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Instituições públicas responsáveis por questões ambientais no Distrito

2.6 A POLÍTICA AMBIENTAL

2.6.1 Evolução

2.6.1.3 A Política Ambiental no Distrito Federal

2.6.1.3.1 Instituições públicas responsáveis por questões ambientais no Distrito

No âmbito do Distrito Federal a Lei Orgânica é o instrumento jurídico máximo que norteia e disciplina as diretrizes e ações relacionadas às mais diversas atividades desenvolvidas em seu território, estabelecendo, desde a organização dos poderes constituídos, a organização política e administrativa, a política urbana, rural, ambiental, social e as atividades econômicas (comércio, industriais e serviços).

Considerando-se a situação atípica do DF, que desempenha as funções de estado e município, a Lei Orgânica tem as atribuições de constituição estadual e de lei orgânica municipal. Conseguintemente, sua Casa Legislativa também exerce as atividades típicas das Assembléia Legislativas Estaduais e das Câmaras Municipais de Vereadores, sendo o seu nome – Câmara Legislativa - um misto daquelas. É composta por 24 deputados distritais, eleitos para mandatos de quatro anos.

Tratando especificamente da questão ambiental, a Lei Orgânica estabelece em seu Capítulo XI - Do Meio Ambiente (Art. 278 a 311) as atribuições, prerrogativas e ações a serem desenvolvidas pelo Poder Público para a conservação, preservação, proteção, recuperação e fiscalização do meio ambiente e do patrimônio público no Distrito Federal. Atribui ainda à Câmara Legislativa o poder de fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta.

Neste sentido, a publicação da Lei n° 41/89, de 13 setembro de 1989 e a Lei Orgânica, ofereceram a fundamentação legal e necessária para a realização das

ações do Poder Público visando à fiscalização e à proteção do meio ambiente e do patrimônio natural.

Ao cidadão a Constituição ofereceu como instrumento jurídico a Ação Popular, que pode ser utilizada individualmente ou em grupo, conforme determina o seu artigo quinto:

“LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má fé, isento de custas judiciais e dos ônus da sucumbência”..

Outra instituição a quem cabe a proteção do meio ambiente é o Ministério Público, que de acordo com o inciso III do Art. 129, da Constituição, tem a função institucional de promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.

O art. 71 da Lei n.° 41/89, determinou ainda à Procuradoria Geral do Distrito Federal a manutenção de Subprocuradoria especializada em tutela ambiental, defesa de interesses difusos e do patrimônio histórico, cultural, paisagístico, arquitetônico e urbanístico, como forma de apoio técnico, jurídico à implementação dos objetivos da referida lei e demais normas ambientais vigentes.

Na esfera do Governo Federal o IBAMA, por intermédio de sua Gerência Executiva Local, tem a atribuição de realizar diversas atividades visando garantir a preservação e conservação dos recursos naturais. Entre suas atividades estão a realização de vistorias e emissão de autorizações para desmatamento e para criação de animais silvestres; autorização para a realização de queimadas no meio rural; fiscalização de restaurantes que comercializam carne de animais silvestres da fauna brasileira; emissão de parecer sobre degradação ambiental e sobre implantação de atividades em APA; controle de todas as atividades relacionadas com o meio ambiente (loteamento, barragem, comércio de produtos de origem da

fauna e da flora); licenciamento ambiental dentro da área da APA do Planalto Central, controle da pesca no Lago Paranoá, etc.

O Distrito Federal, os estados e os municípios, por intermédio de suas secretarias de meio ambiente e demais órgãos, integram o SISNAMA - Sistema Nacional de Meio Ambiente, instituído pela Lei n° 6.938/81, que estabeleceu a Política Nacional de Meio Ambiente. O SISNAMA é composto pelos diversos órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e pelas fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental (Art. 6° da Lei n° 6.938/81, de 31 de agosto de 1981).

