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Após mais de um mês desde o grito de independência do povoado de Juazeiro, Antônio Luiz e seu jornal, Correio do Cariry, permaneciam em absoluto silêncio157 perante aquele ato político. O não posicionamento do chefe cratense pareceu revelar uma crise de opinião sobre o acontecido, classificado pelo articulista de O Rebate como fruto da vergonha.

[...] Quando o individuo, sitiado pelas censuras, não pode defender-se, nem encontra quem o defenda quando coagido pelos commentarios deprimentes sobre os seus actos, procura os que se dizem seus amigos, e estes envergonhados da sua ridícula attitude, e não querendo nivelar-se no mesmo plano de decadência, d’elle fogem, nada revelando publicamente, lamentando, porem, na intimidade, a consequência fatal de seus desvios, pode-se dizer, attingiu ao ultimo termo de reducção moral.158

157 As principais publicações do Correio do Cariry no mês de setembro foram as auto-homenagens aos seis anos do

jornal. Com publicações de congratulações de personalidades cratenses aos anos de circulação daquele periódico.

No artigo Entre a parede e a espada, publicado em 16 de outubro, o redator juazeirense elencou as possíveis hipóteses que teriam levado Antônio Luiz a negar o direito de independência do povoado. Entre essas hipóteses estavam: vingar-se contra o povo de Juazeiro e os chefes caririenses que manifestaram-se a favor da causa; humilhar o padre Cícero e assim confirmar que o mesmo não tinha mais nenhuma influência na região; e, por fim, sustentar a integridade no funcionamento do comércio do Crato. Para todas essas hipóteses o jornalista julgou não haver fundamento. Pelo contrário, a “perseguição” contra os juazeirenses estava ocasionando a derrocada econômica do município cratense...

...pois nunca o commercio d’essa localidade reduziu-se tanto como se acha agora. As feiras estão quase desaparecidas, segundo informação geral; os gêneros, encostados, sem preço satisfatório, por falta de compradores; as casas commerciaes, que eram até então de grande movimento, estão em estado lastimável, quase sem nenhuma concorrência.159

Os argumentos de O Rebate foram construídos com a finalidade de desqualificar a política de Antônio Luiz, classificada como “detestável, mesquinha, egoísta, toupeira”.160 O redator buscou contestar os possíveis fatores que teriam levado o oligarca cratense a negar a emancipação do povoado com a estratégia ideológica de racionalização (THOMPSON, 2011, p. 82), ao construir uma cadeia de raciocínios que invalidava a ação do adversário (Antônio Luiz). Além disso, ao apresentar a crise econômica do Crato, como fruto da negativa pela emancipação de Juazeiro, o articulista pretendeu convencer os leitores, especialmente os cratenses, que a independência do povoado era o melhor caminho para combater aquela instabilidade econômica, fomentada com o boicote de Juazeiro.

Ainda para o articulista juazeirense, todo o imbróglio político entre Crato e Juazeiro causou a derrocada moral de Antônio Luiz. “Um homem desmoralizado, aniquilado é um homem moralmente morto para a sociedade, para a política”,161 cujo o único recurso de salvação seria, na percepção de O Rebate, “renunciar a chefia do Crato”.162 A representação da “morte” de Antônio Luiz traduziu a intensidade de aludir o

159 Idem.

160 JOASEIRO. O Rebate, Juazeiro, 29 de maio de 1910, p. 1.

161 FATUIDADE? Estupidez ou loucura? O Rebate, Juazeiro, 30 de outubro de 1910, p. 1. 162 ENTRE a parede e a espada. O Rebate, Juazeiro, 16 de outubro de 1910, p. 1

fim do chefe cratense e desqualificar sua administração política, incapaz de guiar e manter a ordem na região, marcada por fortes contendas.

