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No documento Futebol e desenvolvimento econômico-social (páginas 41-69)

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Essas observações j á bast am para demonst rar que o f ut ebol é um set or dinâmi- co e complexo da economia brasileira, que se conect a diret ament e com diversas out ras indúst rias e, por esses mot ivos, merece at enção aprof undada e sist emát ica por part e dos est udiosos da economia. Ademais, sob uma perspect iva normat iva, t ais análises poderão t raduzir-se em diret rizes e polít icas concret as que cont ribuam para reduzir os hiat os de lucrat ividade, produt ividade e capt ação de t alent os ent re o f ut ebol brasileiro e suas cont rapart es na Europa.

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Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Est adual do Rio de Janeiro (UERJ), cursou MBA no Inst it ut o de Pós-Graduação e Pesquisa em Administ ração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPEAD/ UFRJ) e Mest re em Engenharia de Produção pela UFRJ. Funcionário do BNDES desde 1982, t endo ocupado diversos cargos execut ivos nas áreas de Planej ament o, Operações de Financiament o e Mercado de Capit ais.

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Formado em Economia e Dout or em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Funcionário do BNDES desde 2004, t endo ocupado cargos execut ivos na área de Est rut uração de Proj et os e na área de Inclusão Social.

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A Copa do Mundo 2014 t raz expect at ivas de melhorias em set ores da nossa econo- mia e na gest ão do f ut ebol brasileiro e, ao mesmo t empo, represent a um grande desafio. Além dos invest iment os necessá- rios à realização do event o, que envolvem inf raest rut ura de comunicações, energia, t ransport e, hospedagem, aeroport os e segurança pública, será preciso const ruir arenas esport ivas economicament e vi- áveis. O conceit o de arena como unida- de de negócios independent e é novo no mundo, especialment e no Brasil, por isso a missão requer est udos cuidadosos, ava- liações precisas e precauções. O Banco Nacional de Desenvolviment o Econômico e Social (BNDES), que est á financiando os invest iment os para a Copa 2014, ava- lia que o cust o de manut enção de uma arena represent a em média 2,5% ao ano do valor de sua const rução. Assim, em um empreendiment o que cust ará cerca de R$ 500 milhões, o cust o médio de manu- t enção é de R$ 10 milhões ao ano. A capa- cidade média de uma arena rent ável é de 30 a 45 mil lugares, sendo que, na Copa do Mundo, os est ádios devem comport ar no mínimo 45 mil pessoas (60 mil os que abrigarão as semifinais e afinal). Diant e desse desafio, o BNDES acredit a que o ca- minho para o sucesso é o equilíbrio ent re promover os vult osos invest iment os para a realização do event o e obt er a raciona- lidade na aplicação de recursos públicos

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A Copa do Mundo de 2014 é uma excelent e oport unida- de para o Brasil realizar invest iment os em import ant es set ores da economia, os quais int erferirão na mobili- dade urbana das cidades, no t urismo, na t ecnologia da informação e no modelo de gest ão do fut ebol, com o surgiment o de modernas arenas. O Banco Nacional de Desenvolviment o Econômico e Social (BNDES) vem se pre- parando para racionalizar e viabilizar, pelofinanciament o de longo prazo, os invest iment os necessários à realização do event o nos diversos set ores de nossa economia.

Priorizamos, na primeira f ase, o conheciment o e a implement ação de ações volt adas para os invest i- ment os que dependem de um prazo de realização longo. Como result ado dest a análise, o BNDES lançou dois novos programas: o ProCopa Arenas, volt ado para o financia- ment o das arenas, e o ProCopa Hot éis, que visa moder- nizar e ampliar a of ert a de leit os em t odas as cidades brasileiras. Em ambos os programas, é prioridade a sus- t ent abilidade socioambient al dos empreendiment os.

