• Nenhum resultado encontrado

Legislatura e Sessões Legislativas

Legislatura é um período de quatro anos que corresponde exatamente ao prazo do mandato de um Deputado Distrital.

As Legislaturas são numeradas, sendo designadas por uma numeração ordinal.

Como curiosidade, estamos na 7ª Legislatura da CLDF (a 1ª foi de 1991 a 1994). Saber a numeração da legislatura atual é curiosidade, mas as datas são importantes, já que correspondem ao mandato dos Deputados: a legislatura atual vai de 1º de janeiro de 2015 até 31 de dezembro de 2018. A 8ª Legislatura irá de 1º de janeiro de 2019 até 31 de dezembro de 2022.

Sessão Legislativa é o espaço de tempo destinado aos trabalhos legislativos (lembre que a Câmara Legislativa não funciona de 1º de janeiro a 31 de dezembro, pois existem os recessos parlamentares, que conheceremos adiante). Existem dois tipos:

a) Sessão Legislativa Ordinária (SLO): corresponde a um ano dos

trabalhos da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Vai de 1º de fevereiro a

30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro (o intervalo de 1º a 31 de julho é o recesso de meio de ano e o intervalo de 16 de dezembro a 31 de janeiro corresponde ao recesso de final de ano).

Perceba que a SLO possui dois períodos: o 1º período vai de 1º de fevereiro a 30 de junho enquanto o 2º período vai de 1º de agosto até 15 de dezembro.

As reuniões marcadas para o início de cada período legislativo (ou seja, 1º de fevereiro e 1º de agosto) são transferidas para o primeiro dia útil subsequente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados. Exemplo: se o dia 1º de fevereiro cair em um domingo, a SLO vai começar na segunda, dia 2 de fevereiro (considerando que dia 2 não é feriado).

Além disso, ressalta-se que a sessão legislativa não é interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, nem encerrada sem a aprovação do projeto de lei do orçamento anual. São dois projetos de lei sobre matéria orçamentária, que têm iniciativa do Governador do Distrito Federal e devem ser aprovados pela CLDF. Em outras palavras:

i) o recesso de julho só ocorre com a aprovação do projeto de lei de

diretrizes orçamentárias (LDO). Enquanto o projeto não for aprovado, o recesso não se inicia. Ou seja: os parlamentares têm até 30 de junho para aprovar o projeto da LDO para desfrutarem plenamente de seu recesso do meio do ano, ok? Caso não haja a aprovação, a CLDF continuará funcionando em SLO.

ii) a SLO só é encerrada se a CLDF aprovar o projeto de lei do orçamento anual para o ano seguinte. Enquanto não for aprovado, os trabalhos não são encerrados.

b) Sessão Legislativa Extraordinária (SLE): ocorre quando a CLDF é convocada a trabalhar nos períodos de recesso parlamentar, seja em julho ou no recesso de final de ano.

A SLE somente pode acontecer no recesso. Ela só ocorre mediante

convocação e para situações específicas, quando for necessário que a Câmara Legislativa funcione no período do recesso parlamentar.

Os casos de sessão legislativa extraordinária (também chamada de “convocação extraordinária”) estão previstos na Lei Orgânica do Distrito Federal, a saber:

Art. 67. A convocação extraordinária da Câmara Legislativa far-se-á:

I – pelo Presidente, nos casos de:

a) decretação de estado de sítio ou estado de defesa que atinja o território do Distrito Federal;

b) intervenção no Distrito Federal;

c) recebimento dos autos de prisão de Deputado Distrital, na hipótese de flagrante de crime inafiançável;

d) posse do Governador e do Vice-Governador;

II – pela Mesa Diretora ou a requerimento de um terço dos Deputados que compõem a Câmara Legislativa, para apreciação de ato do Governador do Distrito Federal que importe crime de responsabilidade;

III – pelo Governador do Distrito Federal, pelo Presidente da Câmara Legislativa ou a requerimento da maioria dos seus membros, em caso de urgência ou interesse público relevante;

IV – pela comissão representativa prevista no art. 68, § 5º, nas hipóteses estabelecidas nesta Lei Orgânica.

Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Legislativa somente delibera sobre a matéria para a qual tiver sido convocada.

Vamos a um exemplo da situação mencionada acima.

