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Instrumentos financeiros Controladora e consolidado

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15 Instrumentos financeiros Controladora e consolidado

(a) Identificação e valorização dos instrumentos financeiros

A Companhia e suas controladas operam com instrumentos financeiros, com destaque para disponibilidades, incluindo aplicações financeiras, contas a receber de clientes, contas a pagar a fornecedores e empréstimos e financiamentos. Adicionalmente, a controladora também operou com instrumentos financeiros derivativos, especialmente operações de swap.

Considerando a natureza desses instrumentos, o valor justo é basicamente determinado pela aplicação do método do fluxo de caixa descontado. Os valores registrados no ativo e no passivo circulante têm liquidez imediata no vencimento, em sua maioria, em prazos inferiores a seis meses. Considerando o prazo e as características desses instrumentos, que são sistematicamente renovados, os valores contábeis se aproximam dos valores justos, com exceção das operações de swap detalhadas adiante.

Os principais instrumentos financeiros ativos e passivos das Companhias em 31 de março de 2009 estão descritos a seguir, bem como os critérios para sua valorização / avaliação:

(b) Caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras, contas a receber,outros ativos circulantes, e contas a pagar

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Os valores contabilizados aproximam-se aos de realização.

(c) Investimentos - Controladora

Consistem em investimentos em controladas de capital fechado, registrados pelo método de equivalência patrimonial, nas quais a Companhia tem interesse estratégico. Considerações de valor de mercado das ações possuídas não são aplicáveis.

(d) Empréstimos e financiamentos

Os empréstimos e financiamentos substancialmente têm suas taxas atreladas à variação do CDI ou a taxas de mercado e, dessa forma, também se aproximam do valor de mercado.

(e) Política de gestão de riscos financeiros

As companhias seguem política de gerenciamento de risco, que orienta em relação a transações e requer a diversificação de transações e contrapartidas. Nos termos dessa política, a natureza e a posição geral dos riscos financeiros é regularmente monitorada e gerenciada a fim de avaliar os resultados e o impacto financeiro no fluxo de caixa. Também são revistos, periodicamente, os limites de crédito e a qualidade do hedge dos contrapartes.

Os riscos de mercado são protegidos quando é considerado necessário suportar a estratégia corporativa ou quando é necessário manter o nível de flexibilidade financeira. A diretoria executiva examina e revisa informações relacionadas com o gerenciamento de riscos, incluindo políticas significativas, procedimentos e práticas aplicadas no gerenciamento de riscos.

Nas condições da política de gerenciamento de riscos, a Companhia administra alguns dos riscos por meio da utilização de instrumentos derivativos, que geralmente proíbem negociações especulativas e venda a descoberto.

(f) Risco de crédito

A política de vendas das Companhias considera o nível de risco de crédito a que está disposta a se sujeitar no curso de seus negócios. A diversificação de sua carteira de recebíveis, a seletividade de seus clientes, assim como o acompanhamento dos prazos de financiamento de vendas e limites individuais de posição, são procedimentos adotados a fim de minimizar eventuais problemas de inadimplência em seu contas a receber.

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25/05/2009 08:41:31 Pág: 45 (g) Risco de liquidez

É o risco das Companhias não possuírem recursos líquidos suficientes para honrar seus compromissos financeiros, em decorrência de descasamento de prazo ou de volume entre os recebimentos e pagamentos previstos.

Para administrar a liquidez do caixa em moeda nacional e estrangeira, são estabelecidas premissas de desembolsos e recebimentos futuros, sendo monitoradas diariamente pela área financeira.

(h) Risco com taxa de câmbio e juros

As Companhias apresentam riscos de mercado relacionados a mudanças adversas nas taxas de juros e taxas de câmbio. O endividamento está indexado em moeda local a taxas variáveis e parte das receitas (10%), advém de exportações, expondo as Companhias a variações na taxa de câmbio.

O endividamento está indexado substancialmente ao CDI, portanto sujeito a taxas de juros variáveis. O resultado financeiro é afetado pelas mudanças em taxas de juros variáveis.

