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integral ainda que o devedor seja insolvente, mas se não há nenhuma possibilidade de o credor recuperar em todo ou em

parte o que lhe é devido, aquele direito em nada aumenta a

sua riqueza.

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CONTROLISMO

• As idéias de Besta, apesar de seus seguidores, dentre eles Vittorio Alfieri, Pietro Rigobon, Francesco de Gobbis, Vincenzo Vianelo, Pietro D’Alvise e o mais importante de todos, Carlo Ghidiglia, não encontraram grandes repercussões na Itália, berço de todas suas argumentações, nem em outros países. O maior mérito foi a reação provocada contra o Personalismo procurando dar o máximo à riqueza patrimonial como algo concreto, real, objeto de indagações próprias, ainda que, por finalidade, a entendesse como controle; a localização da Contabilidade no campo material e do valor enfatiza a necessidade de abandonar-se o raciocínio jurídico dos personalistas para situar-se em uma realidade materialista de maior significação.

CONTROLISMO

• Assim como o Personalismo teve seu grande gênio, Giovanni

Rossi, o Controlismo teve Carlo Ghidiglia, que admitia a

Contabilidade como ciência, tendo a seu cargo regular todas as

ações que se relacionam com a riqueza e com as necessidades

humanas, estabelecendo uma hierarquia para o estudo dos

fenômenos: estudo da riqueza, estudo das funções da riqueza e

estudo dos agregados da riqueza.

REDITUALISMO

• Desenvolveu-se principalmente na Alemanha, tendo como

principal líder Eugen Schmalenbach e, entre outros seguidores, W.

Malhberg, E. Geldmacher, M. R. Lehmannn, E. Walb e Frederich

Leiter com seu reditualismo específico.

• Era a corrente de pensamento que enunciava ser o resultado

(lucro ou prejuízo) o objeto de estudo da contabilidade, ou seja, o

reconhecimento da perda ou do lucro como fonte principal da

continuidade da atividade empresarial.

REDITUALISMO

• Os reditualistas estudavam a dinâmica da riqueza patrimonial,

mas desprezavam a estrutura dos elementos patrimoniais.

Conseguiram desenvolver-se num país socialista, embora a

corrente estivesse voltada para o capitalismo.

• Schmalenbach visualizava os fenômenos circulatórios da riqueza

patrimonial em sua dinâmica, dando a essa dinâmica o aspecto

temporal não coincidente com o ano calendário, mas com o ciclo

operacional.

REDITUALISMO

• O julgamento do rédito deve ser uma medida relativa entre o que o capital oferece ao empreendedor e o que a azienda oferece à sociedade em que se encontra. Os reditualistas tiveram a propriedade de reconhecer o valor da consideração dos fluxos em contabilidade, ou seja, do estudo de uma dinâmica patrimonial, da relatividade do lucro, da realidade empresarial.

• E embora admitissem sob a denominação de economia da empresa todos esses princípios, em realidade não fizeram senão desenvolver seus principais raciocínios sob a ótica patrimonial, contábil, inclusive com um sem número de exemplos práticos.

REDITUALISMO

• O reditualismo não ganhou força como escola pois diversos

apreciadores das enunciações de Schmalenbach criticavam seu

objeto de estudo argumentando que o rédito é o efeito da

dinâmica patrimonial e não a causa.

AZIENDALISMO

• Motivados pela ansiedade de se encontrar o campo e o objeto de estudos da Ciência Contábil, os pesquisadores da época evidenciaram o surgimento de nova corrente que enunciava existirem os sistemas de ciências que cuidavam de fenômenos ocorridos nesse mundo particular, o que inspirou o Aziendalismo.

• O Aziendalismo, antes de se desenvolver como grande escola de pensamento italiano, teve suas origens com pesquisadores de outras partes do mundo: da França, Courcelle-Seneuil; da Rússia, Leo Gomberg; da Suíça, Johann Friedrich Schar; e da Alemanha H. Nicklisch e Rudolf Dietrich.

