Neste estudo foram tratados dados relativos a longos períodos de tempo (dados horários de um ano completo), mas oriundos de uma quantidade bastante limitada de configurações de cânion: uma única razão de aspecto e duas orientações geográficas. Os resultados mostraram que a geometria do cânion é um fator importante na limitação dos efeitos do albedo. A orientação e geometria do cânion apresentam influência conjunta com a latitude, porém, predominante em relação a ela. Ainda assim, apenas oito latitudes forma comparadas neste estudo, sendo seis delas muito próximas ao Trópico. Um estudo com uma dispersão melhor das latitudes amostradas seria interessante para estabelecer melhor os limites de sua influência. Também poderia ser explorada a correlação com outro fator importante não abordado nesta pesquisa: a relação entre a orientação do eixo do cânion com a direção dos ventos predominates, que afetam as trocas de energia e o conforto do pedestre.
As condições de conforto do pedestre foram estudadas para o pedestre posicionado no centro da rua. Uma vez que a posição mais comum é junto às calçadas, onde as condições de sombreamento mudam, seria interessante para trabalhos futuros que outras posições fossem testadas.
A percepção de conforto térmico depende não apenas de aspectos biofísicos, mas também é influenciada por condições culturais e psicológicas, seria importante a verificação experimental do índice de conforto térmico utilizado para o contexto brasileiro, avaliando sua
precisão e incorporando eventuais ajustes para nossa realidade cultural e nossas regiões climáticas.
Finalmente, em se tratando de um estudo baseado em modelos teóricos, pesquisas futuras que realizassem uma correlação com dados reais de campo seriam úteis tanto para fornecer um embasamento mais amplo para as conclusões aqui encontradas, como para avaliar os modelos teóricos utilizados, abrindo ainda a possibilidade de aperfeiçoamento destes mesmos modelos.
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