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4. DESENVOLVIMENTO

4.6 Tratamentos

4.6.4 Intradermoterapia

4.6.1.4 Fármacos utilizados na intradermoterapia capilar

4.6.1.4.4 Lidocaína

A lidocaína é um anestésico local da classe amida, que tem como mecanismo de ação reduzir a geração e condução dos impulsos periféricos da dor através do bloqueio dos canais de sódio dos nociceptores localizados diretamente abaixo do sítio de aplicação. (LAURETTI, 2008).

4.6.1.4.5 Biotina

Também chamada de vitamina H, a biotina é uma vitamina hidrossolúvel do complexo B. Indicada no tratamento de alopecias e dermatite seborreica, a biotina também pode ser associada ao D-Pantenol, para que o efeito de ambas as substâncias seja potencializado. Pode também ser utilizada juntamente com a procaína, para provocar um efeito de vasodilatação (RIVITTI, 2007).

4.6.1.4.6 Buflomedil

O buflomedil, assim como o minoxidil, é um vasodilatador, responsável por restaurar e fornecer uma melhor microcirculação, aumentando o diâmetro dos microvasos. É considerado um vasodilatador misto, pois age através de dois componentes: um alfa-adrenérgico (neurotropo) e um papaverínico (miotropo). Através da ação miotrópica, provoca o relaxamento das fibras musculares lisas dos vasos sanguíneos. Sua ação neurotrópica se faz através do bloqueio dos receptores alfa-adrenérgicos dos vasos sanguíneos, produzindo a liberação de beta-receptores e consequentemente promovendo uma vasodilatação (MAIO, 2004).

5. CONCLUSÃO

Após revisão bibliográfica, nota-se que é fundamental antes de qualquer tratamento, saber diferenciar os tipos de alopecias existentes, se é uma alopecia cicatricial, que não é reversível ou não cicatricial, que possui um bom prognóstico. Levando em consideração a intradermoterapia capilar, conhecer os tipos de alopecias previamente, torna o tratamento mais eficaz e seguro, uma vez que o profissional é capaz de montar uma mescla específica para cada paciente.

No que diz respeito ao desconforto durante a técnica, a intradermoterapia é a melhor escolha de tratamento, uma vez que, além do anestésico tópico, o profissional também pode preparar uma mescla contendo anestésico injetável. Principalmente na técnica de microagulhamento, a dor pode ser um fator limitante para vários pacientes.

No que diz respeito à custo, o microagulhamento é um tratamento considerado caro, pois o instrumento utilizado na técnica (roller) é descartável e, portanto, só pode ser utilizado uma única vez.

Em relação à utilização do laser de baixa potência, pode-se afirmar que ela é uma importante ferramenta no tratamento da alopecia, desde que combinada às outras opções. Os tratamentos disponíveis muitas vezes estão relacionados a danos teciduais, processos inflamatórios e regeneração tecidual. O laser de baixa potência é capaz de atuar e acelerar esses processos de forma segura a eficaz, potencializando o tratamento de crescimento capilar.

O que todas as técnicas descritas têm em comum, é a escassez de pesquisas relacionadas ao tema. Apesar de serem descobertas há muitos anos, a utilização de procedimentos minimamente invasivos e fotomodulação no tratamento da alopecia necessita de pesquisas mais aprofundadas, a fim de entender melhor seus efeitos, permitindo a elaboração de protocolos terapêuticos individualizados e cada vez mais eficazes, evitando tratamentos incorretos, desnecessários ou com resultados insatisfatórios.

Por todos os motivos citados acima, a intradermoterapia parece ser a melhor opção de tratamento disponível, pois se enquadra em um método seguro, rápido e eficaz, uma vez que é capaz aproximar o fármaco do local a ser tratado, reativando estruturas do folículo piloso que por algum motivo tenham o seu funcionamento prejudicado.

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