• Nenhum resultado encontrado

Capítulo V Conclusões, implicações e sugestões

5.4. Investigações futuras

Para práticas futuras, é importante salientar alguns aspetos que poderiam contribuir para a melhoria deste tipo de investigação.

A metodologia de ensino por mim seguida e implementada, neste meu primeiro contacto real com a Escola enquanto docente, fez-me repensar a minha opinião quanto ao processo de ensino e aprendizagem.

Durante todo o meu percurso escolar, enquanto aluna, vi o ensino por transmissão ser o mais valorizado pelos docentes, e raramente se variava o tipo de ensino, sendo interrompido escassas vezes, sendo então sido substituído ou por uma atividade laboratorial do tipo Ilustrativo, ou orientada para a determinação do que acontece, ou por uma “visita de estudo”, visitas estas que não contavam com uma séria e adequada preparação prévia à sua concretização.

Ao enveredar no Mestrado em Ensino deparei-me com os mais variados métodos de ensino existentes, mas, mesmo assim, a minha visão quanto ao processo de ensino e aprendizagem continuava a inclinar-se para a mera transmissão de conhecimentos.

Iniciada a presente investigação, apesar de todas as inseguranças de uma principiante, apercebi-me das vantagens da implementação deste método de ensino recorrendo às Atividades de Campo e Atividades Laboratoriais de uma forma integrada. Apesar de, no período anterior à intervenção, temer que os alunos se mostrassem renitentes a uma nova forma de ensino diferente da habitualmente usada pelos docentes, esta foi muito bem acolhida pela maioria dos discentes, tendo mesmo chegado a receber feedback muito positivo por parte dos mesmos. Efetivamente, muitos deles acabaram por mostrar não terem qualquer problema em perder o, tão esperado, intervalo para prosseguirem com as atividades em curso.

110

A concretização desta investigação permitiu-me alterar a ideia do processo de ensino/aprendizagem e levar-me a apoiar uma implementação diversificada de estratégias de ensino dependendo dos conteúdos a lecionar, já que estas podem impulsionar a verdadeira e mais eficaz aprendizagem dos alunos. Pretendo então seguir este pensamento nas minhas práticas letivas futuras

Proponho por isso, que se desenvolvam outras investigações com metodologia semelhante em outras áreas, a um maior número de alunos e direcionados a diferentes níveis de escolaridade e aos diversos conteúdos programáticos. Seria importante fazer uma experiência controlo para que fosse possível realizar uma análise comparativa da evolução dos conhecimentos dos alunos de uma e de outra turma. Assim, seria possível avaliar melhor a eficácia da metodologia referenciada face à metodologia utilizada comummente pelos docentes nas suas práticas letivas. Nesta investigação, a utilização de uma amostra controlo foi impossível, pois tinham sido atribuídas à Professora Cooperante apenas duas turmas e de anos de escolaridade distintos.

Seria também vantajosa a realização de uma entrevista ao Professor(a) Cooperante já que este(a) acompanha todas as etapas da investigação e, como tal, poderia constituir um importante contributo para a consistência do estudo.

111

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Almeida, J.F. & Pinto, J. M. (1995). A Investigação nas Ciências Sociais: estudo elaborado no gabinete de investigações sociais (5ª ed.). Lisboa: Editorial Presença.

Almeida, E. & Silva, M. (2010). Uma abordagem reflexiva sobre a realização do trabalho prático de campo como instrumento da construção do conhecimento. II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 199, Consultado em março 28, 2015, em http://www.sinect.com.br/anais2010/artigos/EB/199.pdf.

Amaro, A., Póvoa, A. & Macedo, L. (2005). A arte de fazer questionários. Consultado em outubro 02, 2015, em http://www.unisc.br/portal/upload/com_arquivo/a_arte_de_fazer _questionario.pdf

Barbieri, E. (2010). Biodiversidade: a variedade de vida no planeta Terra. Consultado junho 14, 2015, em ftp://ftp.sp.gov.br/ftppesca/biodiversidade.pdf

Barber, H. S. (1931). Traps for cave inhabiting insects. Journal of the Elisha Mitchell Scientific Society, 46: 259-266.

Bastida de La Calle, M., Ramos, F. F. & Soto, J. L. (1990). Prácticas de laboratorio: una inversión poco rentable? Investigación en la escuela, 11, 77-91.

