• Nenhum resultado encontrado

INSTRUMENTOS FINANCEIROS

No documento Rodovias das Colinas S.A. (páginas 39-46)

(a) Refere-se a investimentos efetuados nas rodovias que geram benefício econômico futuro e que retornarão ao Poder Concedente quando da extinção da concessão,

20. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

De acordo com a sua natureza, os instrumentos financeiros podem envolver riscos conhecidos ou não, sendo importante a avaliação potencial dos riscos. Os principais fatores de risco que podem afetar os negócios da Sociedade estão apresentados a seguir: Gestão de risco de capital

A Administração gerencia seus recursos a fim de assegurar a continuidade dos negócios, além de prover retorno aos acionistas.

A estrutura de capital da Sociedade consiste em passivos financeiros, caixa e equivalentes de caixa, títulos e valores mobiliários e patrimônio líquido, compreendendo o capital social, as reservas de lucros e o dividendo adicional proposto

Os objetivos da Sociedade ao administrar seu capital são de salvaguarda da capacidade e continuidade das operações, oferecendo retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas, além de manter uma estrutura de capital ideal para reduzir custo e maximizar os recursos para aplicação em novos investimentos e investimentos nos

Índice de endividamento

O índice de endividamento no fim do exercício é o seguinte:

31/12/16 31/12/15

Dívida 1.137.900 924.386

Caixa e equivalentes de caixa (97.268) (48.571)

Dívida líquida 1.040.632 875.815

Patrimônio líquido 492.513 591.637

Índice de endividamento líquido 2,11 1,48

A Sociedade possui índice de endividamento líquido de 2,11 em 31 de dezembro de 2016 (1,48 em 2015), como resultado da emissão de debêntures privadas, posteriormente substituídas pela emissão de debêntures públicas (nota explicativa nº 7), cujos recursos foram destinados para amortização de dívidas de curto e longo prazos, bem como para a aquisição de debêntures simples emitidas por sua controladora com o objetivo de financiar investimentos em outra concessionária de rodovias (nota explicativa n° 5).

Valor justo dos instrumentos financeiros

a) Instrumentos financeiros registrados ao custo amortizado

Os instrumentos financeiros mantidos pela Sociedade são registrados ao custo amortizado e aproximam-se de seu valor justo, devido ao que segue:

(i) O caixa, os equivalentes de caixa e as aplicações financeiras vinculadas estão substancialmente indexados ao CDI.

(ii) As contas a receber de clientes e as contas a pagar a fornecedores possuem prazo médio de 30 dias.

(iii) As contas a receber de partes relacionadas possuem prazo superior a um ano e estão atreladas a operações futuras de empresas vinculadas a um de seus controladores, conforme apresentado na nota explicativa n° 5, e incorporam os juros a receber até a data do balanço.

(iv) Credor pela concessão refere-se ao compromisso assumido com o Poder

Concedente, conforme mencionado na nota explicativa n° 10, e está atualizado monetariamente e ajustado a valor presente até a data do balanço.

Uma vez que a natureza, a característica e as condições contratadas estão refletidas nos saldos contábeis, os saldos elegíveis são ajustados a valor presente quando aplicável.

A seguir são apresentados os saldos de instrumentos financeiros mantidos pela Sociedade conforme suas características:

31/12/16 31/12/15 Ativos

Empréstimos e recebíveis

Caixa e equivalentes de caixa 97.268 48.571

Clientes 33.069 32.941

Contas a receber - partes relacionadas circulante e não circulante 185.236 307.417

Debêntures - partes relacionadas 698.468 604.556

Outros ativos 2.352 2.546

Passivos

Passivos financeiros ao custo amortizado

Fornecedores nacionais e partes relacionadas 41.085 39.289

Debêntures - 4ª emissão - 1ª série, 5ª emissão e 6ª emissão 690.223 506.777

Credor pela concessão 30.144 35.763

Outras contas a pagar 23.240 23.613

b) Instrumentos financeiros derivativos registrados pelo valor justo

As contratações de instrumentos financeiros derivativos na Sociedade têm o objetivo de proteção ao risco de variação da inflação de suas debêntures que possuem correção indexada ao IPCA, conforme demonstrado na nota explicativa n° 7, e foram firmadas com várias contrapartes. Os derivativos avaliados com técnicas de avaliação com informações observáveis de mercado são principalmente “swaps” de taxa de juros. A Sociedade utiliza a seguinte hierarquia para determinar e divulgar o valor justo de instrumentos financeiros por técnica de avaliação:

• Nível 1: são obtidos de preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos.

• Nível 2: são obtidos por meio de outras variáveis além dos preços cotados incluídos no nível 1, que são observáveis para o ativo ou passivo diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, com base em preços).

• Nível 3: são as obtidos por meio de técnicas de avaliação que incluem variáveis para o ativo ou passivo, mas que não têm como base os dados observáveis de mercado (dados não observáveis).

