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Regimento Interno da Câmara Legislativa do Distrito Federal

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Academic year: 2021

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AULA 00

Regimento Interno da Câmara Legislativa do Distrito Federal

Funcionamento

Professor Julio Ponte

www.pontodosconcursos.com.br

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Aula Conteúdo Programático Data

00 Funcionamento. 20/03

01 Deputados Distritais. 30/03

02 Órgãos da Câmara Legislativa – Parte 1. 10/04 03 Órgãos da Câmara Legislativa – Parte 2. 20/04

04 Sessões da Câmara. 30/04

05 Proposições. 10/05

06 Apreciação das Proposições – Parte 1 20/05 07 Apreciação das Proposições – Parte 2 30/05

08

Disposições Especiais, Participação da Sociedade Civil, Administração e Economia Interna, Disposições Finais

e Disposições Transitórias.

10/06

09 Simulado. 20/06

Sumário

1. Apresentação ... 3

2. Composição e Sede ... 8

3. Legislatura e Sessões Legislativas ... 12

4. Lista das Questões Apresentadas ... 44

5. Gabarito ... 49 Aula 00 – Funcionamento

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1. Apresentação

Olá, amigos do Ponto dos Concursos!

Vamos iniciar nosso curso de Regimento Interno da Câmara Legislativa do Distrito Federal (RICLDF). Antes de tudo, permitam-me fazer uma breve apresentação.

Sou o professor Julio Ponte. Fui Oficial da Marinha do Brasil, formado pela Escola Naval. Em certo momento da carreira, decidi estudar para concursos, por motivos diversos. Assim, após 12 anos na Marinha, assumi o cargo de Analista de Gestão e Trânsito do DETRAN/RJ (3º lugar no concurso), onde trabalhei por pouco menos de um ano. Após isso, fui o 1º colocado nas provas objetivas do concurso regional PA/MT da Polícia Rodoviária Federal em 2008. Quando eu estava no curso de formação da PRF, fui chamando para o curso de formação do Senado, tendo em vista que também havia passado para o cargo de Policial do Senado, no qual estou até hoje (3º lugar no concurso).

O último concurso para o órgão foi em 2005, realizado pelo CESPE.

Ou seja, lá se vão 12 anos!

O seu concurso está autorizado desde julho de 2016. O atual presidente, Deputado Joe Valle, afirmou que o concurso deve ocorrer no semestre de 2017 e contemplar mais de 100 cargos.

Os cargos de nível médio possuem remuneração inicial de R$

10.143,07 e remuneração final de R$ 18.695,94. O detalhe é que ainda existe Auxílio Pré-escolar de R$ 753,71 e Auxílio Alimentação de R$

1.184,92.

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Já os cargos de nível superior possuem remuneração que vai de R$

15.123,30 a R$ 27.875,59, fora os auxílios citados acima.

Para uma pequena noção dos possíveis cargos que serão contemplados no próximo edital, segue uma tabela que apresenta as informações do último concurso:

Requisito Cargo Área Vagas

Nível Superior

Consultor Legislativo

Constituição e Justiça 3

Desenvolvimento Urbano 3

Educação, Cultura e Desporto 1

Finanças Públicas 3

Meio Ambiente 3

Redação Parlamentar 2

Saúde 2

Sociedade e Minorias 1

Tributação e Orçamento Público 2

Nível Superior

Consultor Técnico Legislativo

Administrador 2

Advogado 4

Analista de Sistemas – área 1 4 Analista de Sistemas – área 2 2 Analista de Sistemas – área 3 2

Assistente Social 1

Bibliotecário 2

Contador 3

Ecólogo 1

Economista 3

Enfermeiro 2

Engenheiro Agrônomo 1

Engenheiro Civil 1

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Estatístico 1 Inspetor de Polícia Legislativa 2 Médico – Área 1 (ambulatorial) 1

Médico – Área 2 (pericial) 2

Odontologista 1

Pedagogo 1

Psicólogo – Área 1 (clínica) 1 Psicólogo – Área 2 (pericial) 1

Revisor de Texto 3

Taquígrafo Especialista 15

Técnico em Comunicação Social / Jornalista

2

Nível Médio

Técnico Legislativo

Auxiliar de Biblioteca e Arquivo 1

Gráfico 2

Policial Legislativo 20

Secretário 5

Técnico em Manutenção e Operação de Equipamentos Audiovisuais

2

Técnico de Arquivo 1

Técnico de Contabilidade 1

Técnico Legislativo 10

Ressalto que ainda não temos informações de quais cargos serão contemplados. A tabela acima apenas apresenta extrato do edital de 2005, elaborado pelo Cespe.

A informação que se encontra na página da Câmara Legislativa do Distrito Federal, atualizada em fevereiro de 2017, é a seguinte:

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QUANTITATIVO DOS CARGOS DE PROVIMENTO EFETIVO:

Número de cargos efetivos existentes: 1.056

Número de cargos efetivos ocupados: 650

Número de cargos efetivos vagos: 406

Não há especificação por área.

Assim, esta representa uma ótima oportunidade de cargo público a ser preenchido por você! Não espere que o edital seja publicado para iniciar seus estudos! Largue na frente de seus concorrentes desde já!

Para o bom andamento no nosso curso, é aconselhável que você possua uma versão do próprio Regimento. Você pode baixá-lo no link oficial da Câmara Legislativa (item “3 – Regimento Interno”):

http://www.cl.df.gov.br/pesquisa-de-leis-e-proposicoes

Agora gostaria de sugerir alguns “requisitos” para que você faça um bom curso de Regimento da CLDF. Utilizei a palavra requisitos entre aspas porque isto não é obrigatório. Porém, é indicado que você já tenha estudado Direito Constitucional, especialmente em relação às normas gerais sobre Poder e Processo Legislativo. Isso vale em relação à Constituição Federal (CF), mas principalmente o que está previsto na Lei Orgânica do Distrito Federal (LODF). Basicamente, são estes dispositivos:

! CF: art. 44 a 69 =>

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

! LODF: art. 54 a 76 => http://www.cl.df.gov.br/pesquisa-de-leis-e- proposicoes (item “2 - Lei Orgânica”)

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Estas indicações facilitarão em muito a sua vida, tendo em vista que a sequência lógica de estudos é conhecer primeiro as normas gerais (CF e LODF) para depois passar ao específico (RICLDF). A inversão desta ordem não é recomendável, ainda que possível.

Bem, como isso aqui não é livro, mas sim um curso “quase-presencial”, a linguagem será bem light, tranquila, simples, como deve ser em sala de aula, sem grandes formalidades ou linguagem demasiadamente técnica.

Antes de adentrarmos especificamente no estudo do Regimento Interno da CLDF, vamos do início: de onde vem a previsão do RICLDF?

A nossa Lei Maior, a Constituição Federal, determina que:

Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.

Assim, enquanto os Estados membros possuem suas respectivas Constituições Estaduais, o DF possui uma Lei Orgânica. E esta determina:

Art. 60. Compete, privativamente, à Câmara Legislativa do Distrito Federal:

II – dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos; (grifo nosso)

Além disso, os órgãos legislativos estaduais são as Assembleias Legislativas. Já nos municípios, existem as Câmaras Municipais (às vezes também chamadas de Câmara de Vereadores). Como o Distrito Federal não pode ser dividido em municípios, possuindo, em regra, as competências dos

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estados e dos municípios (ainda que com algumas exceções), o órgão legislativo do DF tem um nome que é um “mix” dos nomes dos órgãos estaduais e municipais: Câmara Legislativa do Distrito Federal (“Câmara” vem de “Câmara Municipal” enquanto que “Legislativa” vem de “Assembleia Legislativa”).