Branco, M. & Brochado, C. (2000). Ensinar e aprender, no campo e no laboratório. In Sequeira, M., Dourado, L., Vilaça, M., Silva, J., Afonso, A. & Baptista, J., Trabalho prático e experimental na Educação em ciências (pp.615-625). Braga: Departamento de Metodologias da Educação. Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho. Caamaño, A. (1992). Los trabajos prácticos en ciencias experimentales: una reflexión sobre sus

objectivos y una propuesta para su diversificación. Revista Aula de Innovación Educativa 9. Consultado em abril 06, 2015, em http://www.grao.com/revistas/aula/009-el- trabajo-en-grupo--el-reflejo-de-la-practica-en-la-elaboracion-de-los-proyectos/los-trabajos- practicos-en-ciencias-experimentales.

112

Caamaño, A. (2004). Experiencias, experimentos ilustrativos, ejercicios práticos e investigaciones: uma classificação útil de los trabajos práticos? Alambique: Didactica de las ciências experimentales 39, 8-19. Consultado em março 22, 2015, em http://www.researchgate.net/publication/39207515_Experiencias_experimentos_ilustr ativos_ejercicios_prcticos_e_investigaciones__una_clasificacin_til_en_los_trabajos_prct icos.

Cachapuz, A.; Praia, J. & Jorge, M. (2002). Ciência, Educação em Ciência e Ensino das Ciências (1ª ed.). Lisboa: Ministério da Educação.

Carrajola, C., Castro, M. J. & Hilário, T. (2007). Planeta com Vida (1ª ed.). Carnaxide: Santillana Constância.

Carvalho, M. (2000). Educação em Ciência: Trabalho Prático no Ensino Básico. In Sequeira, M., Dourado, L., Vilaça, M., Silva, J., Afonso, A. & Baptista, J., Trabalho prático e experimental na Educação em ciências (pp.577-581). Braga: Departamento de Metodologias da Educação. Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho. Compiani, M. & Carneiro, C. (1993). Os papéis didácticos das escursões geológicas. Enseñanza

de las ciencias de la tierra, 1.2, 90-98.

Constante, A. & Vasconcelos, C. (2010). Actividades lúdico-práticas no ensino da Geologia: complemento motivacional para a aprendizagem. Ed. Terra & Didática, 6(2), 101-123. Dahlgren, M. & Öberg, G. (2001). Questioning to learn and learning to question: Structure and

function of problem based learning scenarios in environmental science education. Higher Education, 41, 263-282.

Delors, J., et al. (1996). Educação, um tesouro a descobrir (2º ed.). Porto: Edições ASA.

DES (2001). Programa de Biologia e Geologia do 10.º e 11.º Anos do Curso Cientifico- Humanístico de Ciências e Tecnologias. Ministério da Educação – Departamento do Ensino Secundário.

113

DES (2005). Programa de Biologia e Geologia do 10.º e 11.º Anos do Curso Cientifico- Humanístico de Ciências e Tecnologias. Ministério da Educação – Departamento do Ensino Secundário.

Dourado, L. (2001). O Trabalho Prático no Ensino das Ciências Naturais: Situação actual e implementação de propostas inovadoras para o Trabalho Laboratorial e o Trabalho de Campo. Tese de Doutoramento (não publicada), Universidade do Minho, Braga, Portugal. Dourado, L. (2001). Trabalho Prático (TP), Trabalho Laboratorial (TL), Trabalho de Campo (TC) e Trabalho Experimental (TE) no Ensino das Ciências – contributo para uma clarificação de termos. In A. Veríssimo, A. Pedrosa & R. Ribeiro, (Re)Pensar o Ensino das Ciências (13- 18). Lisboa: Ministério da Educação – Departamento do Ensino Secundário.

Dourado, L., 2006. O trabalho de campo na formação inicial de professores de Biologia e Geologia: opinião dos estudantes sobre as práticas realizadas. Consultado em setembro

21, 2015, em

http://www.enciga.org/files/boletins/61/resumo_o_trabalho_de_campo_na_formacao _professores.pdf.

Dourado, L. (2006 b). Concepções e práticas dos professores de Ciências Naturais relativas à implementação integrada do trabalho laboratorial e do trabalho de campo. Revista electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 5 (1), 192-212.

Dourado, L. & Leite, L. (2008). Actividades laboratoriais e o ensino de fenómenos geológicos. Actas do XIX Congresso de ENCIGMA (Cd-Rom). Carballiño: IES Manuel Chamoso Lamas.

Ferreira, C. A. (2007). A Avaliação no Quotidiano da Sala de Aula. Porto: Porto Editora

Gabriel, A., Santos, M. & Pedrosa, M. (2006). Trabalho prático nos actuais curricula de ciências do ensino secundário e formação de professores. Consultado em junho 10, 2015, em http://www.enciga.org/files/boletins/61/trabalho_pratico_nos_actuais_curricula_de_ci encias.pdf.