Na aula 1 do nosso curso, veremos que caso um Deputado Distrital seja preso em flagrante por ter cometido um crime inafiançável, os autos devem ser remetidos, dentro de 24 h, à Câmara Legislativa, para que, pelo voto ostensivo

da maioria absoluta de seus membros, esta resolva sobre a prisão e autorize a formação de culpa. Se o fato ocorrer durante o recesso, a CLDF deverá ser convocada pelo seu respectivo Presidente (LODF, art. 67, I, c). Nesta SLE a CLDF somente vai deliberar sobre este fato. Não vai ocorrer deliberação sobre nenhum outro assunto (como os projetos de lei que estão tramitando na Casa, por exemplo).

Pode-se perceber, então, que uma Legislatura possui quatro Sessões Legislativas Ordinárias, nomeadas de forma ordinal: 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Sessões Legislativas Ordinárias de cada Legislatura. Porém, não podemos precisar quantas Sessões Legislativas Extraordinárias ocorrerão, pois, em geral, são casos imprevisíveis, uma vez que dependem de convocação.

Após regulamentar o assunto Sessões Legislativas, o RI trata de mais um assunto que tem previsão na Lei Orgânica: as sessões preparatórias.

LODF, art. 66. A Câmara Legislativa, em cada legislatura, reunir-se-á em sessões preparatórias no dia 1º de janeiro, observado o seguinte:

I – na primeira sessão legislativa, para a posse dos Deputados Distritais, eleição e posse dos membros da Mesa Diretora;

II – na terceira sessão legislativa, para a posse dos membros da Mesa Diretora eleitos no último dia útil da primeira quinzena de dezembro da sessão legislativa anterior, vedada a recondução para o mesmo cargo. Pessoal, antes de falar especificamente o que são sessões preparatórias e para que servem, uma observação: quando nos depararmos, no estudo da nossa matéria, com a expressão “sessão” (somente a palavra “sessão”, sem estar acompanhada da expressão “legislativa”), estamos falando de um encontro que ocorre no Plenário da Casa (por este motivo, também chamada, obviamente, de “sessão plenária”). Veremos que as sessões podem durar 4h,

mais ou até menos, dependendo do seu tipo e do que estiver ocorrendo no Plenário. É até possível que tenhamos mais de uma sessão por dia.

O que estamos querendo chamar a atenção é que você não deve confundir a palavra “sessão” (referente às sessões plenárias, que conheceremos em detalhes da aula 4) com “Sessões Legislativas”, sejam Ordinárias ou Extraordinárias. Não tem nada a ver. Vimos há pouco o que é SLO e SLE. As sessões (plenárias) podem ser preparatórias, ordinárias, extraordinárias ou solenes. No futuro conheceremos estas três últimas, pois agora o RI versa sobre as sessões preparatórias.

Como o próprio nome já diz, estas sessões servem para preparar alguma coisa: é o próprio funcionamento da Câmara Legislativa, tendo em vista que as sessões preparatórias têm duas finalidades: a posse dos Deputados Distritais (essa sessão só ocorre no início da legislatura) e a posse dos membros da Mesa Diretora (ocorre no início de cada biênio, pois o mandato na Mesa Diretora é de dois anos). Assim, elas se realizam no início da 1ª e da 3ª SLO's, ou seja, no início dos biênios de uma legislatura.

ATENÇÃO: não há sessões preparatórias antes da 2ª e da 4ª SLO's.

Desse modo, no início da 1ª SLO da Legislatura temos duas sessões preparatórias, a serem realizadas no dia 1º de fevereiro:

! a primeira, para dar posse aos Deputados Distritais

! a segunda, para a eleição e posse dos membros da Mesa

Diretora para o primeiro biênio da Legislatura

Já no dia 1º de janeiro da terceira sessão legislativa, é realizada uma única sessão preparatória para a posse dos membros da Mesa Diretora para o segundo biênio. Perceba que eu mencionei apenas “posse” e não “eleição e

posse”. Isto porque os membros da Mesa Diretora do segundo biênio são eleitos no último dia útil da primeira quinzena de dezembro da sessão legislativa anterior (a 2ª SLO).

Assim, vimos as datas de todas as sessões preparatórias.

Já percebemos que o mandato dos membros da Mesa Diretora é de dois anos, ainda que o estudo deste órgão será visto em detalhes na aula 2. Por hora, não confunda mandato de cargo na Mesa Diretora (2 anos) com o mandato de Deputado Distrital, que é de 4 anos.