CF, art. 32, § 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.

O RICLDF é dividido em Títulos. Conheceremos o primeiro nesta aula, que versa sobre o FUNCIONAMENTO da Casa.

2. Composição e Sede

O Poder Legislativo do Distrito Federal é exercido pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, que é composta de Deputados Distritais.

Estes são representantes do povo, eleitos e investidos na forma da legislação federal e possuem as competências estabelecidas tanto pela Lei Orgânica quanto pela Constituição Federal.

Determina o RICLDF que o Poder Legislativo (a própria CLDF) é representado por seu Presidente (Presidente da CLDF) e, judicialmente, pela Procuradoria-Geral da Câmara Legislativa.

Aqui cabem duas observações.

A primeira versa sobre a Procuradoria-Geral da Câmara Legislativa: a Procuradoria é um órgão da Casa composto por servidores concursados, denominados Procuradores.

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A outra diz respeito à LODF. Estabelecia esta norma:

Art. 57. O Poder Legislativo será representado por seu Presidente e, judicialmente, pela Procuradoria-Geral da Câmara Legislativa.

Porém, o dispositivo foi declarado inconstitucional, sem redução de texto, para esclarecer que a representação judicial do Poder Legislativo do Distrito Federal pela Procuradoria-Geral da Câmara Legislativa se limita aos casos em que a Casa compareça em juízo em nome próprio (Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1557 – STF, Diário de Justiça de 18/6/2004).

No julgamento da ADI, o STF estabeleceu:

2. Reconhecimento, pela jurisprudência do Supremo Tribunal, da constitucionalidade da manutenção de assessoria jurídica própria, por Poder autônomo (mesmo não personalizado), bem como de capacidade processual das Casas Legislativas (ADI 175, RTJ 154/14, Pet. 409-AgRg, RTJ 132/645 e ADI 825, DJ de 2-4-93).

3. Restrita, porém, essa representação judicial, às hipóteses em que compareça a Câmara a Juízo em nome próprio, não se estendendo às demandas em que deva ser parte a pessoa jurídica Distrito Federal, como, por exemplo, a cobrança de multas, mesmo porventura ligadas à atividade do Legislativo distrital.

Assim sendo, em 2014, a LODF foi alterada, de modo que a redação atual do dispositivo é a seguinte:

Art. 57. O Poder Legislativo é representado por seu Presidente e, judicialmente, nos casos em que a Câmara Legislativa compareça a juízo em nome próprio, por sua Procuradoria-Geral. (grifo nosso)

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Ou seja, ainda que o RICLDF determine que o Poder Legislativo é representado judicialmente pela Procuradoria-Geral da Câmara Legislativa, devemos ter em mente que a LODF estabelece que isto somente ocorre nos casos em que a Câmara Legislativa compareça a juízo em nome próprio. Nas demandas judiciais em que a parte deve ser a pessoa jurídica Distrito Federal, quem deve atuar é a Procuradoria-Geral do Distrito Federal, e não a Procuradoria da Casa.

LODF, art. 57. O Poder Legislativo é representado por seu Presidente e, judicialmente, nos casos em que a Câmara Legislativa compareça a juízo em nome próprio, por sua Procuradoria-Geral.

§ 1º São funções institucionais da Procuradoria-Geral da Câmara Legislativa, em seu âmbito:

I – representar a Câmara Legislativa judicialmente nos casos em que a Casa compareça a juízo em nome próprio;

II – promover a defesa da Câmara, requerendo a qualquer órgão, entidade ou tribunal as medidas de interesse da justiça, da administração e do erário;

III – promover a uniformização da jurisprudência administrativa e a compilação da legislação da Câmara Legislativa e do Distrito Federal;

IV – prestar consultoria e assessoria jurídica à Mesa Diretora e aos demais órgãos da estrutura administrativa;

§ 2º O ingresso na carreira de Procurador da Câmara Legislativa far-se-á mediante concurso público de provas e títulos.

§ 3º A Câmara Legislativa do Distrito Federal regulamentará a organização e o funcionamento da sua Procuradoria-Geral e da respectiva carreira de Procurador da Câmara Legislativa.

§ 4º A Câmara Legislativa disporá, ainda, sobre o funcionamento da sua Procuradoria-Geral até que sejam providos, por concurso público, os respectivos cargos daquele órgão.

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Agora vamos falar sobre a sede da CLDF, a qual está retratada na imagem seguinte:

A Câmara Legislativa do Distrito Federal tem sede em Brasília, Capital da República Federativa do Brasil.

Porém, é possível que a Câmara se reúna, temporariamente, em qualquer local do Distrito Federal, em algumas situações específicas. São esses os casos:

! motivo relevante e de conveniência pública; ou

! acontecimento que impossibilite o seu funcionamento na sede

Como possíveis exemplos, podemos citar os casos calamidade pública ou a ocorrência de um incêndio que impossibilite o funcionamento dos trabalhos nos edifícios da Câmara.

Para que esta mudança temporária do local das reuniões ocorra, é necessário que haja a deliberação da maioria absoluta dos membros da

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CLDF (a Câmara é composta por 24 Deputados Distritais e a definição de maioria absoluta é “primeiro número inteiro acima da metade” => a metade de 24 é 12 => o primeiro número inteiro acima da metade é 13).

Assim, os trabalhos legislativos da Câmara poderão ser realizados no campus de uma universidade, por exemplo.

Antes de passarmos ao próximo assunto, uma última informação: a Câmara Legislativa adota os símbolos oficiais do Distrito Federal.

Mas quais são os símbolos oficiais do DF? Vamos à LODF:

Art. 7º São símbolos do Distrito Federal a bandeira, o hino e o brasão.

Bandeira Hino Brasão

3. Legislatura e Sessões Legislativas

Legislatura é um período de quatro anos que corresponde exatamente ao prazo do mandato de um Deputado Distrital.

As Legislaturas são numeradas, sendo designadas por uma numeração ordinal.

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Como curiosidade, estamos na 7ª Legislatura da CLDF (a 1ª foi de 1991 a 1994). Saber a numeração da legislatura atual é curiosidade, mas as datas são importantes, já que correspondem ao mandato dos Deputados: a legislatura atual vai de 1º de janeiro de 2015 até 31 de dezembro de 2018. A 8ª Legislatura irá de 1º de janeiro de 2019 até 31 de dezembro de 2022.

Sessão Legislativa é o espaço de tempo destinado aos trabalhos legislativos (lembre que a Câmara Legislativa não funciona de 1º de janeiro a 31 de dezembro, pois existem os recessos parlamentares, que conheceremos adiante). Existem dois tipos:

a) Sessão Legislativa Ordinária (SLO): corresponde a um ano dos trabalhos da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Vai de 1º de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro (o intervalo de 1º a 31 de julho é o recesso de meio de ano e o intervalo de 16 de dezembro a 31 de janeiro corresponde ao recesso de final de ano).

Perceba que a SLO possui dois períodos: o 1º período vai de 1º de fevereiro a 30 de junho enquanto o 2º período vai de 1º de agosto até 15 de dezembro.

As reuniões marcadas para o início de cada período legislativo (ou seja, 1º de fevereiro e 1º de agosto) são transferidas para o primeiro dia útil subsequente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados. Exemplo: se o dia 1º de fevereiro cair em um domingo, a SLO vai começar na segunda, dia 2 de fevereiro (considerando que dia 2 não é feriado).

