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INTIMAÇÃO DE PSICóLOgO POR JUIz PARA REALIzAÇÃO DE AvALIAÇÃO PSICóLOgICA

lha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão técnico ou científico comprovadamente detentor do conhecimento ne-cessário à realização da perícia.

Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe

de-signar o juiz, empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.

§ 1º - A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias,

contado da intimação, da suspeição ou do impedimento super-venientes, sob pena de renúncia ao direito a alegá-la.

§ 2º - Será organizada lista de peritos na vara ou na secretaria,

com disponibilização dos documentos exigidos para habilita-ção à consulta de interessados, para que a nomeahabilita-ção seja dis-tribuída de modo equitativo, observadas a capacidade técnica e a área de conhecimento.

Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações

inverídi-cas responderá pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, in-dependentemente das demais sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de classe para adoção das medi-das que entender cabíveis.

Diante do exposto, esclarecemos que é direito do Juiz ser assistido por um perito, o qual pode ser escolhido dentre quaisquer profissionais inscritos em seu órgão de classe, já que a especialidade, neste caso, refere-se a for-mação superior e não a curso de especialização.

Ao ser nomeado perito por Juiz, o (a) psicólogo que avalie que não pos-sui experiência técnica na elaboração de parecer e/ou relatório psicológico poderá se escusar do encargo alegando que, de acordo com o Código de Éti-ca Profissional do Psicólogo – CEPP, em seu art. 1º, alínea b, são deveres fun-damentais dos psicólogos assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnica-mente. Poderá alegar, também, que é vedado ao psicólogo, de acordo com o CEPP, em seu art. 2º, alínea g, “emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico-científica;”

Poderá utilizar, ainda, o anexo II da Resolução CFP nº 13/2007, que insti-tui a Consolidação das Resoluções relativas ao Título Profissional de

Espe-cialista em Psicologia, alegando que, apesar da formação do psicólogo ser generalista, habilitando-o a atuar nos diversos campos de atuação, existem diversas áreas de especialização em Psicologia, dentre elas a Psicologia Ju-rídica, de forma que a especialidade nesta área indica que o profissional possui maior capacitação teórica e técnica para elaborar um parecer e/ou relatório psicológico.

Contudo, se o Juiz não acatar a escusa, mantendo a nomeação do (a) Psicólogo (a) como perito, o mesmo deverá cumprir a determinação. Para tanto, na elaboração do documento escrito, deverá seguir as instruções constantes na Resolução CFP nº 07/2003 que Institui o Manual de Elabora-ção de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de ava-liação psicológica.

No mais, ressaltamos o dever do (a) psicólogo (a) de cumprir as determi-nações do Código de Ética Profissional do Psicólogo, bem como das demais Resoluções que regulamentam a profissão de Psicólogo. Dentre elas, res-saltamos a resolução abaixo indicada aos (às) Psicólogos (as) que vierem a atuar como perito (a), por estar relacionada com a atuação do (a) psicólogo (a) no âmbito da Justiça:

Resolução nº 008/2010 - Dispõe sobre a atuação do psicólogo como perito e assistente técnico no Poder Judiciário.

O artigo 15 do Código de Ética Profissional do Psicólogo – CEPP, informa sobre os procedimentos para zelo e destino do material privativo do (a) psicólogo (a):

Art. 15 – Em caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por

quaisquer motivos, ele deverá zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais (grifo nosso).

§ 1° - Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo

de-verá repassar todo o material ao psicólogo que vier a substituí -lo, ou lacrá-lo para posterior utilização pelo psicólogo subs-tituto (grifo nosso).

§ 2° - Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o

psi-cólogo responsável informará ao Conselho Regional de Psico-logia, que providenciará a destinação dos arquivos confiden-ciais (grifo nosso).

Sendo assim, orientamos que o (a) psicólogo (a), ao interromper seu tra-balho, seja por demissão, exoneração, licença, etc., caso o material perten-ça ao estabelecimento no qual trabalha, deverá elaborar um relatório descri-tivo, contendo informações detalhadas sobre o material privativo que será deixado no local.

A Comissão Permanente de Orientação e Fiscalização poderá fornecer um exemplar de um Auto de Lacração do CRP 09, que poderá ser utilizado para fins de orientação na elaboração do relatório descritivo do (a) psicólogo (a). Para tanto, solicitar ao Setor Técnico do CRP 09 pelos e-mail’s: Coorde-nação Técnica – tecnica@crp09.org.br / Orientação e Fiscalização – orien-tacao@crp09.org.br / orientacao2@crp09.org.br / orientacao4@crp09.org.br Salientamos que este relatório deverá conter dados específicos do ma-terial, tais como: nome do paciente/cliente, número de um documento pes-soal, data do procedimento realizado (atendimento, avaliação, entrevista, etc.), identificação de todas as partes do material (ficha, testes utilizados, entrevista, laudo/relatório, etc.).

O relatório será impresso em duas vias, de forma que uma fique em pos-se do (a) psicólogo (a) e a outra na instituição onde o trabalho foi realizado. Caso a instituição já conte com um psicólogo (a) substituto (a) antes que o profissional se desligue dela, o relatório deverá ser repassado para seu substituto. Neste caso, o relatório deverá ser assinado pelo (a) psicólogo (a) que está saindo e por seu substituto, em todas as laudas. Dessa forma, o (a)

PROCEDIMENTOS PARA zELO E DESTINO DO