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INTERCÂMbIO DE DADOS E INFORMAÇÕES DE NATUREZA CRIMINAL – INICIATIVA SUECA

PARA PREVENÇÃO E REPRESSÃO DE CRIMES E DE PREVENÇÃO DE AMEAÇAS PARA A ORDEM E SEGURANÇAS PÚbLICAS

7. INTERCÂMbIO DE DADOS E INFORMAÇÕES DE NATUREZA CRIMINAL – INICIATIVA SUECA

Por iniciativa da Suécia, daí o nome por que é conhecida, foi elaborada e aprovada a Decisão-Quadro n.º 2006/960/JAI do Conselho, de 18 de Dezembro, que pretendeu esta- belecer regras para o intercâmbio célere e eficaz de dados e informações para a realiza- ção de investigações criminais ou de operações de informações criminais.

As disposições dos números 1, 2 e 3 do art.º 39.º e do art.º. 46.º da CAAS, são substituídas pelas disposições da Decisão-Quadro na medida em que se refiram ao intercâmbio de dados e informações para efeito da realização de investigações criminais ou de operações de informações criminais.

Esta Decisão-Quadro foi acolhida no direito português através da Lei n.º 74/2009, de 12 de Agosto.

Para além do âmbito específico de aplicação, foram introduzidas algumas novidades neste instrumento de cooperação, nomeadamente:

n Canais de Comunicação: Cada Estado Membro designará os respectivos canais

de comunicação para o intercâmbio dos dados e informações – em Portugal fo- ram designados os Gabinetes SIRENE, INTERPOL ou EUROPOL.

n Língua de trabalho: Pode ser utilizada qualquer uma das línguas de trabalho

normalmente utilizadas no funcionamento destes gabinetes.

n Prazos: Para os pedidos urgentes o prazo máximo de resposta é de 8 horas.

Se a resposta não puder ser dada dentro desse prazo deverão, todavia, ser indica- das as razões dessa impossibilidade.

Os outros prazos fixados para as situações não urgentes são:

– de uma semana para os casos em que os dados ou a informação solicitados estejam contidos numa base de dados a que uma autoridade de aplicação da lei tenha acesso di- recto ou

– de catorze dias nos restantes casos.

Nota: Para uma fundada apreensão dos mecanismos de aplicação deste instrumento de cooperação é imprescindível a consulta da Decisão-Quadro n.º 2006/960 e da Lei n.º 74/2009 acima referidas.

Quando o canal de comunicação escolhido para o intercâmbio de informações for o Gabinete Nacional SIRENE, os procedimentos são idênticos aos anteriormente descri- tos para os art.os 39.o e 46.o da CAAS.

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8. MANUAIS DE COOPERAÇÃO POLICIAL E DE bOAS PRÁTICAS

Nos últimos anos foi elaborado e tem vindo a ser actualizado regularmente um Ma- nual de Cooperação Policial com o objectivo de reunir neste prático instrumento de trabalho toda a informação pertinente para os agentes policiais, no que se refere às vá- rias plataformas de cooperação policial existentes.

O Manual de Cooperação Policial está dividido em três partes:

n Manual da cooperação policial (composto por dois documentos: um com as fichas

nacionais e outro com as listas de contactos das entidades nacionais competentes);

n Manual das operações transfronteiras; n Manual dos oficiais de ligação.

Irá também a ser elaborado um manual sobre o intercâmbio de informações. Estes documentos contêm, designadamente:

n As diversas modalidades de cooperação policial e respectivos fundamentos legais; n Fichas nacionais com a indicação, prestada por cada Estado, sobre quem são os

seus agentes autorizados e os seus órgãos centrais competentes para receber os pedidos de cooperação, com referência aos respectivos nomes e contactos;

n Condições e procedimentos relativos a cada um dos instrumentos legais de coo-

peração.