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Além disso, ressalta-se que a sessão legislativa não é interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, nem encerrada sem a aprovação do projeto de lei do orçamento anual. São dois projetos de lei sobre matéria orçamentária, que têm iniciativa do Governador do Distrito Federal e devem ser aprovados pela CLDF. Em outras palavras:

i) o recesso de julho só ocorre com a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias (LDO). Enquanto o projeto não for aprovado, o recesso não se inicia. Ou seja: os parlamentares têm até 30 de junho para aprovar o projeto da LDO para desfrutarem plenamente de seu recesso do meio do ano, ok? Caso não haja a aprovação, a CLDF continuará funcionando em SLO.

ii) a SLO só é encerrada se a CLDF aprovar o projeto de lei do orçamento anual para o ano seguinte. Enquanto não for aprovado, os trabalhos não são encerrados.

b) Sessão Legislativa Extraordinária (SLE): ocorre quando a CLDF é convocada a trabalhar nos períodos de recesso parlamentar, seja em julho ou no recesso de final de ano.

A SLE somente pode acontecer no recesso. Ela só ocorre mediante convocação e para situações específicas, quando for necessário que a Câmara Legislativa funcione no período do recesso parlamentar.

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Os casos de sessão legislativa extraordinária (também chamada de

“convocação extraordinária”) estão previstos na Lei Orgânica do Distrito Federal, a saber:

Art. 67. A convocação extraordinária da Câmara Legislativa far-se- á:

I – pelo Presidente, nos casos de:

a) decretação de estado de sítio ou estado de defesa que atinja o território do Distrito Federal;

b) intervenção no Distrito Federal;

c) recebimento dos autos de prisão de Deputado Distrital, na hipótese de flagrante de crime inafiançável;

d) posse do Governador e do Vice-Governador;

II – pela Mesa Diretora ou a requerimento de um terço dos Deputados que compõem a Câmara Legislativa, para apreciação de ato do Governador do Distrito Federal que importe crime de responsabilidade;

III – pelo Governador do Distrito Federal, pelo Presidente da Câmara Legislativa ou a requerimento da maioria dos seus membros, em caso de urgência ou interesse público relevante;

IV – pela comissão representativa prevista no art. 68, § 5º, nas hipóteses estabelecidas nesta Lei Orgânica.

Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Legislativa somente delibera sobre a matéria para a qual tiver sido convocada.

Vamos a um exemplo da situação mencionada acima.

Na aula 1 do nosso curso, veremos que caso um Deputado Distrital seja preso em flagrante por ter cometido um crime inafiançável, os autos devem ser remetidos, dentro de 24 h, à Câmara Legislativa, para que, pelo voto ostensivo

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da maioria absoluta de seus membros, esta resolva sobre a prisão e autorize a formação de culpa. Se o fato ocorrer durante o recesso, a CLDF deverá ser convocada pelo seu respectivo Presidente (LODF, art. 67, I, c). Nesta SLE a CLDF somente vai deliberar sobre este fato. Não vai ocorrer deliberação sobre nenhum outro assunto (como os projetos de lei que estão tramitando na Casa, por exemplo).

Pode-se perceber, então, que uma Legislatura possui quatro Sessões Legislativas Ordinárias, nomeadas de forma ordinal: 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Sessões Legislativas Ordinárias de cada Legislatura. Porém, não podemos precisar quantas Sessões Legislativas Extraordinárias ocorrerão, pois, em geral, são casos imprevisíveis, uma vez que dependem de convocação.

Após regulamentar o assunto Sessões Legislativas, o RI trata de mais um assunto que tem previsão na Lei Orgânica: as sessões preparatórias.

LODF, art. 66. A Câmara Legislativa, em cada legislatura, reunir-se- á em sessões preparatórias no dia 1º de janeiro, observado o seguinte:

I – na primeira sessão legislativa, para a posse dos Deputados Distritais, eleição e posse dos membros da Mesa Diretora;

II – na terceira sessão legislativa, para a posse dos membros da Mesa Diretora eleitos no último dia útil da primeira quinzena de dezembro da sessão legislativa anterior, vedada a recondução para o mesmo cargo.

Pessoal, antes de falar especificamente o que são sessões preparatórias e para que servem, uma observação: quando nos depararmos, no estudo da nossa matéria, com a expressão “sessão” (somente a palavra “sessão”, sem estar acompanhada da expressão “legislativa”), estamos falando de um encontro que ocorre no Plenário da Casa (por este motivo, também chamada, obviamente, de “sessão plenária”). Veremos que as sessões podem durar 4h,

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mais ou até menos, dependendo do seu tipo e do que estiver ocorrendo no Plenário. É até possível que tenhamos mais de uma sessão por dia.

O que estamos querendo chamar a atenção é que você não deve confundir a palavra “sessão” (referente às sessões plenárias, que conheceremos em detalhes da aula 4) com “Sessões Legislativas”, sejam Ordinárias ou Extraordinárias. Não tem nada a ver. Vimos há pouco o que é SLO e SLE. As sessões (plenárias) podem ser preparatórias, ordinárias, extraordinárias ou solenes. No futuro conheceremos estas três últimas, pois agora o RI versa sobre as sessões preparatórias.

Como o próprio nome já diz, estas sessões servem para preparar alguma coisa: é o próprio funcionamento da Câmara Legislativa, tendo em vista que as sessões preparatórias têm duas finalidades: a posse dos Deputados Distritais (essa sessão só ocorre no início da legislatura) e a posse dos membros da Mesa Diretora (ocorre no início de cada biênio, pois o mandato na Mesa Diretora é de dois anos). Assim, elas se realizam no início da 1ª e da 3ª SLO's, ou seja, no início dos biênios de uma legislatura.

ATENÇÃO: não há sessões preparatórias antes da 2ª e da 4ª SLO's.

Desse modo, no início da 1ª SLO da Legislatura temos duas sessões preparatórias, a serem realizadas no dia 1º de fevereiro:

! a primeira, para dar posse aos Deputados Distritais

! a segunda, para a eleição e posse dos membros da Mesa Diretora para o primeiro biênio da Legislatura

Já no dia 1º de janeiro da terceira sessão legislativa, é realizada uma única sessão preparatória para a posse dos membros da Mesa Diretora para o segundo biênio. Perceba que eu mencionei apenas “posse” e não “eleição e

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posse”. Isto porque os membros da Mesa Diretora do segundo biênio são eleitos no último dia útil da primeira quinzena de dezembro da sessão legislativa anterior (a 2ª SLO).

Assim, vimos as datas de todas as sessões preparatórias.

Já percebemos que o mandato dos membros da Mesa Diretora é de dois anos, ainda que o estudo deste órgão será visto em detalhes na aula 2. Por hora, não confunda mandato de cargo na Mesa Diretora (2 anos) com o mandato de Deputado Distrital, que é de 4 anos.

Apenas para antecipar, a Mesa é um órgão colegiado composto pelos seguintes membros:

! Presidente

! Vice-Presidente

! Primeiro-Secretário

! Segundo-Secretário

! Terceiro-Secretário

! três Suplentes de Secretário

São Deputados que são eleitos pelos seus próprios pares para ocuparem esses cargos por um período de 2 anos.

Posse dos Deputados Distritais

Agora vamos falar sobre um assunto que muito te interessa: Posse! Isso é o que espero que aconteça com você em breve, porém não vamos tratar da sua posse específica, mas sim a dos Deputados.

Conhecemos do Direito Administrativo aquele processo referente à posse dos servidores, simplificadamente:

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concurso público > homologação > nomeação > posse > exercício

Pois bem, em relação aos Deputados isso é um pouco diferente.