Enquanto Antônio Luiz era representado como “morto politicamente”, o governador do Estado, Nogueira Accioly, mesmo agindo passivamente nos trâmites do projeto político de Juazeiro, recebeu homenagens por parte da Comissão de Engrandecimento do povoado. O artigo Joaseiro em festas, publicado em 16 de outubro,163 descreveu as homenagens dos populares ao governador pelo seu aniversário natalício, ocorrido no dia 11 do citado mês. Um dia marcado por salvas, passeatas e discursos dos coronéis locais em prol do governador estadual. A Comissão separou também um item exclusivo para Accioly no manisfesto de independência: “submetter-se à direcção politica do Exmo. Snr. Dr. Accioly”.

Após dois meses do “dia da libertação”, O Rebate traçou os melhoramentos presenciados no povoado após o rompimento político com Antônio Luiz. O texto, apresentado abaixo, buscou legitimar o manifesto pró-independência, ao apresentar o crescimento econômico do povoado.

Foi sem aparato de armas, que as tem de sobra para repelir todo e qualquer agressão do Snr. Antonio Luiz, em todo e qualquer tempo que elle pretender aggredil-o; foi sem apparato de armas, repetimol-o, que o povo do Joaseiro, á nítida comprehensão de seu valor e de seu civismo, proclamou bem alto, com todo o desassombro, a sua emancipação politica do município do Crato. [...] É grande, e muito, a paz, a ordem, a harmonia de vistas, de sentimentos e de ideas que existe entre todos. Naturaes e romeiros cada vez mais se amalgamam e prontos estão á derriça pela manutenção de sua liberdade, dê, porém, no que der.

[...] O Joaseiro, agora, com a sua autonomia, mais e mais progride! Augmenta, de dia para dia, consideravelmente, admiravelmente, a sua população.

A sua febre de construcção, ah! não cedeu ás ameaças de capitão pé-ôco [Antônio Luiz], nos primeiros dias que decorreram de sua independência, e hoje, mais que nunca, parece um delírio.

As suas feiras actualmente excedem as do Crato; são e promettem continuar a ser as maiores do Cariry.

Todos esses melhoramentos que todos nós notamos, são, não há negar são devidos já á liberdade, á sua liberdade que proclamara á despeito d’um tyramente de opa bufa e como aplauso geral de todos – a liberdade de sua terra.164

163 Destacamos uma curiosidade do jornal O Rebate. O dia 16 de outubro de 1910 marcou a publicação de duas edições,

64ª e 65ª. Não há nas edições anteriores uma justificativa para essa publicação dupla. Uma das hipóteses seja um erro de grafia devido ao relato a seguir: “Tendo esta nossa folha, em suas ultimas edições de começo de setembro à esta parte, sahindo com bastante incorreções devido isto à ausência d’um de nossos collegas, encarregados exclusivamente da revisão” (O REBATE, 16 out. 1910, ed. 65, várias, p. 2). Ressaltamos ainda que, a edição de número 64 publicou o artigo Entre a parede e a espada; enquanto a 65 publicou Joaseiro em festas, ambas em primeira página.

O enunciado se destaca pela forte exaltação nas palavras e pela excessiva representação positiva de Juazeiro após o grito de independência, em 30 de agosto. O uso de palavras como paz, ordem, harmonia e progride (progresso) objetivou apresentar a importância daquele acontecimento para a comunidade juazeirense. A pequena vila de Juazeiro, sem a tutela de Antônio Luiz, pode finalmente usufruir de sua liberdade e assim progredir. A narrativa encontra-se no espírito positivista de Augusto Comte, o mesmo utilizado na fase de transição do regime monárquico para o republicano do Brasil. Ideal que tinha como mote a Ordem e o Progresso em benefício do bem comum, do desenvolvimento coletivo e cientifico dos juazeirenses.

Outro aspecto relevante foi a utilização do elemento que denota sentido de comunhão com os leitores, no emprego do “todos nós notamos”. O uso do ‘nós’ é caracterizado pela figura de comunhão (PERELMAN; TYTECA, 2005, p. 202), relativo às condições que aproximam os sujeitos, leitores e redação, a um determinado acontecimento, por afetarem a todos (nós/eles), nesse caso, os melhoramentos no povoado. Nessa perspectiva argumentativa, o articulista de O Rebate construiu uma cadeia de raciocínio que validou o ato dos juazeirenses, em 30 de agosto de 1910, com a estratégia ideológica de racionalização (THOMPSON, 2011, p. 82).

