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- Avaliação Fisioterapêutica - conforme mostra o anexo A, baseada em Pereira (2006), Freitas, Miranda e Nery (2006), Flores e Zohman (2002), Cuccione (2002), Quitério, Catai e Silva (2007), foram coletados dados como:

- Identificação: nome, idade, sexo, estado civil e condição profissional;

- Anamnese: história da doença, histórico cirúrgico, número e tipo de medicação; - Exame físico detalhado;

- Dados vitais como FC, PAS e PAD, sempre no braço esquerdo; - Classe funcional do doente;

- Dados Antropométricos:

- peso - por meio de uma balança digital, marca Plena (patrimônio do hospital); - circunferência abdominal, por meio de fita métrica (patrimônio do hospital), na altura da cicatriz unfálica;

- circunferência do tornozelo, por meio de fita métrica, no tornozelo direito, na altura do maléolo medial.

- Teste de Caminhada de 6 Minutos - American Thoracic Society (2002) ATS

Statement: Guidelines for the Six Minute Walk Test: É uma forma quantitativa de mensuração

da capacidade funcional de pacientes com distúrbios cardiovasculares ou respiratórios. Mede a distância percorrida em 6 minutos e pode ser reproduzido em qualquer ambiente. É indicado para avaliar, pré e pós, um determinado tratamento e determina a capacidade funcional de um indivíduo. É considerado um preditor de morbidade e mortalidade em cardiopatas. O teste não deve ser realizado em PAS > 180 mmHg, PAD > 100 mmHg e/ou FC basal > 120 bpm. Para a realização do teste, é necessário um corredor de 30 metros (m), marcado a cada 1m, com

marcação visível do início ao fim da pista, sendo que o começo e o final do circuito devem ter uma marcação diferenciada, como um cone de sinalização.

De acordo com a American Thoracic Society (2002), os cálculos do Teste de Caminhada de 6 Minutos são feitos pelo número de vezes que os indivíduos completam o percurso de 30 metros, durante 6 minutos.

Como sugere American Thoracic Society (2002) ATS Statement: Guidelines for the

Six Minute Walk Test, os sujeitos foram orientados sobre todos os procedimentos a serem

realizados durante o teste e não era realizado qualquer tipo de exercício de aquecimento antes do início do teste. Então, eram solicitados aos indivíduos que caminhassem durante 6 minutos, de acordo com a tolerância individual.

Os materiais utilizados na realização do Teste de Caminhada 6 Minutos foram: - Cronômetro da marca Polar (propriedade do avaliador);

- Frequencímetro da marca Polar (propriedade do avaliador);

- Aparelho de aferir PA, digital, da marca Milenium (patrimônio do hospital);

- Oxímetro digital, colocado no dedo indicador da mão direita dos indivíduos, marca Dixtal, modelo DX-2515 (patrimônio do hospital), com o objetivo de verificar a saturação do oxigênio, antes e ao final do TC6min, nas duas avaliações em que se submeteram os sujeitos;

- Desfibrilador da marca Philps modelo D-10 (patrimônio do hospital);

- Cone de sinalização de trânsito para marcar o percurso de 30 metros (patrimônio do hospital);

- Fita adesiva da marca 3M, com o intuito de marcar cada metro (propriedade privada);

- Bermuda ou calça de malha (do paciente); - Tênis (do paciente).

Verificou-se antes e ao final do TC6min a FC e PA. Observou-se também, antes do teste ou Momento 1, durante o teste ou Momento 2 e após a realização do TC6min ou Momento 3, o grau de cansaço, verificado por meio da escala de Borg. Vale lembrar, segundo Presto e Presto (2005), o cansaço é sempre uma sensação subjetiva referida pelo paciente, numericamente de 6 a 20.

O quadro abaixo facilita a compreensão da alteração da Frequência Cardíaca por meio da própria percepção corporal, durante a prática das atividades físicas. Ele pode ser utilizado para qualquer atividade aeróbia, sendo recomendada como uma opção prática na observação da intensidade de esforço (PRESTO e PRESTO 2005).