Atualmente, as eleições para a Câmara Legislativa ocorrem no primeiro domingo de outubro, de 4 em 4 anos. Após o pleito, a Justiça Eleitoral apresenta os nomes dos candidatos eleitos. Assim, um tempo após a eleição (geralmente em dezembro), ocorre a DIPLOMAÇÃO do candidato eleito. É uma cerimônia que ocorre no TRE/DF para entrega do DIPLOMA, documento que atesta que efetivamente o candidato concorreu às eleições e foi eleito Deputado Distrital. Existe também a diplomação dos suplentes, mas isso não é interessante para nós no momento. Após a cerimônia, podemos chamar o candidato eleito de “deputado diplomado”.

Se quiséssemos fazer um paralelo, a diplomação seria o equivalente à nomeação que ocorre conosco, meros mortais! Mas ATENÇÃO: não existe nomeação para Deputado Federal, ok? É diplomação.

Os procedimentos para a posse não estão restritos apenas à sessão preparatória que tem este fim, já que existem ações antes a serem tomadas.

Vamos por partes.

Para tomar posse, o candidato diplomado Deputado Distrital deve apresentar previamente à Mesa Diretora o diploma expedido pela Justiça Eleitoral. E existe prazo para isso: até 20 de dezembro do ano anterior à instalação de cada legislatura.

A apresentação do diploma pode acontecer pessoalmente ou por intermédio de seu partido.

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E junto com o diploma, o Deputado eleito deverá informar:

! seu nome parlamentar (o nome como quer ser conhecido na Câmara – não necessariamente precisa ser o nome da certidão de nascimento ou do documento de identidade)

! sua legenda partidária (seu partido)

! declaração de bens com a indicação das fontes de renda

E se o diplomado não respeitar o prazo para entrega desses documentos – qual seja, 20 de dezembro –, o que acontece?

Não está escrito no regimento, então não cai na prova. Não sou eu que vou inventar uma regra. Nem você. Vamos adiante.

Imaginando que todos já enviaram seus respectivos documentos, a Mesa Diretora vai organizar a relação de todos os Deputados diplomados. Isso deve estar pronto antes da instalação da sessão de posse.

A relação é feita por ordem alfabética dos nomes parlamentares, com as respectivas legendas partidárias

Vamos agora conhecer os procedimentos que ocorrerão no dia da posse.

Como sabemos, a posse ocorre em sessão preparatória, e o RI estabelece que às 10:00 do dia 1º de janeiro do primeiro ano de cada legislatura os candidatos diplomados Deputados Distritais irão se reunir, em sessão preparatória, para a posse na sede da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Mas quem preside essa sessão?

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Pessoal, ainda não sabemos quem será o Presidente da CLDF do primeiro biênio, pois essa eleição ainda não ocorreu. A rigor, não temos ainda nem

“Deputados”, somente “diplomados”. Então o RICLDF estabelece uma regra:

assumirá a direção dos trabalhos o último Presidente, ou outro membro da Mesa anterior, se reeleito, preservada a hierarquia, e, na falta destes o Deputado Distrital mais idoso, entre os de maior número de legislaturas.

Fique atento quanto à “ordem de prioridade”: se algum membro da Mesa anterior foi reeleito Deputado, ele que presidirá esta sessão preparatória (respeitada a hierarquia, na ordem: Presidente, Vice-Presidente, Primeiro- Secretário, Segundo-Secretário, Terceiro-Secretário e três Suplentes de Secretário).

Caso nenhum desses esteja presente à sessão, vale a segunda regra, a qual não diz apenas “o Deputado mais idoso”, mas sim o mais idoso entre aqueles que têm o maior número de legislaturas na Casa. O primeiro critério é ter mais legislaturas (mais experiência política por meio de um maior número de mandatos na Câmara Legislativa do Distrito Federal). Se por exemplo tivermos um Deputado diplomado que já cumpriu 10 mandatos, muito provavelmente ele que terá mais legislaturas entre os eleitos, presidindo assim a sessão. Mas se houver 2 ou mais eleitos com 10 legislaturas, será o mais idoso entre eles.

Aberta a sessão, o Presidente convida dois Deputados Distritais de partidos diferentes para servirem de Secretários e proclama os nomes dos Deputados Distritais diplomados, constantes da relação que a Mesa Diretora preparou.

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A leitura dos nomes serve para confirmar ou corrigir os nomes parlamentares informados pelos diplomados. A seguir, chegamos à posse propriamente dita.

O Presidente convida o Deputado Distrital mais jovem para, da Tribuna, prestar o seguinte compromisso: "Prometo cumprir a Constituição Federal e a Lei Orgânica do Distrito Federal, observar as leis, desempenhar fiel e lealmente o mandato que o povo me conferiu e trabalhar pela justiça social, pelo progresso e pelo desenvolvimento integrado do Distrito Federal".

Ato contínuo, o Presidente designa um dos Secretários para fazer a chamada de cada um dos demais Deputados Distritais. Estes, assim que chamados, irão pronunciar: "Assim o prometo".

Concluída a prestação do compromisso, o Presidente declara empossados os Deputados Distritais.

Mas já que estamos tratando de posse, temos que lembrar que não existe posse apenas na primeira sessão preparatória da legislatura. Em caso de vacância no cargo, um suplente será convocado. Em alguns casos de licenças também. E qual é o prazo para a posse desses Deputados que assumirão seus mandatos em outro momento que não a sessão preparatória de posse?

Aqui o RICLDF facilitou nossa vida, pois apresenta somente um prazo para decoramos:

A posse deve ocorrer no prazo de trinta dias, prorrogável por igual período a requerimento do interessado. E esse prazo conta a partir de quando?

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I – da primeira sessão preparatória da legislatura (ou seja, o Deputado não é obrigado a tomar posse na sessão preparatória específica, pois ele tem um prazo de 30 dias, prorrogáveis por mais 30, para assumir seu mandato)

II – da diplomação, se eleito Deputado Distrital durante a legislatura (Imagine que ocorreu vacância em um cargo de Deputado Federal e não há mais suplentes a convocar, faltando mais de 15 meses para o término do mandato. Estabelece a LODF que teremos novas eleições. Nesse caso com certeza teremos um diplomado durante a legislatura)

LODF, art. 64, § 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se- á eleição para preenchê-la, se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato.

III – do registro do fato que a ensejar, por convocação do Presidente da Câmara Legislativa (Imaginemos que um Deputado foi nomeado Ministro de Estado pelo Presidente da República. Um suplente será convocado e terá seu prazo de 30 dias, prorrogáveis por mais 30, contado do afastamento do titular)

Vimos que o prazo, em qualquer caso, é de 30 dias, com uma prorrogação. Mas existe exceção?

Claro, quase sempre.

Por motivo de força maior ou enfermidade devidamente comprovados o prazo para a posse pode se prolongar indefinidamente, até o término da legislatura. É o Deputado que sofre um acidente automobilístico dias antes da posse e está hospitalizado. Enquanto não houver a alta hospitalar, não há como ele tomar posse. Mas, para este caso, não existe

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o prazo de 30 (+ 30) dias. O Deputado vai tomar posse assim que receber alta, ainda que isso seja 3, 6 meses depois. Não há prazo.

Uma informação relevante é que tendo prestado o compromisso uma vez, fica o Suplente de Deputado Distrital dispensado de fazê-lo em convocações subsequentes. Vamos a uma situação para ilustrar tal fato.