Na sequência, o jornalista utilizou do dispositivo de interação com os leitores, por meio do uso dialético de pergunta e resposta (PERELMAN; TYTECA, 2005, p. 123). Ao indagar-se sobre os próximos melhoramentos do povoado, o enunciador dirigiu-se especificamente para os leitores de Juazeiro, envolvendo-os naquele contexto de trabalho, para que juntos, o povo e os chefes juazeirenses, elevassem ainda mais o nível de progresso da futura cidade.

E que melhoramentos d’ora em diante se não hão de desdobrar?

O venerado padre Cicero, dentro em pouco, vae começar os trabalhos do calçamento das principaes ruas desta futura cidade.

O distinctos capitalistas, coronel José Lourenço da Silva zuza e Major João Bezerra de Menezes já projectaram construir um novo mercado para o talhe da carne, ao lado nascente da praça da Independencia e não tardarão a metter mãos á obra. A illuminação publica, que ainda não nos satisfaz, vae-se tornar á contento de todos. [...] Mãos, pois, á obra!165

Dessa forma, com o movimento emancipacionista, Juazeiro incorporou de modo mais implícito, imagens ligadas ao progresso da civilização. Enquanto os juazeirenses

comemoravam seu nítido progresso, o dia 06 de novembro marcou também o fim do silêncio166 do Correio do Cariry. Foram dois meses sem nenhum manifesto contrário ao grito dos juazeirenses do dia 30 de agosto, as ameaças não concretizaram-se, os impostos não foram cobrados e o batalhão da polícia não invadiu o povoado. No momento em que Juazeiro alcançou sua autonomia, mesmo de forma não oficiosa, os jornalistas cratenses retomaram o processo da questão dos milagres para recrudescer as acusações contra o padre Cícero e o povoado.

O semanário cratense publicou uma circular escrita, em agosto daquele ano, pelo bispo de Olinda, Dom Luiz Brito, direcionada aos vigários pernambucanos sob sua jurisdição. A carta reprovava a atitude dos fiéis pernambucanos que iam em peregrinação a Juazeiro e ao padre Cícero por incitá-los a permanecer em romaria ao povoado.

Revdm. Sr. Vigário. – Chegando ao nosso conhecimento a confirmação de que infelizmente se tem alastrado pelo interior desta diocese a superstição, já pela Santa Sé condemnada, dos embustes do Juaseiro, no Ceará, a qual tem obcecado os espíritos de nossos filhos, que justamente com os habitantes de outros Estados, em constantes romarias, não só abandonam suas casas e trabalhos, mas chegaram a tal ponto de cegueira que recusam crer e receber senão o que enganadamente julgam lhes impor o padre Cícero, que devia ser o primeiro a lhes ensinar como se acham em erro, dando assim prova da sua obdiencia á S. Congregação que condemnou seu desvio; somos obrigado a chamar a atenção de v. rvdma [sacerdotes da diocese]. Encarregando-o em consciência de esclarecer esses pobres iludidos, não consentindo em praticas tão prejudiciaes. Outro sim, recomendamos que não aceite para baptismo o nome de Cicero, que é signal de arraigado fanatismo.167

Apesar da publicação, o Correio do Cariry isentou-se da responsabilidade daquelas informações ao colocá-las ‘na boca’ da fonte. No entanto, observa-se uma evidente apropriação do discurso pela redação, usado para corroborar com a sua visão perante o povoado juazeirense, tendo em vista que a citada circular é datada de agosto de 1910. Todavia, a publicação repercutiu na região. Dias depois, outros periódicos168 de localidades adjuntas divulgaram o texto do diocesano. O jornal Cetama,169 de Barbalha, foi um deles, atitude que rendeu elogios do jornalista cratense “O nosso distincto collega

166 Durante o mês de outubro, as principais publicações do Correio do Cariry foram as homenagens ao aniversário do

governador Accioly e os preparativos para eleições municipais.

