• Nenhum resultado encontrado

Método RIAM – Rapid Impact Assessment Matrix - Matriz para rápida

No documento DE SUSTENTABILIDADE (páginas 75-80)

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.7 Métodos de Avaliação da Sustentabilidade

2.7.2 Método RIAM – Rapid Impact Assessment Matrix - Matriz para rápida

Como recomendações para trabalhos futuros, OLIVEIRA, J. (2002) sugere a necessária aplicação do MAIS para a avaliação de outras realidades, além da sua pesquisa de doutorado na aplicação do método em uma indústria de produtos automotivos; a ampliação do método incorporando formas de avaliar passivos sociais e ambientais e a forma de internalização desses custos; e o estabelecimento de limites de controle que permitam determinar a tendência dos indicadores.

O método MAIS foi utilizado por CASAGRANDE (2003) para realizar uma avaliação descritiva de desempenho e sustentabilidade entre uma granja suinícola convencional e outra dotada de biossistema integrado (B.S.I.). O autor relata que o MAIS obteve um desempenho satisfatório para os fins que se propõe. Destacou como pontos fortes o embasamento teórico que deu origem ao método e as demonstrações de resultados através de gráficos polares e radares.

Todavia, como pontos fracos CASAGRANDE (2003) relata que não foi possível fazer uma boa revisão documental nas granjas pela simples inexistência de muitos documentos e relatórios, o que ocasionou um sério problema na pontuação dos indicadores. Outro ponto desfavorável foi relacionado aos indicadores da dimensão econômica, onde o MAIS foi embasado principalmente nos Sistemas de Gestão da Qualidade, relacionados à Dimensão Ambiental.

Como sugestões para trabalhos futuros, na aplicação do método MAIS para avaliar o desempenho e sustentabilidade de outras granjas suinícolas, CASAGRANDE (2003) propõe a construção de índices setoriais e regionais para obterem-se assim padrões comparativos de desempenho e sustentabilidade que possam servir como base nas decisões das próprias administrações das granjas e nas decisões governamentais, bem como acompanhar a evolução do setor suinícola na busca do desenvolvimento sustentável.

2.7.2 Método RIAM – Rapid Impact Assessment Matrix - Matriz para rápida

os componentes ambientais, com e sem a execução do projeto. Para cada componente é determinada uma pontuação, fornecendo uma medida do benefício ou impactos negativos da atividade no componente ambiental.

Os critérios de avaliação recaem em dois grupos:

Grupo A: Critérios de importância para a condição e que podem mudar individualmente a contagem obtida. Esses critérios são subdivididos em :

A1: Importância da condição: De acordo com os limites espaciais ou interesses humanos efetados:

4 – Importante para os interesses nacionais/internacionais 3 – Importante para os interesses regionais/nacionais

2 – Importante para as áreas imediatamente fora da condição local 1 – Importante somente para a condição local

0 – Sem importância

A2: Magnitude das mudanças/efeitos: medida de escala de impactos negativos/benefícios do impacto

3 – Grandes benefícios

2 – Significativa melhoria no estado geral 1 – Melhoria no estado geral

0 – Sem mudança

-1 – Impactos negativos no estado geral

-2 – Significativos impactos negativos no estado geral -3 – Grandes impactos negativos

Grupo B: Critérios que são de valor para a situação, mas individualmente não são capazes de provocar mudanças na contagem obtida. Esses critérios são subdividos em:

B1: Permanência: define a temporalidade do impacto da condição 1 – Sem mudança

2 – Temporária 3 – Permanente

B2: Reversabilidade: define se a condição pode ser mudada 1 – Sem Mudança

2 – Reversível 3 – Irreversível

B3: Cumulatividade: define se o efeito terá impacto direto simples ou se será cumulativo no tempo ou efeito sinergístico com outras condições

1 – Sem mudança/não aplicável 2 – Não cumulativa/simples 3 – Cumulativa/sinergística

O sistema de contagem requer a simples multiplicação das contagens dadas para cada um dos critérios no Grupo A. O uso do multiplicador para o Grupo A é importante porque assegura que o peso de cada contagem seja expresso considerando que a simples soma poderia fornecer resultados idênticos para diferentes condições.