Imagine que um Deputado Distrital foi nomeado Ministro de Estado. Um suplente será convocado e prestará o compromisso em sua posse. Seis meses depois, o presidente da República exonera o Ministro. Ele vai voltar ao seu cargo na Câmara Legislativa e o Suplente volta “ao banco de reservas”. Algum tempo depois, o Chefe do Executivo decide dar nova chance ao Deputado, e novamente o nomeia Ministro. Imaginemos que aquele suplente seja convocado de novo. Ele não vai prestar o compromisso novamente, pois já realizou isso uma vez.

E como estamos falando de posse, vamos fazer mais um link no nosso regimento:

Art. 29, § 1º Considera-se também haver renunciado:

I – o Deputado Distrital que não prestar compromisso no prazo estabelecido neste Regimento Interno;

II – o Suplente de Deputado Distrital que, convocado, não se apresentar para entrar em exercício no prazo regimental.

Eleição da Mesa Diretora

Pessoal, o próximo assunto abordado pelo RI é a eleição da Mesa Diretora, tendo em vista que ela também ocorre em uma sessão preparatória.

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Mas, antes disso, vamos pelo menos fazer uma breve apresentação sobre o que é a Mesa Diretora, ok?

A Mesa Diretora é o órgão diretor da Casa. É um órgão colegiado e já conhecemos a sua composição:

! Presidente

! Vice-Presidente

! Primeiro-Secretário

! Segundo-Secretário

! Terceiro-Secretário

! três Suplentes de Secretário

Esses parlamentares são eleitos para tais cargos pelos próprios Deputados. Veremos isso em breve.

Professor, então se eu for a uma sessão do plenário da Câmara, verei todos esses Deputados sentados à MESA? Posso te afirmar que muito provavelmente NÃO vai ver todos. Não é necessário que todos os membros da Mesa Diretora estejam presentes para que haja uma sessão. Além disso, existem substituições... Elas ocorrem na ordem mencionada acima. Ou seja, se o Presidente não estiver presente, assume a presidência o Vice-Presidente. Não se encontrando, assume o 1º Secretário. Se este também não estiver, presidirá a sessão o 2º Secretário e assim por diante...

Perceba que existem 3 Suplentes de Secretário (que compõem a Mesa Diretora), assim denominados:

! 1º Suplente de Secretário

! 2º Suplente de Secretário

! 3º Suplente de Secretário

(26)

E para que servem os Suplentes de Secretário? Para substituir os respectivos Secretários. Se o Primeiro-Secretário não puder comparecer a uma reunião da Mesa Diretora, por exemplo, comparece, em seu lugar, o 1º Suplente de Secretário. Se o 3º Secretário está ausente, vai o 3º Suplente. Por esta razão, o Suplente de Secretário deve ser do mesmo Partido ou Bloco Parlamentar do respectivo Secretário.

A Mesa Diretora é eleita para mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo, na eleição imediatamente subsequente. Ou seja, o Presidente no 1º biênio não pode ser Presidente no 2º biênio (pode até vir a ocupar qualquer outro cargo na Mesa Diretora, mas não o de Presidente). O 1º Secretário pode ocupar qualquer cargo que não seja o de 1º Secretário. E por aí vai...

Na composição da Mesa Diretora, é assegurada, tanto quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária ou de blocos parlamentares com participação na Câmara Legislativa.

Este é o chamado “princípio da proporcionalidade partidária” (PPP), também chamado de “princípio da representação proporcional”. O PPP determina que as vagas nos órgãos colegiados são distribuídas aos Partidos ou Blocos Parlamentares (veremos o que são Blocos na próxima aula) de acordo com o seus respectivos tamanhos na Casa. Por exemplo, se um Partido tem 8 Deputados na Câmara Legislativa (que corresponde a 1/3 da Casa), terá 1/3 das vagas na Mesa (ou em qualquer órgão colegiado). Se outro Partido tiver metade das vagas da Casa, terá metade das vagas na Mesa. E assim por diante. Obviamente que isto é o tanto quanto possível, pois a conta nunca vai ser exata. Se um Partido tiver, por exemplo, 7 Deputados na Casa, tem 29,1%

da Câmara, e assim terá 29,1% das vagas na Mesa. Mas esse número, obviamente, não vai ser exato. Não precisamos nos preocupar com esses

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arredondamentos. O importante é saber o que é o PPP e que ele aplicado aos órgãos colegiados da CLDF. E a Mesa Diretora é um órgão colegiado.

Agora vamos conhecer como ocorre de forma propriamente dita a eleição dos membros da Mesa Diretora para o primeiro biênio de cada legislatura:

A sessão preparatória para a eleição da Mesa Diretora tem início às 15:00 do dia 1º de janeiro do primeiro ano de cada legislatura.

A direção dos trabalhos cabe à Mesa que conduziu a sessão preparatória da posse dos Deputados Distritais.

Relembrando:

Art. 7º Às dez horas do dia 1º de janeiro do primeiro ano de cada legislatura, os candidatos diplomados Deputados Distritais reunir-se-ão, em sessão preparatória, para a posse na sede da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

§ 1º Assumirá a direção dos trabalhos o último Presidente, ou outro membro da Mesa anterior, se reeleito, preservada a hierarquia, e, na falta destes o Deputado Distrital mais idoso, entre os de maior número de legislaturas.

§ 2º Aberta a sessão, o Presidente convidará dois Deputados Distritais de partidos diferentes para servirem de Secretários e proclamará os nomes dos Deputados Distritais diplomados. (grifo nosso)

Aberta a sessão, é verificado o quorum de presença (número de Deputados presentes). É exigido o quorum de maioria absoluta dos membros da Câmara Legislativa. Caso não haja, a sessão é suspensa por meia hora, repetindo-se a suspensão por igual período, se persistir a falta de quorum.

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Estando presente a maioria absoluta, a sessão de eleição da Mesa Diretora é declarada aberta.

A primeira coisa que efetivamente ocorre na sessão é o registro de candidaturas, o qual é feito junto à Mesa no prazo de até sessenta minutos após a abertura da sessão.

Encerrado o prazo de inscrição, a sessão pode ser suspensa, por até 30 min, para confecção das cédulas.

A eleição é feita em votações ostensivas. A primeira é destinada à eleição do Presidente. As seguintes servem para eleger o Vice-Presidente e cada Secretário com seu respectivo Suplente.

Até alguns anos atrás, a votação era secreta. Assim, só era divulgado o resultado (e não como cada Deputado havia votado). Por exemplo: o resultado era proclamado da seguinte forma: o candidato X recebeu 15 votos e o candidato Y recebeu 9 votos. Mas quem votou em quem? Isso não era divulgado. Ocorre que o regimento foi alterado e hoje a votação não é mais secreta, mas sim ostensiva. Ocorre que o regimento, por uma “falha”, não foi alterado também em outro ponto conexo a este assunto: ainda prevê que as eleições ocorram por cédulas a serem depositadas em urnas, mesmo que este processo sirva para eleições secretas. Assim, fique atento: ainda que o RICLDF preveja que as eleições da Mesa Diretora ocorram por meio de cédulas a serem depositadas em urnas, o próprio RI diz que a votação é ostensiva.

A eleição, em cada escrutínio (cada votação), é feita com cédulas uninominais, contendo a indicação do cargo a preencher e colocadas numa mesma sobrecarta (envelope), de cor e tamanho uniformes.

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Ao ser chamado a votar, o Deputado Distrital deposita a sobrecarta em urna colocada no Plenário, à vista dos membros da Mesa. Os últimos a votar são os membros da Mesa.

Na apuração, os escrutinadores (Deputados que vão abrir as urnas e retirar as sobrecartas) passam as cédulas ao Presidente (que vai lê-las uma a uma) e anotam o resultado.

Terminada a apuração do primeiro escrutínio, o Presidente proclama o resultado, considerando eleito o candidato mais votado.

