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Instituto Federal de Santa Catarina

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4 “EU VIM PRA CONFUNDIR, NÃO PRA EXPLICAR.”

4.1. Instituto Federal de Santa Catarina

O IFSC é uma autarquia do Governo Federal brasileiro ligada à Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), a qual é vinculada ao Ministério da Educação. Trata-se, portanto, de uma organização pública federal, cujo status de universidade e autonomia administrativa, patrimonial, financeira, disciplinar e didático-pedagógica lhe permitem oferecer cursos em diversas áreas e modalidades, desde o ensino de curta duração até os níveis técnico, superior e de pós-graduação (BRASIL, 2008b; IFSC, 2009a).

Fundado em 23 de setembro de 1909, por meio do decreto nº 7.566, durante o governo do presidente Nilo Peçanha, o IFSC era conhecido como Escola de Aprendizes Artífices de Santa Catarina. Foi criado com o intuito de oferecer uma formação profissional “aos filhos de classes sócio-econômicas menos favorecidas”. A instituição ofertava ensino primário, formação em desenho, oficinas de tipografia, encadernação e pautação, cursos de carpintaria da ribeira, escultura e mecânica, o que procurava atender às necessidades da sociedade de Florianópolis na época (IFSC, 2009a).

Ao longo de sua história, a instituição passou por diversas reestruturações e mudanças de nome. Em 1937, foi renomeada para Liceu Industrial de Florianópolis e, em 1942, para Escola Industrial de Florianópolis. Em 1962, a Escola Industrial de Florianópolis transferiu-se para o local em que permaneceu por mais tempo com sua sede e que hoje abriga seu maior câmpus, na avenida Mauro Ramos, na região central de Florianópolis.

nº 4.759, de 20 de agosto de 1965, passando para Escola Industrial Federal de Santa Catarina, e, em 1968, a instituição tornou-se conhecida como Escola Técnica Federal de Santa Catarina – ETF-SC –, nome que ainda boa parte da população e dos próprios funcionários tem como referência.

Com a lei federal de nº 8.948, de 8 de dezembro de 1994, as Escolas Técnicas Federais foram transformadas em Centros Federais de Educação Tecnológica, fazendo com que a ETF-SC passasse a Cefet-SC em 27 de março de 2002. A partir dessa mudança começaram a ser oferecidos, pela instituição, cursos superiores de tecnologia e de pós-graduação lato sensu.

Em 29 de dezembro de 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei nº 11.892, que transformou os Cefets em Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia e criou, ao todo, 38 Institutos Federais no país, formando a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. Com esta mudança, o Cefet-SC tornou-se Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), com uma nova estrutura e proposta pedagógica que visa à integração dos focos humanístico, científico e profissional, inclusive para o ensino superior, e voltada para a verticalização e a interiorização da educação no seu território de atuação. (BRASIL, 2008b; IFSC, 2009a).

Hoje, a missão institucional do IFSC, aos olhos de seus gestores, é:

Desenvolver e difundir conhecimento científico e tecnológico, formando indivíduos capacitados para o exercício da cidadania e da profissão e tem como visão de futuro consolidar-se como centro de excelência na educação profissional e tecnológica no Estado de Santa Catarina. (IFSC, 2009a).

Tal missão vem sendo atingida gradualmente pela instituição, principalmente no que se refere à sua abrangência territorial, conforme descrito na subseção 3.2.1.

De acordo com levantamento realizado pela Coordenadoria de Pesquisa Institucional do IFSC, a instituição possui 8.503 alunos matriculados em seus cursos de nível médio, técnico, superior e de pós-graduação (IFSC, 2010a). É composta, ainda, de acordo com a Diretoria de Gestão de Pessoas da instituição, por 1.275 funcionários, os quais se encontram atuando na Reitoria ou nos câmpus que compõem o IFSC (RIBAS, 2010).

4.1.1. Expansão do IFSC

Desde a data de sua fundação até o ano de 1987, o IFSC ofereceu cursos apenas na cidade de Florianópolis. Porém, a partir de 1988, começou a oferecer

os cursos de Telecomunicações e de Refrigeração e Ar Condicionado em São José, cidade vizinha à capital catarinense, por meio de uma parceria com a prefeitura do município. Três anos depois, em 1991, a instituição marcou o início do seu processo de expansão no estado, construindo e inaugurando a Unidade São José, sua primeira unidade de ensino fora de Florianópolis.

