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3 METODOLOGIA 40 

4.1 LEVANTAMENTO QUANTITATIVO 59

O Quadro 14 apresenta as dimensões e altura de projeto juntamente com a espessura de emboço conforme norma (2 cm) e o volume necessário de argamassa para tal etapa. As paredes 1, 4, 9, 10, 12, 14, 16 e 18 são as que possuem aberturas as demais não possuem.

Quadro 14 - Dimensões retiradas do projeto

Paredes Dimensões de projeto (m) Altura de Projeto (m) Área encontrada (m²) Área da abertura (m²) Área sem abertura (m²) Espessura conforme norma Volume (m³) 1 3.8 3.15 11.97 2 9.97 0.02 0.20 2 2.85 3.15 8.98 0 8.98 0.02 0.18 3 7.7 3.15 24.26 0 24.26 0.02 0.49 4 2.7 3.15 8.51 3 5.51 0.02 0.11 5 1.3 3.15 4.10 0 4.10 0.02 0.08 6 1.3 3.15 4.10 0 4.10 0.02 0.08 7 2.85 4.3 12.26 0 12.26 0.02 0.25 8 3.8 4.3 16.34 0 16.34 0.02 0.33 9 4.45 4.3 19.14 3.6 15.54 0.02 0.31 10 3.6 4.3 15.48 3.6 11.88 0.02 0.24 11 3.45 3.15 10.87 0 10.87 0.02 0.22 12 3.3 3.15 10.40 1.68 8.72 0.02 0.17 13 3.45 3.15 10.87 0 10.87 0.02 0.22 14 3.3 3.15 10.40 2.4 8.00 0.02 0.16 15 2.65 3.15 8.35 0 8.35 0.02 0.17 16 3.6 3.15 11.34 2.4 8.94 0.02 0.18 17 2.65 3.15 8.35 0 8.35 0.02 0.17 18 3.6 3.15 11.34 1.68 9.66 0.02 0.19 19 2.6 3.15 8.19 0 8.19 0.02 0.16 20 1.9 3.15 5.99 0 5.99 0.02 0.12 Total 200.82 Total 4.02

Na pesquisa foram analisadas 20 paredes totalizando uma área de 200,82 m² de área de emboço, esse conjunto de paredes tem como a parede de maior peso no projeto a parede 3, com área de 24,26 m², com necessidade de 0,49 m³ de argamassa para emboço.

As menores paredes são as paredes 5 e 6, ambas tendo 4,10 m² de área e com necessidade de 0,08 m³ de argamassa cada uma.

Observa-se que para a realização de 200,82 m² de emboço conforme projeto é necessário um volume de 4,02 m³ de argamassa, seguindo como base a espessura máxima do revestimento, tendo como suporte a NBR 13479 (ABNT, 1996).

O Quadro 15 apresenta as dimensões observadas antes do emboço.

Quadro 15 - Dimensões analisadas das paredes antes do emboço

Paredes Altura 0.40 Altura 1.20 Altura 2.10 Media

A 3.95 3.97 3.98 3.97 B 4 3.97 3.97 3.98 C 8.01 7.97 7.98 7.99 D 3.77 3.76 3.77 3.77 E 3.72 3.73 3.72 3.72 F 2.91 2.91 2.9 2.91 G 2.95 2.93 2.93 2.94 H 3.32 3.33 3.33 3.33 I 3.61 3.62 3.63 3.62 J 3.65 3.64 3.63 3.64 K 3.34 3.33 3.34 3.34 L 3.9 3.92 3.91 3.91 M 4.57 4.58 4.59 4.58 N 4.53 4.54 - 4.54 O 3.58 3.6 3.63 3.60 P 1.39 1.38 1.37 1.38 Q 1.28 1.29 1.29 1.29 R 1.24 1.25 1.25 1.25

Fonte: Autoria própria (2018)

Com base nas dimensões obtidas antes do emboço observa-se que nenhuma parede possui a mesma dimensão nas três medidas analisadas em obra. Observou- se também que a parede com menos ondulação é a medida “H” que esta somente 0,01 metros e a medida em pior estado foi a “O” tendo como diferença entre as três medidas de 0,05 metros.