Ainda de acordo com o Art. 6° compõem a sua estrutura os seguintes órgãos: 1. Órgão Superior: É o Conselho de Governo que tem a função de assessorar a Presidência da República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais;

2. Órgão Consultivo e Deliberativo: É o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), cuja função é assessorar o Conselho de Governo, estudando e propondo diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida;

3. Órgão Central do Sistema: Inicialmente era a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República e atualmente é o Ministério do Meio Ambiente, tendo como finalidade planejar, coordenar, supervisionar e controlar a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente.

4. Órgão Executor: O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, com a finalidade de executar e fazer executar, como órgão federal, a política e diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente;

5. Órgãos Seccionais: Os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental;

6. Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização das atividades que impactam o equilíbrio ambiental, nas suas respectivas jurisdições;

Ainda de acordo com a referida Lei, os estados e municípios poderão ainda, elaborar normas supletivas e complementares e também padrões relacionados com atividades que afetem o meio ambiente, observando-se no caso dos estados, os padrões estabelecidos no nível federal e no caso dos municípios, os padrões estaduais.

No âmbito Poder Executivo do DF, a primeira iniciativa oficial no sentido de se hierarquizar a gestão ambiental local foi a criação da Coordenação de Assuntos do Meio Ambiente – COAMA - vinculada ao Gabinete Civil do Governador do DF, por meio do Decreto 8.861, de 28 de agosto de 1985. Sua finalidade era integrar, no plano governamental distrital, as atividades desenvolvidas pelos órgãos e entidades da Administração com a preservação da qualidade ambiental e a manutenção do equilíbrio ecológico.

Em 23 de outubro de 1986, por meio do Decreto 9.828 foram instituídos o Programa Especial do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia e as atribuições do Secretário Extraordinário Para Assuntos de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia. Por meio do Decreto 9.830 de 23 de outubro de 1986 o COAMA passou a ser denominada Coordenação do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia. De acordo com o referido decreto, integravam o Programa Especial de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia (com apoio técnico e administrativo do COAMA) os seguintes órgãos e entidades integrantes da estrutura administrativa do GDF:

1. Instituto de Tecnologia Alternativa do DF - ITA/DF - vinculado ao Gabinete Civil do Governador;

2. Fundação Zoobotânica – FZDF; 3. Jardim Zoológico de Brasília – JZB; 4. Jardim Botânico de Brasília – JBB;

5. Departamento de Recursos Naturais – DRN;

6. Departamento de Pesquisa e Experimentação – DPE; 7. Proflora S/A – Florestamento e Reflorestamento; e

8. Companhia Urbanizadora da Nova Capital – NOVACAP, por meio do Departamento de Parques e Jardins – DPJ.

A promulgação da Constituição Federal de 1988 foi o marco inicial para que as demais Unidades da Federação se vissem obrigadas a enfrentar de forma efetiva a defesa do meio ambiente, uma vez que estabeleceu como competência comum da União, dos Estados, do DF e dos Municípios a proteção do meio ambiente; o combate à poluição; a preservação das florestas, da fauna e da flora.

E também a competência concorrente para legislar sobre florestas, caça, pesca fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente, controle da poluição e responsabilidade por danos ambientais.

Assumindo suas responsabilidades definidas constitucionalmente, os diversos níveis de governos começaram a formular políticas públicas específicas para o meio ambiente. Desta forma, no ano de 1989 foi aprovada pelo Senado Federal e sancionada pelo governador do Distrito Federal a Lei 41 de 13/09/1989 que “Dispões sobre a Política Ambiental do DF e dá outras

providências”.

Em seu Título I – Da Política Ambiental do Distrito Federal - Capítulo I são apresentados como princípios fundamentais a multidisciplinaridade no trato das questões ambientais; a participação comunitária; a compatibilização com as políticas ambientais nacional e regional; a unidade na política e na sua gestão, sem prejuízo da descentralização de ações; compatibilização entre as políticas setoriais e demais ações de governo; continuidade, no tempo e no espaço, das ações básicas de gestão ambiental; informação e divulgação obrigatória e permanente de dados e condições ambientais.