Apenas para antecipar, a Mesa é um órgão colegiado composto pelos seguintes membros: ! Presidente ! Vice-Presidente ! Primeiro-Secretário ! Segundo-Secretário ! Terceiro-Secretário ! três Suplentes de Secretário

São Deputados que são eleitos pelos seus próprios pares para ocuparem esses cargos por um período de 2 anos.

Posse dos Deputados Distritais

Agora vamos falar sobre um assunto que muito te interessa: Posse! Isso é o que espero que aconteça com você em breve, porém não vamos tratar da sua posse específica, mas sim a dos Deputados.

Conhecemos do Direito Administrativo aquele processo referente à posse dos servidores, simplificadamente:

concurso público > homologação > nomeação > posse > exercício Pois bem, em relação aos Deputados isso é um pouco diferente.

Atualmente, as eleições para a Câmara Legislativa ocorrem no primeiro domingo de outubro, de 4 em 4 anos. Após o pleito, a Justiça Eleitoral apresenta os nomes dos candidatos eleitos. Assim, um tempo após a eleição (geralmente em dezembro), ocorre a DIPLOMAÇÃO do candidato eleito. É uma cerimônia que ocorre no TRE/DF para entrega do DIPLOMA, documento que atesta que efetivamente o candidato concorreu às eleições e foi eleito Deputado Distrital. Existe também a diplomação dos suplentes, mas isso não é interessante para nós no momento. Após a cerimônia, podemos chamar o candidato eleito de “deputado diplomado”.

Se quiséssemos fazer um paralelo, a diplomação seria o equivalente à nomeação que ocorre conosco, meros mortais! Mas ATENÇÃO: não existe nomeação para Deputado Federal, ok? É diplomação.

Os procedimentos para a posse não estão restritos apenas à sessão preparatória que tem este fim, já que existem ações antes a serem tomadas. Vamos por partes.

Para tomar posse, o candidato diplomado Deputado Distrital deve

apresentar previamente à Mesa Diretora o diploma expedido pela Justiça Eleitoral. E existe prazo para isso: até 20 de dezembro do ano anterior à instalação de cada legislatura.

A apresentação do diploma pode acontecer pessoalmente ou por

E junto com o diploma, o Deputado eleito deverá informar:

! seu nome parlamentar (o nome como quer ser conhecido na Câmara

– não necessariamente precisa ser o nome da certidão de nascimento ou do documento de identidade)

! sua legenda partidária (seu partido)

! declaração de bens com a indicação das fontes de renda

E se o diplomado não respeitar o prazo para entrega desses documentos – qual seja, 20 de dezembro –, o que acontece?

Não está escrito no regimento, então não cai na prova. Não sou eu que vou inventar uma regra. Nem você. Vamos adiante.

Imaginando que todos já enviaram seus respectivos documentos, a Mesa Diretora vai organizar a relação de todos os Deputados diplomados. Isso deve estar pronto antes da instalação da sessão de posse.

A relação é feita por ordem alfabética dos nomes parlamentares, com as respectivas legendas partidárias

Vamos agora conhecer os procedimentos que ocorrerão no dia da posse. Como sabemos, a posse ocorre em sessão preparatória, e o RI estabelece que às 10:00 do dia 1º de janeiro do primeiro ano de cada legislatura os candidatos diplomados Deputados Distritais irão se reunir, em sessão preparatória, para a posse na sede da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Pessoal, ainda não sabemos quem será o Presidente da CLDF do primeiro biênio, pois essa eleição ainda não ocorreu. A rigor, não temos ainda nem “Deputados”, somente “diplomados”. Então o RICLDF estabelece uma regra: assumirá a direção dos trabalhos o último Presidente, ou outro membro da Mesa anterior, se reeleito, preservada a hierarquia, e, na falta destes o Deputado Distrital mais idoso, entre os de maior número de legislaturas.

Fique atento quanto à “ordem de prioridade”: se algum membro da Mesa anterior foi reeleito Deputado, ele que presidirá esta sessão preparatória (respeitada a hierarquia, na ordem: Presidente, Vice-Presidente, Primeiro-Secretário, Segundo-Primeiro-Secretário, Terceiro-Secretário e três Suplentes de Secretário).