O próximo conj unt o de t emas a serem aprecia- dos pelo BNDES para enf rent ar os desafios da realização da Copa envolverá a inf raest rut ura de comunicações, energia, aeroport os e segurança pública. Os set ores de inf raest rut ura são t radicionalment e financiados pelo BNDES. Quant o aos aeroport os, t ema de compet ência da INFRAERO, o BNDES espera cont ribuir com est udos para o diagnóst ico de necessidade de invest iment os no se- t or, bem como apoia a est at al com um plano para sua

reest rut uração. O quesit o segurança pública não possui uma met a quant it at iva est abelecida pela FIFA para a rea- lização do event o, mas é uma oport unidade de enfrent ar o problema e deixar um legado para o país por meio da prest ação do serviço com maior t ecnologia de informação. A Copa é uma chance t ambém para set ores cuj a demanda será t ransversal, ou sej a, at uarão como su- pridores para hot éis, sist emas de t ransport e, arenas e segurança pública. Um exemplo import ant e é a indús- t ria de Tecnologias de Inf ormação e Comunicação (TIC). O BNDES est uda est e moviment o obj et ivando pot enciali- zar os invest iment os no país. No mesmo t rilho, seguirão ações no campo de equipament os para soluções de efici- ência ambient al.

Os t emas suscit ados pela Copa 2014 são múlt iplos e de grande dif usão na sociedade, mas nest e art igo va- mos nos at er especificament e à quest ão das arenas, que represent arão grandes legados para o f ut ebol brasileiro e condição imprescindível para a realização do event o.

O financiament o de uma arena é algo absolu- t ament e novo para o Brasil e para o BNDES. O próprio conceit o de arena como uma unidade de negócios inde- pendent e é novidade no mundo. Diant e desse cenário, o BNDES propôs-se a ent ender melhor est e conceit o para f oment ar e promover o debat e sobre a viabilidade des- t e t ipo de empreendiment o e que est rut urasfinanceiras seriam compat íveis.

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Part indo da verificação de casos de sucesso e f racasso, f oi possível elencar um conj unt o de f at ores det erminant es para a viabilidade econômica de arenas esport ivas. Dent re est es f at ores, dest acam-se: i) o t amanho do empreendiment o e o cust o operacional associado; e ii) as f ont es de composição de receit a e sua at ividade âncora.

A arena esport iva requer um nível expressivo de imobilização de capit al e um cust o de manut enção dest e at ivo, que represent a em média 2,5%ao ano do valor de sua const rução. Consideremos um empreendiment o que cust ará cerca de R$ 500 milhões, com um cust o médio de R$ 10 milhões ao ano, ou sej a, mais de R$ 800 mil por mês de manut enção dest e pat rimônio. É imprescindível que se leve em cont a a qualidade dos mat eriais ut ilizados na const rução dest e empreendiment o, auxiliando na racionaliza- ção dest es cust os f ut uros.

Um pont o de at enção ident ificado pelo BNDES nessas avaliações f oi que, de ma- neira geral, a capacidade média de uma arena rent ável é de 30 a 45 mil lugares. Com essas proporções, sua at ividade conseguiria remunerar o invest iment o, bem como re- duzir o cust o de manut enção. Est e é um desafio que a Copa do Mundo 2014 nos impõe, pois os est ádios exigidos para o event o devem comport ar no mínimo 45 mil pessoas, podendo chegar a cerca de 60 mil a capacidade dos est ádios que abrigarão as semifinais e afinal. Algumas cidades brasileiras j á est udam a possibilidade de “ desmont ar” part e da arena const ruída para se adequar ao público pós-event o e, assim, ot imizar os cust os de manut enção.

No ent ant o, a import ância do port e da arena é uma quest ão relevant e não apenas no aspect o quant it at ivo, no que diz respeit o ao t amanho, mas t ambém no qualit at ivo. A concepção arquit et ônica e o proj et o f uncional da arena det erminam as possibilidades de ut ilização do espaço e, consequent ement e, as oport unidades de geração de receit a. Além dist o, a preocupação com a manut enção do at ivo na f ase de proj et o pode significar expressivas economias na operação.

