2.2 Sistemas de Geração F otovoltai a
2.2.3 Inversor DC/AC
OsinversoresDC/ACsão onversoreseletróni osdepotên ia,quepermitemtransformar
a energia elétri a DC, produzida pelo gerador fotovoltai o, em energia elétri a AC na
tensão e frequên ia desejada. Dependendo da apli ação, existe uma distinção entre os
inversores utilizados nossistemas omligação à redee nossistemas autónomos. Assim,
de umamaneira geral,estesdispositivospodemserdenominados omoinversores stand-
alone, aso não apresentem apa idade de onexão à redede distribuição, ou inversores
grid- onne ted, aso sejam apazes de sesin ronizarem om aredeelétri a e forne erem
energia à mesma.
Osinversores atuais têmtambém afunção de rastrearo MPPgerada pelos módulos
omobjetivodemaximizar aproduçãoFV. São araterizadosporuma orrentemáxima
DC, tensão máxima DC e potên ia máxima DC que podem limitar o rastreamento do
MPP gerado pelos módulos. A apa idade de rastreamento do ponto MPP do inversor
tambémé limitadapor
VM P Pmin
e
VM P PMAX
,sendo,estesatensão mínimaemáxima deMPP queo inversor onsegue rastrear.
Existemdiversastopologiasde inversoresdasquaisserãode seguidaapresentadas as
topologias deinversores grid- onne ted.
2.2.3.1 Inversor omutado sem transformador de isolamento
Estes sãoinversores quegarantemgeralmente umaboae iên ia, sãode baixo usto de
onteúdoespe tralaaltafrequên iada orrente,antesdeseefetuaraligaçãoàrede[17℄.
Figura2.9: Topologia do inversor omutado sem transformadorde isolamento [17℄
2.2.3.2 Inversor om transformador operando a 50 Hz
Quando a existên ia de isolamento galvâni o é um requisito obrigatório na implemen-
tação de uminversor, torna-se ne essária a utilização de um transformador. Omodelo
apresentado na gura 2.10 é um exemplo de uma topologia em que está presente do
lado AC do sistema um transformador que, para além da sua utilização enquanto ele-
mento elevador de tensão,permitetambém efetuar oisolamento galvâni o entre osdois
terminais doinversor.
Nestatopologia,amodulaçãodatensãoDCérealizadaabaixatensãoe,apóspassar
por umaetapade ltragem,obtém-seum sinalsinusoidala 50Hz, queapenasne essita
de ser elevado a uma tensão superior à da rede elétri a. Esta última etapa é efetuada
re orrendo a um transformadorelevador espe i ado paraoperar a 50 Hz. No entanto,
um transformador dimensionado para esta frequên ia de operação e apaz de suportar
potên iasrazoavelmente elevadasapresenta umnú leode grandesdimensõesdemodoa
não saturar, o que setorna bastante dispendioso. Devido aeste fa to, este sistemanão
Figura 2.10: Topologia do inversor om transformador de isolamento de baixa frequên-
ia [17℄
2.2.3.3 Inversor om transformador operando a alta frequên ia
Uma vez que a utilização de um transformador, elemento ne essário para realizar o
isolamento galvâni o do sistema, é um omponente que ompromete as dimensões e o
usto nal do sistema, é importante que a topologia deste permita a utilização de um
om menoresdimensões pelo que, estedeverá ser olo ado numa se ção emqueoperea
altas frequên ias.
Na topologia apresentada na gura 2.11, o isolamento e a elevação de tensão são
realizados aoníveldo onversorDC/DC presenteàentradadosistema. Aetapaseguinte
será realizar a modulação da tensão DC, já a uma tensão superior à da rede elétri a,
utilizando-se uma portadora de alta frequên ia modulada por uma onda sinusoidal de
50 Hz, sendo posteriormenterealizada a ligação à redeatravésde umltro passa baixo
de modo aseter umaonda sinusoidalà frequên ia darede.
Umadasgrandes vantagens destatopologia vem da modularidade eexpansibilidade
que apresenta, pois a elevação da tensão e a sua modulação são realizadas em etapas
distintas. Assim, em situações em que existem múltiplas fontes de energia é possível
utilizar vários onversores DC/DC,quemaximizemindividualmente apotên ia extraída
de ada fonte,e são one tadosa umúni o onversor DC/AC entralizado.
No entanto, para sistemas em queapenas se pretende utilizar umaúni a fonte DC,
a modularidade da topologia não onstitui uma vantagem uma vez que apresenta po-
ten ialmente mais perdas ao nível dos omponentes de omutação e maior ruído a alta
frequên ia pois é ne essário pro eder a omutações a alta frequên ia emduas fases dis-
tintas, na etapade elevaçãoe namodulação da tensãoDC [17℄.
2.2.3.4 Inversor omutado omisolamentogalvâni o emodulaçãonoprimá-
rio do transformador
Seguindo o mesmo prin ipio de isolamento apresentado anteriormente, também nesta
topologia, apresentada na gura 2.12, se utiliza um onversor omutado para realizar
a elevação da tensão da fonte DC e garantir a existên ia de isolamento galvâni o entre
a entrada e saída do sistema. No entanto, ao invés de na primeira etapa de efetuar
uni amente a elevaçãodetensão,a omutaçãodo primáriodo transformadorérealizada
por ar adas sinusoidais positivas a 100 Hz. Após uma primeira ltragem passa-baixo
paraeliminara omponentedealtafrequên iadosinal,érequerido umsistemaadi ional
que realize a inversão das ar ada a 100 Hz, de modo a se obter uma sinusóide om
uma frequên ia de 50 Hz. A ltragem presente na etapa nal do sistema, para além
de permitir eliminar algum ruído resultante da etapa de inversão das ar adas a baixa
frequên ia, permite desa oplar o primeiro ltro da rede e também ontrolar o uxo de
orrente injetada na rede,quando sepretende interligar doissistemas alternados.
Esta implementação permite também reduzir o número de elementos omutadores
a operar a alta frequên ia, omparativamente à topologia apresentada anteriormente,
diminuindo o poten ial de perdas nos elementos omutadores, reduzir as dimensões do
sistema por agrupar as fases de modulação, elevação e isolamento numa úni a etapa e,
minimizar os ustosde implementação[17℄.
Figura 2.12: Topologia do inversor omtransformador de isolamento de alta frequên ia
[17 ℄