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Laboratórios de P&D – MERCK

Rahway (New Jersey) Primeiro laboratório de P&D da Merck, fundado em 1933.

West Point (Pennsylvania) Suporte à produção e responsável pelos medicamentos genéricos da empresa.

Boston (Massachusetts)

As atividades iniciaram em 2004 com objetivo de obter maior interação com as áreas acadêmicas e de empresas de biotecnologia. O foco desse laboratório são doenças ligadas à oncologia, obesidade e mal de Alzheimer (doenças degenerativas).

Kirkland (Washington)

Pertence Rosetta Inpharmatics LLC. A subsidiária da Merck foi fundada em 1996 com a incumbência de acompanhar e adotas as principais tecnologias ligadas ao sequenciamento genético. Foi adquirida integralmente pela Merck em julho de 2001. É o laboratório melhor habilitado dentro da empresa a indicar e analisar mais eficientemente dados genômicos e prever como determinados componentes irão interagir com diferentes células no corpo.

140 Merck Frosst Centre for Therapeutic Research, Montreal (Quebec)

É considerada a maior instalação de P&D privada do Canadá. Pelo menos 300 pesquisadores em diferentes disciplinas se dedicam aos 5 departamentos da unidade: biologia molecular, farmacologia, P&D farmacêutico, química medicinal e

bioquímica. As doenças consideradas alvo das pesquisas são aquelas que atingem o sistema respiratório, osteoporose e inflamatório (artrites), sistema endócrino (diabetes) e doenças do sistema nervoso central.

O laboratório do Canadá é o maior fora dos Estados Unidos em termos de acordos com universidades (9).

The Neuroscience Research Centre at Terlings Park (Reino Unido)

Coordena as pesquisas geradas no Reino Unido.

Merck Sharp & Dohme Research Laboratories (Reino Unido)

Avalia as chances das drogas candidatas se tornarem viáveis até os estágios finais e é especializado no acompanhamento de processos ligados aos órgãos regulatórios e de proteção intelectual.

Institute for Research in Molecular Biology

(Itália) Unidade de apoio.

Centro de Investigaciones Basica de

Espana (Espanha) Unidade de apoio.

Chibret Research Center (França) Unidade de apoio.

Banyu Pharmaceutical Co., Ltd: Tokyo, Tsukuba, Menuma e Okazaki (Japão)

Banyu Pharmaceutical existe desde 1915 e ao longo dos anos formou um conjunto de laboratórios especializados em pesquisar doenças cardiovasculares e antibióticos. Em 2003 a Merck adquiriu 99% das ações da Banyu com o objetivo de se aproximar do mercado farmacêutico japonês (o segundo maior do mundo).

A

BBOTT

L

ABORATORIES

As áreas de atuação da Abbott Laboratories incluem dentre outros: medicamentos, equipamentos de diagnósticos utilizados em hospitais, material de testes e conservação de sangue e produtos nutricionais pediátricos.

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A empresa iniciou suas operações no final do século XIX ainda nos fundos da casa de seu proprietário fundador que assim como os médicos da época receitavam quinino, morfina e codeína – extratos alcalóides – no formato líquido. Em pouco tempo, a empresa passou a produzir esses medicamentos em formato sólido, pois eram mais efetivos, e em 1910 a empresa muda seu nome Abbott Alkaloidal Company para Abbott Laboratories, já se constituindo como uma empresa farmacêutica propriamente dita.

Assim como as demais empresas estadunidenses, ainda na primeira guerra a Abbott deu suporte aos pedidos do governo em função das restrições e à dependência dos produtos químicos antes produzidos na Alemanha, passando a produzir esses medicamentos no mercado doméstico. As possibilidades surgidas nesse período induziram a empresa a se diversificar. Calcada sob forte esquema de marketing passou a produzir sedativos, vitaminas e tranqüilizantes. Em 1929 já estava listada no Chicago Stock Exchange.

Os anos 1930 marcam a internacionalização da Abbott que passou a se expandir no mercado externo, estabelecendo uma filial em Montreal, Canadá. Durante a segunda guerra a dependência dos produtos alemães estava drasticamente reduzida, sobretudo com a dedicação das empresas estadunidenses – algumas free riding – na produção e especialização em antibióticos.

Os anos 1970 marcaram o início da diversificação da Abbott uma vez que a empresa não conseguira lançar nenhum medicamento altamente inovativo nos últimos 20 anos. Cremes, poções, açucares em geral (linha dietética), testes para Aids, hepatite e câncer, shampoos e produtos agrícolas passaram a integrar a linha de produtos da empresa. Essa diversificação continha riscos, sobretudo porque os produtos eram específicos e demandavam elevados gastos em marketing superiores aqueles requeridos pelos produtos farmacêuticos. Os poucos medicamentos que ainda eram produzidos foram acusados de provocarem câncer e contaminação, sendo retirados do mercado, fato que veio a desestabilizar a empresa e reduzir drasticamente as margens de lucro.

A partir de 1977 a empresa passou a deliberadamente ‘depender’ das associações com outras empresas, principalmente as japonesas, francesas e dinamarquesas, para sob joint-ventures co- desenvolver, comercializar e divulgar os produtos farmacêuticos. Essa estratégia recuperou a imagem e os números da Abbott, de modo que em 1982 foram colocados no mercado 7 novos medicamentos, que responderam por 17% do faturamento total da empresa. Além disso, a expansão também se dava no mercado internacional já que nesse período já estava presente em 75 países, destes, 30 possuíam unidades produtivas.

