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III. PREJUÍZO X INVESTIMENTOS EM PREVENÇÃO

3.2 INVESTIMENTOS EM PREVENÇÃO

As decisões na empresa geralmente costumam ser tomadas sobre dados objetivos, baseadas na análise de custo e benefício, o que indica que investimentos somente seriam realizados se os benefícios previstos mostrassem maiores que os custos levantados (IIDA, 2002).

Projetos ergonômicos devem comprovar objetivamente que as propostas produzem benefícios que superam os custos. No entanto, a análise de custo e benefício em ergonomia não é tão simples, pois os benefícios não são facilmente quantificáveis, pelo menos a curto prazo (Idem).

Os benefícios são representados pelos bens e serviços produzidos. Ante às mudanças propostas na produção, devem ser analisados os aumentos de produtividade e de qualidade, a redução de desperdícios, as economias de energia e de mão-de-obra...Aumento da motivação, da satisfação, do conforto, redução da rotatividade são objetivos intangíveis, ou seja, não podem ser calculados objetivamente, mas apenas estimados. Outros benefícios de difícil mensuração compreendem a redução das faltas de trabalhadores devido a acidentes e doenças ocupacionais (Idem).

Medidas ergonômicas eficazes resultam na redução dos esforços e desconforto no desempenho da tarefa, conseqüentemente há um aumento da rentabilidade das empresas pela maior eficácia produtiva, diminuição do custo operacional, sem considerar a economia das despesas públicas com a saúde e a seguridade social (FEDERIGHI, 1998).

Iida (2002, p. 14), apresenta a aplicação ergonômica como fator de destaque para uma empresa:

“O aumento da competição industrial a nível mundial deverá estimular as empresas a oferecerem produtos de melhor qualidade, ressaltando os requisitos ergonômicos como uma das vantagens competitivas”.

Os Programas de Qualidade de Vida visam prevenir doenças, combater o estresse, promover a auto-estima e criar um ambiente agradável nas fábricas e escritórios. Os custos com utilização de planos de saúde são reduzidos, há menos faltas no trabalho, eleva-se a produtividade e o empregado saudável e motivado, participa com idéias e sugestões para melhorar produtos e serviços. O resultado desse referencial na gestão de pessoas é o lucro.

Investimentos em prevenção são estratégias que devem ser priorizadas para atingir objetivos de elevação dos lucros. No que se refere a este assunto, Rio (2001, p.23) alega que:

“[...] fatores tais como motivação, treinamento e comprometimento compõem com a saúde o conjunto de condições que permitem às pessoas tornarem o trabalho um diferencial competitivo da mais alta importância estratégica para as organizações”.

As ações preventivas culminam em um maior e melhor vínculo entre empresa e funcionários, o que interfere diretamente no ambiente interno e nos resultados da organização.

DISCUSSÃO DO QUESTIONÁRIO

A visita às empresas baseou-se num total de vinte e cinco (25) organizações, sendo que dezessete (17) concordaram em expor seus conhecimentos, respondendo às questões. Foram estipulados a aplicação de cinco (5) questionários nas empresas com até 150 funcionários e de dez (10) naquelas com número superior. A área procurada para a aplicação das questões foi a administrativa.

As empresas que concordaram em responder ao questionário foram: Ambev, Arroz Cristal, Carta Goiás, Cereal Cereais, Friboi, Hering Têxtil S/A, Elka Conexões, Granol, Gravia Esqualit, Greenpharma Agroquímica, Isoeste – Isolantes Térmicos, Laboratório Ducto, Laboratório Teuto Brasileiro, Laboratório Vitapam, Indústria Mabel, Midway e SAMA.

Os objetivos da distribuição dos questionários não foram totalmente concretizados face a um processo de burocratização deparado; somando a esta dificuldade, o número estabelecido de empresas foram reduzidos por discordância em atender à solicitação desse trabalho, bem como, houve receio quanto a utilização das informações extraídas com efeito maléfico à organização. Apesar dos imprevistos desagradáveis foi de bastante positividade a realização da aplicação das perguntas elaboradas.

