a 06 anos 0 0% 06 a 10 anos 1 8% Acima de 10 anos 11 92% TOTAL 12 100%

FONTE: Setor de Cadastro do Juizado da Infância e Juventude de Fortaleza-CE PERÍODO: Abril/2007

TABELA 09 - Crianças e adolescentes aptos à adoção abrigo Casa da Criança

SEXO QUANTIDADE %

FEMININO 2 17%

MASCULINO 10 83%

TOTAL 12 100%

FONTE: Setor de Cadastro do Juizado da Infância e Juventude de Fortaleza-CE PERÍODO: Abril/2007

ANEXO A

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Promulgada em 05 de outubro de 1988

Título VIII Da Ordem Social Capítulo VII

Da Família, da Criança, do Adolescente e do Idoso

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 1º. O casamento é civil e gratuita a celebração.

§ 2º. O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.

§ 3º. Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.

§ 4º. Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.

§ 5º. Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.

§ 6º. O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separação de fato por mais de dois anos.

§ 7º. Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.

§ 8º. O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.

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