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Fazenda da Jurema 2

Pedra Lavrada 2

Fazenda do Livramento 2

Fazenda Inês 2

Fazenda das Barrentas 2

Sítio Tuiú 2

Fazendada Várzea Comprida, Freguesia do Açu* 2

Fazenda do Sobradinho 2 Fazenda da Tapera 2 Fazenda Bonfim 2 Faz do Esguicho 2 Serra Negra 2 Santo Antonio 2

Fazenda Xique Xique 2

Fazenda do Cupauá 2

Fazenda da Cachoeira 1

Sítio Faísca das Piranhas 1

Fazenda do Campo Grande 1

Fazenda Barra de Baixo 1

No Acari 1

Fazenda Cacimba de Baixo 1

Fazenda Cacimba do Meio 1

Fazenda Rossaribú 1

Fazenda Maxinaré, da Freguesia do Cuité* 1

Fazenda do Cajueiro 1

Fazenda do Bico da Arara 1

Fazenda Gerimum 1

Fazenda do Quimporó 1

Juazeiro do Sipó 1

Fazenda Mulungu do Sabugi 1

Riacho Fechado 1

Fazenda do Saco 1

Fazend adas Almas 1

Sítio do Caldeirão 1

Fazenda São Sebastião 1

Fazenda do Tanque d'Água 1

Serra do Teixeira 1

Fazenda de São Pedro 1

Fazenda de Santa Clara 1

Fazenda da Glória 1

Fazenda da Areia 1

Fazenda Pascoal 1

Fazenda dos Prazeres 1

Fazenda do Catuturé 1

Fazenda Pitombeira 1

Fazenda Vitória 1

Fazenda Bico 1

Fazenda São José 1

Fazenda Belém 1

Fazenda do Quinturaré 1

Fazenda Jesus Maria 1

Sítio de Amaro Trigueiro 1

Fazenda Cacimba das Cabras 1

Fazenda do Roçado 1

Sítio do Riacho de Fora 1

Fazenda do Saquinho 1

Fazenda Santa Cruz 1

Fazenda Pé da Serra 1

LUGAR DA CERIMÔNIA QUANTIDADE

TOTAL DE CERIMÔNIAS 530

Fonte: Elaboração de nossa autoria a partir de Paróquia de Sant’Ana de Caicó (PSC). Casa Paroquial São Joaquim (CPSJ). Livro de Batismo n° 1, Freguesia da Gloriosa Senhora Santa Ana do Seridó (FGSSAS), 1803- 1806. (Manuscrito); PSC. CPSJ. Livro de Batismo n° 2, FGSSAS, 1814-1818. (Manuscrito); PSC. CPSJ. Livro de Matrimônio n° 1, FGSSAS, 1788-1809 (Manuscrito).

A partir da Tabela 2 podemos observar que foi possível identificar que, em um período de trinta anos ocorreram 530 cerimônias em 113 localidades diferentes. Destas, apenas duas não pertenciam à Freguesia do Seridó. São elas: a Fazenda da Várzea Comprida, localizada na Freguesia do Açu e a Fazenda Maxinaré, localizada na Freguesia do Cuité92. 11 locais – um sítio e dez fazendas que ocupam as primeiras posições, respectivamente – se destacam por neles ocorrer mais cerimônias em relação aos demais. Nessas localidades houve mais de 10 cerimônias – mais especificamente, os últimos posicionados desse recorte somaram 12 cerimônias – ocorridas durante o período analisado.

A exemplo do que ocorreu no caso dos padres – analisado no capítulo anterior – essa tabela também se mostrou bastante versátil em relação ao número de locais em que os ritos ocorreram. Apesar de serem identificadas 113 pontos espaciais distintos, a grande maioria apresenta apenas uma ou duas cerimônias ocorridas entre os anos de 1788 a 1818. Com base nos dados da Tabela 2, elaboramos um gráfico, localizado abaixo, que permite uma melhor análise a esse respeito. Este faz a relação entre as localidades – fazendas, sítios e serras – e a quantidade de cerimônias ocorridas, ou seja, busca mostrar quantos locais apresentaram número “x” de cerimônias. Por exemplo, nos primeiros campos do gráfico observa-se que durante o período analisado, em 43 locais houve apenas 1 cerimônia 93; em 16 locais houveram 2 cerimônias; em 9 locais houveram 3 cerimônias; em 8 locais houveram 4 cerimônias e assim respectivamente.