Caso nenhum desses esteja presente à sessão, vale a segunda regra, a qual não diz apenas “o Deputado mais idoso”, mas sim o mais idoso entre aqueles que têm o maior número de legislaturas na Casa. O primeiro critério é ter mais legislaturas (mais experiência política por meio de um maior número de mandatos na Câmara Legislativa do Distrito Federal). Se por exemplo tivermos um Deputado diplomado que já cumpriu 10 mandatos, muito provavelmente ele que terá mais legislaturas entre os eleitos, presidindo assim a sessão. Mas se houver 2 ou mais eleitos com 10 legislaturas, será o mais idoso entre eles.

Aberta a sessão, o Presidente convida dois Deputados Distritais de

partidos diferentes para servirem de Secretários e proclama os nomes dos Deputados Distritais diplomados, constantes da relação que a Mesa Diretora preparou.

A leitura dos nomes serve para confirmar ou corrigir os nomes parlamentares informados pelos diplomados. A seguir, chegamos à posse propriamente dita.

O Presidente convida o Deputado Distrital mais jovem para, da

Tribuna, prestar o seguinte compromisso: "Prometo cumprir a Constituição Federal e a Lei Orgânica do Distrito Federal, observar as leis, desempenhar fiel e lealmente o mandato que o povo me conferiu e trabalhar pela justiça social, pelo progresso e pelo desenvolvimento integrado do Distrito Federal".

Ato contínuo, o Presidente designa um dos Secretários para fazer a chamada de cada um dos demais Deputados Distritais. Estes, assim que chamados, irão pronunciar: "Assim o prometo".

Concluída a prestação do compromisso, o Presidente declara empossados os Deputados Distritais.

Mas já que estamos tratando de posse, temos que lembrar que não existe posse apenas na primeira sessão preparatória da legislatura. Em caso de vacância no cargo, um suplente será convocado. Em alguns casos de licenças também. E qual é o prazo para a posse desses Deputados que assumirão seus mandatos em outro momento que não a sessão preparatória de posse?

Aqui o RICLDF facilitou nossa vida, pois apresenta somente um prazo para decoramos:

A posse deve ocorrer no prazo de trinta dias, prorrogável por igual período a requerimento do interessado. E esse prazo conta a partir de quando?

I – da primeira sessão preparatória da legislatura (ou seja, o Deputado não é obrigado a tomar posse na sessão preparatória específica, pois ele tem um prazo de 30 dias, prorrogáveis por mais 30, para assumir seu mandato)

II – da diplomação, se eleito Deputado Distrital durante a

legislatura (Imagine que ocorreu vacância em um cargo de Deputado Federal e não há mais suplentes a convocar, faltando mais de 15 meses para o término do mandato. Estabelece a LODF que teremos novas eleições. Nesse caso com certeza teremos um diplomado durante a legislatura)

LODF, art. 64, § 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la, se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato.

III – do registro do fato que a ensejar, por convocação do

Presidente da Câmara Legislativa (Imaginemos que um Deputado foi nomeado Ministro de Estado pelo Presidente da República. Um suplente será convocado e terá seu prazo de 30 dias, prorrogáveis por mais 30, contado do afastamento do titular)

Vimos que o prazo, em qualquer caso, é de 30 dias, com uma prorrogação. Mas existe exceção?

Claro, quase sempre.

Por motivo de força maior ou enfermidade devidamente comprovados o prazo para a posse pode se prolongar indefinidamente, até o término da legislatura. É o Deputado que sofre um acidente automobilístico dias antes da posse e está hospitalizado. Enquanto não houver a alta hospitalar, não há como ele tomar posse. Mas, para este caso, não existe

o prazo de 30 (+ 30) dias. O Deputado vai tomar posse assim que receber alta, ainda que isso seja 3, 6 meses depois. Não há prazo.

Uma informação relevante é que tendo prestado o compromisso uma vez, fica o Suplente de Deputado Distrital dispensado de fazê-lo em convocações subsequentes. Vamos a uma situação para ilustrar tal fato.

Imagine que um Deputado Distrital foi nomeado Ministro de Estado. Um suplente será convocado e prestará o compromisso em sua posse. Seis meses depois, o presidente da República exonera o Ministro. Ele vai voltar ao seu cargo na Câmara Legislativa e o Suplente volta “ao banco de reservas”. Algum tempo depois, o Chefe do Executivo decide dar nova chance ao Deputado, e novamente o nomeia Ministro. Imaginemos que aquele suplente seja convocado de novo. Ele não vai prestar o compromisso novamente, pois já realizou isso uma vez.