Aos resultados da análise dos questionários foi constatado que no âmbito empresarial os DORTconstituem um fator preocupante, com 92% de afirmação (Gráfico 1 – pg. 95). No entanto, a metade - 50% (Gráfico 9 – pg. 98) não consideram doenças ocupacionais como um problema de caráter econômico, social e político. Quarenta e seis por cento - 46% (Gráfico 3 – pg. 96) das empresas declararam que tiveram prejuízos com afastamento de funcionários vítimas de doenças ocupacionais, sendo que 15% desconhecem; essas respostas não podem ser consideradas totalmente fidedignas em meio ao receio que as empresas possuem; o medo em divulgar resultou na porcentagem obtida a respeito desse assunto.

Avaliando os fatores desencadeantes das doenças ocupacionais, nota-se uma prevalência considerável sobre os demais itens, sendo os fatores combinantes (repetitividade, ociosidade e mobiliário inadequado) de 45% e repetitividade 38% (Gráfico2 – pg. 95). O conceito de que DORT são advindos por repetitividade ainda continua elevado no mundo empresarial.

Diante das enfermidades laborais 97% (Gráfico 4 – pg. 96) confirmaram que os Programas de Qualidade de Vida são essenciais para a prevenção, e os quadros de DORT em sua maioria 85% (Gráfico 5 – pg. 96) não são entendidos como oportunismo de aproveitadores, e nem como manifestações psicológicas - 80% (Gráfico 8 - pg. 98). Isso

demonstra que os trabalhadores devem ser valorizados quanto ao aparecimento dos sintomas.

Os investimentos em ações baseadas na saúde física, mental e emocional são viáveis 99% (Gráfico 6 – pg. 97), pois a prevenção faz parte das metas e missões da empresa - 89% (Gráfico 7 – pg.97) que possui consciência da relação entre funcionário sadio e produtividade - 95% (Gráfico 14 – pg. 100).

Ao indagar sobre conhecimento a respeito dos Programas de Prevenção da Saúde do Trabalhador, ocorreu positividade em sua maioria - 85% (Gráfico 10 - pg. 98).

As empresas preocupam com as doenças surgidas no ambiente laboral enfrentando- as com afinco por meio dos programas de prevenção.

Em meio às respostas desta classe, à divulgação de suas idéias, ao marketing empresarial presente, já que afirmam investir em prevenção tendo-a como meta e missão, será que estes sabem do papel da Fisioterapia em suas organizações?

A respeito de algumas funções que o fisioterapeuta desempenha num ambiente laboral, foram citados como inclusões dos programas de prevenção tendo como retorno um percentil considerável em relação à Ginástica Laboral (termo popular) e Palestras de Conscientização (22%), sendo que esses com a Ergonomia atingiram 50%.

O fisioterapeuta obteve 8% (Gráfico 15 pg - 101) de negação da capacidade de atuar ergonomicamente e ter conhecimentos plausíveis a despeito das doenças ocupacionais.

Dados do estudo mostram que a Fisioterapia é considerada uma profissão com espírito reabilitador e preventivo - 82% (Gráfico 13 – pg. 100), em contradição 60% (Gráfico 12 – pg. 99) negam a presença desse profissional na empresa.

Essas estatísticas descritas afirmam o nível de ciência existente no ramo empresarial, entre os grandes gestores da empresa.

O estudo não comprovou a hipótese do pouco conhecimento por parte dos empresários mediante a presença do fisioterapeuta em suas organizações. No entanto,

apesar de aceitarem este profissional como capaz de atuar preventivamente, nega-o como integrante do quadro de funcionários da empresa. Dentre os possíveis causadores dessa realidade pode-se citar: a não obrigatoriedade por lei dos serviços deste profissional, ou que estes contribuem para onerar os custos empresariais e a escassez de divulgação por parte do fisioterapeuta. Em suma, o importante é divulgar a imagem desse profissional como importante integrante dos Programas de Qualidade de Vida do Trabalhador, pois o mesmo promove benefícios ao empreendedor e aos trabalhadores com a geração de lucros, o desenvolvimento de saúde física e mental enfim, contribuindo para o bem-estar geral.