As contagens para o critério de valor Grupo B são somadas para fornecer um resultado simples, assegurando que as contagens de valor individuais não possam influenciar a contagem global, mas que a importância coletiva de todos os valores seja integralmente levada em consideração.

O somatório de contagens do Grupo B é multiplicado pelo resultado das contagens do Grupo A, fornecendo a contagem de avaliação final (Environmental Score – ES) para a condição.

Em resumo, PASTAKIA (2008) expressa a relação descrita da seguinte forma (Equações 1, 2 e 3):

(a1) x (a2) = aT ...(1) (b1) + (b2) + (b3) = bT ... (2) (aT) x (bT) = ES ...(3) Onde:

(a1) e (a2) são os valores dos atributos dos impactos, no grupo (A) (b1) até (b3) são os valores dos atributos dos impactos, no grupo (B) (aT) é o resultado da multiplicação das contagens de (A)

(bT) é o resultado do somatório de todas as contagens de (B)

ES é o resultado da agregação dos atributos no impacto ou contagem de avaliação final.

Os componentes ambientais do método RIAM são enquadrados nas seguintes áreas:

• Físico/Químicos: Abrangem os aspectos físicos e químicos do meio ambiente, incluindo os recursos naturais não-renováveis e a degradação do meio ambiente físico pela poluição.

• Biológico/Ecológicos: Abrangem os aspectos do meio ambiente, incluindo os recursos naturais renováveis, conservação da biodiversidade, interações entre as espécies e poluição da biosfera.

• Sociológico/Culturais: Abrangem os aspectos humanos do meio ambiente, incluindo questões sociais que afetam indivíduos e comunidades, junto com aspectos culturais, incluindo a conservação da herança e desenvolvimento humano.

• Econômico/Operacionais: Identificam qualitativamente as conseqüências econômicas da mudança ambiental, ambas temporárias e permanentes, bem como as complexidades do gerenciamento no projeto, dentro do contexto das atividades do empreendimento.

Uma vez que a contagem do ES é ajustada em uma faixa de escalas, estes podem ser apresentados individualmente ou agrupados de acordo com o tipo de componente.

(Tabela 12).

Tabela 12: Faixas de escalas utilizadas – RIAM.

Environmental Score (ES) Descrição da faixa de escala

72 – 108 Maior mudança/impacto positivo

36 – 71 Significante mudança/impacto positivo

19 – 35 Moderada mudança/impacto positivo

10 – 18 Positiva mudança/impacto

1 – 9 Leve mudança/impacto positivo

0 Não há mudanças ou não aplicado

1 – 9 Leve mudança/impacto negativo

10 – 18 Negativa mudança/impacto

19 – 35 Moderada mudança/impacto negativo

36 – 71 Significante mudança/impacto negativo

72 – 108 Maior mudança/impacto negativo

Fonte: Adaptado de PASTAKIA (2008)

Segundo PASTAKIA (2008), o RIAM pode ser empregado com uma ferramenta de seleção para opções de projeto, assim como a avaliação detalhada dos impactos em estágios específicos no processo de desenvolvimento. Devido a sua natureza simples e de fácil uso, o RIAM é uma ferramenta ideal para avaliações ambientais iniciais.

O método RIAM foi aplicado por GAMA (2003) no seu estudo de avaliação multicriterial dos impactos ambientais da suinocultura no Distrito Federal. O autor conclui que o RIAM foi uma ferramenta útil para o planejamento e gestão ambiental, por proporcionar a melhor integração do processo de tomada de decisão aos objetivos de elevação dos padrões de qualidade dos recursos naturais.

GAMA (2003) aponta como deficiências encontradas no uso desta metodologia a demasiada subjetividade e a superficialidade da avaliação dos impactos ambientais nos quatro grupos de categorias pesquisados.

A limitação da subjetividade poderá ser superada pelo uso de metodologias multi-objetivas interativas, enquanto que a superficialidade da avaliação dos impactos pode ser superada pela realização de trabalhos de campo para determinar a eficiência técnica das alternativas de tratamento de dejetos suínos, além de estender a análise para outras cadeias produtivas que causam impactos ambientais e que têm potencial para diminuir a qualidade de vida da população, seja ela em áreas rural ou urbana.

No documento DE SUSTENTABILIDADE (páginas 75-80)