114

Gómez, G., Flores, J. & Jiménez, E. (1996). Metodología de la investigación cualitativa. Granada: Ediciones Aljibe.

Gunstone, R. (1991). Reconstructing theory from pratical experience. In Woolnough, B. (Ed.). Pratical Sciense (pp.67-77). Milton Keynes: Open University Press.

Hodson, D. (1994). Hacia un enfoque más critico del trabajo de laboratorio. Enseñanza de las Ciencias, 12 (3), 299-313.

Hodson, D. (1988). Experiments in science teaching. Educational Philosophy and Theory, 20, 53- 66.

Hodson, D. (2003). Time for action: science education for an alternative future. International Journal of Science Education, 25(6), 645-670.

Leite, L. (2000). O trabalho laboratorial e a avaliação das aprendizagens dos alunos. In Sequeira, M., Dourado, L., Vilaça, M., Silva, J., Afonso, A. & Baptista, J., Trabalho prático e experimental na Educação em ciências (pp.91-108). Braga: Departamento de Metodologias da Educação. Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho. Leite, L. (2001). Contributos para uma utilização mais fundamentada do trabalho laboratorial no

ensino das ciências. In H. V. Caetano & M. G. Santos, Cadernos didácticos de Ciências - Volume 1 (77-96). Lisboa: Ministério da Educação, Departamento do Ensino Secundário. Leite, L. & Figueiroa, A. (2002). Os manuais escolares de ciências da natureza e a interrelação

dados-evidências-conclusões: O caso de “a importância do ar para os seres vivos”. In Elortegui, N. et al., XX Encuentros de Didáctica de las Ciencias Experimentales – Relación secundaria universidad (pp.426-434). La Laguna: Universidad de La Laguna. Leite, L. (2002). A inter-relação dados-evidências-conclusões: Um estudo com actividades

laboratoriais incluídas em manuais escolares. In Actas do II Congreso Internacional “Didáctica de las Ciencias” (Cd-Rom). La Habana: Ministerio de Educación.

Leite, L. (2006). Da complexidade laboratorial à sua simplificação pelos manuais escolares e às consequências para o ensino e a aprendizagem das ciências. Consultado em fevereiro

115

16, 2015, em

https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/9800/4/Leite_L_CC_Da%20Co mplexidade.pdf.

Martins, I., Veiga, L., Teixeira, F., Tenreiro-Vieira, C., Vieira, R., Rodrigues, V. & Couceiro, F. (2007). Educação em ciências e ensino experimental. Formação de professores. Lisboa: Ministério da Educação, Direção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. Matthey, W., Della Santa, E. & Wannenmacher, C. (1984). Manuel pratique d’écologie.

Lausanne: Payot.

McMillan, J. H. & Schumacher, S. (2001). Research In Education. A conceptual introduction (4ª Ed.). United States of America: Allyn & Bacon.

Minguéns, M. & Serra, P. (2000). O trabalho prático na educação básica: realidade, o desejável e o possível. In Sequeira, M., Dourado, L., Vilaça, M., Silva, J., Afonso, A., Baptista, J., Trabalho prático e experimental na Educação em ciências (pp.555-575). Braga: Departamento de Metodologias da Educação. Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho.

Nunes, I. & Dourado, L. (2009). Concepções e práticas de professores de Biologia e Geologia relativas à implementação de acções de Educação Ambiental com recurso ao trabalho laboratorial e de campo. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 8(2), 671- 691.

Nunes, I. (2011). As Actividades Laboratoriais e de Campo e a Educação Ambiental: das concepções e práticas explicitadas pelos professores de Biologia e Geologia ao contributo de uma experiência de formação. Tese de Doutoramento, Universidade do Minho, Braga, Portugal.

Oliveira, M. (1999). Trabalho experimental e formação de professores. In Valente, M. O., Ensino Experimental e Construção de Saberes (pp.35-53). Conselho Nacional de Educação ed.

116

Orange, C., Beorchia, F., Ducrocq, P. & Orange, D. (1999). “Réel de terrain”, “Réel de laboratoire” et construction de problèmes en sciences de la vie et de la terre. L‟expérimental dans la classe. ASTER, 28, 107-129.

Osório, L. (2003). Preparar os testes. Perafita: Areal Editores.

