• Nenhum resultado encontrado

Itens de avaliação de vias cicláveis por Ehgott

No documento PABLO DE BARROS CARDOSO (páginas 59-64)

Nível de tráfego das vias

compartilhadas por veículos motorizados.

Este nível é medido pela quantidade de veículos que trafegam por uma determinada seção de uma via, medida num período de tempo. São avaliadas as variações no fluxo de tráfego em relação ao tempo. As principais medições consideradas no estudo neste item são: variações horárias, variações diárias e semanais e variações anuais. Considera-se que quanto maior o fluxo de veículos, maiores os riscos associados a circulação de ciclistas e, consequentemente, menor será o número de ciclistas que optarão por vias com estas características.

59

apresentada pela via possibilidades da via ser escolhida pelo ciclista. São levados em consideração, as condições de pavimentação da via, os obstáculos existentes na mesma, como deformações e bueiros e as marcações especiais para os ciclistas.

Interseções da via Quanto maior a quantidade de interseções, maiores os riscos de acidentes que envolvam os ciclistas.

Números de acessos de veículos as vias (garagens, ruas e estacionamentos)

Quanto maior a quantidade de acessos, maiores os riscos de acidentes que envolvam os ciclistas.

Números de faixas em cada sentido da via

Quanto maior o número de vias, maior a quantidade de carros trafegando e maiores as possibilidades de mudança de faixas por parte dos veículos, aumentando os riscos para os ciclistas que utilizam a faixa em conjunto com os veículos automotores.

Sinalização disponível nas interseções das vias

Quanto mais sinalizadas forem as vias, menores as chances de colisão entre veículos automotores e ciclistas.

Estradas de tráfego misto Os ciclistas tendem a escolher rotas em que haja poucos minutos andando em estradas de tráfego misto. Os entrevistados relataram que esta condição aumenta a sensação geral de segurança para os usuários de bicicletas. Logo, definiram que as rotas propostas para o modelo deveriam incluir, em sua maioria, ruas secundárias, de menor fluxo de veículos automotores, aumento o grau de segurança exposto nos itens anteriores. Presença de ciclovias A presença delas aumenta o grau geral de

segurança, pois são vias exclusivas para circulação de bicicletas. As rotas que apresentam

60

estas vias apresentam maior concentração de usuários de bicicletas e sua classificação para utilização por parte do usuário ciclista é maior. Ciclovias compartilhadas com

os pedestres

As ciclovias compartilhadas com os pedestres são consideradas de maior risco em relação às ciclovias exclusivas. Porém, os entrevistados relataram que preferem rotas que incluam as vias compartilhadas com os pedestres a trafegarem por vias compartilhadas com veículos automotores.

Experiência do ciclista Quanto maior a experiência do ciclista, maior a utilização de vias compartilhadas, desde que estas representem a rota de menor caminho e, consequentemente, mais rápida. Esta experiência, conforme relatada pelos entrevistados, mostra que situações mais inseguras apresentadas por esta rota podem ser compensadas pela experiência adquirida pelos ciclistas.

Disponibilidade de estacionamento seguro nos pontos de destino das rotas avaliadas

É avaliada nas rotas cujos destinos sejam pontos de integração com outros modais ou em regiões que sejam polos geradores de viagens, como centros comerciais, centros estudantis, centros industriais, estádios esportivos e centros culturais. Existência de instalações de

chuveiro nos pontos de destinos das rotas cicláveis

Os entrevistados nas pesquisas relataram como fator positivo, além de locais em que deixassem em segurança as suas bicicletas, oferecessem condições de tomar um banho e realizar troca de vestuário.

Distância que as vias que fazem parte da rota possuem do tráfego mais pesado de

Importante não só pela questão de segurança, mas também pelo distanciamento do barulho causado pelo trânsito e da poluição causada

61

veículos automotores pelos veículos automotores no ar. Presença de partes ou

totalidade de superfícies que podem ser escorregadias quando sofrerem ações de chuvas

Deve ser avaliada a condição de drenagem da pavimentação e do escoamento do excesso de águas, bem como as condições da pavimentação no que tange a formação de poças de água, o que aumenta a possibilidade de acidentes aos usuários de bicicletas.

Iluminação à noite Vários dos usuários entrevistados utilizavam a bicicleta como interligação com outros modais ou como retorno de regiões que eram polos geradores de viagens, como centros comerciais, centros estudantis, centros industriais, estádios esportivos e centros culturais. A segunda parte do percurso poderia ser efetuada em horários em que a iluminação da via fosse requerida. Portanto, foi criada uma escala de valores para identificar quais rotas eram totalmente iluminadas (valor máximo) e quais as que apresentavam ausência de iluminação em partes ou na totalidade do percurso, o que aumentaria os riscos para os usuários ciclistas da via.

Risco de colisão entre motocicletas e automóveis

Esta preocupação se deve pela pesquisa realizada com os acidentes nas rotas pesquisadas no estudo, pois boa parte das vias era compartilhada por automóveis, motocicletas e bicicletas. Foi percebido que quanto maior o número de colisões entre motocicletas e automóveis, maiores os riscos para os ciclistas, pois os usuários de motocicletas passavam a disputar o espaço com os ciclistas.

Nível de inclinação das vias Os usuários preferiam rotas menos inclinadas, por apresentarem exigências menores de esforços

62

físicos e levarem menos tempo até o destino. Os autores elaboraram uma escala de pontuação das vias de acordo com a inclinação da mesma, considerando uma nota máxima para as vias planas e a nota na escala diminuindo a medida que o grau de inclinação da rota aumentasse. Distância de percurso Os entrevistados indicaram que andar de bicicleta

para o destino leva menos tempo do que outros modos de transportes, o que demonstra que as rotas cicláveis não eram muito extensas. De acordo com os dados da pesquisa, as rotas alcançavam, em média, 6km de extensão.

Fonte: Adaptado de Ergott (2011)

2.1.13. MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE ESPAÇOS URBANOS PARA CICLISTAS E PEDESTRES POR MONTEIRO

De acordo com Monteiro (2011), o uso da bicicleta no sistema de transportes urbanos é essencial para a melhora da qualidade vida da população devido ao aumento dos congestionamentos urbanos nas cidades. São destacadas as necessidades de melhorias das condições de infraestrutura para que haja aumento do uso da bicicleta como meio de transporte. Uma dos pontos estudados é a implementação de um plano cicloviário para as áreas que tenham potencial para o uso da bicicleta, sendo necessárias, nestas áreas, a implantação de ciclovias, ciclofaixas, ciclorotas ou faixas compartilhadas, que sejam sinalizadas. Além disto, é mostrada a importância da integração da sociedade, representada por polos geradores de viagens de usuários de bicicletas, tais como: indústrias, lojas de comércio, universidades e escolas. Estes atores da sociedade deveriam contribuir com a construção de elementos estruturais que permitissem ao ciclista, não só a possibilidade de guardar a bicicleta, mas como realizar uma higienização mínima após o uso da bicicleta.

63

Monteiro identifica alguns elementos essenciais para a construção de um sistema cicloviário que possibilite o aumento do uso deste modal nas cidades brasileiras, conforme destacado na tabela 2.27.:

TAB 2.27. – Itens de avaliação de Espaços Urbanos Para Ciclistas e Pedestres

No documento PABLO DE BARROS CARDOSO (páginas 59-64)

Documentos relacionados