Se ocorrer empate, é realizado novo escrutínio entre os candidatos mais votados.

Havendo empate também na segunda votação, está eleito, atendidos os seguintes critérios de desempate, sucessivamente, o candidato que:

! contar com o maior número de legislaturas

! pertencer a partido com maior número de Deputados Distritais

! houver obtido o maior número de votos na última eleição

! for o mais idoso

Assim que proclamado eleito o novo Presidente, quem estiver presidindo a sessão o convida para assumir a presidência dos trabalhos para eleição do Vice- Presidente, dos Secretários e Suplentes de Secretários.

Proclamado o resultado da eleição, a Mesa Diretora é empossada, elegendo-se, a seguir, a Comissão Representativa para os períodos de recesso da primeira sessão legislativa.

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A Comissão Representativa é um órgão da CLDF, o qual conheceremos na aula 2, que atua nos períodos de recesso e tem previsão na própria Lei Orgânica do DF:

LODF, art. 68, § 5º Durante o recesso, haverá uma comissão representativa da Câmara Legislativa, com atribuições definidas no regimento interno, cuja composição reproduzirá, tanto quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária, eleita na última sessão ordinária de cada sessão legislativa.

Terminada a eleição e empossada a Comissão Representativa, a sessão é encerrada.

Em relação à eleição dos membros da Mesa Diretora para o segundo biênio de cada legislatura, aplicam-se as regras que acabamos de conhecer, salvo o seguinte:

A eleição é realizada no último dia útil da primeira quinzena de dezembro da segunda sessão legislativa.

A sessão é presidida pela Mesa Diretora em exercício (a Mesa eleita para o 1º biênio).

A posse da nova Mesa Diretora ocorre às 10:00 do dia 1º de janeiro da terceira sessão legislativa em sessão preparatória, independentemente de quorum.

Ufa!! Muita teoria já para o primeiro encontro. Vamos a alguns exercícios.

1) (CESPE/CLDF/Consultor Técnico Legislativo Revisor de Texto/2005) A denominação Câmara Legislativa decorre da fusão dos

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nomes atribuídos às casas legislativas dos municípios e dos estados- membros da Federação, respectivamente.

CERTO. O nome de Câmara Legislativa do Distrito Federal vem da mistura dos nomes Câmara Municipal (casa legislativa dos municípios) e Assembleia Legislativa (casa legislativa dos estados-membros). Lembre que, em regra (já que existem exceções), o Distrito Federal possui as competências constitucionais dos estados-membros e dos municípios, já que o DF não pode se dividir em municípios.

CF, art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.

§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.

§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27. (grifo nosso)

2) (CESPE/CLDF/Consultor Legislativo Inspetor de Polícia/2005) O Poder Legislativo do DF é exercido conjuntamente pela CLDF e pelo governador do DF.

ERRADO. O Poder Legislativo do DF é exercido apenas pela Câmara Legislativa do Distrito Federal. O Governador representa o Poder Executivo.

Art. 1º O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, composta de Deputados Distritais, representantes do povo, eleitos e investidos na forma da legislação federal, com a competência que lhe é atribuída pela Lei Orgânica e pela Constituição Federal. (grifo nosso)

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3) (CESPE/CLDF/Consultor Legislativo Inspetor de Polícia/2005) A CLDF é representada judicialmente pela Procuradoria do DF.

ERRADO. A Câmara Legislativa é representada judicialmente pela Procuradoria-Geral da Câmara Legislativa e não pela Procuradoria do DF.

Art. 1º, parágrafo único. O Poder Legislativo é representado por seu Presidente e, judicialmente, pela Procuradoria-Geral da Câmara Legislativa. (grifo nosso)

4) (CESPE/CLDF/Técnico Legislativo – Policial Legislativo/2005) A CLDF é representada judicialmente por seu presidente.

ERRADO. Vimos na questão anterior que a CLDF é representada judicialmente pela Procuradoria-Geral da Câmara Legislativa.

5) Para todas as causas judiciais em que a Câmara Legislativa do Distrito Federal figure como parte, ela será representada pela Procuradoria-Geral da Câmara Legislativa.

ERRADO. Vimos que, devido a uma mudança da Lei Orgânica do Distrito Federal (que inclusive ocorreu após o julgamento de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal), a Procuradoria-Geral da Câmara Legislativa somente atua nas hipóteses em que a Casa compareça a Juízo em nome próprio. O órgão não atua nas demandas em que o próprio DF deva ser a pessoa jurídica interessada (como, por exemplo, a cobrança de multas). Desta forma, não são em “todas as causas judiciais em que a Câmara Legislativa do Distrito Federal figure como parte” que a Procuradoria-Geral da Casa vai atuar.

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6) A Câmara Legislativa do Distrito Federal tem sede em Brasília, Capital da República Federativa do Brasil. Porém, a Casa pode se reunir, temporariamente, em qualquer local do Distrito Federal, por deliberação da Mesa Diretora, sempre que houver motivo relevante e de conveniência pública, ou em virtude de acontecimento que impossibilite o seu funcionamento na sede.

ERRADO. O equívoco é um só: a deliberação, no caso, é do Plenário, por maioria absoluta. A questão cita “Mesa Diretora”.

Art. 2º A Câmara Legislativa do Distrito Federal tem sede em Brasília, Capital da República Federativa do Brasil.

§ 1º Poderá a Câmara Legislativa reunir-se, temporariamente, em qualquer local do Distrito Federal, por deliberação da maioria absoluta de seus membros, sempre que houver motivo relevante e de conveniência pública, ou em virtude de acontecimento que impossibilite o seu funcionamento na sede.

7) A legislatura coincide com o mandato dos Deputados Distritais.

CERTO. A Legislatura tem a duração de quatro anos e coincide exatamente com o mandato dos Deputados Distritais.

Art. 3º Cada legislatura terá duração de quatro anos e inicia-se com a posse dos Deputados Distritais.

8) (CESPE / CLDF / Consultor Técnico Legislativo – Revisor de Texto / 2005) As sessões legislativas ordinárias têm a duração de nove meses e meio e são divididas em dois períodos, sendo o primeiro iniciado em 1º de fevereiro e o segundo, em 1º de agosto.

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CERTO. Ainda que a redação do dispositivo pareça estranha, em um primeiro momento, o item está correto. Vejamos: a SLO vai de 1º de fevereiro a 30 de junho (é o 1º período, que dura 5 meses: fevereiro, março, abril, maio e junho) e de 1º de agosto a 15 de dezembro (é o 2º período, que dura 4 meses e meio: agosto, setembro, outubro, novembro e a primeira metade de dezembro). Assim, a SLO efetivamente possui nove meses e meio.

Art. 4º A Câmara Legislativa, reunir-se-á, em sua sede, ordinariamente, de 1º de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro e, extraordinariamente, nos casos previstos na Lei Orgânica.

9) (CEFOR / Câmara dos Deputados / Analista Legislativo – Técnica Legislativa / 2000 / Adaptada) A Câmara Legislativa do Distrito Federal reunir-se-á durante as sessões legislativas ordinárias, de 1º de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro. Essas datas poderão ser alteradas na hipótese de convocação extraordinária do Congresso Nacional.

ERRADO. O início da questão até está correto. Mas mencionar que as datas de uma SLO podem ser alteradas em razão de uma SLE não tem fundamentação alguma. O que pode acontecer é que se as datas dos inícios dos períodos legislativos (1º de fevereiro e 1º de agosto) recaírem em sábados, domingos ou feriados, são transferidas para o próximo dia útil. E só.