A variação das medidas nas diferentes alturas se encontra entre 1 cm e 5 cm. As variações não foram proporcionais às dimensões medidas, já que a maior parede (com 7,98 m de dimensão) não apresentou a maior variação. A maior variação (de 0,04 m) foi referente a medida de uma parede com 3,6 m de dimensão, que não está

entre as maiores. As menores variações, de 0,01 m, aconteceram em paredes pequenas (com 1,25 m) e em paredes grandes (de 4,54 m).

Foram registradas, as condições de algumas paredes, como observa-se na Figura 37 mostrando a verificação do prumo, a Figura 38 com imperfeições no pilar e parede, além da Figura 39 a qual exibe a falta de esquadro na alvenaria e a falta de limpeza na mesma.

Figura 37 - Prumo na parede

Fonte: Autoria própria (2018)

Figura 38 - Imperfeições no pilar

Figura 39 - Diferença de esquadro e falta de limpeza da alvenaria

Fonte: Autoria própria (2018)

Com a continuidade do trabalho após o emboço foi averiguado novamente a medição com o auxílio de ferramentas como a trena e o metro para saber as dimensões das paredes na obra como indica o Quadro 16.

Quadro 16 - Dimensões retiradas das paredes depois do emboço

Paredes Altura 0.40 Altura 1.20 Altura 2.10 Media

A 3.88 3.9 3.91 3.90 B 3.91 3.92 3.92 3.92 C 7.92 7.9 7.92 7.91 D 3.73 3.72 3.72 3.72 E 3.69 3.69 3.69 3.69 F 2.87 2.87 2.86 2.87 G 2.89 2.89 2.89 2.89 H 3.29 3.29 3.29 3.29 I 3.55 3.56 3.57 3.56 J 3.59 3.58 3.59 3.59 K 3.31 3.31 3.31 3.31 L 3.82 3.83 3.83 3.83 M 4.52 4.54 4.54 4.53 N 4.49 4.5 - 4.50 O 3.54 3.57 3.59 3.57 P 1.35 1.33 1.33 1.34 Q 1.25 1.26 1.26 1.26 R 1.21 1.21 1.22 1.21

Fazendo uma análise desses dois quadros observa-se que mesmo após o emboço que seria a camada de regularização as paredes continuaram com dimensões irregulares, pois no Quadro 16 as dimensões teriam que ter sido iguais para as alturas de 0,40; 1,20 e 2,10 metros.

Observa-se que as dimensões mais críticas mesmo após o emboço foi a medida O pois ainda possui uma diferença entre medidas de 0,05 metros. Porém algumas paredes foram regularizadas deixando na mesma medida como as medidas E, G, H, K e R.

Outro ponto interessante é a medida “O” como mostra a Figura 40, que ao invés de regularizar, foi feito de acordo com a alvenaria não proporcionando a devida atenção a isso.

Figura 40 - Medidas “O” antes e depois do emboço

Fonte: Autoria própria (2018)

Além disso se comparar as dimensões de projeto com as realizadas em obra observa-se que o projeto não foi seguido corretamente, pode-se observar na medida “A” o resultado de 3,90 metros e a parede deveria ter somente 3,80 metros possuído assim uma diferença de 10 centímetros.

Com a realização dos dois Quadros 15 e 16, obteve-se as duas medias, no qual foram inseridas em um novo Quadro 17, e fez-se a subtração da media pré-emboço pelos pós-emboço, para saber a diferença de espessura.