167 OS MILAGRES do Joaseiro. Correio do Cariry, Crato, 06 de novembro de 1910, p. 1.

168 Além do Correio do Cariry, publicaram a circular os jornais: Cetama, de Barbalha; Jornal Pequeno, de Recife. 169 Jornal barbalhense fundando em 13 de maio de 1908 por Henrique Fernandes Lopes Sobrinho, também seu diretor

O Cetama, de Barbalha, fez como nós, transcreveu em suas páginas a pastoral do bispo de Olinda sobre o fanatismo do Juazeiro”.170

Os jornalistas cratenses ressurgiram no campo do debate com a estratégia de rememorar a imagem de comunidade fanática, construída após os fenômenos religiosos de 1889, buscando, dessa maneira, desestabilizar a ideia de progresso dos vizinhos. Segundo eles, uma cidade atrasada intelectualmente e fanática não teria condições de progredir. Esse discurso, de acordo com Woitowicz (2015), condenando as formas de cultura e religiosidade populares, foi típico do jornalismo praticado após a instauração do regime republicano. Os jornais tornaram-se o porta-voz do discurso cientifico no processo de (re)construção da nação (logo após a abolição da escravatura e queda do Império), na tentativa de igualar a jovem nação aos países considerados civilizados.

Em Juazeiro, aquela publicação não foi bem recebida pelos editorialistas de O

Rebate. Criou-se uma expectativa pela reposta da redação a citada circular:

Chamamos a atenção de nossos leitores para os edictoriaes de nossa folha de domingo próximo [20 de novembro]171, em resposta a circular do exmo. sr. Bispo de Olinda, datada de 26 de agosto d’este anno [1910], e à covardia do sr. Antonio Luiz, mandando a transcrever em seu morphetico corsário – o Correio do Cariry.172

Sob o título INCOHERENCIAS da circular do Exmo. snr. Bispo de Olinda contra

Joazeiro e o Rev. Padre Cicero, o periódico juazeirense lançou suas considerações acerca

do manifesto do diocesano. O editorial173 considerou a circular “nada mais nem menos do que a repetição das banalidades já muitas vezes proferidas por alguns padres despeitados”,174 cuja única preocupação é “ridicularizarem a Religião Catholica Apostolica Romana, com apreciações calumniosas contra o Joazeiro e o virtuoso padre Cicero”.175 Além de contrapor o religioso, a publicação juazeirense pode soar, também, como uma resposta às autoridades cratenses que constantemente criticavam os atos religiosos presenciados em Juazeiro desde a ocorrência do Milagre da hóstia:

170 MILAGRES do Joaseiro. Correio do Cariry, Crato, 20 de novembro de 1910, p. 1.

171 Por motivos não explicados, o editorial prometido deixou de sair naquela edição, sendo publicado apenas no dia 27

do citado mês.

172 ATTENÇÃO! O Rebate, Juazeiro, 13 de novembro de 1910, p. 1.

173 De acordo com Marques de Melo (2003, p.103), editorial ou artigo de fundo é “o gênero jornalístico que expressa a

opinião oficial da empresa diante dos fatos de maior repercussão no momento”.

174 INCOHERENCIAS da circular do Exmo. snr. Bispo de Olinda... O Rebate, Juazeiro, 27 de novembro de 1910, p.1. 175 Idem.

É preciso que o publico saiba e se convença de que nenhum padre, nenhum bispo, bem alguma autoridade eclesiastica pode impor aos fieis não fazerem romarias para venerarem a imagem da virgem Mãe das Dores do Joazeiro; pois ella, a d’aqui, como a de outra qualquer capela é sempre a imagem da santíssima virgem e pode e deve ser venerada.176

Na sequência, o jornalista utilizou a técnica dialética de perguntas e respostas (PERELMAN; TYTECA, 2005) para desenvolver sua narrativa, pautando-se das afirmativas de Dom Luiz, de modo a demonstrar aos leitores, e aos próprios fiéis, a contradição do pensamento do religioso. Os questionamentos além de atuarem como um dispositivo de interação com o público, serviram como um dispositivo de indução à reflexão sobre os atos religiosos praticados em Juazeiro.