6 - 7 Muito fácil 8 - 9 Fácil 10 - 11 Relativamente fácil 12 - 13 Ligeiramente cansativo 14 - 15 Cansativo 16 - 17 Muito cansativo 18 - 19 Exaustivo 20 -

Quadro 2: Valores da escala subjetiva de Borg Fonte: Presto e Presto (2005)

Os números de 6-20, para Borg (1982), são baseados na Frequência Cardíaca de 60- 200 bpm, sendo que o número 12 corresponde aproximadamente 55% e o 16 a 85% da Frequência Cardíaca Máxima.

- Medical Outcome Study 36-item Short Form (MOS-SF-36) - é um questionário de medidas genéricas de qualidade de vida, amplamente utilizado na literatura científica mundial. É sensível à melhora clínica e possui validade, aceitabilidade e confiabilidade comprovadas. Foi também utilizado antes e depois do protocolo de reabilitação.

O MOS-SF-36 é um questionário composto por 36 itens, agrupados em oito dimensões de saúde ou domínios: funcionamento do organismo, dor corporal, socialização, saúde mental, vitalidade, percepção geral da saúde, limitações causadas por problemas físicos e limitações por distúrbios emocionais. Tem o propósito de examinar a percepção do estado de saúde pelo próprio paciente (GONÇALVES, 2006).

Como mostra o anexo C, o cálculo do questionário MOS-SF-36 apresenta um escore final de 0 a 100, no qual 0 corresponde à pior qualidade de vida e 100 à melhor qualidade de vida (GONÇALVES, 2006).

- Programa de Reabilitação Fisioterapêutica Cardíaca (PRFC) - baseado em Kisner e Colby (2005), Quitério, Catai e Silva (2007), Moraes et al (2005), Carvalho et al (2006), Flores e Zohman (2002) e Godoy (1997), foi denominado pela autora deste estudo e consiste em exercícios ativos, exercícios de relaxamento, alongamentos e dinâmicas, que são sempre realizados em grupo e aplicados por fisioterapeutas, com duração de 60 minutos, divididos em três fases: Aquecimento, Atividade Aeróbica e Desaquecimento. Alguns exemplos de exercícios são mostrados no anexo G.

- Fase de Aquecimento - são realizados pelos sujeitos exercícios de alongamentos que, para Kisner e Colby (2005), são manobras para aumentar a mobilidade dos tecidos moles, feitas em grandes e pequenos grupos musculares, de todos os seguimentos corporais, como cervical e tronco, membros superiores e inferiores. Essa fase tem duração em torno de 5 minutos, sendo 15 segundos para cada seguimento. Kisner e Colby (2005) comentam, ainda, que o alongamento promove a liberação de calor no músculo, podendo assim ser usado como exercício de aquecimento.

- Fase de Atividade Aeróbica - são 40 minutos, divididos em 20 minutos de caminhada em terrenos com aclive e declive, alternando a cadência com maior e menor velocidade. Em seguida, 20 minutos de exercícios ativos em todos os seguimentos corporais, nas posições de pé, sentada e deitada, simulando as atividades diárias (sempre nas dependências do hospital). Segundo Evangelista, Kagawa e Dracup (2001), são essas atividades as desencadeadoras, na maioria das vezes, dos sintomas da doença.

- Desaquecimento - 15 minutos finais de exercícios de relaxamento, como: automassagem, alongamentos e dinâmicas em grupo, com exercícios realizados em todos os seguimentos corporais, lentamente, para finalizar o trabalho.

Ainda fez parte do programa trabalhos educativos, aplicados por meio de palestras e orientações relacionadas à doença, aos pacientes e aos familiares, que sempre eram convidados, além de programas recreativos, como a promoção de lanches saudáveis, cantorias, sessão com filmes relacionados ao envelhecimento. Nessa etapa da reabilitação, outros profissionais da equipe NUPAIC também participaram, assim como os pacientes não estáveis, que se mostravam dispostos. Essa fase do trabalho foi importante para garantir a adesão dos participantes. Para obter os benefícios do treinamento físico, Monteiro et al (2007) enfatizam a importância da adesão dos indivíduos aos programas de exercícios que fogem de rotinas rígidas de prescrição, pois podem ser interessantes para portadores de IC.

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