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Embora os anos 1990 tenham marcado como a década em que a Abbott consegue levar ao mercado alguns medicamentos com elevada participação nas vendas, a empresa tem dificuldade de acompanhar o vigor de suas concorrentes farmacêuticas. Isso ocorre mesmo após a aquisição de importantes segmentos de outras empresas como da Basf que vendeu todas as operações globais da Knoll para a Abbott. Essa aquisição foi a maior já realizada na história da Abbott que tenta se apropriar do conhecimento e de alguns centros de pesquisa em biotecnologia que pertenciam a Basf.

O segmento de negócios mais constante parece ser o de diagnósticos. Dos US$ 19 bilhões de faturamento em 2003, essa atividade representou 16% do total, seguindo o de farmacêuticos. Os elevados gastos em P&D destinados aos produtos farmacêuticos, mais de US$ 1,8 bilhão, segundo a maioria dos analistas parecem não conseguir criar medicamentos ‘vencedores’, o que força a adoção de estratégias conjuntas com outras empresas, interessadas em atingir o mercado norte-americano.

A excessiva diversificação das atividades para a Abbott indica que essa estratégia, foi vital em determinado momento para a reestruturação e ganho de competitividade da empresa, mas no presente momento, em que suas atividades remontam a uma enorme colcha de retalhos, o mecanismo já não é tão eficiente dado que os canais de informação e de conhecimento tácito não fluem no mesmo ritmo do que o codificado, o que faz com os diferentes departamentos não consigam transformar a base de conhecimento in-house num arsenal de produtos inovadores.

Licenciamentos e acordos são adequados quando a empresa procura reagir e tirar proveito das informações captadas no exterior de seus limites. Porém, aparentemente, a troca de conhecimento não tem sido favorável a Abbott no segmento farmacêutico, em que impera a introdução cada vez mais rápida de novos produtos. Ao contrário, os poucos produtos desenvolvidos pela Abbott têm encontrado uma série de dificuldades com os órgãos regulatórios, o que tende a reforçar medidas aparentemente equivocadas.

A empresa em determinada época passou a oferecer serviços químicos sob encomenda para seus concorrentes, fato que veio a se configurar em uma dificuldade adicional, já que é preciso administrar sua própria marca concomitantemente a produtos similares que são entregues a outras empresas. A aquisição da Knoll pode no longo prazo reverter em parte esse baixo nível de especialização do conhecimento já que existe um conhecimento cumulativo nas empresas alemãs focadas agora nos negócios e possibilidades trazidas com a biotecnologia146.

146) Knoll Pharmaceuticals (divisão farmacêutica da Basf) é uma empresa de biotecnologia alemã fundada em 1893. Foi adquirida pela Abbott em 2001.

143 A configuração da P&D na Abbott Laboratories

A Abbott costuma investir anualmente em torno de 9% das vendas com pesquisa e desenvolvimento e o segmento de produtos farmacêuticos é quem recebe maior parcela147. Em 2003, o percentual representou um dispêndio de US$ 1,7 bilhões. Nos últimos 3 anos o valor investido sofreu uma pequena redução em função da queda nos gastos com testes clínicos da fase 3. Desde o final de 2000 as atividades de pesquisa e desenvolvimento da Abbott foram unificadas em torno de um único centro (Global Pharmaceutical Research and Development Organization). A partir dele é que são traçadas as diretrizes das pesquisas e depois algumas atividades são transferidas para os centros que a empresa reconhece como sendo os de excelência e que se encontram no próprio país de origem, Alemanha e Japão.

Laboratórios de P&D – Abbott Laboratories Chicago (Illinois)

Global Pharmaceutical Research and Development organization

Além de unificar todas as pesquisas nessa unidade está a matriz das demais atividades da Abbott.

Parsippan (New Jersey)

Inaugurado em 2001 o laboratório constitui o Centro de Desenvolvimento de Imunodeficiência cuja principal área de atuação é o desenvolvimento clínico de medicamentos para doenças auto-imunes, tais como artrite reumatóide e esclerose múltipla. A maioria dos cientistas dessa unidade pertencia a Knoll Pharmaceuticals.

Worcester (Massachusetts)

Unidade dedicada à biotecnologia cujo foco das pesquisas está com tratamentos para doenças como câncer, Aids e prevenção da rejeição em transplantes. A unidade existe desde 1989, mas passou as mãos da Abbott com a aquisição da Knoll.

147) O resultado mais visível da evolução da Abbott é sua competência em desenvolver medicamentos a doenças auto-imunes como a aids, por exemplo. Cabe lembrar que em 2005, o laboratório Abbott esteve no centro de um conflito com o governo brasileiro ao recusar a facilitação da produção do medicamentos kaletra no país. O Brasil gasta anualmente com Kaletra US$ 100 milhões somente com a importação do remédio. Como conseqüência, o governo brasileiro ameaçou quebrar a patente de modo que o produto pudesse ser produzido localmente. O Instituto de Tecnologia em Fármacos (laboratório Farmanguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz, seria o responsável pela produção o que acaretaria numa redução dos gastos com o medicamento em torno de 50%. Ainda em 2005 laboratório e governo brasileiro fecharam um acordo numa redução por parte do o preço da cápsula de Kaletra de US$ 1,17 para US$ 0,63, a partir de março de 2006 (Fonte: Portal da saúde: <portaldasaude.gov.br>. Acesso em: 12 dez 2005.

144 Ludwigshafen (Alemanha)

O centro alemão destina-se às pesquisas do sistema nervoso central e suas doenças-alvo são: depressão, esquizofrenia e neurodegeneração. Além disso, a unidade é responsável pela compilação dos dados obtidos com testes clínicos (fase 1), sendo que na área cardiovascular os testes são globais.

Katsuyama (Japão)

Centro de desenvolvimento clínico para Japão e Ásia. As pesquisas atendem majoritariamente questões locais e em alguns casos a unidade fornece suporte às pesquisas correntes no âmbito local.