• Nenhum resultado encontrado

150interações entre atores do mundo do direito que foram baseados em observações das práticas

A MEDIAÇÃO PELO OLHAR DA SOCIOLOGIA DAS PROFISSÕES

150interações entre atores do mundo do direito que foram baseados em observações das práticas

desse mundo, a partir de uma perspectiva antropológica.

O viés interdisciplinar do trabalho nos permitiu identificar aspectos da mediação e de suas formas de apropriação pelos atores do campo que só foram percebidos e problematizados porque nos desafiamos a efetivar a interação entre os saberes sociológico, jurídico e antropológico, tarefa que deu novos contornos à abordagem proposta.

BIBLIOGRAFIA

ABBOTT, Andrew. The system of professions: an essay on the division of expert labour, The University of Chicago Press, 1988.

ABEL, Richard. American Lawyers. Oxford University Press, 1989.

ALMEIDA, Patrícia Isabel Morgado de. Competição interprofissional entre médicos e farmacêuticos: o caso da jurisdição sobre a prescrição de medicamentos. 2011.

Dissertação de Mestrado em Sociologia das Organizações e do Trabalho. Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa. Lisboa: Portugal.

AMORIM, Maria Stella de; LUPETTI BAPTISTA, Bárbara Gomes. Meios Alternativos de Administração de Conflitos no Direito e nos Tribunais Brasileiros. Revista de Ciências Sociais (UGF), v. 17, 2011, pp. 267-287.

BECKER, Howard. “The nature of a profession” in: BECKER, Howard. Sociological work:

method and substance. New Brunswick, NJ: Transaction Books, 1970.

BONELLI, Maria da Glória. “A competição profissional no mundo do direito”. Tempo Social - Revista de Sociologia da USP 10 (1), maio de 1988.

BONELLI, Maria da Glória. Profissionalismo e política no mundo do Direito: as relações dos advogados, desembargadores, procuradores de justiça e delegados de polícia com o Estado. São Carlos: Sumaré/Edufscar/Fapesp, 2002.

CHAMPY, Florent. La sociologie des professions. Paris: Quadrige/PUF, 2012.

FAVRET-SAADA, Jeanne. “Être Affecté”. In: Gradhiva: Revue d’Histoire et d’Archives de l’Anthropologie, 8. p. 3-9, 1990.

FILPO, Klever Paulo Leal. Dilemas da Mediação de Conflitos no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. 2014. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro.

FREIDSON, Eliot. Professional Powers. The University of Chicago Press, Chicago, 1986

151 __________ . Professionalism Reborn. Theory, Prophecy and Policy. Cambridge Polity

Press, 1994.

GONÇALVES, Carlos M., Análise Sociológica das profissões: principais eixos de

desenvolvimento. Disponível em: <http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/5512.pdf>. Acesso em: 24 out. 2015 .

HUGUES, Everett. Men and their work. Greenwood Press, 1981.

KANT DE LIMA, Roberto; LUPETTI BAPTISTA, Bárbara Gomes. Como a Antropologia pode contribuir para a pesquisa jurídica? Um desafio metodológico. Anuário Antropológico, v. 39, p. 9-37, 2014.

MELLO, Kátia Sento Sé; LUPETTI BAPTISTA, Bárbara Gomes. Mediação e conciliação no Judiciário: dilemas e significados. DILEMAS: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, v. 4, n.1, jan./fev./mar./ 2011, pp. 97-122.

MERTON, Robert; READER, George; KENDALL, Patrícia. The student-physician:

introductory studies in the sociology of medical education. Harvard University Press, 1957.

PARSONS, Talcott. The Social System. Routledge (Taylor&Francis Group), 1991.

152

ACERCA DE PRECARIZAÇÃO, JUDICIÁRIO E POLÍTICAS PÚBLICAS TRABALHISTAS - BRASIL.

1

MARQUES, Maria Celeste Simões Professora Doutora Adjunta no Núcleo de Políticas Públicas em

Direitos Humanos da UFRJ – NEPP-DH. Coordena o Grupo de Estudos Direitos Humanos e Justiça – GEDHJUS/NEPP-DH e participa do Grupo de pesquisa do Laboratório Interdisciplinar de Estudos e Intervenção em Políticas Públicas de Gênero - LIEIG/NEPP-DH, sob a coordenação da Prof.ª Drª. Lilia G. Pougy.

e-mail: mcelmarques@gmail.com

RESUMO

A proposta de pensarmos uma hipotética Política Pública de Enfrentamento à Precarização do Trabalho, desde o combate ao trabalho escravo contemporâneo até as mais sutís outras formas de redução do trabalhador, como diretriz de Direitos Humanos, na cultura popular e institucional de um país, requer, minimamente, uma prática efetiva de todos os agentes envolvidos no processo, quer da sociedade civil ou dos Poderes Públicos.

No caso brasileiro, note-se que os Poderes de Estado, Executivo e Legislativo têm produzido intervenções, de fato, práticas continuadas de uma “reforma trabalhista” em curso, além de se configurarem como promotores da prática de terceirização. A situação não é menos gravosa, inclusive, pelo comportamento do Poder Judiciário, que, demonstra a ausência de conformidade entre o STF e o TST. Mesmo na Justiça Especializada Trabalhista, identificamos alguns julgados que permanecem vinculados ao legalismo e positivismo banalizadores quanto às graves precarizações.

A partir de casos pesquisados, especialmente no que tange a interpretação do princípio da dignidade no trabalho, partimos da premissa da necessidade imperiosa da formação transversal dos agentes judiciários aplicadores das conquistas de Direitos Humanos e na efetivação de Políticas Públicas de Enfrentamento à Precarização no Trabalho, para que seja possível a geração de estratégias capazes de consolidar outro “ethos” na esfera judiciária. Assim, apresentaremos nosso “olhar” para alimentarmos o debate.

Palavras-chave: Precarização; Poder Judiciário2; Políticas Públicas3; Trabalho4; Direitos Humanos5.

INTRODUÇÃO

O GEDHJUS – Grupo de Estudos Direitos Humanos e Justiça, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é um grupo do NEPP-DH – Núcleo de Estudos em Políticas Públicas em Direitos Humanos, integrante do CFCH – Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, que se coaduna com a proposta de uma

1 Tema apresentado no 5º Seminário Interdisciplinar em Sociologia e Direito, UFF/RJ, de 14 a 16 de outubro de 2015, em mesa-redonda. O presente ensaio se configura como uma análise preliminar de experiências e observações no campo sócio jurídico, desenvolvidas a partir do GEDHJUS, do Núcleo de Estudos em Políticas Públicas em Direitos Humanos - Suely Souza de Almeida (NEPP-DH), integrante do Centro de Filosofia e Ciência

153