92 Essas informações estavam presentes

em texto expresso na própria fonte.

93

Gráfico 3: Quantidade de cerimônias ocorridas nas fazendas, sítios e serras da Freguesia da Gloriosa Senhora de Santa Ana do Seridó (1788-1818)

Fonte: Elaboração de nossa autoria contendo universo amostral de 530 cerimonias ocorridas em 113 Fazendas, sítios ou serras identificadas a partir de 2028 registros paroquiais, a partir de Paróquia de Sant’Ana de Caicó (PSC). Casa Paroquial São Joaquim (CPSJ). Livro de Batismo n° 1, Freguesia da Gloriosa Senhora Santa Ana do Seridó (FGSSAS), 1803-1806. (Manuscrito); PSC. CPSJ. Livro de Batismo n° 2, FGSSAS, 1814-1818. (Manuscrito); PSC. CPSJ. Livro de Matrimônio n° 1, FGSSAS, 1788-1809 (Manuscrito).

Como já citado, nota-se que a quantidade de locais em que ocorreu um grande número de cerimônias é mínimo, destacando-se uma grande quantia de locais em que ocorreram poucas cerimônias. A grande maioria se dá nos locais em que ocorreram uma (43 locais) ou duas (16 locais) cerimônias. A partir desses dados podemos aferir que havia um grande deslocamento desses padres pela freguesia, afinal, essa diversidade acerca das fazendas, sítios e serras a serem visitadas mostra que os sacerdotes não ficavam restritos apenas a visitas em lugares fixos e, sim, andavam por muitos lugares da freguesia.

Outro ponto que é importante retomar antes de darmos início ao nosso estudo de caso, diz respeito aos padres que atuaram na Freguesia da Gloriosa Senhora Santana do Seridó. No Capítulo II vimos que cinco padres se destacavam por realizar um maior número de cerimônias em relação aos demais que atuaram na mesma freguesia durante o período analisado (1788-1818). Os sujeitos são esses: Francisco de Brito Guerra (466)94 ; Manuel Teixeira da Fonseca (375); José Caetano de Mesquita (275); Inácio Gonçalves Melo (261) e André Vieira de Medeiros (118).

94

O número entre parênteses representa a quantidade de cerimônias que o padre realizou durante o período mencionado. 2 3 6 4 2 3 11 6 8 9 16 43 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 Mais de 30 cerimônias Mais de 20 cerimônias Mais de 10 cerimônias 9 cerimônias 8 cerimônias 7 cerimônias 6 cerimônias 5 cerimônias 4 cerimônias 3 cerimônias 2 cerimônias 1 cerimônia

A Tabela 3, localizada abaixo, apresenta como se dividiam as cerimônias realizadas por esses padres95. A organização da mesma se dá a partir de quatro colunas correspondentes: 1) os sacerdotes identificados nos registros paroquiais; 2) quantidade de cerimônias que esses sujeitos celebraram; 3) quantidade de cerimônias ocorridas na matriz – localizada na sede da freguesia – ou em capelas erguidas pelas demais povoações que fazem parte do território compreendido pela Freguesia do Seridó; 4) quantidade de cerimônias realizadas nas fazendas, sítios ou serras pertencentes à freguesia em questão e 5) quantidade de casos em que não foi possível identificar a localidade em que o ato de fé foi realizado.

Tabela 3: Sacerdotes da Freguesia da Gloriosa Senhora de Santa Ana do Seridó que mais realizaram cerimônias de batismo e casamento no período de 1788 a 1818

Sacerdotes

Quantidade de cerimônias

realizadas

Matriz/capela Fazenda, sítio ou

serra Não indicado

Francisco de Brito

Guerra 466 365 88 13

Manuel Teixeira da

Fonseca 375 147 96 132

José Antonio Caetano

de Mesquita 275 195 62 18

Inácio Gonçalves

Melo 261 122 108 31

André Vieira de

Medeiros 118 81 30 7

Fonte: Elaboração de nossa autoria a partir de Paróquia de Sant’Ana de Caicó (PSC). Casa Paroquial São Joaquim (CPSJ). Livro de Batismo n° 1, Freguesia da Gloriosa Senhora Santa Ana do Seridó (FGSSAS), 1803- 1806. (Manuscrito); PSC. CPSJ. Livro de Batismo n° 2, FGSSAS, 1814-1818. (Manuscrito); PSC. CPSJ. Livro de Matrimônio n° 1, FGSSAS, 1788-1809 (Manuscrito).

