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Excelentíssimo P. D. DAVID DE SOUSA

Bispo do Funchal

«Eminentíssimos presidentes e veneráveis Padres conciliares,

Seja-me permitido tomar a palavra, em meu nome e em nome de pelo menos alguns bispos para expor o seguinte.

Apresentamos as nossas vivas congratulações à Excelentíssima Comissão Preparatória pelo esquema sobre as Fontes da Revelação, na verdade o mais feliz.

Estamos dispostos a aceitar e a aprovar vários pontos do esquema com algumas alterações e adições ao esquema para o completar e aperfeiçoar.

De facto, cinco pontos do esquema sobre as Fontes da Revelação a saber: Sobre a dúplice Fonte da Revelação, Sobre a inspiração da Sagrada Escritura, Inerrância e Composição Literal, Sobre o Antigo Testamento e o Novo Testamento e Sobre a Sagrada Escritura na Igreja; na verdade dar-nos-ia alegria.

Na verdade, eles são olhados com admiração, como a mais alta doutrina e até agora dispersa com o solene Magistério e ordinário da Santa Madre Igreja sobre as Fontes da Revelação. Realmente neste brevíssimo resumo os professores, os alunos e os próprios fiéis, que foram introduzidos na Sagrada Escritura, têm o melhor e mais seguro brevíssimo resumo na qual aparece a verdadeira face da Igreja relativamente às Fontes da Revelação.

Este auxílio de introdução, exegetas e teólogos, sacerdotes e fiéis, com a inteligência iluminada e com que coração inflamada mais e mais e os podem degustar mais abundantemente os frutos dos livros Sagrados como disse S. Paulo518: «De facto, toda a Escritura é inspirada por Deus e adequada para ensinar, refutar, corrigir e educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e esteja preparado para toda a obra boa».

Isso sem dúvida era alimento sensível, incremento e alimento da vida cristã.

Finalmente estamos confiantes de propor que o novo artigo segue mais ou menos acrescentado 1) entre os nos 24 e 25, cap. V, pág. 19, sobre os textos originais da Sagrada Escritura: «Os textos originais dos livros Sagrados alegram muito, no universo da Igreja, pela autoridade devem ter o primeiro lugar. E, portanto, o seu estudo e uso em todo o lado, o que

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pode ser feito com zelo, favorecido e promovido entre o clero, seminaristas e os próprios fiéis».

A razão é que a autoridade é outra dos textos originais e outra das versões, embora as mais antigas mereçam grande mérito. Deve-se dar enfâse à Vulgata Latina no esquema, mas é especialmente apreciado pela sua natureza o texto original, que no esquema, Oh que dor!, é feito minimamente.

Este novo artigo muito ajudaria no diálogo com os irmãos separados como aquele bem preparado a partir do texto original, como aquela versão preparada dos 70 homens críticos. De facto, no artigo 25 deve falar-se do lugar que compete à Vulgata Latina e às outras antigas versões com linguagem bastante suave.

Então deve ser acrescentado um novo artigo entre os nos 25 e 26 do mesmo cap. V, pág. 19 que tenha o seguinte tom: seja preparada uma nova versão latina de acordo com os textos originais. Ela tem o melhor e mais prático testemunho e acesso ao texto antigo por parte da própria Igreja Latina, que o testemunho dos irmãos separados, é absolutamente certo, estavam em dívida.

Último, o melhor, como nós vemos: devem-se tirar do texto as palavras, as quais reprovam os erros, por exemplo no cap. II, pág. 12, da linha 24 à 28: «a Igreja está certa, etc» e no cap. IV, artigos 21 e 22, pág. 14, da linha 21 à 31, e da linha 1 à 5, pág. 18, de acordo com as palavras veneráveis do amantíssimo Pontífice nosso na alocução inaugural deste concílio no dia 11 de Outubro do corrente ano: «Agora, porém, a esposa de Cristo prefere usar mais o remédio da misericórdia do que o da severidade. Julga satisfazer melhor às necessidades de hoje mostrando a validez da sua doutrina do que renovando condenações». Disse519.

519

Intervenção oral de D. Frei David de Sousa sobre o esquema «De Fontibus Revelationis» na Congregação Geral XXII, 19 Novembro 1962; Tradução do latim para português de SYNODALIA SACROSSANCTI

CONCILII OECUMENIC VANICANI II, volumen I, perious prima, pars III, pp. 187-189 realizada por Vitor Sousa e Ricardo Figueiredo.

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Excelentíssimo P. D. DAVID DE SOUSA

Bispo Funchalense

«Não me foi possível, dentro do mês de Julho, devido a múltiplas ocupações, submeter a exame os esquemas do Concílio. Por isso, por isso peço para sugerir algumas adições relativamente ao esquema da “divina revelação”, mais ou menos, do teor seguinte:

1. Cap. I, nº 7, pág. 7, no início: “Deus revelou aos homens o seu Verbo, no decurso dos séculos, pelo ministério oral dos profetas e pelos escritos dos autores sagrados, inspirados pelo Espírito Santo, porém sobretudo, na plenitude dos tempos, pelo ministério público, elo do seu Filho Incarnado (Cf. Heb 1, 1-2). Na verdade, Cristo Senhor…”.

A razão desta adição é porque Deus se dignou conceder aos homens o dom da revelação, e assim tanto oral como escrita, também antes de Cristo. Isto, porém não se diz expressamente no texto do esquema.

2. Cap. IV, nº 20, pág. 14, linha 8: “… e dos homens apostólicos os livros do Espírito Santo…”. A razão (de acrescentar isto) é porque os Livros do Novo Testamento foram escritos não apenas pelos apóstolos, mas também pelos homens apostólicos, conforme expressamente isto se escreve no cap. IV, nº 17, pág. 13, linha 8.

3. Cap. IV, nº 20, pág. 14, no fim: “A Igreja, portanto, reverentemente reconhece e recebe como Suas Escrituras os livros canónicos do Novo Testamento”. A razão (de acrescentar isto) é porque, enquanto a canonicidade dos livros do Antigo Testamento é afirmada expressamente, no capítulo III, nº 16, pág, 12, lin. 2-3, a canonicidade dos livros do Novo Testamento não é afirmada em nenhuma parte520.

520

Intervenção por escrito do bispo do Funchal sobre o esquema «De Divina Revelatione»; tradução do latim para português realizada pelo Reverendo Padre Morna:

ACTA SYNODALIA SACROSSANCTI CONCILII OECUMENIC VANICANI II, Periodus tertia, Pars III:

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