Em 31 de dezembro de 2016, a Sociedade mantinha os instrumentos financeiros mensurados pelo valor justo determinados de acordo com o nível 2, pois considera outras variáveis na mensuração, e não apenas o preço dos produtos.

A Sociedade contratou “swap” para troca de taxa prefixada de 5,00% a 5,70% ao ano adicional à variação do IPCA, por variação CDI mais 0,279 a 0,66% ao ano. Essa operação, assim como a dívida (objeto do “hedge”), está sendo avaliada de acordo com a contabilidade de “hedge” de valor justo.

O método de valoração utilizado para o cálculo do valor justo dos instrumentos

derivativos foi o fluxo de caixa descontado considerando expectativas de liquidação ou realização de passivos e ativos às taxas de mercado vigentes na data do balanço. Os valores justos são calculados projetando os fluxos futuros das operações, utilizando as curvas da BM&FBovespa e trazendo a valor presente utilizando as taxas de DI de mercado para “swaps”, divulgadas, também, pela BM&FBovespa.

Os contratos de “swap” são designados e efetivos como “hedge” de valor justo em relação à taxa de juros. Durante o período, o “hedge” foi 100% efetivo na exposição do valor justo às mudanças de taxas de juros e, como consequência, o valor contábil das debêntures foi ajustado em R$22.689 e reconhecido no resultado como despesa financeira no mesmo momento em que o valor justo de “swap” de taxa de juros era reconhecido no resultado.

A posição desses derivativos em aberto, em 31 de dezembro de 2016, é como segue: Descrição Data de início dos contratos Data de vencimento Posição (valor de referência) Valor de referência (nocional) Valor justo (“fair value”) 31/12/15 Valor justo (“fair value”) 31/12/16 Efeito acumulado - valor a receber (pagar)

Contratos ponta ativa Taxa pós

Banco Santander (Brasil) S.A. 12/06/13 15/10/20 IPCA + 5,00% 40.000 39.648 36.590 (3.058)

12/06/13 17/04/23 IPCA + 5,70% 100.000 116.396 132.262 15.866

Banco Itaú S.A. 12/06/13 15/10/20 IPCA + 5,00% 54.778 54.296 50.108 (4.188)

12/06/13 17/04/23 IPCA + 5,70% 157.265 183.050 208.001 24.951

Banco BTG Pactual 12/06/13 15/10/20 IPCA + 5,00% 30.000 29.736 27.442 (2.294)

Total 382.043 423.126 454.403 31.277

Contrato ponta passiva Taxa pós

Banco Santander (Brasil) S.A. 12/06/13 15/10/20 CDI + 0,25% 40.000 35.588 29.757 5.831

12/06/13 17/04/23 CDI + 0,69% 100.000 113.088 113.236 (148)

Banco Itaú S.A. 12/06/13 15/10/20 CDI + 0,294% 54.778 48.794 40.794 8.000

12/06/13 17/04/23 CDI + 0,669% 157.265 177.450 177.690 (240)

Banco BTG Pactual 12/06/13 15/10/20 CDI + 0,29% 30.000 26.720 22.339 4.381

Total 382.043 401.640 383.816 17.824

Instrumentos derivativos, líquidos a realizar 70.587

Instrumentos derivativos, líquidos 49.101

Ajuste de valor justo das debêntures (item protegido) (22.689)

Pagamento de instrumento financeiro (23.104)

Efeito acumulado no exercício 3.307

Riscos de mercado

a) Exposição a riscos cambiais

Em 31 de dezembro de 2016, a Sociedade não apresentava saldo relevante de ativo ou passivo denominado em moeda estrangeira.

b) Exposição a riscos de taxas de juros sem “hedge”

A Sociedade está exposta a riscos normais de mercado. Em 31 de dezembro de 2016, a Administração efetuou análise de sensibilidade, conforme determinado pela Instrução CVM nº 475/08, que requer que sejam apresentados dois cenários, e foram

considerados aumentos de 25% e de 50% nas taxas de juros esperadas sobre os saldos de debêntures, líquidos das aplicações financeiras, que poderão gerar impacto nos resultados e nos caixas futuros da Sociedade, conforme descrito a seguir:

• Cenário provável: manutenção nos níveis de juros nos mesmos níveis observados em 31 de dezembro de 2016.

• Cenário II: aumento de 25% no fator de risco principal do instrumento financeiro em relação ao nível verificado em 31 de dezembro de 2016.

• Cenário III: aumento de 50% no fator de risco principal do instrumento financeiro em relação ao nível verificado em 31 de dezembro de 2016.