E como estamos falando de posse, vamos fazer mais um link no nosso regimento:

Art. 29, § 1º Considera-se também haver renunciado:

I – o Deputado Distrital que não prestar compromisso no prazo estabelecido neste Regimento Interno;

II – o Suplente de Deputado Distrital que, convocado, não se apresentar para entrar em exercício no prazo regimental.

Eleição da Mesa Diretora

Pessoal, o próximo assunto abordado pelo RI é a eleição da Mesa Diretora, tendo em vista que ela também ocorre em uma sessão preparatória.

Mas, antes disso, vamos pelo menos fazer uma breve apresentação sobre o que é a Mesa Diretora, ok?

A Mesa Diretora é o órgão diretor da Casa. É um órgão colegiado e já conhecemos a sua composição:

! Presidente ! Vice-Presidente ! Primeiro-Secretário ! Segundo-Secretário ! Terceiro-Secretário ! três Suplentes de Secretário

Esses parlamentares são eleitos para tais cargos pelos próprios Deputados. Veremos isso em breve.

Professor, então se eu for a uma sessão do plenário da Câmara, verei todos esses Deputados sentados à MESA? Posso te afirmar que muito provavelmente NÃO vai ver todos. Não é necessário que todos os membros da Mesa Diretora estejam presentes para que haja uma sessão. Além disso, existem substituições... Elas ocorrem na ordem mencionada acima. Ou seja, se o Presidente não estiver presente, assume a presidência o Vice-Presidente. Não se encontrando, assume o 1º Secretário. Se este também não estiver, presidirá a sessão o 2º Secretário e assim por diante...

Perceba que existem 3 Suplentes de Secretário (que compõem a Mesa Diretora), assim denominados:

! 1º Suplente de Secretário

! 2º Suplente de Secretário

E para que servem os Suplentes de Secretário? Para substituir os respectivos Secretários. Se o Primeiro-Secretário não puder comparecer a uma reunião da Mesa Diretora, por exemplo, comparece, em seu lugar, o 1º Suplente de Secretário. Se o 3º Secretário está ausente, vai o 3º Suplente. Por esta razão, o Suplente de Secretário deve ser do mesmo Partido ou Bloco Parlamentar do respectivo Secretário.

A Mesa Diretora é eleita para mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo, na eleição imediatamente subsequente. Ou seja, o Presidente no 1º biênio não pode ser Presidente no 2º biênio (pode até vir a ocupar qualquer outro cargo na Mesa Diretora, mas não o de Presidente). O 1º Secretário pode ocupar qualquer cargo que não seja o de 1º Secretário. E por aí vai...

Na composição da Mesa Diretora, é assegurada, tanto quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária ou de blocos parlamentares com participação na Câmara Legislativa.

Este é o chamado “princípio da proporcionalidade partidária” (PPP), também chamado de “princípio da representação proporcional”. O PPP determina que as vagas nos órgãos colegiados são distribuídas aos Partidos ou Blocos Parlamentares (veremos o que são Blocos na próxima aula) de acordo com o seus respectivos tamanhos na Casa. Por exemplo, se um Partido tem 8 Deputados na Câmara Legislativa (que corresponde a 1/3 da Casa), terá 1/3 das vagas na Mesa (ou em qualquer órgão colegiado). Se outro Partido tiver metade das vagas da Casa, terá metade das vagas na Mesa. E assim por diante. Obviamente que isto é o tanto quanto possível, pois a conta nunca vai ser exata. Se um Partido tiver, por exemplo, 7 Deputados na Casa, tem 29,1% da Câmara, e assim terá 29,1% das vagas na Mesa. Mas esse número, obviamente, não vai ser exato. Não precisamos nos preocupar com esses

arredondamentos. O importante é saber o que é o PPP e que ele aplicado aos órgãos colegiados da CLDF. E a Mesa Diretora é um órgão colegiado.

Agora vamos conhecer como ocorre de forma propriamente dita a eleição dos membros da Mesa Diretora para o primeiro biênio de cada legislatura:

A sessão preparatória para a eleição da Mesa Diretora tem início às 15:00 do dia 1º de janeiro do primeiro ano de cada legislatura.

A direção dos trabalhos cabe à Mesa que conduziu a sessão

preparatória da posse dos Deputados Distritais. Relembrando:

Art. 7º Às dez horas do dia 1º de janeiro do primeiro ano de cada legislatura, os candidatos diplomados Deputados Distritais reunir-se-ão, em sessão preparatória, para a posse na sede da Câmara Legislativa do

Documentos relacionados