Em 1994 foi a vez da cidade de Jaraguá do Sul receber a terceira unidade de ensino da instituição, representando também o início do processo de interiorização da instituição. Os primeiros cursos oferecidos no norte catarinense foram os técnicos em Têxtil e em Eletromecânica. No ano seguinte, Joinville passou a oferecer o curso técnico em Enfermagem, como extensão da Unidade Florianópolis.

O processo de expansão, no entanto, tomou forma, definitivamente, a partir de 2006, por meio do plano de expansão da própria Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, coordenado pelo Ministério da Educação. Naquele ano, o então Cefet-SC implantou três novas unidades de ensino: a Unidade Continente, na parte continental de Florianópolis, voltada às áreas de turismo e hospitalidade; a Unidade Chapecó, no oeste catarinense; e a Unidade Joinville, na região norte. Ainda em 2006 começou a ser oferecido, em Itajaí, o curso técnico em Pesca e, em 2008, entrou em funcionamento a Unidade Araranguá, primeira no sul do estado.

Com a mudança de Cefet-SC para IFSC no final de 2008, cada unidade de ensino passou a ser chamada de Câmpus. Dessa forma, o IFSC terminou o ano de 2008 com sete câmpus no estado catarinense. No início de 2009, foram assinadas as ordens de serviço para a construção de seis novos câmpus em Santa Catarina, nas cidades de Gaspar, Lages, Canoinhas, Criciúma, Itajaí e São Miguel do Oeste, que entraram em funcionamento no final de 2010 (IFSC, 2010b; 2010c).

A expansão do IFSC no estado conta também com o Câmpus Palhoça- Bilíngue – a ser construído na região da Grande Florianópolis e especializado na educação de surdos –, dois câmpus avançados nas cidades de Xanxerê e Jaraguá do Sul (Câmpus Avançado Geraldo Werninghaus) – inaugurados recentemente e funcionando em prédios federalizados – e câmpus avançados em processo de implantação nos municípios de Garopaba, Urupema, Caçador e São Carlos e, ainda, polos em locais como Içara e Paulo Lopes (IFSC, 2010b; 2010d).

Para coordenar o crescente volume de trabalho relacionado à criação de novos câmpus e expansão dos atuais, foi criada a Diretoria de Expansão, que tem entre suas atribuições a ampliação sustentável do alcance do IFSC no estado. No entanto, esta diretoria responsabiliza-se principalmente pelas negociações, viabilizações políticas e rascunho de questões físicas e de

ensino nos novos espaços. Já as ações de divulgação e comunicação são de responsabilidade da Diretoria de Comunicação, estabelecida na Reitoria do IFSC, em Florianópolis.

4.1.2. Diretoria de Comunicação do IFSC

Com o propósito de coordenar as ações de comunicação dentro do Instituto Federal de Santa Catarina, foi criada, em 2009, a Diretoria de Comunicação, instituída junto à Pró-Reitoria de Extensão e Relações Externas, na Reitoria do IFSC. A esta diretoria estão vinculados o Departamento de Marketing e Jornalismo e a Coordenadoria de Eventos, responsáveis por viabilizar muitas das ações que colocam a instituição em contato com seus públicos (tanto interno quanto externo).

Dentro do Departamento de Marketing e Jornalismo existem a Coordenadoria de Programação Visual e a Coordenadoria de Jornalismo, as quais dividem responsabilidades quanto às ações de comunicação na instituição. Porém, enquanto a primeira encarrega-se da produção de materiais gráficos e digitais utilizados para a divulgação principalmente da imagem e dos cursos do IFSC, a segunda preocupa-se com as ações de relacionamento entre o IFSC e os órgãos de imprensa, com a produção de informativos internos e com o gerenciamento das mídias sociais na instituição.

A Coordenadoria de Jornalismo é composta por três jornalistas – sendo um o coordenador de Jornalismo – e um estagiário, os quais têm a função de registrar e divulgar o maior número possível de fatos e eventos que possam ser de interesse tanto do público interno quanto do público externo. Ainda que sediada na Reitoria do IFSC, a Coordenadoria de Jornalismo é responsável, geograficamente, por todos os câmpus, tanto os que estão em funcionamento quanto os que estão em construção.

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