Para a realização do estudo de caso acerca da forma pela qual ocorriam as desobrigas, optamos por escolher um dos padres acima, devido ao fato de, por aparecerem em mais cerimônias, poderiam disponibilizar mais dados úteis à nossa análise96. Primeiramente pensávamos em escolher de dois a três desses padres, porém, mediante o prazo estabelecido para a pesquisa, acabamos diminuindo esse recorte para apenas um.

O padre escolhido mostra-se em negrito na Tabela 3, sendo este o coadjutor Inácio Gonçalves de Melo. O motivo da escolha segue por dois vetores: primeiramente, em relação à quantidade de cerimônias. Percebe-se que o padre Inácio Gonçalves de Melo não é o que mais

95

Nesse caso analisamos o contexto geral das cerimônias realizadas em nosso recortes e não só aquelas realizadas nas desobrigas, pois acreditamos que mesmo desconsiderando os ritos realizados na Matriz como pertencentes as desobrigas – visto que as essas visavam a atuação em locais de menor assistência religiosa, a qual não se enquadra a sede da freguesia – essas cerimônias nos ajudam a entender como se dava a lógica de deslocamento dos sacerdotes, assim como a prática da cristianização no espaço da freguesia.

96

Os demais fatores que motivaram a escolha do padre serão citados no decorrer do texto para que se evitem repetições.

realizou os atos de fé, ficando este à frente apenas do padre André Vieira de Medeiros nesse quesito, dentre os sacerdotes acima listados. Porém pode-se observar que o Padre Inácio Gonçalves de Melo é quem apresenta um maior equilíbrio entre 1) as cerimônias ocorridas em templos religiosos – logo, ocorridas em povoações e na Vila do Príncipe – e 2) as cerimônias realizadas pelos sítios, fazendas e serras da freguesia. Das duzentas e sessenta e uma (261) cerimônias realizadas pelo sacerdote, cento e vinte e duas (122) foram referentes ao primeiro caso e 108 ao segundo caso. Ainda, dentre todos os padres analisados nos registros paroquiais do período de 1788-1818, foi Inácio Gonçalves de Melo quem mais realizou cerimônias fora dos templos religiosos. Este dado é importante, em nossa análise, pois pode significar um maior deslocamento desse padre pelo território da freguesia, o que enriquece o nosso estudo, já que permite a visualização de mais fronteiras e um melhor entendimento a respeito do território da Freguesia da Gloriosa Senhora de Santa Ana do Seridó.

O segundo vetor que justifica a escolha do coadjutor Inácio Gonçalves de Melo para o nosso estudo de caso diz respeito à procedência do sacerdote. O mesmo pertencia à Freguesia do Seridó, onde nascera97. Portando, é correto supormos que este se tratava de um padre que era grande conhecedor do território ao qual atuava e esse fato pode nos ajudar a pensar o seu deslocamento por essas terras.

Sendo assim, tendo devidamente justificado a escolha de Inácio Gonçalves de Melo como personagem e objeto do nosso estudo de caso, vamos agora às explicações acerca deste, por meio de fatos que podem nos ajudar a entender melhor quem era a pessoa e o sacerdote pelo qual se baseará o decorrer deste capítulo.

Primeiramente, em relação à família do padre, tinha como pai, o capitão-mor Manoel Gonçalves Melo, de origem portuguesa, natural da Freguesia Santa Maria de Água Santa, da Cidade do Porto, que fixou-se no Seridó como criador de gado, tendo deixado descendência. Chegando nessa ribeira, casou-se com Joana Maria dos Santos e se estabeleceram no Sabugi, que se tornou o endereço certo de vários dos seus descendentes.98

De acordo com Sinval Costa99, Inácio Gonçalves de Melo parece ter sido o filho mais velho dos oito que o casal concebeu. Nasceu por volta de 1767, era presbítero secular do hábito de São Pedro e coadjutor pró-pároco da Freguesia de Santana do Seridó100. Foi substituído de suas funções pelo padre Manoel José Fernandes, por volta do ano de 1826 e

97

COSTA, Sinval. Os Álvares do Seridó e suas ramificações. Edição do autor: Recife, 1999, p. 236.