Pedrinaci, E, Sequeiros, L. & García de la Torre, E. (1994). El trabajo de campo y el aprendizage de la Geología. Alambique: Didáctica de las Ciencias Experimentales, 2, 37-45.

Pedrosa, M. A. (2001). Ensino das Ciências e Trabalhos Práticos – (Re)Conceptualizar. In A. Veríssimo, A. Pedrosa & R. Ribeiro, (Re)Pensar o Ensino das Ciências (pp.19-33). Lisboa: Ministério da Educação – Departamento do Ensino Secundário,

Pinto, F. (2014). O ensino da biotecnologia com recurso a atividades laboratoriais do tipo Prevê- Observa-Explica-Reflete: uma abordagem centrada na produção de alimentos. Tese de Mestrado, Universidade do Minho, Braga, Portugal.

Praia, J. (2000). O trabalho laboratorial em educação em geologia: (Re)Pensar alguns dos seus fundamentos à luz da especificidade dos fenómenos geológicos. In Sequeira, M., Dourado, L., Vilaça, M., Silva, J., Afonso, A. & Baptista, J., Trabalho prático e experimental na Educação em ciências (pp.439-449). Braga: Departamento de Metodologias da Educação. Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho. Purves, W. K., Orians, G. H., Heller, H. C. & Saclava, D. (1998). Life – The Science of Biology (5ª

ed.). USA: Editora Sinauer Associates.

Rebelo, A. I. & Ribeiro, E. (2011). A abordagem da biodiversidade no ensino secundário: uma proposta de interligação entre trabalho de campo e laboratorial através do estudo dos artrópodes. Revista de Educação, Vol. XVIII (1), 113-155.

Ribeiro, R. & Veríssimo, A. (2000). Trabalho de Campo em Biologia. In Mateus, A., Veríssimo, A., Maia Alves, J., Serra, J. M. & Ribeiro, R., Ensino Experimental das Ciências Materiais Didácticos 2 (pp.57-68). Lisboa: Departamento do Ensino Secundário. Ministério da Educação.

117 Sánchez, J. A. J. (2008). Biología. Sevilla: Editorial MAD.

Seniciato, T. & Cavassan, O. (2004). Aulas de Campo em Ambientes Naturais e Aprendizagem em Ciências – Um Estudo com Alunos do Ensino Fundamental. Ciência & Educação, 10(1), 133-147.

Sequeira, M. (2000). O ensino prático e experimental em educação em ciências na revisão curricular do ensino secundário. In Sequeira, M., Dourado, L., Vilaça, M., Silva, J., Afonso, A. & Baptista, J., Trabalho prático e experimental na Educação em ciências (pp.17-28). Braga: Departamento de Metodologias da Educação. Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho.

Silva, J. & Leite, L. (1997). Actividades laboratoriais em manuais escolares: proposta de critérios de análise. Boletín das Ciencias, 32, 259-264.

Switzer, P.V. 1995. Campus field trips an effective supplement to classroom instruction. Journal of College Science Teaching, 25, 140-143.

Tamir, P. (1977). How are the laboratoires used?. Journal of Research in Science Teaching, 14(4), 311-316.

Tenreiro-Vieira, C. & Vieira, R. (2006). Produção e validação de actividades de laboratório promotoras do pensamento crítico dos alunos. Revista Eureka sobre Enseñanza y Divulgación de las Ciencias, 3(3), 452-466.

Veiga, M. (2000). O trabalho prático nos programas portugueses de ciências para a escolaridade básica. In Sequeira, M., Dourado, L., Vilaça, M., Silva, J., Afonso & A., Baptista, J., Trabalho prático e experimental na Educação em ciências (545-554). Braga: Departamento de Metodologias da Educação. Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho.

Viveiro, A. (2006) Atividades de campo no ensino das ciências: investigando concepções e práticas de um grupo de professores. Dissertação de Mestrado em Educação para a Ciência, Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista, Bauru, Brasil.

118

Viveiro, A. & Diniz, R. (2009). Atividades de Campo no Ensino das Ciências e na Educação Ambiental: refletindo sobre as potencialidades desta estratégia na prática escolar. Ciência em Tela, 2(1), 1-12.

Viveiro, A. & Diniz, R. (2009) B. As atividades de campo no ensino das ciências: reflexões a partir das perspectivas de um grupo de professores. In Nardi, R., Ensino de ciências e matemática: temas sobre a formação de professores (pp. 27-42). São Paulo: Editora UNESP.

Wellington, J. (2000). Teaching and Learning Secondary Science. Contemporary issues and practical approaches. London: Routledge.

119 ANEXOS

121

Documentos relacionados