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6. METODOLOGIA

6.3. INSTRUMENTOS PARA COLETA DE DADOS

Para a caracterização da amostra foi elaborado um questionário domiciliar contendo o nome completo, sexo (feminino ou masculino), estado civil (casado, amasiado, solteiro, divorciado e viúvo), nível de escolaridade (nenhum ou primário incompleto, até a 4 série ou ginasial incompleto; ginasial completo ou colegial incompleto, colegial completo ou superior incompleto e superior completo) e número de carro por domicilio. Os dados de peso e estatura foram auto reportados e foram utilizados para o calculo do IMC através da formula Peso (kg) /Estatura 2 (m).

Foi utilizado o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) realizado pela Fundação Seade-Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), no estado de São Paulo através dos dados do IBGE 2000. Esse índice permite ao gestor público e a sociedade uma visão mais detalhada das condições de vida do seu município, com a identificação e a localização espacial das áreas que abrigam os segmentos populacionais mais vulneráveis à pobreza.

O IPVS avaliou variáveis socioeconômicas (renda e escolaridade do morador e do chefe da família), idade, sexo, abastecimento de água, coleta de lixo, esgotamento sanitário e ciclo de vida familiar (presença de crianças pequenas, adolescentes, mulheres chefes de família ou chefes jovens). Entretanto, para a criação do índice do IPVS, somente as variáveis socioeconômicas e ciclo familiar permaneceram no modelo final para a criação das seis categorias de classificação do IPVS: (www.seade.gov)

Grupo 1 – Nenhuma Vulnerabilidade: engloba os setores censitários em melhor situação socioeconômica (muito alta), com os responsáveis pelo domicílio possuindo os mais elevados níveis de renda e escolaridade. Apesar de o estágio das famílias no ciclo de vida não

ser um definidor do grupo, seus responsáveis tendem a ser mais velhos, com menor presença de crianças pequenas e de moradores nos domicílios, quando comparados com o conjunto do Estado de São Paulo.

Grupo 2 – Vulnerabilidade muito baixa: abrange os setores censitários que se classificam em segundo lugar, no Estado, em termos da dimensão socioeconômica (média ou alta). Nessas áreas concentram-se, em média, as famílias mais velhas.

Grupo 3 – Vulnerabilidade baixa: formado pelos setores censitários que se classificam nos níveis altos ou médios da dimensão socioeconômica e seu perfil demográfico caracteriza-se pela predominância de famílias jovens e adultas.

Grupo 4 – Vulnerabilidade média: composto pelos setores que apresentam níveis médios na dimensão socioeconômica, estando em quarto lugar na escala em termos de renda e escolaridade do responsável pelo domicílio. Nesses setores concentram-se famílias jovens, isto é, com forte presença de chefes jovens (com menos de 30 anos) e de crianças pequenas.

Grupo 5 – Vulnerabilidade alta: engloba os setores censitários que possuem as piores condições na dimensão socioeconômica (baixa), estando entre os dois grupos em que os chefes de domicílios apresentam, em média, os níveis mais baixos de renda e escolaridade. Concentra famílias mais velhas, com menor presença de crianças pequenas.

Grupo 6 – Vulnerabilidade muito alta: o segundo dos dois piores grupos em termos da dimensão socioeconômica (baixa), com grande concentração de famílias jovens. A combinação entre chefes jovens, com baixos níveis de renda e de escolaridade e presença significativa de crianças pequenas permite inferir ser este o grupo de maior vulnerabilidade à pobreza (FERREIRA et al.,2006).

Quadro 3- Classificação do IPVS segundo classificação socioeconômica e ciclo de vida familiar.

Grupo

Dimensões

IPVS Socioeconômica Ciclo de Vida familiar

1 Muita Alta Famílias jovens, adultas ou idosas Nenhuma

2 Média ou Alta Famílias idosas Muito Baixa

3 Alta

Média

Famílias jovens e adultas

Famílias adultas Baixa

4 Média Famílias jovens Média

5 Baixa Famílias adultas e idosas Alta

* Ferreira et al., 2006

Classificação do IPVS por setor censitário na cidade de Rio Claro-SP de acordo com a figura 7.

Figura 7- Índice Paulista de Vulnerabilidade Social para cada setor censitário da cidade de Rio Claro-SP. Ferreira et al., 2006.

6.3.2. Nível de atividade física

Para mensurar o nível de AF foi utilizado o IPAQ – versão longa traduzida para o português. Esse questionário apresenta uma padronização internacional o que permite avaliar e comparar os níveis de AF em diferentes países (CRAIG et al., 2003) além de apresentar uma boa reprodutibilidade no Brasil (BARROS et al., 2000; BENEDETTI et al., 2004; MATSUDO et al., 2002; PARDINI et al., 2001).

Para investigar as AFs realizadas durante o tempo livre, no transporte e no total foram utilizadas questões do IPAQ que avaliam os dias e duração das AF praticadas nos últimos 7. Para determinar o tempo total de AF no tempo de lazer e no total dos quatros domínios de AF foi utilizado a equação proposta por Hallal et al. (2003).

AF tempo de lazer = {AF moderada + (2 X AF vigorosa)}.

Os dados sobre ruas foram adquiridos através da compra do banco de dados do Google Mapas da cidade de Rio Claro. Os dados dos setores censitários foram obtidos através do site do IBGE. Entretanto, para estudar a influência do ambiente na AF foi necessário incluir mais variáveis que foram adquiridos através de diferentes fontes. O quadro 4 demonstra os indicadores de ambiente, fonte de dados e dados disponíveis.

Quadro 4- Indicadores de ambiente construído, fonte dos dados e dados disponíveis utilizados para avaliação do ambiente construído na cidade de Rio Claro-SP.

Variáveis Fonte de dados Dados disponíveis

Ruas Google Mapas Endereços e setores censitários Setores censitários IBGE

www.ibge.org.br Número de habitantes Transporte Público Secretaria de Planejamento,

Desenvolvimento e Meio Ambiente (Sepladema)

Ponto de ônibus

Área de lazer Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais- 2009 Secretaria Municipal de Educação

Escolas

Áreas de Lazer e Transporte

Sepladema

Ciclofaixas Áreas de Lazer Sites: Guia Mais, Guia Rio Claro

e Web Busca

Secretaria de Esportes de Rio Claro

Academias Clubes

Centro de esporte e lazer Escolinhas de esporte Locais Sites: Guia Rio Claro Bancos e Igrejas Locais Fundação Municipal de Saúde Unidades Básicas de Saúde

6.3.4. Densidade Populacional

Densidade populacional é a quantidade de pessoas dentro de uma área especifica (buffer).

O cálculo da densidade populacional foi realizada em 4 etapas, pois os dados do IBGE apresentam apenas informação sobre o setor censitário (HINO, 2009):

1) Foi determinada a Densidade Populacional (DP) do setor censitário: DP = Número de pessoas no setor censitário

Área do setor (km2)

3) Em seguida foi multiplicada a área de cada área delimitada com o DP Área da área delimitada (AAD) = Área da Área delimitada X DP;

4) Para o cálculo da DP dentro da Área delimitada (DPAD) foi realizado a seguinte equação:

DPAD= Número de pessoas no setor censitário Área da Área delimitada