GRÁFICOS REFENTES À PESQUISA DE CAMPO – QUESTIONÁRIO

No âmbito empresarial, as DORT constituem um fator preocupante e polêmico?

92% 8%

Sim Não

GRÁFICO 2

As doenças ocupacionais são advindas por:

38% 1% 45% 13% 3% Repetitividade Ociosidade Fatores combinantes Repetitividade e mobiliário inadequado Desconheço estas GRÁFICO 3

A Empresa já teve prejuízos com afastamento de funcionários vítimas de

DORT? 46% 38% 15% 1% Sim Não Desconheço Não respondido GRÁFICO 4

Os Programas de Qualidade de Vida do Trabalhador são essenciais para a prevenção

das doenças ocupacionais?

97% 3%

Sim Não

GRÁFICO 5

Os casos de DORT são entendidos em sua maioria como oportunismo de

aproveitadores? 15% 85% Sim Não GRÁFICO 6

Os investimentos em ações baseadas nos pilares de saúde física, mental e emocional,

apesar da relação custo-benefício são viáveis? 99% 1% Sim Não GRÁFICO 7

A prevenção das doenças ocupacionais faz parte das metas e missões da Empresa?

89% 10% 1%

Sim Não Desconheço

GRÁFICO 8

As LER/DORT são entendidos como manifestações psicológicas por parte dos funcionários?

14% 80% 6% Sim Não As vezes GRÁFICO 9

Doenças ocupacionais são consideradas um problema de caráter econômico, social e

político? 50% 50% Sim Não GRÁFICO 10

Possui conhecimento a respeito dos Programas de Prevenção da Saúde do

Trabalhador? 85% 15% Sim Não GRÁFICO 11

De acordo com sua visão de conhecimento dos programas de prevenção, qual(is) item(s) faz(em) parte?

5% 16% 22% 2% 2% 50% 3% Ginástica Laboral Palestras de Conscientização Ginástica e Palestras Ginástica e Ergonomia Ergonomia e Palestras Ginástica, Ergonomia e Palestras

Nenhum item acima

Diante da questão DORT, acha que existe alguma necessidade de um Fisioterapeuta

na Empresa? 37% 60% 3% Sim Não Não respondido GRÁFICO 13

A Fisioterapia é uma profissão de caráter:

15% 1% 82% 2% Reabilitador Preventivo Ambos

GRÁFICO 14

A Empresa tem consciência da relação entre funcionário sadio e produtividade?

95% 4% 1% Sim Não Não respondido GRÁFICO 15

O Fisioterapeuta é aceito como um profissional capaz de dominar conhecimentos de ergonomia e

de doenças ocupacionais?

92% 8%

Sim Não

CONCLUSÃO

Os DORT representam uma grande problemática para a empresa e para o indivíduo repercutindo na imagem da organização e transformando a vida laboral, social e afetiva do trabalhador. Para que esta realidade seja revertida, torna-se de extrema importância o investimento em ações preventivas com a colaboração das chefias e dos funcionários para um resultado adequado e eficaz.

A Fisioterapia, mudando conceitos e atuando preventivamente, vem destacando em várias áreas dentre elas, a Saúde do Trabalhador; para isso é necessário o aprimoramento e a presença de maiores conhecimentos de Ergonomia, Biomecânica, Fisiologia do Trabalho, como expostos no Capítulo II. Assim sendo, o fisioterapeuta estando devidamente

preparado e com respaldos poderá manifestar-se como um excelente Gestor da Qualidade de Vida no Trabalho.

O profissional deve mostrar a sua real função e importância dentro de uma empresa e para a sociedade, o que se confirma com bases sólidas de estudo e desempenho superior no que é realizado. Cabe aos engajados nesta área e àqueles que buscam espaço, mostrarem os benefícios que a Fisioterapia traz para a empresa e para seus respectivos funcionários, pois a escassez de divulgação levantada como uma das hipóteses, responde ao pouco interesse, por parte dos empresários, em ter um fisioterapeuta atuando em suas organizações. Deixando como recomendação a participação atuante e efetiva deste profissional para melhor divulgação do seu trabalho e a sugestão de que pesquisas mais aprofundadas sejam feitas neste campo promissor ainda pouco explorado.