Valor contábil Cenário provável Cenário II 25% Cenário III 50%

Variação do CDI (i) - 11,56% 14,45% 18,06%

Variação do IPCA (i) - 6,38% 7,98% 9,97%

Empréstimos - indexador:

Debêntures – CDI (c) 690.223 (92.879) (113.166) (133.452)

Debêntures - IPCA – pós “swap” (c) (d) 461.395 (56.238) (69.647) (83.057)

Aplicações financeiras e debêntures ativas - indexador:

CDB, operações compromissadas - CDI 93.059 10.900 13.626 16.350

Debêntures ativas - CDI 698.468 103.094 128.867 154.641

Exposição líquida 360.091 (35.123) (40.320) (45.518)

Aumento nas despesas financeiras em relação ao

cenário base - - (5.197) (10.395)

“Swap” versus debêntures: (ii)

Derivativos (risco de queda do IPCA) - 8.993 22.804 46.706

Debêntures (risco de aumento do IPCA) - (8.993) (22.804) (46.706)

(i) Fonte: Boletim de índices financeiros da BM&F Bovespa projetado para 2017.

(ii) Consideram o efeito da variação do CDI para os próximos 12 meses ou até a data de vencimento do contrato, o que for menor, sobre as debêntures (nota explicativa n° 7) emitidas originalmente em IPCA (2ª e 3ª séries), após o efeito do “swap” que efetivou a troca do indexador de IPCA para CDI.

c) Risco de crédito

Esse risco advém da possibilidade de a Sociedade não receber valores decorrentes de operações de vendas ou de créditos detidos com instituições financeiras, gerados por operações de investimento financeiro. Com relação às aplicações financeiras, a

Sociedade mantém contas-correntes bancárias e aplicações financeiras aprovadas pela Administração, de acordo com critérios objetivos para diversificação de riscos de crédito.

A Sociedade apresenta valores a receber da empresa CGMP - Centro de Gestão de Meios de Pagamento S.A., conforme descrito na nota explicativa n° 4, decorrentes da arrecadação de pedágios pelo sistema eletrônico de pagamento de pedágio

(“Sem Parar”). A Sociedade possui carta de fiança firmada por instituição financeira para garantir a arrecadação das contas a receber com a CGMP.

d) Risco de liquidez

O risco de liquidez é monitorado por um modelo de gerenciamento que determina as necessidades de captação e gestão de liquidez no curto, médio e longo prazos. A Administração gerencia o risco de liquidez mantendo adequadas reservas, linhas de crédito bancário para captação de empréstimos que julgue adequados, por meio do monitoramento contínuo dos fluxos de caixa, previstos e reais, e pela combinação dos perfis de vencimento dos ativos e passivos financeiros.

As debêntures passivas, conforme mencionado na nota explicativa n° 7, foram emitidas tendo em vista o pagamento e alongamento dos empréstimos e

financiamentos existentes, além do repasse de recursos à controladora, conforme mencionado na nota explicativa n°5.

A tabela a seguir mostra em detalhes o prazo de vencimento dos ativos e passivos financeiros e os prazos de amortização contratuais. A tabela foi elaborada de acordo com os fluxos de caixa não descontados dos passivos e ativos financeiros com base no vencimento contratual e na data mais próxima em que a Sociedade deve quitar as respectivas obrigações e recebíveis. A tabela inclui os fluxos de caixa dos juros e do principal. Na medida em que os fluxos de juros são pós-fixados, as atualizações tiveram como base a taxa DI na data do balanço: Modalidade Valor contábil Juros estimados (a) Até 90 dias Mais de 90 dias Circulante De 2 a 3 anos De 4 a 5 anos Acima de 6 anos Não circulante

Ativos circulantes e não circulantes

Clientes e contas a receber Poder Concedente 69.974 - 33.069 - 33.069 36.905 - - 36.905 Partes relacionadas 883.704 669.873 - 16.110 16.110 - 1.537.467 - 1.537.467 Instrumentos financeiros 70.588 118.358 - - - - 46.658 142.288 188.946 Outras contas a receber 2.351 - - 2.351 2.351 - - - - Total 1.026.617 788.231 33.069 18.461 51.530 36.905 1.584.125 142.288 1.763.318 Passivos Debêntures – principal (b) 1.094.458 174.922 - 188.974 188.974 150.480 606.021 323.905 1.080.407 Debêntures – juros 43.442 349.008 - 134.401 134.401 93.565 137.162 27.322 258.049 Instrumentos financeiros - 30.100 - 18.906 18.906 11.194 - - 11.194 Credor pela concessão 32.544 - 2.999 7.726 10.725 20.140 1.679 - 21.819 Fornecedores e partes relacionadas 41.085 - 22.174 18.911 41.085 - - - - Outras contas a pagar 23.240 - 1.023 22.217 23.240 - - - - Total 1.234.769 554.030 26.196 391.135 417.331 275.379 744.862 351.227 1.371.468

(a) Fluxos de caixa futuros relacionados a taxas variáveis foram projetados com base nos índices de 31 de dezembro de 2016 aplicados e mantidos constantes até os vencimentos dos contratos.

(b) Amortização de principal e pagamento de juros calculados de acordo com as previsões da escritura da 4ª, 5ª e 6ª emissões das debêntures. As amortizações de principal da 2ª e 3ª séries tiveram atualização monetária pelo IPCA, conforme escritura.

2017-CPS-0170.docx

No documento Rodovias das Colinas S.A. (páginas 39-46)

Documentos relacionados