Art. 4º A Câmara Legislativa, reunir-se-á, em sua sede, ordinariamente, de 1º de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro e, extraordinariamente, nos casos previstos na Lei Orgânica.

§ 1º As reuniões marcadas para o início de cada período legislativo serão transferidas para o primeiro dia útil subsequente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.

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10) (CESPE / ANCINE / Analista Administrativo / 2006 / Adaptada) A sessão legislativa não pode ser interrompida antes da aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, o qual deve ser encaminhado pelo Poder Executivo e devolvido até 30 de junho para sanção.

CERTO. Falar que a SLO não será interrompida é o mesmo que falar que o recesso do meio de ano não começa. E é isto que ocorre se não houver a aprovação do projeto da LDO até o fim do 1º período da SLO: 30 de junho.

Art. 4º, § 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, (...).

11) (CESPE / CLDF / Técnico Legislativo / 2005) No dia 15/12/2005, não havia sido aprovado pela CLDF o projeto de orçamento anual. Nessa situação, a sessão legislativa de 2005 deveria ter sido interrompida no dia 16/12/2005, retomada no dia 2/1/2006 e prorrogada até que fosse votado o referido projeto.

ERRADO. O RICLDF estabelece que a sessão legislativa não é encerrada enquanto não for aprovado o projeto de lei do orçamento anual referente ao ano seguinte. Não existe nada disso de interrupção ao final no ano e retorno no ano seguinte.

Art. 4º, § 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, nem encerrada sem a aprovação do projeto de lei do orçamento anual. (grifo nosso)

12) (CESPE / CLDF / Consultor Técnico Legislativo – Revisor de Texto / 2005) Na sessão legislativa extraordinária, a CLDF somente

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deliberará sobre a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

ERRADO. A questão tentou induzir o candidato a erro ao misturar dispositivos distintos. Vamos por partes. Na sessão legislativa extraordinária (que ocorre quando a CLDF é convocada a funcionar nos períodos de recesso), a Câmara somente delibera sobre o objeto da convocação. Outro artigo menciona que enquanto não for aprovado o projeto de lei de diretrizes orçamentárias (LDO), o recesso do meio de ano não de inicia (em outras palavras: a sessão legislativa ordinária não é interrompida). Assim, caso não ocorra a aprovação do projeto da LDO até 30 de junho, a CLDF continua funcionando em caráter ordinário (em SLO) até a respectiva aprovação.

Art. 4º, § 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, (...).

§ 3º Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Legislativa somente deliberará sobre a matéria para a qual tiver sido convocada.

13) (CESPE / Câmara dos Deputados / Analista Legislativo – Técnica Legislativa / 2012) A lei de diretrizes orçamentárias (LDO) deve ser votada em sessão legislativa extraordinária.

ERRADO. Invenção da banca, sem fundamentação alguma. O projeto da LDO é votado em SLO: em regra, ocorre até 30 de junho; caso isto não aconteça, a CLDF vai continuar a funcionar em SLO (não é SLE) até a referida aprovação. Se por acaso a Casa não aprovar tal norma até 31 de julho, em 1º de agosto já se inicia normalmente o 2º período da SLO. Ou seja, a aprovação vai ser em SLO de uma forma ou de outra.

14) (CEFOR / Câmara dos Deputados / Analista Legislativo – Técnica Legislativa / 2000 / Adaptada) Se até 30 de junho não for

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votada a lei de diretrizes orçamentárias, a Câmara Legislativa do Distrito Federal continuará funcionando, sem interrupção, em caráter extraordinário, no mês de julho, até que a referida lei seja votada.

ERRADO. No caso, a CLDF continua funcionando em caráter ordinário (SLO). A questão mencionou que o funcionamento dos trabalhos seria em caráter extraordinário (SLE).

Obs.: tecnicamente, ainda há outro equívoco. Não é “votar a LDO”, como mencionado na questão. O correto é afirmar que a Câmara “aprove o projeto da LDO”. Não basta votar, tem que aprovar. E o que é deliberado pela Casa legislativa não é a lei, mas sim um projeto de lei.

Art. 4º A Câmara Legislativa, reunir-se-á, em sua sede, ordinariamente, de 1º de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro e, extraordinariamente, nos casos previstos na Lei Orgânica.

§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, nem encerrada sem a aprovação do projeto de lei do orçamento anual.

15) (CEFOR / Câmara dos Deputados / Analista Legislativo – Técnica Legislativa / 2000 / Adaptada) Quando for convocado extraordinariamente a Câmara Legislativa do Distrito Federal, poderá ser submetida à deliberação a proposição para a qual tenha sido aprovada urgência, nos termos do art. 164 do Regimento Interno, ainda que a referida proposição não tenha sido objeto da convocação.

ERRADO. Em caso de SLE, a CLDF somente delibera sobre o objeto da convocação. Não existe a previsão para inclusão de outros itens na pauta, tais como proposições em urgência, como citado na questão.

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Art. 4º, § 3º Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Legislativa somente deliberará sobre a matéria para a qual tiver sido convocada.

16) (CEFOR / Câmara dos Deputados / Analista Legislativo – Técnica Legislativa / 2000 / Adaptada) A primeira sessão legislativa de cada legislatura possui em seu início sessões preparatórias destinadas, respectivamente, à tomada de compromisso solene dos Deputados empossados e à eleição e posse dos membros da Mesa Diretora.

CERTO. Estas são exatamente as finalidades das sessões preparatórias que ocorrem no início da legislatura, no dia 1º de fevereiro: posse dos Deputados e eleição e posse dos membros da Mesa Diretora.

Art. 5º A Câmara Legislativa, em cada legislatura, reunir-se-á, em sessões preparatórias:

I – no dia 1º de janeiro da primeira sessão legislativa, para a posse dos Deputados Distritais, eleição e posse dos membros da Mesa Diretora;

17) (CESPE / Câmara dos Deputados / Analista Legislativo – Taquígrafo Legislativo / 2012 / Adaptada) O candidato diplomado deputado distrital deve apresentar, pessoalmente ou por intermédio de seu partido, à Mesa Diretora, até o dia 20 de dezembro do ano anterior à instalação de cada legislatura, o diploma expedido pela justiça eleitoral, juntamente com a comunicação de seu nome parlamentar, legenda partidária e declaração de bens com a indicação das fontes de renda.

CERTO. Praticamente cópia do RICLDF. Lembre que as questões sobre a nossa matéria tendem a ser muito literais, ou seja, ainda que a sua principal fonte de estudos seja o nosso curso, é necessário também ler o texto

(39)

regimental (a letra “seca” da lei). O candidato que foi eleito Deputado Distrital toma posse, em regra, em 1º de fevereiro. E ele tem até 20 de dezembro para entregar as informações citadas pela questão: o diploma, o nome parlamentar, a legenda partidária e a declaração de bens com a indicação das fontes de renda.

Art. 6º O candidato diplomado Deputado Distrital deverá apresentar à Mesa Diretora, pessoalmente ou por intermédio do seu partido, até o dia 20 de dezembro do ano anterior à instalação de cada legislatura, o diploma expedido pela Justiça Eleitoral, juntamente com a comunicação de seu nome parlamentar, legenda partidária e declaração de bens com a indicação das fontes de renda.

18) (CESPE / CLDF / Consultor Técnico Legislativo – Revisor de Texto / 2005) Cabe à Mesa Diretora organizar a relação dos deputados distritais, que deverá ser concluída após a sessão de posse.

ERRADO. Após todos os Deputados diplomados enviarem à Mesa seus respectivos diplomas, cabe à Mesa organizar a relação com todos os diplomados. O detalhe é que tal relação deve estar pronta antes do início da sessão de posse, e não após, como mencionado.

