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7. Desempenho Econômico-Financeiro

7.5 Lucro Líquido

O lucro líquido registrado pela AES Tietê em 2009 foi de R$ 780,2 milhões, resultado 12,7% superior ao obtido em 2008. Os fatores positivos que influenciaram o resultado foram, principalmente, o aumento da receita líquida em 4,0% devido aos reajustes anuais de preço da energia vendida à AES Eletropaulo e à redução de 82,7% das despesas financeiras líquidas. Tais fatores permitiram

compensar o aumento em custos e despesas operacionais na ordem de 9,4%.

Remuneração dos Acionistas

Com a deliberação pela Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, em 30 de abril de 2010, o valor total de remuneração paga aos acionistas referente ao exercício de 2009, somou R$ 780,2 milhões, montante equivalente a 100% do lucro líquido do período

7.6 Endividamento

A AES Tietê não possui contratos de financiamento bancário. Sua principal dívida é representada por uma confissão de dívida com a Eletrobrás herdada da Companhia Energética do Estado de São Paulo (Cesp) em 1999 por meio do processo de privatização. Sobre essa dívida incorrem juros de 10% ao ano mais variação do IGP-M, sendo o vencimento em 15 de maio de 2013. Em 31 de dezembro de 2009, o saldo dessa dívida era de R$ 969 milhões, cujo pré-pagamento ocorreu em 4 de maio de 2010.

Em 3 de maio de 2010, ocorreu a liquidação financeira da 1ª emissão de debêntures da AES Tietê no valor de R$ 900 milhões. O custo dessa operação é de CDI+1,2% a.a com prazo de 5 anos. Os juros serão pagos semestralmente e as amortizações serão realizadas em parcelas anuais e iguais no 3º, 4º e 5º anos. Os recursos foram utilizados para pré-pagar a dívida com a Eletrobrás, conforme mencionado acima.

A companhia possui também uma obrigação com a Fundação Cesp (instituição administradora de seus planos de benefícios), que se refere a um contrato de confissão de dívida para financiamento de déficit atuarial relativo ao Benefício Suplementar Proporcional Saldado – BSPS, com vencimento em 2027. O saldo desse contrato é atualizado pela variação do custo atuarial ou pela variação do IGP-DI

acrescida de 6% a.a., dos dois o maior. Ao final de cada exercício, é feita uma avaliação atuarial e eventuais déficits ou superávits do plano eram acrescidos ou subtraídos do saldo do contrato, promovendo o recálculo das parcelas remanescentes.

Ao longo dos anos, os superávits foram reduzindo o saldo do contrato, de modo que em 31 de dezembro de 2009, ele foi integralmente quitado. No entanto, caso eventuais déficits referentes ao antigo plano de previdência privada venham a ocorrer no futuro, um novo contrato de dívida deverá ser firmado com a Fundação Cesp.

Ao final de 2009, a dívida líquida da empresa era de R$ 356,4 milhões, 6,6% inferior quando comparada a 2008. Essa queda é explicada, fundamentalmente, pela redução da dívida bruta em R$ 246,5 milhões devido à amortização do principal da dívida com a Eletrobrás em R$ 224 milhões.

7.7 Investimentos

A AES Tietê manteve os investimentos praticamente no mesmo patamar, realizando em 2009 R$ 54,5 milhões em relação aos R$ 52,1 milhões em 2008.

Investimentos realizados em 2009

• R$ 31,1 milhões – manutenção, modernização e TI;

• R$ 12,3 milhões – PCHs Jaguari-Mirim (PCH São José e PCH São Joaquim). • R$ 11,1 milhões – projetos de meio ambiente.

A AES Tietê pretende investir R$ 66 milhões em 2010, distribuídos da seguinte forma: • R$ 54 milhões – manutenção, modernização e TI;

• R$ 3 milhões – projetos de meio ambiente;

Descontinuidade dos investimentos no projeto das PCHs de Piabanha

O projeto de Piabanha consiste na construção de três Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) localizadas no Estado do Rio de Janeiro por meio da subsidiária AES Rio PCH Ltda. A capacidade instalada total do projeto é de 52 MW, com energia firme de 28,97 MW médios.Os investimentos realizados até 31 de dezembro de 2009 somaram R$ 24,5 milhões.

Em 23 de outubro de 2006, a AES Tietê assinou um Contrato de Compra e Venda de Autorizações para Exploração de Potencial Hidráulico, cujos direitos de implementação e exploração foram aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em 10 de abril de 2007, por meio das resoluções 868, 869 e 870.

Os projetos contam com licença de instalação emitida pela Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro (Feema).

A Companhia obteve, em 11 de novembro de 2008, a declaração de utilidade pública para as obras e atividades de infraestrutura a serem realizadas no âmbito do projeto. Adicionalmente, em 8 de dezembro de 2008, obteve a autorização para supressão de vegetação nativa, necessária à implementação dos empreendimentos. Na mesma data, foi celebrado Termo de Compromisso Ambiental (TCA), estabelecendo as medidas ecológicas, de caráter mitigador, compensatório e de adequação ambiental, em razão da realização de obras de construção das PCHs.

Após realizar uma criteriosa reavaliação de todos os aspectos do projeto por meio de análises de viabilidade e estudos de sensibilidade, foi constatada a baixa probabilidade de retorno do referido projeto. Consequentemente, foi constituída provisão no valor de R$ 18,6 milhões a título de redução provável do valor de realização do total dos ativos intangíveis (licenças, despesas legais, depósitos judiciais e outros) associados ao projeto. Os valores remanescentes no ativo imobilizado da companhia (R$ 5,9 milhões) referem-se ao valor contábil das terras onde seriam construídas as PCHs.

Em reunião realizada em 11 de março de 2010, o Conselho de Administração da AES Tietê aprovou a descontinuidade dos investimentos associados às PCHs de Piabanha. AES Rio PCH Ltda continua com as terras onde seriam construídas as PCHs até a companhia finalizar a avaliação das

oportunidades para a realização desses ativos.

No documento Relatório de Sustentabilidade 2009 (páginas 31-33)

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