Quadro 17 - Diferença das dimensões

Medidas Antes emboço Pós emboço Diferença das dimensões metros

A 3.97 3.90 0.07 B 3.98 3.92 0.06 C 7.99 7.91 0.07 D 3.77 3.72 0.04 E 3.72 3.69 0.03 F 2.91 2.87 0.04 G 2.94 2.89 0.05 H 3.33 3.29 0.04 I 3.62 3.56 0.06 J 3.64 3.59 0.05 K 3.34 3.31 0.03 L 3.91 3.83 0.08 M 4.58 4.53 0.05 N 4.54 4.50 0.04 O 3.60 3.57 0.04 P 1.38 1.34 0.04 Q 1.29 1.26 0.03 R 1.25 1.21 0.03

Fonte: Autoria própria (2018)

Essa medida obteve-se, pois, pegou-se a diferença de espessura da medição antes do revestimento sendo 3,97 e depois do emboço estando em 3,90 metros da medida A, no qual obteve-se 0,07 e dividiu-se por 2 para ficar metade da espessura para cada lado, tendo como resultado 0,035 metros, sendo metade para a parede 2 e outra metade para a parede 3.

A medida B também influencia na espessura do revestimento na parede 3, portanto, o mesmo cálculo foi feito, mas colocando agora metade da diferença da medida (3,98 – 3,92) obtendo-se a diferença de 0,06 dividindo por 2 tendo 0,03 metros de espessura do revestimento da parede 3 e outra metade para a parede 20.

Esses resultados foram feitos para cada parede e foram inseridos no Quadro 18 de cálculo de volume de argamassa.

Quadro 18 - Quadro para a realização do volume.

Paredes Dimensões m Projeto m Altura de encontrada Área abertura Área da Área sem abertura Espessura Volume m³

1 3.9 3.15 12.29 2 10.29 0.035 0.36 2 2.85 3.15 8.98 0 8.98 0.035 0.31 3 7.91 3.15 24.92 0 24.92 0.0325 0.81 4 2.7 3.15 8.51 3 5.51 0.035 0.19 5 1.3 3.15 4.10 0 4.10 0.015 0.06 6 1.3 3.15 4.10 0 4.10 0.015 0.06 7 2.8 4.3 12.04 0 12.04 0.02 0.24 8 3.83 4.3 16.47 0 16.47 0.0225 0.37 9 4.5 4.3 19.35 3.6 15.75 0.03 0.47 10 3.57 4.3 15.35 3.6 11.75 0.0225 0.26 11 3.56 3.15 11.21 0 11.21 0.0175 0.20 12 3.29 3.15 10.36 1.68 8.68 0.0275 0.24 13 3.59 3.15 11.31 0 11.31 0.0175 0.20 14 3.31 3.15 10.43 2.4 8.03 0.0275 0.22 15 2.87 3.15 9.04 0 9.04 0.0175 0.16 16 3.72 3.15 11.72 2.4 9.32 0.0225 0.21 17 2.89 3.15 9.10 0 9.10 0.0175 0.16 18 3.69 3.15 11.62 1.68 9.94 0.0225 0.22 19 2.6 3.15 8.19 0 8.19 0.0175 0.14 20 1.9 3.15 5.99 0 5.99 0.03 0.18 Total 204.70 Total 5.08

Fonte: Autoria própria (2018)

Nesse quadro observa-se que para a realização do emboço interno da obra estudada foi necessário um volume de argamassa de 5,08 m³, além disso pode-se observar que a área de parede também está maior do que o esperado.

Além do quadro, para melhor entendimento, elaborou-se o Figura 41 com o demonstrativo das diferenças de espessuras, nele aparece em azul a espessura desejada conforme norma e em verde a espessura do emboço interno encontrado em obra.

Figura 41 - Diferença de espessura

 

Fonte: Autoria própria (2018)

4.2 LEVANTAMENTO IN LOCO

Na obra estudada, observou-se que algumas paredes se encontravam conforme norma e outras estavam críticas. Para analisar melhor elaborou-se a planta no qual mostra as paredes em desacordo e demais conforme norma a Figura 42.

