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2.5 PRODUTIVIDADE LABORAL

2.5.2 Instrumento Rápido para Avaliação da Produtividade de Trabalhadores

Trata-se de um instrumento para avaliar as flutuações da produtividade em diferentes momentos da jornada de trabalho criado por Menezes (2017). O instrumento foi desenvolvido e validado conforme as etapas a seguir:

- Pesquisa na literatura → Nas bases de dados indexadas Web of Knowledge, Pubmed, Bireme, EBSCO Host, Science Direct e Scopus, encontrando 522 artigos, dos quais 14 fizeram parte da formulação das questões.

- Criação das 10 perguntas → divididas em dimensões: uma dimensão chamada “Variáveis Gerenciais (VG)” que contempla cinco questionamentos que envolvem a percepção da satisfação com o trabalho realizado, a aptidão e a segurança na tomada de decisões e o nível de concentração e eficiência do trabalhador; e outra dimensão chamada “Variáveis Físicas e Mentais (VFM)” que se refere à perguntas que buscam as variações de humor, os sintomas clínicos e o nível de cansaço físico e mental dos trabalhadores.

- Divisão da jornada → melhor análise da variação dos níveis de produtividade subjetiva dos trabalhadores durante uma jornada de trabalho optou-se pela divisão da jornada em períodos de duas horas cada.

Etapa 2: Desenvolvimento do formato

- 1° Coluna → foram inseridas as 10 perguntas.

- 1° Linha → foram inseridas as medidas progressivas de percepção (nada, pouco, regular, muito , totalmente).

Etapa 3: Pontuação das respostas

- Medida progressiva de Lickert → usando os valores de 0 a 4.

- Escore final → onde 0 (zero) é o menor valor possível e 40 (quarenta) o maior. - Percentual Subjetivo de Produtividade → verificado na equação 14.

(14)

Etapa 4: Processo de validação - Comitê de especialistas

- Validade convergente → comparação dos resultados obtidos no instrumento em desenvolvimento com o resultado de outros instrumentos que reconhecidamente medem o mesmo fenômeno.

- Medida de confiabilidade → a coerência associada à constância dos resultados, ou seja, a confiança que uma medida inspira.

Quadro 4- Versão final do instrumento

INSTRUMENTO RÁPIDO PARA AVALIAÇÃO SUBJETIVA DE PRODUTIVIDADE LABORAL INTRAJORNADA

Você está sendo convidado a responder perguntas referentes ao seu desempenho produtivo durante sua jornada de trabalho. Esse instrumento é individual e autoaplicável e refere-se ao seu desempenho comparativo nas ÚLTIMAS DUAS HORAS DE TRABALHO. Ao final, das avaliações você será questionado sobre sua idade e outros dados referentes a você, estes servirão para entendermos melhor suas respostas.

Você deve preencher com um “X” o campo que mais expressa sua percepção durante a avaliação. Lembrando que todas as questões devem ser respondidas. NÃO EXISTEM

ALTERNATIVAS CERTAS OU ERRADAS, o instrumento é subjetivo, portanto fique

confortável para responder às questões. Queremos apenas saber sua opinião pessoal. Fique à vontade para retirar-se da pesquisa se sentir-se constrangido ou desconfortável.

Obrigado pela Colaboração!

QUESTÕES Nada Pouco Regular Muito Totalmente

O quão concentrado e

eficiente me senti nas

últimas 2 horas?

O quão cansado ou

sonolento me senti

nas últimas 2 horas? O quão produtivo me

senti para trabalhar nas últimas 2 horas? O quão apto ( capaz) me

senti para tomar

decisões no trabalho

nas últimas 2 horas? O quão seguro ( certo)

estive de minhas ações no trabalho nas últimas 2 horas?

O quão irritado ou

chateado durante o

trabalho estive nas últimas 2 horas? O quão difícil (física ou

realização do trabalho nas últimas 2 horas? O quanto de vigor tive

para trabalhar nas

últimas 2 horas? O quanto de sintomas

físicos (dor, vertigem,

tontura, etc.) tive nas últimas 2 horas? O quão satisfeito estou

com meu

desempenho no trabalho realizado nas últimas 2 horas?

Fonte: Adaptado de Menezes (2017).

Foi realizado um teste validação de clareza e conteúdo com juízes, utilizando Escalas de Lickert (de 0-10), validação convergente com os instrumentos Questionário de Saúde e Produtividade (HPQ) e Questionário de Saúde e Trabalho (HLQ) e medidas de confiabilidade usando o Split Half Test e o coeficiente alfa de

Cronbach. O instrumento demonstrou-se claro e pertinente pelos juízes, com valores

de 9,11 ± 0,93 para pertinência e 9,23 ± 0,75 para clareza. No caso da validade convergente, o instrumento mostrou alta correlação com os instrumentos HPQ (R2 =

0,86) e HLQ (R2 = 0,82). Quanto à confiabilidade, os resultados foram no Split Half

Test (R2 = 0,78) e nos coeficientes alfa de Cronbach (α = 0,91 para variáveis

3 METODOLOGIA

Neste capítulo serão abordados os procedimentos metodológicos, iniciando- se pela caracterização e organização da pesquisa, população e amostra, coleta de dados, instrumentação e procedimentos para a análise dos dados.