Ident ificamos que empresas operadoras de arenas cost umam part icipar de t odas as f ases do proj et o, prest ando consult oria ou at é mesmo assumindo o risco em parceria com os invest idores, por t erem ampla experiência na administ ração dest e t ipo de ne- gócio e por saberem onde e como capt ar recursos, dinamizar o negócio e, consequen- t ement e, gerar receit a mais rapidament e e com sust ent abilidade. Quant o mais uma arena est iver associada a um operador, maior rent abilidade apresent ará no f ut uro. Tal f at o decorre da preocupação em obt er maior e mais qualificada exploração do espaço, sej a por meio de venda de camarot es para empresas, sej a pela viabilização de espaços est rat égicos para dif erent es t ipos de event os cult urais, esport ivos e de negócios.

Apresent ado o conceit o da arena em relação a invest iment os e manut enção, cabe discut ir a arena no que diz respeit o à pot encialidade de geração de receit as co- merciais. Na experiência int ernacional, ident ifica-se um rol variado de oport unidades

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nome a um empreendiment o ou espaço f ísico) e demais receit as acessórias, como res- t aurant e, produt os esport ivos e museu.

Em nossos est udos, ident ificamos que a base de uma arena é o esport e, mas ela pode abrigar ainda out ras at ividades com o obj et ivo de pot encializar a geração de receit a. O principal element o é at ribuir à arena uma at ividade que j ust ifique a razão maior de sua const rução e, no caso, est a razão é o f ut ebol. Port ant o, é necessário que na região onde a arena será erguida o f ut ebol exerça um papel import ant e, de f orma a garant ir a sua operação. Exist em crít icas à exploração da arena para a realização de enormesVKRZVint ernacionais, mas isso precisa ser avaliado como um adicional para o negócio, pois esses event os represent am valores marginais para as arenas mais bem- sucedidas. É essencial t ambém a avaliação da população da cidade e da região. Por exemplo, quant o maior a renda per capit a local, mais viável se t orna o negócio, devido ao maior pot encial de uso e de maior valor médio das vendas para os f requent adores da arena.

Embora a arena sej a um invest iment o mais viável do que um est ádio de f ut ebol t radicional, sua const rução dificilment e se paga com sua geração de caixa operacional. Na maioria dos casos est udados na experiência int ernacional, há um aport e de recursos públicos para a viabilização dest e t ipo de empreendiment o. A solução, assim, é a busca de maior racionalidade na aplicação dos recursos e a preocupação com a viabilidade e manut enção do at ivo no longo prazo. Cada cont ext o regional sugere soluções definan- ciament o próprias.

A Áf rica do Sul, sede da Copa do Mundo 2010, é um exemplo de país que ut ilizou f ort ement e recursos est at ais para a const rução de suas arenas e de t oda inf raest rut u- ra necessária para o event o. No sent ido inverso, ident ificamos que, em Port ugal, por cont a da realização da Eurocopa 2004, a part icipação do set or privado f oi muit o at iva. No ent ant o, alguns de seus clubes de f ut ebol est ão em condiçõesfinanceiras bast ant e desf avoráveis por cont a do endividament o elevado para a const rução das arenas via- bilizadas por recursos privados. A part ir de t oda a avaliação realizada, ficou claro que seria muit o dif ícil dizer que uma f órmula é mais bem-sucedida que out ra, pois diversos f at ores podem int erf erir quando aplicada em ambient es dif erent es. Cont udo, há alguns f at ores que são f undament ais para a viabilização de arenas. Diant e da diversidade re- gional brasileira, t alvez o caminho nat ural sej a uma mult iplicidade de soluções.