Figura 42 - Planta com paredes criticas

Fonte: Adaptado projeto arquitetônico (2017)

As paredes com hachuras são as paredes críticas e as em branco são conforme norma.

Pode observar também no Figura 43 que as paredes com espessuras que não coincidem com norma chegam a ser 60% do seu total.

Figura 43 - Estado das paredes.

Fonte: Autoria própria (2018) 40%

60%

Paredes conforme Norma Paredes em desacordo Norma

Observou-se na obra que a parede 2 teve uma elevada diferença, no qual percebe-se na Figura 44, além disso encontramos na parede 16 a espessura de 3 centímetros como indica a Figura 45 e a parede 9 como mostra a Figura 46.

Figura 44 - Parede 2

Fonte: Autoria própria (2018)

Figura 45 - Parede 16

Figura 46 - Parede 9

Fonte: Autoria própria (2018)

4.4 CUSTO DO DESPERDÍCIO

Para saber o custo da realização do emboço na obra estudada fez-se uma pesquisa no SINAPI no qual proporcionou um quadro com valores para um metro cubico de argamassa como indica o Quadro 19.

Quadro 19 - Planilha de custos SINAPI

  Fonte: SINAPI

No quadro ficou especificado que para um metro cúbico de emboço será gasto em material e mão de obra 376,50 reais. Para saber o custo do emboço conforme projeto fez-se o seguinte Quadro 20, no qual indica o volume de argamassa gasto para realização de tal etapa conforme projeto obtendo assim um custo de material e mão de obra de 1512.19 reais.

Quadro 20 - Volume de argamassa conforme projeto Volume de argamassa conforme projeto

Volume de argamassa Valor SINAPI sem BDI Custo total de Mão de obra e Materiais

4.02 376.5 1512.19

Fonte: Autoria própria (2018)

Para fazer o comparativo utilizou-se os dados de projeto juntamente com os valores encontrados em obra e para isso fez-se o Quadro 21, com os dados retirados em obra contendo as dimensões das paredes, altura de projeto, áreas totais e sem abertura além das espessuras encontradas em obra juntamente com o volume utilizado para a realização de cada parede.

Quadro 21 - Quadro completo das dimensões

Paredes Dimensões m Projeto m Altura de encontrada Área abertura Área da Área sem abertura Espessura Volume m³

1 3.9 3.15 12.29 2 10.29 0.035 0.36 2 2.85 3.15 8.98 0 8.98 0.035 0.31 3 7.91 3.15 24.92 0 24.92 0.0325 0.81 4 2.7 3.15 8.51 3 5.51 0.035 0.19 5 1.3 3.15 4.10 0 4.10 0.015 0.06 6 1.3 3.15 4.10 0 4.10 0.015 0.06 7 2.8 4.3 12.04 0 12.04 0.02 0.24 8 3.83 4.3 16.47 0 16.47 0.0225 0.37 9 4.5 4.3 19.35 3.6 15.75 0.03 0.47 10 3.57 4.3 15.35 3.6 11.75 0.0225 0.26 11 3.56 3.15 11.21 0 11.21 0.0175 0.20 12 3.29 3.15 10.36 1.68 8.68 0.0275 0.24 13 3.59 3.15 11.31 0 11.31 0.0175 0.20 14 3.31 3.15 10.43 2.4 8.03 0.0275 0.22 15 2.87 3.15 9.04 0 9.04 0.0175 0.16 16 3.72 3.15 11.72 2.4 9.32 0.0225 0.21 17 2.89 3.15 9.10 0 9.10 0.0175 0.16 18 3.69 3.15 11.62 1.68 9.94 0.0225 0.22 19 2.6 3.15 8.19 0 8.19 0.0175 0.14 20 1.9 3.15 5.99 0 5.99 0.03 0.18 Total 204.70 Total 5.08

Com o quadro completo fez-se o somatório dos volumes para saber o volume utilizado em obra de argamassa, no qual obteve um volume de 5,08 metros cúbicos. Com esse volume montou-se o Quadro 22 para saber o custo para essa quantidade de argamassa.