Art. 6º, § 1º Cabe à Mesa Diretora organizar a relação dos Deputados Distritais, a qual deve estar concluída antes da instalação da sessão de posse. (grifo nosso)

19) Na sessão preparatória destinada à posse dos Deputados Distritais, assume a presidência o último Presidente, ou outro membro da Mesa anterior, se reeleito, preservada a hierarquia, e, na falta destes o Deputado Distrital mais idoso.

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ERRADO. O critério, ao final, deve ser “o Deputado Distrital mais idoso, entre os de maior número de legislaturas”. Ou seja, o primeiro critério é ter mais legislaturas. Se houver empate neste requisito, o mais idoso assume. A questão mencionou apenas “mais idoso”.

Art. 7º Às dez horas do dia 1º de janeiro do primeiro ano de cada legislatura, os candidatos diplomados Deputados Distritais reunir-se-ão, em sessão preparatória, para a posse na sede da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

§ 1º Assumirá a direção dos trabalhos o último Presidente, ou outro membro da Mesa anterior, se reeleito, preservada a hierarquia, e, na falta destes o Deputado Distrital mais idoso, entre os de maior número de legislaturas. (grifo nosso)

20) (CESPE / Câmara dos Deputados / Consultor Legislativo – Área II / 2014 / Adaptada) Um deputado distrital eleito em 2010 e empossado no ano seguinte teve seu mandato cassado após seis meses de exercício no novo cargo. Dado não haver suplente, foi eleito novo deputado para assumir o cargo vago. Nessa situação, o novo deputado eleito terá trinta dias, a contar da diplomação, para tomar posse, podendo, mediante requerimento próprio, prorrogar esse prazo por igual período.

CERTO. Havendo vacância no cargo de Deputado Distrital e não havendo suplente a convocar, faltando mais de quinze meses para o término do mandato, haverá novas eleições. Assim sendo, haverá um candidato eleito durante a legislatura. E para este caso, o prazo para a sua posse será de 30 dias, prorrogáveis por mais 30, a partir da diplomação, a requerimento do interessado.

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LODF, art. 64, § 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se- á eleição para preenchê-la, se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato.

RICLDF, art. 7º, § 6º Salvo motivo de força maior ou enfermidade devidamente comprovada, a posse deverá ocorrer no prazo de trinta dias, contados:

II – da diplomação, se eleito Deputado Distrital durante a legislatura;

§ 7º O prazo estabelecido no parágrafo anterior poderá ser prorrogado, por igual período, a requerimento do interessado.

21) A Mesa Diretora da Câmara Legislativa do Distrito Federal tem a seguinte composição: Presidente, dois Vice-Presidentes, Quatro Secretários e Quatro Suplentes de Secretário.

ERRADO. Esta é a composição da Mesa das Casas Legislativas no âmbito da União (seja da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do próprio Congresso Nacional). A Mesa Diretora da CLDF é mais enxuta. Vejamos:

Art. 9º A Mesa Diretora, órgão diretor colegiado, composta do Presidente, Vice-Presidente, Primeiro-Secretário, Segundo-Secretário e Terceiro-Secretário, bem como de três Suplentes de Secretário, será eleita para mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo, na eleição imediatamente subsequente. (grifo nosso)

22) (CESPE / Câmara dos Deputados / Consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira / 2014 / Adaptada) Na composição da Mesa Diretora da Câmara Legislativa do Distrito Federal será assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares existentes na Casa.

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CERTO. Na composição da Mesa Diretora, vale o princípio da proporcionalidade partidária, ou seja, as vagas são distribuídas aos partidos ou blocos proporcionalmente ao tamanho das bancadas.

Art. 9º, § 1º Na composição da Mesa Diretora, é assegurada, tanto quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária ou de blocos parlamentares com participação na Câmara Legislativa.

23) A eleição para a Mesa Diretora da CLDF ocorre em uma sessão preparatória, em votação e secreta, estando eleito o candidato que obtiver o maior número de votos.

ERRADO. A votação para a eleição dos membros da Mesa Diretora não é mais secreta. Desde 2013 a votação passou a ser ostensiva (agora é divulgado como cada Deputado votou). As demais informações da questão estão corretas:

a eleição ocorre em uma sessão preparatória e está eleito aquele que conseguir mais votos.

Art. 10. A eleição dos membros da Mesa Diretora, para o primeiro biênio de cada legislatura, obedecerá às seguintes normas:

I – a sessão preparatória para a eleição da Mesa Diretora terá início às quinze horas do dia 1º de janeiro do primeiro ano de cada legislatura;

VII – a eleição é feita em votações ostensivas, destinando-se a primeira à eleição do Presidente, e as seguintes à do Vice-Presidente e de cada Secretário com seu respectivo Suplente;

XI – terminada a apuração do primeiro escrutínio, o Presidente proclamará o resultado, considerando eleito o candidato mais votado;

(grifo nosso)

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24) No dia 1º de janeiro da terceira sessão legislativa ordinária, a Câmara Legislativa do Distrito Federal realiza sessão preparatória visando a eleição e posse dos membros da Mesa Diretora para o segundo biênio da legislatura.

ERRADO. Nesta sessão preparatória não há eleição! É apenas para a posse dos membros da Mesa Diretora eleitos no último dia útil da primeira quinzena de dezembro da sessão legislativa anterior.

Art. 5º A Câmara Legislativa, em cada legislatura, reunir-se-á, em sessões preparatórias:

II – no dia 1º de janeiro da terceira sessão legislativa, para a posse dos membros da Mesa Diretora eleitos no último dia útil da primeira quinzena de dezembro da sessão legislativa anterior.

Art. 11. À eleição dos membros da Mesa Diretora, para o segundo biênio de cada legislatura, aplica-se o disposto nos artigos anteriores, salvo o seguinte:

I – a eleição será realizada no último dia útil da primeira quinzena de dezembro da segunda sessão legislativa;

Prezados alunos, encerramos nossa aula inaugural por aqui. Utilizem o fórum para tirarem as dúvidas. Espero que tenham gostado desse primeiro encontro!

Abraços,

Julio Ponte

(44)

4. Lista das Questões Apresentadas

1) (CESPE/CLDF/Consultor Técnico Legislativo Revisor de Texto/2005) A denominação Câmara Legislativa decorre da fusão dos nomes atribuídos às casas legislativas dos municípios e dos estados- membros da Federação, respectivamente.

2) (CESPE/CLDF/Consultor Legislativo Inspetor de Polícia/2005) O Poder Legislativo do DF é exercido conjuntamente pela CLDF e pelo governador do DF.

3) (CESPE/CLDF/Consultor Legislativo Inspetor de Polícia/2005) A CLDF é representada judicialmente pela Procuradoria do DF.

4) (CESPE/CLDF/Técnico Legislativo – Policial Legislativo/2005) A CLDF é representada judicialmente por seu presidente.

5) Para todas as causas judiciais em que a Câmara Legislativa do Distrito Federal figure como parte, ela será representada pela Procuradoria-Geral da Câmara Legislativa.

6) A Câmara Legislativa do Distrito Federal tem sede em Brasília, Capital da República Federativa do Brasil. Porém, a Casa pode se reunir, temporariamente, em qualquer local do Distrito Federal, por deliberação da Mesa Diretora, sempre que houver motivo relevante e de conveniência pública, ou em virtude de acontecimento que impossibilite o seu funcionamento na sede.

7) A legislatura coincide com o mandato dos Deputados Distritais.

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