Em 31 de março de 2009, as companhias possuíam ativos e passivos denominados em moeda estrangeira nos montantes descritos abaixo:

Controladora Consolidado

31/03/09 31/03/09

Moeda

estrangeira Reais Moeda estrangeira Reais

Ativo

Caixa em US$ 19 43

Contas a receber em US$ 5.356 12.397 5.356 12.397

(Adiantamento Contrato Câmbio) em

US$ (78) (180 ) (78) (180)

Passivo

Fornecedores em US$ (608) (1.407 ) (614) (1.422)

Empréstimos em US$ (3.247) (7.517 ) (4.523) (10.472)

Comissões a Remeter US$ (361) (836 ) (245) (567)

Exposição líquida 1.062 2.457 (85) (201)

(i) Operações com derivativos - Controladora

Em 31 de dezembro de 2008, a Companhia possuía operações de Notas de Crédito de Exportação (NCEs), realizadas em moeda corrente nacional, em um montante de R$ 76.578 (curto e longo prazos) .A Companhia contratou operações de swap - troca de

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índices financeiros com verificações - com várias instituições financeiras, através das quais buscou uma redução dos custos financeiros incidentes sobre os valores pactuados. Através dessas operações de swap, houve a troca dos índices do CDI constantes das NCEs por um percentual menor do CDI e uma parcela de variação cambial. Essas operações de swap possuiam vencimentos até fevereiro de 2010 e sobre elas não foi concedida qualquer espécie de garantia, bem como não estão sujeitas a “chamada de margem”, que consiste em efetuar depósitos para garantir o cumprimento dos contratos. O valor nocional é a base de cada verificação mensal, sendo mensurado e liquidado o valor de acerto entre a Companhia e contraparte, através da comparação entre a taxa de câmbio contratada (Strike Price) e a taxa de câmbio da verificação (PTAX), também em bases mensais.

Quando a taxa de câmbio nas respectivas datas de verificação for superior a taxa de câmbio contratada configura-se uma perda para a Companhia (a perda ocorre somente pela diferença de taxas Strike e PTAX).

Metodologia de cálculo do valor justo dos derivativos

Em 31 de dezembro de 2008, o valor justo do saldo dessas operações representava uma perda no montante de R$ 33.390, registrados como despesas financeiras. Esse valor foi apurado com base na conversão dos respectivos valores de referência (nocional) destacados nas mencionadas operações de swap, utilizando-se para tanto a cotação do dólar no mercado futuro aplicável nas datas de vencimentos das respectivas operações (datas de verificações).

Em virtude da alta volatilidade e incertezas quanto a cotação da moeda Norte-americana, a Companhia optou pela liquidação de todas as suas operações de derivativos em aberto em 31 de dezembro de 2008. Dessa forma, ainda no primeiro trimestre de 2009 foram efetuadas as seguintes operações, conforme tabela abaixo:

Janeiro/2009 Fevereiro/2009 Março/2009 Total Nocional Custo Nocional Custo Nocional Custo Nocional Custo

Custo US$ R$ US$ R$ US$ R$ US$ R$

Liquidação 16.879 6.200 75.600 19.650 6.650 3.695 99.129 29.545

Verificação 4.060 2.074 4.060 2.074

20.939 8.274 75.600 19.650 6.650 3.695 103.189 31.619 Em função da liquidação antecipada das operações em aberto, a Companhia registrou em março de 2009, o montante de R$ 1.960 na rubrica de Receitas financeiras em função da

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reversão da provisão para perdas com derivativos, efetuada com base no valor justo em 31 de dezembro de 2008.

As perdas da Companhia com operações de derivativos, já contabilizadas em 2008, totalizaram R$ 51,4 milhões, sendo R$ 19,8 milhões de operações liquidadas em 2008 e R$ 31,6 milhões de operações liquidadas em 2009. Os recursos utilizados no pagamento dessas perdas foram oriundos de empréstimos junto às instituições financeiras não impactando o fluxo de caixa atual da Companhia.

Adicionalmente, com objetivo de melhorar o perfil da dívida, a Companhia negociou o alongamento da dívida junto aos bancos conforme demonstrado abaixo:

Prazo Carência Custo Amortização R$

4 anos 6 meses CDI + 5,50% aa 42 meses 35.000

3 anos 12 meses CDI + 4,28% aa 24 meses 17.700

2 anos CDI + 6,17% aa 24 meses 6.500

Estas ações permitiram que a Companhia atingisse seu objetivo de compor seu endividamento em 40% de curto prazo e 60% de longo prazo.

Em 31 de março de 2009 a Companhia não detém outros instrumentos financeiros que possam ser enquadrados como derivativos financeiros.

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