• Nenhum resultado encontrado

Capítulo II – O ensino à distância

2.2. O b-learning

O b-Learning (Blended Learning) é uma modalidade de ensino que integra atividades tanto presenciais como em ambiente online (Figura 3). Atualmente, esta é a modalidade que mais

se pratica no ensino à distância em Portugal. Através do uso das diferentes tecnologias e de uma combinação múltipla de metodologias de aprendizagem, o uso do b-learning permite sustentar e apoiar os cursos disponibilizados em sala de aula e no ensino à distância. A sua utilização por parte das várias organizações educacionais e não educacionais tem sido considerada como uma melhoria na eficácia e eficiência de transmissão de conhecimentos.

Figura 3 – Metodologias associadas ao b-Learning

O uso das diferentes plataformas LMS e outras permitiu que os utilizadores se tornassem autodidatas, passando a assumir um sistema de autoformação assíncrona. Por outro lado, a possibilidade síncrona, estabelecida através de reuniões online, videoconferência ou mesmo os mensageiros instantâneos também fica garantida através deste método. O b-learning é, assim, um ambiente misto que permite realizar uma transformação do não-verbal para o escrito apoiado através de recursos audiovisuais e de multimédia.

O aumento de qualidade no ensino e na formação e a redução de custos são pontos importantes que se centram nesta modalidade. Tal como acontece no e-learning, e considerando uma formação síncrona, no b-learning os alunos dispõem de horários completamente flexíveis e sem a necessidade de realização de grandes deslocações geográficas. Por outro lado, é exigido ao professor que adote esta modalidade o que para funcionar e apresentar uma melhor qualidade e eficácia de aprendizagem, o professor deverá também disponibilizar material de apoio, estar disponível para participar em reuniões à

b-learning

e-learning

Ambiente

sala de

aula

Mobile

Learning

distância e proceder ao esclarecimento de dúvidas. Importa, também, que os professores tenham, conhecimentos de tecnologias de comunicações e principalmente, sejam capazes de incentivar o aluno através da marcação de sessões, de trabalhos, workshops, e testes interativos. Desta forma o professor estará a envolver o aluno e a recriar um ambiente igual ao de uma verdadeira sala de aula (Figura 4).

Figura 4-Interação pedagógica entre professor e aluno.

Para que se possa obter o melhor do b-learning devem ser tido em conta 10 pontos fundamentais (D.R. Garrison & H. Kanuka (2004):

1. Integração de várias tecnologias

Não depender apenas de uma única opção tecnológica, ter sempre em conta diversos tipos de ferramentas e opções para que se possa aumentar as hipóteses de transmissão de conhecimentos aos alunos.

2. Estabelecer objetivos e expetativas

Determinar, desde o início do curso, quais as expetativas que se tem em relação ao aluno para o sucesso do curso e deixar claro aquilo que o aluno pode obter através deste processo de aprendizagem.

3. Adotar uma plataforma de gestão para o ensino

É necessário que exista uma plataforma, ou um LMS, para a elaboração e a gestão das diversas atividades independentes. Uma boa organização e gestão de curso proporcionam um bom relacionamento educacional com o aluno e constitui também o background perfeito do desempenho deste. Tendo em conta as caraterísticas desta modalidade de ensino é muito importante que o aluno seja constantemente incentivado a realizar as tarefas que lhe foram direcionadas. Professor Aluno Aluno Aluno Professor Aluno Aluno Aluno Professor Aluno Aluno Aluno

4. Escolha apropriada de técnicas de ensino-aprendizagem

Para que o aluno não se desconecte do curso e se mantenha sempre interessado é necessário que se promovam várias atividades. Estas devem ser interativas e, se possível, baseadas na internet, de forma a garantir que os alunos participem ativamente nas aulas à distância.

5. Oferta diferenciada de aprendizagem

Cada curso tem o seu nível e grau de dificuldade, para tal deve-se ter em conta aquando da sua criação, a formulação de diferentes níveis para o processo de ensino, pois que, por esta via os alunos terão a possibilidade de se especializarem ou aprenderem ao seu próprio ritmo e no grau de dificuldade que consideram mais ajustado para si em determinado momento.

6. Ensino adaptado aos diferentes estilos de aprendizagem

Cada utilizador tem uma forma de aprender diferente. Alguns alunos são mais afetos às leituras, outros são mais apreciadores dos aspetos gráficos e visuais, e há ainda aqueles que gostam mais da aprendizagem baseada na interatividade e na partilha de conhecimentos. Estas considerações devem ser tidas em conta no momento de projeção de determinado curso, por forma a que se considerem as melhores possibilidades de entrega e disponibilização de conteúdos, tornando-os atrativos e favorecedores do ritmo de aprendizagem dos alunos.

7. Recursos online

É fundamental saber aproveitar os diferentes recursos que a internet disponibiliza. Esta medida deverá ser promotora de poupanças tanto ao nível de tempo quando do esforço a ser depreendido.

8. Suporte ao trabalho cooperativo e colaborativo

As aulas à distância podem ser, por vezes, muito solitárias. Por isso importa que, através de diferentes recursos, se criem atividades interativas e online baseadas na aprendizagem colaborativa. A videoconferência, os fóruns e os chats são alguns dos recursos que podem ser úteis para a colaboração e partilha no processo de aprendizagem dos alunos.

9. Comunicação facilitada

Professor-aluno e vice-versa devem ter a capacidade de comunicar eficazmente e sempre que necessário. Uma boa plataforma LMS deve ter em conta essa facilitação de comunicação e oferecer, sempre que possível, várias opções comunicativas.

10. Diferentes métodos de avaliação

Diferentes atividades (testes, trabalhos, projetos, textos escritos, entre outros) têm pesos diferentes no processo avaliativo, que pode ser qualitativo ou quantitativo. É pois muito importante que se determine quais as atividades que terão mais peso na avaliação do aluno, para se poder assegurar aos alunos com maior dificuldade ou lacunas na realização de determinadas tarefas, a execução das mesmas com sucesso.

Em busca de novos de novos métodos e novas práticas de ensino, os dispositivos móveis são encarados como ferramentas ideais para a transmissão de conteúdos de aprendizagem. Atualmente é comum qualquer indivíduo possuir um dispositivo móvel, o que se constata na camada mais jovem que revela uma maior apetência e capacidade inata na utilização das novas tecnologias digitais e móveis.

Education as a process relies on a great deal of coordination of learners and resources. Mobile devices can be used by teachers for attendance reporting, reviewing student marks, general acesso f central school data, and managing their schedules more effectively. In higher education, mobile devices can provide course material to students, including due dates for assignments and information about timetable and room changes. Examples of using mobile technologies in this contexto include a mobile learning organiser wich has been developed and tested at the University of Birmingham (Naismith, et al. 2004).