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Como t odo est e cenário é recent e para o Brasil, a expec- t at iva é romper com padrões de est ádios ant igos por meio da const rução ou ref ormulação de 12 est ádios nos padrões de qualidade da FIFA. Muit os est ádios t erão apenas suas f achadas mant idas, pois são t ombados pelo pat rimônio hist órico, como o Maracanã e o Mineirão. As ref ormas se- rão grandiosas, envolvendo alt os cust os e at é mesmo no- vos conceit os, pois no Brasil os clubes ainda não t êm f ort e hist órico de buscar parcerias j unt o à iniciat iva privada. A gest ão do f ut ebol no Brasil est á abaixo de seu pot encial, por isso a oport unidade gerada pelo event o é t ransf ormar est a at ividade em um ef et ivo negócio no país. Temos hoj e deficiência em quest ões básicas, como a logíst ica para a venda de ingressos, que muit as vezes f az com que os t orcedores enf rent em horas em

filas. Alguns poucos clubes começaram a resolver est a quest ão em parceria com os sócios-t orcedores, que pela associação ao t ime conseguem ant ecipar a compra de ingressos, auxiliando o clube com o adiant ament o de re- cursos. Est e t ipo de ação só t ende a aument ar depois da Copa, a part ir da modernização desses est ádios, de seus ent ornos e de sua gest ão. Uma possibilidade para a melhoria da qualidade do serviço nas f ut uras arenas é a venda remot a de ingressos. A ut ilização da LQWHU QHWcomo canal de venda e a pulverização de pont os de

Há uma f ort e perspect iva de que novos est ádios, no conceit o de arenas, devam ser const ruídos no Brasil, independent ement e da Copa do Mundo, em decorrên- cia dest a maior profissionalização do esport e. O BNDES j á t em sido consult ado por clubes que compart ilham dest a mesma visão. Também acredit amos na evolu- ção do PDUNHWLQJ esport ivo brasileiro, que apesar de ser ainda muit o pouco explorado no Brasil, se compa- rado aos Est ados Unidos e a países europeus, cert a- ment e t em enorme pot encial. Assim como ocorre em relação aosQDPLQJ ULJKWV, amplament e explorados em out ros países, mas ainda pouco dif undidos por aqui. Novament e, vale dest acar que as assimet rias regionais represent arão dif erenças no pot encial f ut uro dessas arenas. O peso econômico e a t radição no f ut e- bol de alguns est ados criam condições de cont orno para uma viabilidade muit o mais f avorável da arena. Para as cidades-sede que não possuem a mesma represent at ivi- dade na economia e no f ut ebol, há que se pensar em soluções criat ivas para viabilizar o negócio. No ent an- t o, a respost a a est a diversidade não é uma negação à oport unidade que a Copa 2014 represent a, mas um olhar crít ico que busque unir racionalidade na aplicação de recursos com a maximização do legado. É com est e en- f oque que o BNDES part icipa das discussões em t orno dos

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O principal papel do BNDES, nest e moment o de elabora- ção e apresent ação de proj et os em busca definanciamen- t o, t em sido auxiliar na int erlocução dos at ores, como clubes, iniciat ivas privada e poder público. O obj et ivo é buscar as melhores alt ernat ivas para a const rução dessas arenas, de f orma racional e sust ent ável, buscando des- de o início a pot encialização de seus result ados f ut uros. Exist e um conj unt o de grandes oport unidades que, cui- dadosament e est udadas e exploradas, podem f azer do f ut ebol brasileiro um negócio bast ant e rent ável no f ut u- ro, e que, na avaliação do BNDES, t ornam essas arenas empreendiment os viáveis. Seguindo est a linha e de acor- do com as condições adversas enf rent adas pelo f ut ebol brasileiro, avaliamos que, para a viabilização das arenas brasileiras, há necessidade de um aport e de recursos públicos, que na média ent re as cidades-sede do Brasil será em proporção superior ao que j á se f ez na Europa. Indicamos que t odos os proj et os, os quais exigem como inf raest rut ura mínima a capacidade de 45 mil lu- gares, sej am pensados e t raçados muit o f ort ement e, ali- nhados às especificidades da região, de acordo com suas pot encialidades de exploração, para que não sej am rea- lizadas obras grandiosas que result em em gast os exces-

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