Quadro 22 - Volume de argamassa conforme realizado em obra Volume de argamassa conforme realizado em obra

Volume de argamassa Valor SINAPI sem BDI Custo total de Mão de obra e Materiais

5.08 376.5 1910.81

Fonte: Autoria própria (2018)

Nesse quadro observa-se que para a realização do emboço da obra estudada foi gasto 1910,81 reais de material e mão de obra tendo como base o valor do SINAPI. Além disso, para melhor entendimento elaborou-se o Figura 47 que mostra o volume de argamassa necessário conforme norma e o volume de argamassa utilizado na obra.

Figura 47 - Volume de argamassa conforme norma e executado.

Fonte: Autoria própria

Após a realização desses quadros e com objetivo de saber qual foi o custo que foi utilizado a mais na obra fez-se o Quadro 23 com a diferença desses valores.

0 1 2 3 4 5 6 Norma Executado

Quadro 23 - Volume de argamassa conforme realizado em obra Diferença de volume de argamassa de projeto menos o realizado em obra

Volume de argamassa Valor SINAPI sem BDI Custo total de Mão de obra e Materiais

1.06 376.5 398.62

Fonte: Autoria própria (2018)

Nesse quadro observa-se que o volume de argamassa utilizado além do esperado é de 1,06 metros cúbicos e o custo de material e mão de obra foi de 398,62 reais, um valor aparentemente baixo comparando com o custo da obra, porém não é aceitável pois se cada etapa da obra tiver esse desperdício a obra poderá ter um aumento considerável.

Além do mais se fizer os 1910,81 que é os 100% para elaboração dessa etapa proporcional a 398,62 que é o valor gasto além do necessário equivale a 20,86% de perda para a elaboração do emboço interno da obra estudada.

Considera-se que 1m³ de argamassa tem peso especifico aparente de 19KN/m³ (NBR 6120, ABNT, 1980) sendo assim 1900kg, a estrutura possui um volume de argamassa além do esperado de 1,06m³ totalizando 2014kg a mais na estrutura do que o necessário.

Além disso pode-se observar que para a realização do emboço conforme projeto e norma, para 200.82 m² de emboço são necessários 4,02m³ de argamassa, fazendo a divisão encontra-se que para 1 m³ de argamassa consegue elaborar 50 m² de emboço.

Quadro 24 - Volume de argamassa conforme norma

Área total das paredes sem abertura Volume utilizado em projeto Resultado

200.82 4.02 50

Fonte: Autoria própria (2018)

Após analisado esse resultado, observa-se que, com 1m³ de argamassa consegue-se elaborar 50 metros quadrados de emboço em uma obra, logo o volume desperdiçado que se encontra no Quadro 25 e de 1,06 m³ de argamassa obtendo-se 53 metros cúbicos de emboço desperdiçados.

Quadro 25 - Volume de argamassa conforme realizado em obra

Volume de argamassa Valor SINAPI sem BDI Custo total de Mão de obra e Materiais

1.06 376.5 398.62

Fonte: Autoria própria (2018)

Agora se analisar com a área total de emboço realizada na casa os dados são ainda mais alarmantes pois se o volume desperdiçado é de 53 m² de emboço, e a casa tem um total de 200,82 m² de emboço no seu total pode-se ver que um ¼ do emboço poderia ser feito novamente.

Além do estudo de desperdício de revestimento argamassado, observou-se na obra outros postos de perdas e entulhos, verificou-se alguns entulhos no fundo do terreno como mostra a Figura 48 que indica vários tijolos e madeira jogados de forma desorganizada, além disso se vê que possui fiação elétrica em cima das madeiras logo podendo ser um atrativo para animais, mosquitos e junto com isso podendo trazer doenças.