No Capítulo II - Dos Objetivos e das Diretrizes, são elencados os objetivos da Política Ambiental que são: estimular culturalmente a adoção de hábitos, costumes, posturas e práticas sociais e econômicas não prejudiciais ao meio ambiente; a adequação das atividades socioeconômicas rurais e urbanas às imposições do equilíbrio ambiental e dos ecossistemas naturais onde se inserem; a preservação e conservação dos recursos naturais renováveis, seu manejo equilibrado e a utilização econômica, racional e criteriosa dos não renováveis; o comprometimento técnico e funcional de produtos alimentícios, medicinais, de bens materiais e insumos em geral, bem como espaços edificados com as preocupações ecológico-ambientais e de saúde

Visa ainda a utilização adequada do espaço territorial e dos recursos hídricos destinados para fins urbanos e rurais, mediante uma criteriosa definição de uso e ocupação, normas de projetos, implantação, construção e técnicas ecológicas de manejo, conservação e preservação, bem como de tratamento e disposição final de resíduos e efluentes de qualquer natureza; a garantia de crescentes níveis de saúde ambiental das coletividades humanas e dos indivíduos, inclusive através do provimento de infra-estrutura sanitária e de condições de salubridade das edificações, vias e logradouros públicos; a substituição gradativa, seletiva e priorizada de processos e outros insumos agrícolas e/ou industriais potencialmente perigosos por outros baseados em tecnologia e modelos de gestão e manejo mais

compatíveis com a saúde ambiental.

A Lei previu ainda que as diretrizes da Política Ambiental seriam estabelecidas por intermédio dos mecanismos de controle, fiscalização, vigilância e proteção ambiental e também a educação ambiental e o estímulo ao desenvolvimento científico e tecnológico voltado para a preservação ambiental.

Juntamente com a promulgação da Lei 41, de 13 de setembro de 1989, foi também publicada na mesma data, a Lei 40 que criou a Secretaria de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia – SEMATEC e os seguintes órgãos vinculados: Instituto de Ecologia e Meio Ambiente – IEMA/DF e o Instituto de Ciência e Tecnologia – ICT/DF.

À SEMATEC foram atribuídas pela Lei 41/89 (Título II - Do Meio Ambiente, Capítulo I - Da proteção do meio Ambiente) as responsabilidades pelas seguintes iniciativas: propor e executar, direta ou indiretamente a política ambiental do Distrito Federal; coordenar ações e executar planos, programas, projetos e atividades de proteção ambiental; estabelecer as diretrizes de proteção ambiental para as atividades que interfiram ou possam interferir na qualidade do meio ambiente; identificar, implantar e administrar unidades de conservação e outras áreas protegidas, visando à proteção de mananciais, ecossistemas naturais, flora e fauna, recursos genéticos e outros bens e interesses ecológicos, estabelecendo as normas a serem observadas nestas áreas;

Atribuiu também à Secretaria de Meio Ambiente e Tecnologia a prerrogativa para estabelecer as diretrizes específicas para a proteção dos mananciais e participar da elaboração de planos de ocupação de áreas de drenagem de bacias ou sub-bacias hidrográficas; assessorar as administrações regionais na elaboração e revisão do planejamento local, quanto a aspectos ambientais, controle da poluição, expansão urbana e propostas para a criação de novas unidades de conservação e de outras áreas protegidas; participar do macro zoneamento do Distrito Federal e de outras atividades de uso e ocupação do solo; aprovar e fiscalizar a implantação de distritos, setores e instalações para fins industriais e parcelamentos de qualquer

natureza, bem como quaisquer atividades que utilizem recursos ambientais renováveis e não-renováveis; autorizar, de acordo com a legislação vigente, desmatamentos ou quaisquer outras alterações da cobertura vegetal nativa, primitiva ou regenerada e florestas homogêneas;