98

COSTA, Sinval. Os Álvares do Seridó e suas ramificações. Edição do autor: Recife, 1999, p. 235-236.

99

COSTA, Sinval. Os Álvares do Seridó e suas ramificações. Edição do autor: Recife, 1999, p. 235-236.

100

Dom Adelino Dantas menciona que este padre foi coadjutor do reverendo João de Sant’Ana Rocha. Ver: DANTAS, Dom José Adelino. Homens e fatos do Seridó antigo. Sebo Vermelho Edições: Natal-RN, 2008, p. 39.

passou a assistir as populações de Serra Negra, São João do Príncipe e Sabugi. Veio a falecer de diabetes com idade de 75 anos no ano de 1842, tendo sido sepultado na Matriz de Santana do Seridó no dia 15 de dezembro do dito ano. O autor ainda afirma que o padre teria deixado um razoável patrimônio e bens inventariados por meio de testamento.

Podemos perceber como se dava a importância do padre para a freguesia a partir de dois fatores: a sua família e a sua posição como sacerdote. Em primeiro lugar, no que tange acerca da família do padre, tanto Sinval Costa quanto Adelino Dantas afirmam que Inácio Gonçalves de Melo vinha de família de grande prestígio na freguesia. O pai e patriarca da família, Manoel Gonçalves Melo é citado por Dantas como “rico senhor do Sabugi, <<homem branco, potentado e de sã consciência>>, segundo informe da ata de instalação da Irmandade do Rosário”101

. Já Sinval Costa102, confere importância ao pai do padre quando menciona que este era Alferes em 1769 e que já havia ocupado todos os cargos de patente na hierarquia militar da Cavalaria Miliciana do Seridó. Ainda, a família era proprietária de várias fazendas, além das terras do Sabugi, das quais Manoel Gonçalves Melo era senhor.

Já em relação à importância espiritual do padre Inácio Gonçalves de Melo para a freguesia, como já mencionado, o mesmo era coadjutor. Em relação ao termo, o dicionário de Raphael Bluteau, de 1729, afirma que se referia ao: “que ajuda a outro em alguma obra [...] Bispo coadjutor ou bispo de anel é o que ajuda nas funções que o bispo não pode ou não quer fazer [...] coadjutor espiritual. Entre os padres da companhia, é o que ajuda a companhia só em alguns exercícios espirituais como dizer missa e confessar”103

. Percebe-se que, apesar de não relacionar o termo a padres de freguesias ou paróquias, Bluteau cita bispos e padres da Companhia de Jesus e coloca os coadjutores como relativos a outros que oferecessem assistência a estes, logo uma espécie de auxiliar nas tarefas espirituais. Já o dicionário de Luiz Maria da Silva Pinto104, datado de 1832, entende o coadjutor como um “clérigo que ajuda o pároco ou vigário”. O que nos permite confirmar essa posição de padre auxiliar105

para a função de coadjutor.

101

DANTAS, Dom José Adelino. Homens e fatos do Seridó antigo. Sebo Vermelho Edições: Natal-RN, 2008, p. 41.

102

COSTA, Sinval. Os Álvares do Seridó e suas ramificações. Edição do autor: Recife, 1999, p. 235.

103

BLUTEAU, Raphael. Vocabulario portuguez & latino: aulico, anatomico, architectonico ... Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesu, 1712-1728, p. 346.

104

Mesmo este dicionário sendo do ano de 1832, depois do nosso recorte, nos permite ver a evolução acerca do entendimento do termo. Ver: PINTO, Luiz Maria da Silva. Diccionario da Lingua Brasileira por Luiz Maria da Silva Pinto, natural da Provincia de Goyaz. Na Typographia de Silva, 1832, p. 31.

105

José Adelino Dantas também coloca coadjutor como um padre auxiliar. Ver: DANTAS, Dom José Adelino.

