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4.3 Exemplos de Aplicação

4.3.3 Laboratório Biocombustivel Relatório Fotográfico da Inspeção

Assim como para o Laboratório Químico, foram registradas imagens do Laboratório de Biocombustivel a fim de ilustrar as não conformidades do laboratório.

Basicamente os mesmos problemas encontrados em um laboratório foram identificados no outro. Como pode ser percebido nas não conformidades encontradas nos equipamentos do tipo à prova de explosão, invólucro pressurizado, assim como nas conformidades da instalação e ambiente.

Figura 12: Caixa de passagem da alimentação da geladeira.

A não conformidade encontrada para a caixa de passagem como indicado na lista de verificação foi a falta de identificação do tipo e grupo da proteção utilizada neste equipamento. O que acarreta em uma desorientação à norma NBR 5363 [4], além do risco à vida dos funcionários da manutenção.

Figura 13: Quadro de comando da capela.

Fonte: Acervo Pessoal.

O item 8.2.3 da norma NBR 5420 [7] não foi atendido para o quadro de comando da exaustão da capela, pois a posição liga / desliga está atrelada a uma lâmpada, impossibilitando saber no caso de algum problema na lâmpada se o motor está ou não desligado.

5 CONCLUSÃO

A implantação das normas para equipamentos em áreas classificadas representa um marco para a segurança dos serviços em eletricidade ou qualquer atividade com risco elétrico, principalmente pelos trabalhadores que executam serviços em eletricidade nos setores que tem como produto final o manuseio de derivados do petróleo. Levando-se em conta que os acidentes em plataformas, petroleiros e refinarias (laboratórios) em sua maioria são catastróficos em relação às vidas perdidas.

As normas também não são omissas quanto à apreciação dos riscos adicionais que podem surgir nas atividades que apresentam risco elétrico. As normas defendem a interação de todas as normas de segurança implementadas na instalação dando total destaque a NBR 5410 [8] (Instalações em baixa tensão) e a norma regulamentadora Nº10.

Não somente para atendimento das demandas de segurança de seu corpo de colaboradores, mas para que os alunos do departamento tenham conhecimento de uma normatização que é obrigatória.

Conforme demonstrado neste estudo, o impacto de um acidente de trabalho não recai somente sobre os profissionais especialistas no assunto. O engenheiro eletricista que tenha uma equipe de trabalhadores sob sua responsabilidade deve ser capaz de identificar situações de risco e ser habilidoso em determinar medidas de segurança que, no mínimo, possam reduzir ou mitigar as chances de ocorrência de um acidente, ou melhor, eliminar a probabilidade de sua ocorrência.

A ferramenta desenvolvida neste trabalho para a verificação de conformidade das instalações e equipamentos do laboratório Coppe Comb busca não se restringir aos casos estudados, mas ter caráter geral, para que possa ser utilizada em qualquer tipo de instalação. O caráter geral da ferramenta aponta para a facilitação da realização de mais estudos. A aplicação do checklist durante as visitas foi crucial para que sua aplicabilidade fosse testada e que as adequações necessárias fossem identificadas, e futuramente implementadas para garantir o caráter geral na sua aplicação. A utilização de ferramentas simples de avaliação não têm a intenção de tornar o trabalho sem substância, mas garantir rapidez e eficiência na implementação do estudo.

Ressalta-se que a elaboração e a aplicação do questionário teve como pilar central o estudo e os comentários que foram realizados no corpo do trabalho sobre normas de equipamentos em áreas classificadas. A aplicação da ferramenta depende essencialmente da colaboração e dos responsáveis pelos laboratórios e dos funcionários que lá desempenham suas funções, para que o retrato da instalação seja fiel à realidade dos serviços lá realizados. Já que raramente é possível, por meio de uma simples observação de uma planta industrial ou mesmo de um projeto, decidir que partes

daquela industria podem ser enquadradas na definição de zonas (zona 0,1 e 2). É necessário um estudo mais detalhado e isto envolve a análise das probabilidades básicas de ocorrência de uma atmosfera explosiva de gás. O primeiro passo é avaliar essa probabilidade de acordo com as definições de zonas 0, zona 1 e zona 2. Este estudo requer considerações detalhadas a serem aplicadas para cada item do equipamento de processo que contém o produto inflamável, que poderia se tornar uma fonte de risco. Caso contrário o estudo apontaria para ações equivocadas no tratamento das condições de segurança das instalações que foram avaliadas utilizando a ferramenta elaborada.

A eficiência da ferramenta foi comprovada, pois durante sua aplicação foi posto à tona situações que apenas por uma inspeção visual e análise somente das instalações e da metodologia de trabalho não poderiam ser identificadas. As sugestões apresentadas devem ser apreciadas pelo departamento responsável pelo complexo de laboratórios, que deveria priorizar as medidas que poderiam ser implementadas para melhoria das condições de segurança das instalações.

O estudo evidenciou que o departamento atende diversas exigências, demonstrando o devido cuidado com seus funcionários e com os bens materiais existentes. O que existe escrito e atende às determinações da norma é a descrição da execução das experiências realizadas nos laboratórios e os reagentes químicos e inflamáveis que são manuseados com suas respectivas temperaturas de ignição.

O atendimento às normas de segurança tornou-se um diferencial muito valorizado para os trabalhadores, principalmente para as empresas de maior porte e/ou aquelas que têm verdadeira noção de sua função junto à sociedade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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[3] ABNT, 1997, Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas, NBR 9518. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

[4] ABNT, 1998, Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas - Tipo de Proteção “d”, NBR 5363. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

[5] ABNT, 1995, Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas - Tipo de Proteção “e”, 9883. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

[6] ABNT, 1989, Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas de Segurança Intrínseca

- Tipo de Proteção “i”, NBR 8747. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

[7] ABNT, 1992, Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas – Invólucros com

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[8] ABNT, 2004, Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, NR - 10. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

[9] ADINOLFI, Rodrigo Pinto, 2007, Trabalho Final de Conclusão do Curso de MBA em

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[10] GARCIA, K., 2001, Operadores como Agente de Confiabilidade: Estudo de Caso em uma

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[11] GIL, Antonio Carlos,1991, Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo, Atlas. [12] JORDÃO, Dácio de Miranda, 2007, Manual para Prevenção de Explosões em Indústrias

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[13] NEMÉSIO SOUSA, Jorge, 2005, Cadeia de valor, ações estratégicas e medição de

desempenho: uma abordagem para organizações de manutenção.Dissertação (Mestrado em Sistemas de Gestão), Niterói, Universidade Federal Fluminense.

[14] NEMÉSIO SOUSA, Jorge, 2009, Técnicas Preditiva de Manutenção Elétrica. Apostila da

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[15] SILVA, Edna Lúcia da; MENEZES, Estera Muszkat, 2005, “Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação”. 4ª ed. Florianópolis: UFSC/ LED - Laboratório de Ensino a Distância. 138p. Disponível em: http: //www.ppgep.ufsc.br. Acesso em: 02/09/2008.

[16] SOUSA, Rosane, 2010, “Instalação de Equipamentos com Proteções por Invólucros ou por Segurança Intrínseca”, O Setor Elétrico - 48ª Edição Janeiro, pp. 36-42.