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6. METODOLOGIA

6.2. METODOLOGIA DO ESTUDO DE PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À

Os dados dos participantes do presente estudo foram provenientes dos resultados do estudo “Prevalência e fatores associados à inatividade física em adultos do município de Rio

Claro-SP” o qual foi executado pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho’’ – Rio Claro (UNESP-RC) através do Núcleo de Atividade Física, Esporte e Saúde (NAFES) e o Laboratório de Atividade Física e Envelhecimento (LAFE) com apoio da Secretaria Municipal de Saúde de Rio Claro e Conselho Regional de Educação Física (CREF4/SP).

A coleta de dados ocorreu em dois momentos: outubro a dezembro de 2007 e março a novembro de 2008. Todos os participantes responderam perguntas sobre variáveis individuais e prática de AF realizadas através de entrevistadores (n=5) que receberam treinamento de uma semana sobre os questionários, conduta durante a entrevista e objetivo principal do estudo.

O projeto Prevalência e fatores associados à inatividade física em adultos do município de Rio Claro-SP (número do processo 8592) foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

6.2.1. Delineamento

O delineamento do estudo foi realizado de forma transversal, de base populacional. 6.2.2. População Alvo

Indivíduos com 20 anos ou mais de ambos os sexos, residentes na zona urbana há mais de um ano do município de Rio Claro, SP. De acordo com IBGE (2010), há 181,720 habitantes moradores na zona urbana (92%) de Rio Claro-SP.

6.2.3. Cálculo do tamanho da amostra

Para o cálculo do tamanho amostral foi considerado um erro amostral de 5% e prevalência de 50% de inatividade física na população adulta de Rio Claro-SP. A amostra foi estimada em 764 participantes, calculada através da fórmula abaixo:

N= Z2. p. (1-p) d2 Sendo:

N = população de Rio Claro - SP, com 20 anos ou mais de idade, aproximadamente 128.000 pessoas (DATASUS, 2007)

z = nível de significância (estabelecido em 95%)

P = prevalência esperada do fenômeno a ser investigado d = erro amostral tolerável

Como a amostra foi realizada por conglomerados (setores censitários) foi duplicado o número de participantes, desse modo alcançando 1528 adultos.

6.2.4. Processo de amostragem

O processo de amostragem foi realizado em três estágios: a) seleção dos setores censitários; b) seleção dos domicílios e c) seleção dos moradores com mais de 20 anos de idade. De acordo com o censo do IBGE de 2000 a cidade de Rio Claro apresenta 200 setores censitários (Figura 6) catalogados. Para compor o estudo foram selecionados 97 setores impares e 3 setores pares (estágio 1). Em seguida 7 domicílios de cada setor foi selecionado (n= 700) (estágio 2) e todos os moradores com 20 anos ou mais foram incluídos na amostra (estágio 3).

Figura 6- Mapa de Rio Claro com ilustração dos setores selecionados. 6.2.5. Critérios de exclusão

Não foram incluídos no estudo indivíduos institucionalizados (asilos, hospitais, prisões, etc.) ou indivíduos com incapacidade motora severa (tetraplégicos, paralisia cerebral, etc) e indivíduos com incapacidade mental.

6.2.6. Seleção e Treinamento dos entrevistadores e digitadores

Foram selecionados indivíduos de ambos os sexos com segundo grau completo através de uma prova escrita, nos dois momentos de coleta (2007-2008). Os 5 entrevistadores

selecionados para cada momento da coleta receberam um treinamento de 40 horas que englobava técnicas de abordagem para a entrevista, estudo teórico das técnicas de entrevista, dramatizações, aplicação do questionário utilizando manual de instruções elaborado especificamente para tal fim e uma avaliação especifica (estudo piloto).

Para os entrevistadores foram selecionados indivíduos de ambos os sexos com segundo grau completo e conhecimento básico em base de dados (EPI INFO). Os dois digitadores selecionados receberam um treinamento de 20 horas sobre a codificação dos dados e do programa Epi Info.

6.2.7. Logística

Os entrevistadores, depois de selecionados e treinados, tinham que visitar em média, três domicílios por dia. Cada um dos pesquisadores (n= 4) ficou responsável pela supervisão de 25 setores censitários. Semanalmente, os entrevistadores se encontravam com os supervisores para entrega do material coletado, esclarecimento de dúvidas, revisão dos questionários e informações sobre o andamento do trabalho de campo.

6.2.8. Controle de Qualidade

Em 2007, o controle de qualidade foi realizado pela re-visita de 10% dos domicílios e 30% por telefone de entrevistas de cada entrevistador, sorteados aleatoriamente, para aplicação de um questionário contendo perguntas-chave para a verificação de possíveis erros ou respostas falsas. Além disto, os questionários foram revisados atentamente para o controle de possíveis erros quanto ao preenchimento.

Em relação ao material digitado, o controle de qualidade da digitação foi realizado por bloco de questionários digitados, sendo 50% dos questionários sorteados e conferidos.

Em 2008, o controle de qualidade foi realizado em 30% de entrevistas de cada entrevistador através do telefone. Essa alteração no controle de qualidade ocorreu, pois três pesquisadores responsáveis pela pesquisa realizaram também as entrevistas devido ao número pequeno de entrevistadores.

Ao término do estudo foi realizada a checagem de todos os dados através do software Stata versão 9.0, sendo que todos os valores muito baixos ou muito altos foram excluídos do banco.

6.2.9. Coleta e manejo dos dados

Os entrevistadores visitaram as casas sorteadas no processo de amostragem, objetivando entrevistar todos os indivíduos residentes com 20 anos ou mais de idade. Caso um ou mais possíveis entrevistados não estivessem presentes no momento, as entrevistas eram então agendadas e as casas novamente visitadas. Caso um morador não fosse encontrado em

sua residência ou se recusasse a responder o questionário, eram então realizadas mais três tentativas, em horários diferentes pelo entrevistador. Caso a recusa persistisse, mais duas tentativas eram feitas pelo pesquisador supervisor do setor.

O domicílio era considerado contabilizado, quando todos os indivíduos elegíveis do domicílio fossem entrevistados ou se as recusas persistissem após as providências citadas anteriormente.

Os critérios para exclusão do domicilio sorteado foram: a) não ser residencial; b) estar desocupada; c) o morador não ser encontrado ou recusar a realizar a entrevista em 3 visitas em dias e horários diferentes pelo entrevistador e duas visitas pelo pesquisador supervisor.

6.3. INSTRUMENTOS PARA COLETA DE DADOS