Diante disso, ao que parece, existe um consenso acerca de que o coadjutor seria uma espécie de auxiliar do vigário. Nas Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia, os textos sempre deixam a entender essa relação, onde a palavra coadjutor normalmente sempre vem acompanhada de vigário ou pároco, como aquele necessário para ajudar com os ofícios espirituais, como se pode depreender da passagem abaixo:

E mandamos aos Vigarios, que até o ultimo dia do mez de Julho nos apresentem Coadjutor, que sina por aquelle anno, que sempre começará do primeiro de Agosto, e não o apresentando até o tal dia, o nosso Provisor o nomeará. E sempre o dito Coadjutor ou Cura será examinado nas materias de Moral pertencentes á administração dos Sacramentos e nas mais que forem necessarias, para com suficiência exercitar o officio de Parocho: o qual exame se repetirá (2) de três em tres anuos, altendendo aos longes deste nosso Arcehispado, posto que já uma, ou muitas vezes fosse aprovado106.

O texto, além de informar as questões burocráticas para que o coadjutor fosse inserido na freguesia, afirma que este deve realizar o ofício de pároco nas atribuições que forem necessárias. Para a Freguesia da Gloriosa Senhora de Santa Ana do Seridó, não parece existir atribuições diferentes entre vigários e coadjutores, Dom Adelino Dantas inclusive menciona que ambos exerciam os mesmos ofícios e, que por causa disso tornava-se muitas vezes impossível a tarefa de distinguir vigários de substitutos107.

Sendo assim, explicados os motivos para a escolha do coadjutor Inácio Gonçalves de Melo, vamos à discussão da metodologia de análise para o nosso estudo de caso. Para estudarmos as desobrigas utilizamos principalmente três fontes: os registros paroquiais, os mapas do Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e a bibliografia que discute a geografia da região no que se refere às localizações e toponímias dos espaços. Em relação aos primeiros foram utilizados para identificarmos as datas e locais em que ocorreram os ritos religiosos, ou seja, quando e onde o padre passou em determinados espaços celebrando batismos e casamentos108. Já os outros dois, serviram para localizarmos geograficamente onde esses pontos se situavam no território da Freguesia da Gloriosa Senhora de Santa Ana do Seridó.

106

VIDE, Sebastião Monteiro da. Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia feitas e ordenadas pelo ilustríssimo, e Reverendíssimo senhor D. Sebastião Monteiro da Vide, 5º Arcebispo do dito Arcebispado, e do Conselho de Sua Majestade: propostas e aceitas em o Synodo Diocesano, que o dito senhor celebrou em 12 de junho de 1707. São Paulo: Typografia 2 de Dezembro de Antônio Louzada Antunes, 1853, p. 204.

107

DANTAS, Dom José Adelino. Homens e fatos do Seridó antigo. Sebo Vermelho Edições: Natal-RN, 2008, p. 37-38.

108

No Capítulo I foi apontada a existência de róis de desobriga, documentos que indicavam as passagens dos padres durantes esses atos, destacando os dados que utilizamos em nosso estudo de caso – local, data, tipo de cerimônia –, no entanto para nosso recorte espacial, não pudemos encontrar até o momento essas fontes e, por isso nos detivemos aos registros paroquiais.

Para tentar reconstruir os deslocamentos do padre pela freguesia, identificamos e separamos todas as cerimônias realizadas pelo padre no período de 1803-1806109 e destacamos os dados acima mencionados. Em seguida, devido à extensa quantidade de cerimônias e desobrigas realizadas pelo sacerdote, fragmentamos a nossa análise, buscando produzir um texto mais fluido e explicativo. Essa fragmentação foi feita primeiramente por ano, e subsidiariamente por meses. Ainda, nos meses em que ocorreram mais cerimônias optamos por fazer alguns recortes para que fosse feita uma análise mais cuidadosa. Todas essas divisões são explicadas no decorrer da escrita. Sobre a quantidade de cerimônias analisadas nesse estudo de caso, segue a tabela abaixo:

Tabela 4: Quantidade de batizados e casamentosrealizados por Inácio Gonçalves de Medeiros na Freguesia do Seridó entre 1803 e 1806

Meses

Anos Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

1803 - - - 2 5 - - - - 6 3 2 18

1804 1 2 10 7 - - - 2 8 2 32

1805 7 2 2 4 2 - - 1 2 2 - 2 24

1806 5 - 3 4 12 6 3 - 2 4 - - 39

Total 13 4 15 17 19 6 3 1 4 14 11 6 113