Figura 48 - Entulho de madeira e tijolos

Fonte: Autoria própria (2018)

Já na Figura 49 pode-se observar restos de tijolos, argamassas além se cimento e outros agregados, outra perda que se vê na Figura 50 são os restos de vigota além de resíduos devido a lanches em obra.

Figura 49 - Criação do orçamento

Fonte: Autoria própria (2018)

Figura 50 - Criação do orçamento

Fonte: Autoria própria (2018)

Outro ponto analisado em obra além do devido estudo foi a espessura do revestimento argamassado no lado externo da casa, no qual observou que sua espessura também não coincide com a norma, além disso percebe-se que a composição e aplicação da argamassa do lado externo da casa esteja com problemas

pois antes mesmo do termino da casa já se encontra com fissuras e falta de aderência como mostra a Figura 51.

Figura 51 - Revestimento externo

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da pesquisa bibliográfica pode-se destacar dados sobre as perdas de material e mão de obra além disso possui todos os dados necessários para elaborar o emboço de uma edificação.

O presente trabalho conseguiu mensurar o desperdício de materiais e mão de obra no processo produtivo de revestimentos argamassados de uma obra de construção civil, além do mais observou as técnicas utilizadas no revestimento argamassados e viu que suas técnicas foram ineficientes para tal etapa da obra.

Além disso foi verificado as espessuras dos revestimentos no qual observou que em algumas paredes mesmo feito o emboço que é a camada de regularização ao invés de regularizar a parede, foi feito o emboço de acordo com a parede, logo mesmo feita a etapa a parede continuou em desacordo com suas dimensões.

Outro ponto que foi verificado na obra foi o desperdício de material e mão de obra, esses dados foram quantificados e analisados no qual constatou-se que houve perdas, sendo desperdiçado 1,06 m³ de argamassa e R$398,62 reais de gastos de material e mão de obra além do previsto na obra.

Essas perdas além de acarretar mais peso a estrutura gerou um gasto que não estava no orçamento e quem paga essa conta são os proprietários da casa. O valor pode ser que não significa muito em relação ao custo da obra inteira, porém se foi gasto R$398,62 reais somente no emboço interno, poderá ter gastos em outras etapas também.

Nessa casa, que a área de emboço é de 200 m² o desperdício financeiro foi de R$ 398,62 equivalente a 20% de desperdício do custo total, que não representa um alto custo. No entanto, aplicando esse desperdício em forma proporcional, a um prédio de 6 andares, com uma quantidade necessária de emboço de 2708,00m² esse valor se tornaria muito mais expressivo, representando um gasto desnecessário de R$ 6970,00 para o emboço interno.

Por fim, o presente trabalho conseguiu realizar seus objetivos e confirmou que uma obra no qual não cumpre com as devidas normas e técnicas pode acarretar em perdas, essas perdas foram constatadas que podem ser de material, mão de obra além de ter peso agregado na estrutura como a perda incorporada.

Como sugestões de trabalhos futuros, para estudos mais aprofundados e complementares da parte do revestimento seria quantificar a perda no chapisco e no reboco, quantificar as perdas externas, além de analisar o mesmo problema em obras com mais pavimentos.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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_____. NBR 13749 – 1996 – Revestimentos de paredes e tetos de argamassas

inorgânicas – Especificações.

_____. NBR 7200 – 1998 – Execução de revestimentos de paredes e tetos de

argamassas inorgânicas – Procedimento.

_____. NBR ISSO 9000: Sistemas de Gestão de Qualidade. Rio de Janeiro, 2000. AZEREDO, Helio Alves de. O edifício e seu acabamento. 1ed. São Paulo: Blucher, 1987.

BAUER, L. A. Falcão. Materiais de construção. Rio de Janeiro: Gen- LTC, 2002. BAUER, Roberto José Falcão. Falhas em Revestimento. 2012. Disponível em: http://187.17.2.135/orse/esp/ES00134.pdf Acesso em: 15 de maio de 2018.

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