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Art. 94. Havendo requerimento para a realização de leilão, e presente uma das hipóteses do art. 90, além de observado o art. 89, § 1º, adotar as seguintes providências:

Inciso I. Se a avaliação datar de mais de um ano, expedir mandado ao Avaliador Judicial para que, no prazo legal, ratifique o laudo anteriormente elaborado ou, havendo fundada dúvida do valor atual do bem, elabore novo laudo de avaliação do bem, com descrição pormenorizada do bem avaliado, enunciando as suas características, benfeitorias e o estado em que se encontra, bem como os critérios utilizados para a avaliação e as indicações de pesquisa de mercado efetuadas, nos termos do Código de Normas, item 3.15.4.

Inciso II. Se a avaliação datar de mais de trinta dias e menos de um ano, atualizar o valor da avaliação pelos índices oficiais de correção monetária, nos termos do CN 5.8.8, certificando.

Inciso III. Designar duas datas para o leilão, designando o leiloeiro indicado pelo exequente, ou, se ele não o indicar, leiloeiro constante da lista fornecida pelo juiz, e intimá-lo para as providências necessárias, observando que

a) na primeira hasta não será admitido valor inferior a 75% da avaliação, e na segunda hasta não será admitido preço inferior a 50% do valor da avaliação;

b) a condição de pagamento é à vista, salvo se houver requerimento do exequente em contrário, caso em que a secretaria fará conclusão;

c) a comissão do leiloeiro será de 5%;

d) se se tratar de leilão de imóvel, o edital será publicado uma vez em jornal de ampla circulação local (NCPC art. 887 § 3º), com antecedência mínima de 5 dias antes da primeira hasta.

Inciso IV. Expedir os ofícios necessários ao cumprimento do Código de Normas, itens 5.8.14.2, 5.8.14.5 e 5.8.14.6, com prazo de 30 (trinta) dias.

Inciso V. Comunicar a designação do leilão na forma do Código de Normas, item 5.8.14.4, inclusive ao Instituto Ambiental do Paraná – IAP, nas hipóteses da Lei Estadual nº 11.054/95.

Inciso VI. Expedir o edital de leilão, que mencionará o montante do débito e da avaliação dos bens em valores atualizados, bem como as respectivas datas. Se a conta datar de mais de 30 dias, a própria Secretaria providenciará a atualização mediante aplicação do índice oficial adotado judicialmente. Neste caso, do edital constará o valor primitivo, o valor atualizado e as suas datas.

Inciso VII. Quando da confecção do edital de leilão, intimar o exequente para apresentar qualquer documento faltante e cálculo atualizado, em 15 dias, sob pena de arquivamento provisório, na forma do art. 99.

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Inciso VIII. Expedir os editais para afixação no local de costume e para publicação, se for devida. Constar do edital, em qualquer caso, que deverá ser publicado na página do próprio leiloeiro na internet.

Inciso IX. Cientificar o exequente das datas designadas.

Inciso X. Intimar o executado, na forma do art. 93 II, bem como os terceiros previstos no art. 889, do NCPC, e a sociedade cuja cota será leiloada, se for o caso (NCPC, art. 876, § 7º).

Inciso XI. Não se aplica o previsto nos incisos I e II desse dispositivo no caso de leilão de veículo automotor avaliado na forma do art. 91, § 1º desta Portaria. Nessa hipótese, antes de adotar as demais providências previstas neste artigo, deverá a Secretaria expedir mandado de depósito do veículo em mãos do devedor/constatação afim de verificar se o veículo se encontra em mãos do devedor, salvo se o exequente requer a remoção do veículo, caso em que deverá ser feita prévia conclusão.

Art. 95. Sendo negativo o leilão, intimar a parte exequente para manifestação sobre o prosseguimento do feito, em 15 dias, ou para, querendo, exercer as faculdades previstas no art. 878, do NCPC.

§ 1º. Havendo requerimento do exequente, quando restarem negativas as duas primeiras datas do leilão, deverão ser designadas novas datas, observando-se os itens anteriores da presente Portaria.

§ 2º. Caso reste negativa também a segunda tentativa de alienação em leilão, intimar o exequente para substituição do bem penhorado ou manifestação sobre a possibilidade de adjudicação do bem ou de promoção da alienação por iniciativa particular, cientificando- o de que a terceira hasta somente será designada mediante expressa determinação judicial e que, para isso, o exequente deverá justificar a impossibilidade de nova penhora ou substituição de bem penhorado.

Art. 96. Exigir do leiloeiro que seja lavrado o respectivo auto imediatamente após a alienação ou arrematação.

Parágrafo único. Juntado o auto no feito, promover sua conclusão para assinatura do expediente.

Inciso I. Em seguida, aguardar-se-á o prazo de dez dias para oferecimento de embargos (NCPC 903 § 2º), certificadas tais ocorrências.

Inciso II. Sendo oferecidos embargos, intimar o adquirente do bem sobre a interposição para, querendo, desistir da aquisição, em 10 dias, nos termos do NCPC 903 § 5º II. Inciso III. Não oferecidos os embargos à arrematação, tomar as seguintes providências antes da conclusão:

a) em todos os casos, solicitar conta de custas e intimar para preparo das custas processuais, só fazendo a conclusão depois que estiverem quitadas.

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b) no caso de imóveis, 1) requisitar certidões negativas das Fazendas Públicas do Estado e do Município, caso ainda não tenham sido juntadas ou estejam com prazo de validade vencido, e 2) intimar o adquirente para o recolhimento do imposto de transmissão inter

vivos.

c) certificar se houve o depósito do valor ou a prestação de garantia constante do auto de arrematação.

Art. 96-A. Se, expedida a carta de arrematação de bem imóvel e entregue ao arrematante, esse solicitar, por meio de petição ou em balcão, a expedição de mandado de imissão na posse do imóvel arrematado, fica esse, desde já, deferido, nos termos do art. 901, § 1º, do NCPC.

§ 1º Deverá constar do mandado, antes da imissão, prazo de cinco dias para desocupação voluntária; e, ainda, que o arrematante deverá fornecer os meios para a imissão, retirada dos bens do ocupante e destinação desses bens para depósito.

Art. 96-B. Na carta de arrematação, nos termos do art. 397, do Código de Normas do Foro Judicial da Corregedoria-Geral de Justiça do Estado do Paraná (Provimento nº 282/2018), deverá constar ordem para o que oficial do Registro de Imóveis promova o cancelamento do registro de penhora da qual resultou a arrematação.

§ 1º. Eventuais requerimentos dos arrematantes solicitando a baixa de outros registros que não o mencionado no caput deverão ser realizados ao juízo, por meio de requerimento subscrito por quem detém capacidade postulatória.

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