A Lei n.° 41/89 estabeleceu ainda que o meio ambiente não está restrito apenas aos elementos bióticos e abióticos naturais e, em seu art. 11, atribuiu também à SEMATEC a responsabilidade de manifestar-se, na análise de projetos de uso, ocupação e parcelamento do solo, dentre outros, necessariamente sobre os seguintes aspectos:

“ I - usos propostos, densidade da ocupação, desenho do assentamento e acessibilidade; II - reserva de áreas verdes e proteção de interesses arquitetônicos, urbanísticos, paisagísticos, espeleológicos, históricos, culturais e ecológicos;”

Estas atribuições previstas na legislação ambiental do Distrito Federal objetivaram dotar a Secretaria de Meio Ambiente do aparato legal necessário à adoção de medidas adequadas à preservação do patrimônio arquitetônico, urbanístico, paisagístico, histórico, cultural, arqueológico e espeleológico, bem como, exercer a vigilância ambiental e o poder de polícia (art 9°, inc. XI), (grifo nosso) visando à preservação destes atributos e também estabelecer normas e padrões de qualidade ambiental, inclusive fixando padrões de emissão e condições de lançamento e disposição para os resíduos sólidos, rejeitos e efluentes de qualquer natureza.

Atribuiu ainda à SEMATEC a responsabilidade por estabelecer normas relativamente à reciclagem e reutilização de materiais, resíduos, subprodutos e embalagens em geral resultantes diretamente de atividades de caráter industrial, comercial e de prestação de serviços; promover, em conjunto com os demais responsáveis, o controle da utilização de produtos químicos em atividades agrossilvopastorís, industriais e de prestação de serviços; implantar e operar sistema de monitoramento ambiental; autorizar, sem prejuízo de outras licenças cabíveis, a exploração de recursos minerais; exigir, avaliar e decidir, ouvida a comunidade em

audiências públicas, sobre estudos de impacto ambiental; implantar sistemas de documentação e informática, bem como os serviços de estatística, cartografia básica e temática e de editoração técnica relativos ao meio ambiente; promover a prevenção e o controle de incêndios florestais e queimadas agrícolas.

O CPA foi substituído em 23 de fevereiro de 2000, quando foi constituído o Conselho do Meio Ambiente do Distrito Federal - CONAM, por meio do Decreto n.° 21. 032, de 23 de fevereiro de 2000. A partir desta data, assumiu as atribuições do CPA, sendo a instância máxima de deliberação sobre as questões ambientais no Distrito Federal.

Formado por um colegiado composto por vários Secretários de Estados, pelo Procurador-Geral do Distrito e Federal, um representante do IBAMA, dois representantes de entidades ambientalistas não governamentais - ONGS; dois representantes da Comissão de Defesa do Meio Ambiente, o Comandante-Geral do corpo de Bombeiros Militar do DF, um representante das universidades públicas sediadas no DF, um representante das universidades particulares sediadas no DF, um representante da sociedade científica reconhecida nacionalmente pela comunidade de ciência e tecnologia; um representante do setor produtivo comercial, um representante do setor produtivo industrial, um representante dos trabalhadores dos segmentos rural e urbano do DF; um representante do órgão de classe do setor de engenharia do DF, o CONAM é um órgão colegiado com função deliberativa. Possui ainda cinco câmaras técnicas (Assuntos Jurídicos, Controle Ambiental, Ecossistemas, Mineração, Garimpo e Uso do Solo, Recursos Hídricos e Saneamento.

Em 1992, por meio das Leis 236 de 20 de janeiro e 347 de 04 de novembro, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e a Fundação de apoio à pesquisa do DF passaram a ser subordinados à SEMATEC, que assumiu também a responsabilidade pela política de limpeza pública e pelo incentivo à pesquisa. Por meio da Lei 408, de 13 de janeiro de 1993, o Jardim Botânico de Brasília, o Jardim Zoológico de Brasília e a Estação Ecológica de Águas

Emendadas passaram a ser administrados pelo IEMA. O Instituto de Ecologia e Meio Ambiente – IEMA/DF, criado inicialmente como órgão relativamente autônomo foi transformado em autarquia por meio da Lei Distrital 660, de 27 de janeiro de 1994, obtendo maior autonomia administrativa.