AZIENDALISMO

• Courcelle acenou para um complexo entendimento de toda a empresa como objeto comum científico, que anteriormente já era preconizado por Cerboni e sustentado por Rossi, quando admitiam um raciocínio de unidade de funções dentro da azienda.

• Foi Gomberg o primeiro a despertar para uma economia aziendal, que mais tarde se tornaria, na Itália, a corrente aziendalista. Gomberg tomou como objeto de estudos a riqueza impessoal ou administrativa, deu foco à economia e denominou a Contabilidade como Economologia, tendo como função estudar todos os fatos da gestão patrimonial.

AZIENDALISMO

• Gomberg estabeleceu a relação de causa e efeito para os fenômenos patrimoniais, relacionando o efeito ao débito e a causa ao crédito. Enunciava também que o Ativo era o efeito do Passivo, que por sua estrutura era a causa. • Rudolf Dietrich acrescentou, em seus estudos do aziendalismo socialista, a

visão de dinâmica patrimonial.

• Em sua visão idealista, entendia que os fatores homem, natureza e trabalho só poderiam estar organizados para atender o social, e que o lucro deveria ser considerado como um fator patológico.

AZIENDALISMO

• Tendo como base a economia aziendal, a Escola Veneziana enunciava o Aziendalismo, com Alberto Ceccherelli e com seu principal líder italiano, Gino Zappa, que teve suas raízes nos pensadores alemães.

• Os aziendalistas se preocupavam em estudar o conjunto de ciências que tratavam da azienda como campo de aplicação. Compunha-se da Administração, da Organização e da Contabilidade, sendo cada ciência apenas parte desse conjunto.

• De acordo com seus adeptos, os fenômenos a estudar são os aziendais, e admite a Contabilidade apenas como levantamento de fatos patrimoniais, restringindo-lhe o campo.

AZIENDALISMO

• Gino Zappa defendia a economia aziendal, limitando a Contabilidade aos levantamentos ou relevações da riqueza, mas não apresentou essência para justificar tal classificação.

• Considerava que isolar os fenômenos é um erro, pois se formam por meio de um complexo que deve ser estudado, bem como condenava a elevada importância dada à conta, que na realidade, por si só, não traz informação alguma, sendo simples instrumento de registro que deve ser agrupado com outros elementos para que se possa extrair a informação.

• Para Zappa, o capital é composto por um fundo de valores e não somente por moeda. Zappa ainda afirma que na Economia é o rédito que faz o capital e em Contabilidade é o capital que faz o rédito.

AZIENDALISMO

• Vincenzo Masi se revelou absolutamente contra o Aziendalismo,

alegando que o objeto de estudo da Contabilidade é bem mais

amplo do que apenas o levantamento quantitativo da riqueza

administrativa. Assim como Masi, pensadores de diversos países

não concordaram com a observação apenas quantitativa dos

fenômenos, acenada pelos economistas aziendais: a qualitativa

também deve ser considerada na análise contábil.

PATRIMONIALISMO

• Sua primeira formulação se deu em 1923, com Vincenzo Masi, que considerava como objeto de estudo da Contabilidade os fenômenos do patrimônio aziendal, dividindo seus estudos em estática patrimonial, dinâmica patrimonial e relevação ou levantamento patrimonial.

• Para ele, a estática patrimonial examinava a estrutura do grande sistema da riqueza aziendal, a dinâmica patrimonial tratava da movimentação dessa estrutura, quer sob o aspecto quer de qualidade dos elementos, quer de suas expressões de valor, sendo o levantamento patrimonial, a base racional que permitia ter informações sobre tais relações e aspectos, mas de maneira científica.