A sustentação desse estudo é realizada por intermédio das Normas existentes que possibilitam medir e analisar as condições de conforto térmico com relação às variáveis ambientais e pessoais dos indivíduos. Além disso, a autopercepção da produtividade dos discentes é verificada com o auxílio de instrumento que avalia as oscilações da produtividade na jornada laboral.

Para a análise desse estudo, foi necessária a aplicação de questionários aos discentes e verificação, medição das variáveis ambientais e pessoais em relação às condições térmicas das salas de aulas.

O conforto térmico foi analisado pelo índice do Voto Médio Estimado (PMV) adotado pela Norma Internacional ISO 7730 (2005) e a percepção de produtividade foi analisada pelo Instrumento Rápido para Avaliação da Produtividade de Trabalhadores (IAPT), desenvolvido e validado pelos pesquisadores na tese de Doutorado de Menezes (2017).

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa é um processo de perguntas e investigação; é sistemática e metódica; e aumenta o conhecimento humano (COLLIS; HUSSEY, 2005).

Sob o ponto de vista da natureza, conforme Gil (1999) a pesquisa será caracterizada com aplicada; visto que , gera conhecimentos para a aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos, envolvendo interesses locais. Do ponto de vista da forma de abordagem do problema classificada como quantitativa, pois considera traduzir em números opiniões e informações para classificá-los e analisá-los.

Por fim, a pesquisa, pelo fato de ter sido realizada diretamente no ambiente de trabalho da amostra, ainda pode ser classificada quanto aos procedimentos como pesquisa de campo, a qual observa o fenômeno onde ele acontece e é usada para se comprovar hipóteses e/ou adicionar informações a um problema permitindo uma

associação com os dados coletados na pesquisa bibliográfica o que pode gerar conclusões novas para os registros existentes e/ou novos problemas a serem resolvidos (LAKATOS; MARCONI, 2003).

3.2 ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA

A metodologia será realizada conforme o a Figura 4.

Figura 3- Organização metodológica da pesquisa

Fonte: Autoria própria

A pesquisa foi planejada conforme a Figura 4 para atender o objetivo geral e os objetivos específicos do estudo.

Figura 4- Planejamento da pesquisa

Identificação dos discentes que irão compor a amostra

Fonte: Autoria própria.

A verificação da existência de correlação entre o PMV e a percepção da produtividade por parte dos discentes de uma Instituição de Ensino Superior é o intuito desse estudo

Local da pesquisa: Salas de Aulas

Percepção da Produtividade

Variáveis Térmicas

IAPT Determinação preditiva do conforto térmico: PMV

Análise estatística de normalidade e significância dos dados

Determinação da correlação, análise de função exponencial entre a Percepção Subjetiva de Produtividade e o PMV Predição da Produtividade utilizando-se como estimador o índice de Conforto Térmico- PMV Coleta de dados

3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA

Os participantes da pesquisa foram os discentes de uma instituição de ensino superior, localizados na cidade de Ponta Grossa/PR, dos cursos de Farmácia, Nutrição, Administração, Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Tecnologia em Radiologia, Tecnologia em Produção Publicitária, Tecnologia de Recursos Humanos. A população total de discentes dos cursos mencionados é composta por 1394 alunos sendo utilizados como critério de inclusão, homens e mulheres, com idade variando entre 18 a 45 anos. O critério de exclusão do estudo foram discentes lactantes, gestantes e pessoas que se encontravam em tratamento de saúde. Para compor a amostra foram selecionados 693 discentes conforme critérios de disponibilidade no período noturno de aulas.

A amostra foi por conveniência, sendo então seguidas as condições afirmadas por Triola (2008) em que o número de pares de dados é grande (n > 30) ou apresentam pares que são provenientes de uma população com distribuição aproximadamente normal.

Os participantes foram escolhidos entre os cursos mencionados acima conforme a disponibilidade e liberação do docente que ministrava suas aulas na turma em estudo. Sendo que os discentes deveriam estar executando a tarefa de atividade estudantil em ambiente interno da sala de aula, portanto, aulas realizadas em laboratório e em ambientes externos não fazem parte deste estudo.

3.4 COLETA DE DADOS

A pesquisa foi realizada em uma instituição de ensino superior localizada na cidade de Ponta Grossa, Paraná. A cidade de Ponta Grossa encontra-se na região sul do Brasil, latitude 25°05’S, longitude 50°09’W, altitude de 975 m acima do nível do mar, no 2º planalto paranaense.

Todos os participantes foram submetidos aos protocolos de coleta de dados somente após assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido. Diante dessa relação direta com os indivíduos da pesquisa, o projeto foi submetido junto ao Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos – UTFPR e obteve sua aprovação (CAAE: 99686818.8.0000.5547), (APÊNDICE B).

Os discentes que participaram do estudo, realizavam suas atividades no período noturno das aulas das 18h40-22h10 (horário de funcionamento dos cursos) e as medições das condições térmicas realizadas no 2° semestre de 2018 e 1º semestre de 2019.

A coleta de dados foi dividida em três etapas: a) Aplicação do protocolo de coleta de dados; b) Equipamento de mensuração das variáveis ambientais; c) Ferramenta para dimensionamento da percepção da produtividade.

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