A que embustes, porventura, queria S. Exci. Referir-se? Aos milagres da Eucharistia que aqui se dera [?]

Não, porque, desde que a perseguição movida escandalosamente não permittiu pólos á limpo como cumpria, nunca mais aqui se fallou sobre elles.

[...] Serão as romarias do povo à capella de Joaseiro [?]

Também não, porque não podemos acreditar que s. excia entenda de classificar embustes essas romarias feitas á capella onde se acha exposta á veneração dos fieis a imagem da santíssima virgem. Se é embuste fazer promessas à Virgem Mãe de Deus e cumpri-las [...] junto ao altar de sua Santa imagem, não sabemos então o que seja dever religioso.177

Percebe-se também o uso do modo de operação ideológica de unificação (THOMPSON, 2011, p. 86), cuja construção simbólica estabeleceu uma forma unitária que interliga os indivíduos, numa identidade coletiva, independentemente das diferenças e divisões que possam separá-los. Ou seja, as romarias, destinadas à Nossa Senhora das Dores em Juazeiro, estavam corretas e de acordo com as tradições católicas e não poderiam sofrer censuras por parte de nenhuma autoridade política ou religiosa.

Por fim, o redator demostrou que os sertanejos iam a Juazeiro não apenas pelo ato de fé, mas também buscando escapar da seca e da fome que se alastrava pelos sertões do Nordeste:

Os sertanejos que abandonam os seus lares e saem para aqui são: ou os que estando em condicções regulares preferem vir negociar nesta localidade onde o commercio offerece maior vantagem, na expectativa de melhor lucro, ou os que batidos pela necessidade e pela fome, sem nenhum recurso encontrarem na localidade onde moram, para não morrerem inanidos, estatelados, vem procurar

176 Idem. 177 Idem.

o arrimo certo que o caridoso Padre Cicero lhes dá. [...]. Se S. Exci. Ordenasse aos respectivos vigários que os auxiliassem com recursos para não morrerem de fome, como faz expontaneamente o virtuoso Padre Cicero, estamos certos de que eles não abandonariam as suas casas para virem residir aqui.178

Na busca por defender o padre Cícero das críticas do diocesano, o enunciador propôs a construção de um discurso pautado pelo emprego de estratégias de qualidade, no qual o sacerdote foi retratado positivamente por meio da construção do ethos de credibilidade e humanidade (CHARAUDEAU, 2006). O primeiro por ter em sua personalidade características de seriedade, virtude e competência; e, o último por demonstrar sentimentos de compaixão para com aqueles que sofriam. Para O Rebate, tamanhas “incoerências” só prejudicavam a religião e a fé católica, principalmente quando eram propaladas por bispos e sacerdotes. “Os padre que clamam contra a vinda de romeiros aqui [Juazeiro] é que estão em erro e em completo desvio e que são dignos de censura por tentarem corromper o sentimento de fé dos fiéis”.179

Em outra publicação daquela edição (27/11/1910), intitulada Sempre o mesmo

covarde e safado, o articulista juazeirense voltou a comentar sobre o caso, porém,

direcionando sua crítica ao coronel Antônio Luiz. Acreditou-se que a publicação da circular teve como objetivo desmoralizar o povoado de Juazeiro e o padre Cícero, com a finalidade de criar uma antipatia geral ao ato político daquela população. Porém, as críticas ao oligarca cratense, já recorrentes no jornal, não chamariam tanta atenção. A descrição de um episódio, ocorrido após a morte de José Marrocos, mudaria os rumos da discussão entre O Rebate e o Correio do Cariry.