Conquistando mais esse espaço será de grande valia para a classe fisioterapêutica bem como, aumentará a credibilidade e a confiança da sociedade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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43. VAMOS VIRAR ESSA PÁGINA. Disponível em: <

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Mendes. LER/DORT ou Fibromialgia?: O Diagnóstico e suas Implicações. 2001. 47f. Monografia (Especialização em LER/DORT)-Universidade Estadual de Goiás, Goiânia.

Apêndice - Questionário

1. No âmbito empresarial, as LER/DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) constituem um fator preocupante e polêmico ?

Sim ( ) Não ( ) 2. As doenças ocupacionais são advindas por:

repetitividade ( ) ociosidade ( ) mobiliário inadequado ( ) fatores combinantes ( ) desconheço estas ( )

3. A Empresa já teve prejuízos com afastamento de funcionários vítimas de LER/DORT ?

Sim ( ) Não ( )

4. Os Programas de Qualidade de Vida do Trabalhador (QVT) são essenciais para a prevenção das doenças ocupacionais?

5. Os casos de LER/DORT são entendidos em sua maioria como oportunismo de aproveitadores?

Sim ( ) Não ( )

6. Os investimentos em ações baseadas nos pilares de saúde física, mental e emocional, apesar da relação custo-benefício são viáveis ?

Sim ( ) Não ( )

7. A prevenção das doenças ocupacionais faz parte das metas e missões da Empresa ? Sim ( ) Não ( )

8. As LER/DORT são entendidas como manifestações psicológicas por parte dos funcionários ?

Sim ( ) Não ( )

9. Doenças ocupacionais são consideradas um problema de caráter econômico, social e político ?

Sim ( ) Não ( )

10. Possui conhecimento a respeito dos Programas de Prevenção da Saúde do Trabalhador ?

Sim ( ) Não ( )

11. De acordo com sua visão de conhecimento dos programas de prevenção, qual(is) item(s) faz(em) parte ?

Ginástica Laboral ( ) Ergonomia ( )

Nenhum item acima ( )

12. Diante da questão LER/DORT, acha que existe alguma necessidade de um Fisioterapeuta na Empresa ?

Sim ( ) Não ( ) 13. A Fisioterapia é uma profissão de caráter:

Reabilitador ( ) Preventivo ( ) Ambos ( ) Não sei responder ( )

14. A Empresa tem consciência da relação entre funcionário sadio e produtividade ? Sim ( ) Não ( )

15. O Fisioterapeuta é aceito como um profissional capaz de dominar conceitos de ergonomia e conhecimentos de doenças ocupacionais ?

Anexo A – NR 17

1

17.1. Esta Norma Regulamentadora visa estabelecer parâmetros que permitam a

adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento,

transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.

17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características

psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora.

17.2. LEVANTAMENTO – TRANSPORTE E DESCARGA INDIVIDUAL DE

MATERIAIS

17.2.1. Para efeito desta Norma Regulamentadora:

1

17.2.1.1. Transporte manual de carga designa todo transporte no qual o peso da

carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga.

17.2.1.2. Transporte manual regular de carga designa toda atividade realizada de

maneira contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas.

17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a dezoito

anos e maior de quatorze anos.

17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um

trabalhador, cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança.

17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que

não as leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes.

17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas deverão ser

usados meios técnicos apropriados.

17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte

manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde ou sua segurança.

17.2.6. O transporte e a descarga de materiais, feitos por impulsão ou tração de

vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou sua segurança.

17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de

trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou sua segurança.

17.3. MOBILIÁRIO DOS POSTOS DE TRABALHO

17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de

trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição.

17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito de pé, as bancadas,

mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos:

a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de

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