Está também disponível para os agentes de aplicação da lei o chamado Manual de Recomendações e Boas Práticas – cooperação policial, que insere os procedimentos considerados mais adequados para a correcta aplicação do acervo de Schengen nesta matéria.

É ao Conselho que compete, geralmente, a actualização destes documentos, pelo que os Estados-Membros são chamados, de forma regular, a prestar informações para actua- lizar as respectivas fichas nacionais.

Compete a cada Estado-Membro criar os mecanismos mais adequados para a divul- gação destes manuais a todas a entidades a quem se destinam, nomeadamente às forças e serviços de segurança.

9. CENTROS DE COOPERAÇÃO POLICIAL E ADUANEIRA

O Acordo entre Portugal e Espanha sobre cooperação transfronteiriça em matéria policial e aduaneira, aprovado pelo Decreto n.º 13/2007, de 13 de Julho, veio criar os Centros de Cooperação Policial e Aduaneira (CCPA) que têm por finalidade favore- cer o adequado desenvolvimento da cooperação transfronteiriça em matéria policial e aduaneira bem como prevenir e reprimir os crimes enumerados na alínea a) do n.º 4 do art.º 41.º da CAAS.

Estes Centros vieram substituir os anteriores Postos Mistos de Fronteira e, actual- mente, estão em funcionamento os seguintes:

No lado português da fronteira:

n Quintanilha/Alcanice

n Vilar Formoso/Fuentes de Onoro n Castro Marim/Ayamonte

No lado espanhol da fronteira:

n Caia/Elvas n Tuy/Valença

Por acordo entre Portugal e Espanha podem vir a ser criados novos CCPA em função das necessidades que vierem a constatar-se no âmbito da análise de risco da criminalida- de transfronteiriça.

O pessoal a funcionar nestes Centros pertence às seguintes entidades designadas:

n por Portugal – a Guarda nacional Republicana, a Polícia de Segurança Pública, o

Serviço de estrangeiros e Fronteiras, a Polícia Judiciária, a Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo;

n por Espanha – o Cuerpo Nacional de Policia, a Guardia Civil.

A Portaria n.º 1354/2008, de 27 de Novembro, aprovou o regulamento que define os procedimentos organizacionais, funcionais, técnicos e de articulação entre as entidades envolvidas na organização e funcionamento dos centros.

Os CCPA prosseguem, nomeadamente, as seguintes actividades:

n Recolha e intercâmbio de informações;

n Prevenção e repressão das formas de criminalidade nas zonas fronteiriças pre-

vistas na alínea a) do n.º 4 do art.º 41.º da CAAS e em particular as que se relacio- nem com a imigração ilegal, tráfico de seres humanos, de estupefacientes e de armas e explosivos;

n Apoio às vigilâncias e perseguições a que se referem os art.os 40.º e 41.º da CAAS; n A coordenação de medidas conjuntas de patrulhamento na zona fronteiriça; n Assegurar a execução do Acordo entre Portugal e Espanha relativo à readmissão

País e autoridade requeridas:

Crime(s) homicídio, doloso simples homicídio, doloso qualificado

violação incêndio

falsificação de moeda furto, roubo e receptação extorção

rapto e sequestro tráfico de pessoas

tráfico ilícito de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas entrega vigiada

infracções às disposições legais em matéria de armas e de explosivos

destruição com emprego de explosivos transporte ilícito de resíduos tóxicos e prejudiciais

outros crimes passíveis de extradição Qual?

Locais/zona de perseguição prevista:

FICHA DE AVALIAÇÃO

RESULTADO DA PERSEGUIÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA N.º/... (ANO/N.º)

a preencher pelo país requerente

País requerente: Data e hora da perseguição: Autoridade central:

Decisão de interromper NÃO?

a perseguição? Porquê SIM?

Resultados da perseguição:

Participação/retoma por parte dos agentes do Estado sim requerido

não Problemas surgidos e eventuais propostas de solução

- problemas técnicos de comunicação - problemas linguísticos

- problemas de coordenação

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