Capítulo IV – Desenvolvimento da Intervenção Pedagógica
5.2. Limitações do projeto e recomendações para eventuais estudos posteriores
No decorrer deste projeto de intervenção existiram aspetos que considero que constituíram limitações para o melhor desenvolvimento das intervenções planificadas.
O principal aspeto que desde logo estabelece um impedimento para que este projeto seja continuado pelos professores cooperantes centra-se na falta de material manipulável nas escolas, nomeadamente as Barras Cuisenaire. Esta escassez de recursos verificou-se quer no 1.º Ciclo, quer no 2.º Ciclo e para conseguir levar a cabo todo o projeto idealizado necessitei de recorrer ao material disponibilizado pela Universidade do Minho, que levava comigo sempre que as intervenções decorriam. A par desta limitação, também importa mencionar que no 2.º Ciclo os recursos tecnológicos falhavam bastantes vezes, como é o caso do projetor, obrigando a uma reorganização do plano de aula.
Considero ainda que, em estudos posteriores seria interessante introduzir outras tipologias de materiais manipuláveis de forma a proporcionar aos alunos experiências mais diversificadas.
No decorrer deste projeto, as intervenções não foram pensadas de forma a se interligarem com as restantes áreas curriculares, pois o foco principal era perceber de que forma é que as Barras Cuisenaire ajudavam os alunos a construírem os raciocínios e de que forma se procedia essa aprendizagem. No entanto, todas as tarefas propostas incentivaram ao espírito investigativo dos alunos, o que contribui para toda a sua formação, não só enquanto aluno, mas também como membro da sociedade. Além disso, em todas as intervenções os alunos foram desafiados a desenhar e a colorir o que respeitou os conteúdos programáticos da área curricular de expressão plástica.
Referências Bibliográficas
Abreu, A. C. F. (2013). O ensino e a aprendizagem da Geometria com recurso a materiais manipuláveis: uma experiência com alunos do 9.º ano de escolaridade. Relatório de Mestrado. Braga: Universidade do Minho.
Alborracín, L.; Badillo, E., Giménez, J., Vanegas, Y., Vilela, X. (2018). Aprender a enseñar matemáticas en la educación primaria. Madrid: Editorial Sintesis.
Almiro, J. (2004). Materiais manipuláveis e tecnologia na aula de Matemática. Consultado em junho, 16, 2019 em: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/jponte/sd/textos/gti-joao-almiro.pdf.
Associação de Professores de Matemática. (1993). Normas pra o Currículo e a Avaliação em Matemática Escolar, 5.º ano, Coleção de Adendas, Anos de Escolaridade K-6. Lisboa: Associação de Professores de Matemática e Instituto de Inovação Educacional.
Associação de Professores de Matemática. (1994). Normas para o Currículo e a Avaliação em Matemática Escolar. Lisboa: Associação de Professores de Matemática e Instituto de Inovação Educacional.
Associação de Professores de Matemática. (1998). Normas para o Currículo e a Avaliação em Matemática Escolar, 1.º ano, Coleção de Adendas, Anos de Escolaridade K-6. Lisboa: Associação de Professores de Matemática e Instituto de Inovação Educacional
Botas, D. (2008). A utilização de materiais didáticos nas aulas de Matemática. Um estudo no 1.º ciclo. Lisboa: Universidade Aberta.
Candeias, R. (2007). Contributo para a história das inovações no ensino da matemática no primário: João António Nabais e o ensino da matemática no colégio Vasco da Gama. Relatório de Mestrado. Lisboa: Universidade de Lisboa – Faculdade de Ciências.
Candeias, R. (2008). Contributo para a história das inovações no ensino da Matemática no Primário: João António Nabais e o desenvolvimento e divulgação de materiais didácticos. Quadrante, 17(1), 49-75.
Cascallana, M. T. (1988). Iniciación a la matemática. Materiales y recursos didáticos. Madrid: Santillana. Gattegno, C. (s.d.). O Zeca já pode aprender matemática: Guia para o método dos números em cor
(2ªed.). Meleças: Éduca – material didático.
Latorre, A. (2004). La investigacion-acción. Barcelona: Editorial Graó.
Lorenzato, S. (2006). Laboratório de ensino de matemática e materiais didáticos manipuláveis. In: S. Lorenzato. Laboratório de ensino da matemática na formação de professores. Campinas: Autores Associados.
Matos, J., & Serrazina, M (1996). Didática da Matemática. Lisboa: Universidade Aberta.
Ministério da Educação e Ciência [MEC] (2013). Programa de Matemática para o Ensino Básico. Lisboa: Ministério da Educação, Direção Geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular.
Moreira, M. H. (2013). A utilização de materiais manipuláveis no ensino e aprendizagem da Matemática: Uma experiência com alunos do 1.º e 2.º Ciclo do Ensino Básico. Relatório de Mestrado. Braga: Universidade do Minho.
Moreira, M. H., & Martinho, M. H. (2015). A utilização do geoplano no ensino e aprendizagem da geometria. Uma experiência com alunos do 4.º ano do ensino básico. Jornal das Primeiras Matemáticas, 4, 23-24.
Nabais, J. A (1965). Cadernos de Psicologia e de Pedagogia: Revista de Ciência da Educação, 1(3,4) Lisboa: Centro de Psicologia Aplicada à Educação.
Nabais, J. A (1968). Número especial sobre o Ensino da Matemática. Cadernos de Psicologia e de Pedagogia, Revista de Ciência da Educação. Lisboa: Centro de Psicologia Aplicada à Educação. Nabais, J. A. (s.d). À descoberta da matemática com os cubos: Barras de cor (cores Cuisenaire). Coleção:
Constrói a tua matemática 1. Meleças: Éduca material didático.
Oliveira, M. (2008). A importância dos materiais manipuláveis. In E. Mamede (Coord.), Matemática ao encontro das práticas: 1.º Ciclo (pp. 25-30). Braga: Universidade do Minho, IEC.
Pinheiro, C. (2012). Os materiais manipuláveis e a geometria: Um estudo no 6.º ano de escolaridade do Ensino Básico num contexto de isometrias. Relatório de Mestrado. Viana do Castelo: Instituto Politécnico de Viana do Castelo.
Ponte, A. R. (2017). Os materiais didáticos na aprendizagem de tópicos de Geometria: Um estudo com alunos do 1.º e do 2.º Ciclos do Ensino Básico. Relatório de Mestrado. Braga: Universidade do Minho.
Ponte, J. P. & Serrazina, M. L. (2000). Didática da Matemática do 1.º Ciclo. Lisboa: Universidade Aberta. Rocco, C. M. K., & Flores, C. R. (2010). Análise histórica das práticas e discursos escritos sobre o ensino
de Geometria e o uso de materiais didáticos. Quadrante, 19(2),59-79.
Vale, I. (2000). Didática da Matemática e Formação Inicial de Professores num Contexto de Resolução de Problemas e de Materiais Manipuláveis. Tese de Doutoramento. Aveiro: Universidade de Aveiro