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6. TRIBUTAÇÃO DA EMPRESA

6.10 A PROTEÇÃO DO ESTATUTO PARA AS PEQUENAS EMPRESAS

6.10.5 Método de equivalência patrimonial (MEP)

Método da equivalência patrimonial, um dos métodos utilizados na avaliação de investimentos do Ativo Permanente. Os investimentos DO ATIVO PERMANENTE (AP) podem ser avaliados pelo método do custo de aquisição, atendendo ao Princípio do Registro pelo Valor Original, ou pelo método da equivalência patrimonial (MEP).

O investimento é classificado no AP quando a intenção da empresa é mantê-lo no patrimônio no longo prazo (além do término do exercício seguinte). Um investimento deve ser avaliado pelo MEP quando for um investimento:

Em controlada relevante; ou Em coligada relevante, desde que o investimento represente 20% ou mais do capital da investida; ou a investidora tenha influência na administração da investida.

No caso de companhias ABERTAS, a CVM determina que os investimentos em controladas, serão avaliados pelo MEP, independentemente de relevância.

A investida é coligada quando a investidora participa de seu capital com uma porcentagem de 10% ou mais, sem controlá-la. A investida é controlada quando a investidora, diretamente ou por meio de outras controladas, têm preponderância nas deliberações sociais da investida e o poder de eleger a maioria de seus administradores. Esta situação costuma ocorrer quando a investidora possui mais de 50% do capital

VOTANTE da investida. A coligação é sempre direta, não podendo ser feita por intermédio de outras empresas.

Exemplo:

Cia A possui 40% da Cia B, que possui 40% da Cia C. Então, a Cia A possui 40% x 40% =

16% da Cia C. Porém como o investimento não é direto, a Cia C não é coligada da Cia A.

Não se pode, pois, neste caso, aplicar o MEP. Relembrando:

MEP:

Controlada relevante (só controlada, se companhia aberta)

Coligada relevante, com 20% capital da investida OU influência na sua administração.

Relevância:

Há relevância quando o valor contábil do investimento em coligada ou controlada representa 10% ou mais, isoladamente, do PL da investidora OU 15% ou mais, em conjunto com outros investimentos em coligadas ou controladas, do PL da investidora. Para ser relevante, o investimento tem que ser em controlada ou coligada.

Exemplo numérico:

Cia. INVESTEBEM, cujo PL é de R$ 100.000, tem as seguintes participações permanentes: Cia A – R$ 10.000 (60% do capital) Cia B – R$ 8.000 (15% do capital) Cia C – R$ 3.000 (4% do capital) Relevância individual: Cia A – 10.000 / 100.000 = 10% - relevante Cia B – 8.000 / 100.000 = 8% - não é relevante

Cia C – não é relevante, pois nem chega a ser coligada (4%)

A Cia A é investimento relevante em controlada. A Cia B, a princípio, não seria relevante, apesar de ser coligada, mas ao analisarmos a relevância em conjunto, ela se torna relevante:

Relevância em conjunto: Cia A + Cia B = 18.000

18.000 / 100.000 = 18% - relevantes

Como a soma dos investimentos em coligadas e controladas é igual ou superior a 15% do PL da investidora, todos são relevantes, independentemente de serem relevantes individualmente.

A Cia C não entra na soma, pois não é investimento em controlada ou coligada. A análise ainda não acabou. Não basta o investimento ser em coligada para se utilizar o MEP. É necessário que a investidora possua 20% ou mais do capital da coligada ou influência na administração. Como nenhuma destas situações ocorre em relação à Cia B, o investimento na Cia B deve ser avaliado pelo método do custo de aquisição, ainda que seja coligada. Já o investimento da Cia A, por ser em controlada relevante, será avaliado pelo MEP.

Em relação à influência na administração da coligada, há influência na administração quando a investidora, em relação à investida, se enquadra nas seguintes situações:

- Participações nas decisões

- Poder de eleger ou destituir administradores - Volume relevante de transações entre as empresas - Dependência tecnológica ou econômica

Livro de Apuração do Lucro Real

Art. 262. No LALUR, a pessoa jurídica deverá (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 8º, inciso I):

I - lançar os ajustes do lucro líquido do período de apuração; II - transcrever a demonstração do lucro real;

III - manter os registros de controle de prejuízos fiscais a compensar em períodos de apuração subseqüentes, do lucro inflacionário a realizar, da depreciação acelerada incentivada, da exaustão mineral, com base na receita bruta, bem como dos demais valores que devam

influenciar a determinação do lucro real de períodos de apuração futuros e não constem da escrituração comercial;

IV - manter os registros de controle dos valores excedentes a serem utilizados no cálculo das deduções nos períodos de apuração subseqüentes, dos dispêndios com programa de alimentação ao trabalhador, vale-transporte e outros previstos neste Decreto.

Art. 263. O LALUR poderá ser escriturado mediante a utilização de sistema eletrônico de processamento de dados, observadas as normas baixadas pela Secretaria da Receita Federal (Lei nº 8.218, de 1991, art. 18).

Conservação de Livros e Comprovantes

Art. 264. A pessoa jurídica é obrigada a conservar em ordem, enquanto não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, os livros, documentos e papéis relativos a sua atividade, ou que se refiram a atos ou operações que modifiquem ou possam vir a modificar sua situação patrimonial (Decreto-Lei nº 486, de 1969, art. 4º).

§ 1º Ocorrendo extravio, deterioração ou destruição de livros, fichas, documentos ou papéis de interesse da escrituração, a pessoa jurídica fará publicar, em jornal de grande circulação do local de seu estabelecimento, aviso concernente ao fato e deste dará minuciosa informação, dentro de quarenta e oito horas, ao órgão competente do Registro do Comércio, remetendo cópia da comunicação ao órgão da Secretaria da Receita Federal de sua jurisdição (Decreto-Lei nº 486, de 1969, art. 10).

§ 2º A legalização de novos livros ou fichas só será providenciada depois de observado o disposto no parágrafo anterior (Decreto-Lei nº 486, de 1969, art. 10, parágrafo único). § 3º Os comprovantes da escrituração da pessoa jurídica, relativos a fatos que repercutam em lançamentos contábeis de exercícios futuros, serão conservados até que se opere a decadência do direito de a Fazenda Pública constituir os créditos tributários relativos a esses exercícios (Lei nº 9.430, de 1996, art. 37).

Registro dos livros empresariais

Art. 258. Sem prejuízo de exigências especiais da lei, é obrigatório o uso de Livro Diário, encadernado com folhas numeradas seguidamente, em que serão lançados, dia a dia, diretamente ou por

reprodução, os atos ou operações da atividade, ou que modifiquem ou possam vir a modificar a situação patrimonial da pessoa jurídica (Decreto-Lei nº 486, de 1969, art. 5º).

§ 4º Os livros ou fichas do Diário, bem como os livros auxiliares referidos no § 1º, deverão conter termos de abertura e de encerramento, e ser submetidos à autenticação no órgão competente do Registro do Comércio, e, quando se tratar de sociedade civil, no Registro Civil de Pessoas Jurídicas ou no Cartório de Registro de Títulos e Documentos (Lei nº 3.470, de 1958, art. 71, e Decreto-Lei nº 486, de 1969, art. 5º, § 2º).

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