PATRIMONIALISMO

• Em 1924 com seu artigo “A pretesa bancarotta scientifica della Ragioneria”, publicado na Revista Italiana di Ragioneria, escreveu:

• Se examinarmos os fenômenos fundamentais de contabilidade, não podemos

deixar de reconhecer que requerem indagações acuradas; não se pode negar que se torna necessário observá-los, expô-los procurar explicá-los; depois, munidos dos ensinamentos oferecidos pelas pesquisas feitas com o subsídio de métodos especiais de investigação, próprios das ciências experimentais, daí retirar normas de prática aplicação a casos concretos. Ora, os fenômenos dos custos, das receitas, do rédito, das entradas e saídas financeiras, para lembrar só alguns do mais evidentes fenômenos contábeis já por nós referidos, são todos investigados em suas fases de constituição e de evolução e apresentam problemas que sempre se apresentaram e sempre se apresentarão.

PATRIMONIALISMO

• Em 1926, na Revista Italiana di Ragioneria, publica o artigo “A Contabilidade

como Ciência do Patrimônio”.

• Masi teve como inspiração as obras de Besta, embora enunciasse seu próprio objeto de estudo. O Patrimonialismo só tomou forma apurada e teve divulgação, que lhe foi peculiar, fora da Itália, pois o ambiente da época não lhe favorecia com tantas idéias preconizadas pelos aziendalistas que formaram uma forte escola.

• Masi adotava a posição de que o mais importante como objeto de estudo é a essência dos fatos e não a sua forma de apresentação, divergindo com essa idéia fundamental os estudos feitos pelas demais escolas de pensamento.

PATRIMONIALISMO

• Masi argumentava:

• A concepção de Contabilidade como ciência do patrimônio não destrói, de fato,

as pesquisas do passado mas, confiando a Contabilidade não só o estudo do levantamento patrimonial, mas também e sobretudo aquele do objeto deste levantamento - o patrimônio aziendal, observado nos seus aspectos estático e dinâmico -, acresce ao conteúdo a importância e a dignidade científica.

PATRIMONIALISMO

• A Contabilidade, de fato, sempre estudou o patrimônio, mas as suas

indagações foram no campo teórico, primeiramente limitadas aos estudos dos instrumentos de levantamento patrimonial e sucessivamente se passou ao estudo do objeto de tais levantamentos.

• Masi enunciava que se deve dar importância não somente ao aspecto quantitativo do patrimônio como também ao qualitativo, evidenciando que muito se extrai da informação sobre o estado patrimonial se forem observados os aspectos citados cumulativamente, não se fazendo distinção entre eles.

PATRIMONIALISMO

• Outra importância dada por Masi era a distinção dos tipos de aziendas em empresas, aquelas destinadas à obtenção do lucro e as instituições com fins ideais. Também se preocupou em conceituar o capital como um fundo de riqueza em constante movimentação, dividindo sua estrutura em capital fixo, que é destinado ao uso produtivo, e circulante que é destinado à realização do objetivo aziendal, evidenciando as suas origens sob a forma de capital de terceiros ou de próprios.

• Outros pensadores se destacaram além de Masi, embora grande parte deles se referenciem às idéias precursoras do grande gênio dessa escola.

PATRIMONIALISMO

• Jaime Lopes Amorim e sua Escola do Porto

• Com características próprias, torna públicas suas idéias em 1929.

Sua principal preocupação foi a função do equilíbrio patrimonial e

tomou tal posição como a que forma o objeto de estudos da

Contabilidade.

• Entendeu ele que o movimento que gera o fenômeno patrimonial

nasce da ação administrativa e que a sua finalidade é a

preservação de um estado de equilíbrio.

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PATRIMONIALISMO

• O Patrimonialismo de Lopes Amorim considerava, além de suas

leis, as hipóteses quanto ao que ocorria com a situação líquida da

empresa, divergindo de Masi, pois enfocava como equilíbrio as

situações de estática patrimonial, como podemos observar:

• Ao equilíbrio patrimonial expresso na situação líquida poder-se-á

dar o nome de equilíbrio quantitativo integral, visto que é o

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