Em 27 de dezembro de 1994, por meio da Lei 832 foi criada a Delegacia Especial do Meio Ambiente – DEMA no âmbito da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, com a finalidade de prevenir, reprimir e apurar os ilícitos ambientais, inclusive o parcelamento irregular do solo. Foi criada para desenvolver suas atividades sem prejuízo das ações de outros órgãos de fiscalização do meio ambiente, com os quais deveria interagir, conforme previsto na Lei orgânica (ART. 307) e na Lei n.° 41/89, (Art. 9. ° §2°).

Em 30 de dezembro de 1997, por meio da Lei 1.813, foi criada a Fundação Pólo Ecológico de Brasília (FUNPEB), como órgão vinculado à SEMATEC e responsável pela administração do Jardim Zoológico de Brasília (JZB).

O Decreto 21.170 de 05 de maio de 2000 realizou a reestruturação administrativa do GDF, promovendo a transformação da SEMATEC em Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do DF - SEMARH. A nova estrutura estabelecida pela Lei 21.410, de 02 de agosto de 2000 extinguiu o Instituto de Ecologia e Meio Ambiente - IEMA/DF e o Instituto de Ciência e Tecnologia – ICT/DF. A Fundação de Apoio à Pesquisa passou a ser vinculada à Secretaria de Fazenda e Planejamento e o Serviço de Limpeza Urbana - SLU - passou a ser denominado de Serviço de Ajardinamento e Limpeza Urbana de Brasília (BELACAP), sendo transferido para a Secretaria de Obras. A Companhia de Saneamento de Brasília – CAESB - passou, a partir desta data, a ser vinculada à Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do DF – SEMARH/DF.

O Decreto n.° 21.063, de 14 de março de 2000 criou a Comissão Permanente de Implantação de Parques Ecológicos e de uso Múltiplos do

Distrito Federal com a finalidade de desenvolver uma política de parques para o Distrito Federal- COMPARQUES.

Em 1° de outubro de 2001, a estrutura da COMPARQUES foi alterada e passou a contar com representantes de todos os órgãos do GDF, sendo transformada pela Lei n.° 3.280, de 31 de dezembro de 2003, na Secretaria de Estado de Administração de Parques e Unidades de Conservação do Distrito Federal, tendo entre outras, as atribuições de formular, coordenar e executar a política de uso e conservação dos parques e unidades de conservação do DF, propondo a criação de parques e unidades de conservação e promovendo a sua fiscalização e o seu manejo ambiental.

O Jardim Botânico de Brasília e a Fundação Pólo Ecológico de Brasília ficaram vinculados à COMPARQUES, no entanto, a Estação Ecológica de Águas Emendadas e o Parque Burlem Marx permaneceram vinculados à Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do DF

Com a publicação do Decreto nº 27.591, de 1 de janeiro de 2007, foram extintas a COMPARQUES E A SEMARH, sendo incorporadas à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente – SEDUMA. Desta forma, as unidades encarregadas de desenvolver os programas da função gestão ambiental foram vinculadas à função urbanismo. Entretanto, em 28/05/2007 foi criado o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal -

IBRAM, por meio da Lei nº 3.984 para desenvolver as atribuições das extintas SEMARH e COMPARQUES.

Verifica-se a existência de dois períodos distintos na condução das questões relativas ao meio ambiente no Distrito Federal. No período anterior à implantação da política ambiental, os temas relativos à questão eram coordenados pelo gabinete do governador e as ações executadas pelos diversos órgãos dispersos na estrutura da máquina administrativa.

Após a implantação da política ambiental, a Secretaria de Meio Ambiente Ciência e Tecnologia e suas substitutas passaram a centralizar a implantação e a condução da política ambiental, com orçamento, corpo técnico e estrutura administrativa próprios.

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