• Nenhum resultado encontrado

Figura 4 - Bloco com máscara evitando visualização do instrumento e medida de odontometria.

Foi aferido o tempo de atuação de cada instrumento (tempo de trabalho), através do cronômetro digital (Herweg) não levando em consideração a troca de lima e irrigação.

como unidade de medida, tendo como referência para calibração, as seções medidas colocadas ao lado dos blocos (figura 5).

Figura 5 - Calibração em milímetros realizada no programa Image Tool.

No ícone que mede distâncias, foi marcado milímetro por milímetro até 6 (seis) milímetros, aquém do final apical do canal simulado, coincidindo com o final da curvatura. Foi mensurada a quantidade de material removido em cada milímetro da parte curva (6 mm) tanto do lado interno quanto externo de acordo com Uzun et al.

(2007) (figuras 6 e 7) Para o cálculo da diferença foi definido como D (diferença) =

De (material removido parte externa) - Di (material removido parte interna). O resultado positivo significou prevalência de desgaste externo e resultado negativo, prevalência de desgaste interno. Quanto mais próximo de zero (0) mais equilibrado foi o preparo, quanto mais distante, positivo ou negativo, maior transporte, de acordo com Hata et al. (2002).

Figura 6 - Níveis de aferições utilizados para o presente ensaio.

Figura 7 - Mensuração do material removido, lado interno e externo, em cada nível.

Foram calculados também o quociente entre os desgastes externo e interno, o maior valor foi colocado no numerador e menor no denominador, sendo o preparo mais equilibrado considerado com valor igual ou próximo de um. Aydin et al.

(2008) indicaram essa sistemática de avaliação no entanto colocam o menor valor no numerador e o maior no denominador. As sobreposições foram analisadas por dois avaliadores calibrados, mestres em endodontia, não conhecendo a qual grupo pertencia o preparo a ser avaliado, unicego, para verificar a ocorrência de deformação apical zip e elbow. As figuras de referência foram as preconizadas por Thompson & Dummer (1997b). As médias de material removido foram utilizadas para confecção de forma média final dos preparos em cada grupo. Para análise das deformações dos instrumentos, após cada uso das limas, foi realizada inspeção com uma lupa de aumento, 4 vezes (Intex) de acordo com metodologia semelhante

recomendada por Ankrum et al. (2004). Os dados foram submetidos à análise estatística pelo programa Bioestat 4.0. (http://www.mamiraua.org.br/download).

5 RESULTADOS

Inicialmente foi avaliada a quantidade de material removido da parte interna e externa, nos seis níveis mensurados, juntamente com as diferenças e quocientes para todos os grupos (Anexo A).

Foram executados os testes de normalidade, para as diferenças, sendo que foi permitida a adoção de teste não paramétrico Kruskal-Wallis para os níveis de 1, 2, 4, 5 e 6 mm e para o nível de 3 mm, o teste paramétrico ANOVA com auxiliar de Tukey (tabela 1). Comparou-se a significância dentro de cada nível.

Tabela 1 - Inferência estatística, para a diferença, comparados dentro de cada nível.

Níveis Grupos

1 mm 2 mm 3 mm 4 mm 5 mm 6 mm

Grupo 1 0.0880A 0.1887A 0.1053 A -0.1213 A -0.2813 A -0.2540 A Grupo 2 0.0853A 0.0840B 0.0020 C -0.1393 A -0.1913 B -0.1347 B Grupo 3 0.0120B 0.0713B 0.0687 B -0.0387 B -0.1887 B -0.1933 B Grupo 4 0.0007B 0.1313A 0.1220 A -0.0200 B -0.2080 B -0.2640 A Grupo 5 0.0767A 0.1253A 0.0760 B -0.0760 A -0.2433 A -0.3127 A

Letras diferentes indicam diferenças significantes e iguais não significantes.

Observa-se pelos valores médios que prevaleceu desgaste externo, para todos os grupos, até o terceiro milímetro. Os milímetros restantes tiveram maior desgaste para o lado interno.

Diferenças significantes em todos os níveis foram observados para o grupo 1. Nos níveis 5 e 6 observou-se grande desgaste interno para o grupo 5.

Foram executados os testes de normalidade, para os quocientes, sendo que foi permitida a adoção de teste não paramétrico Kruskal-Wallis para os níveis de 1, 2, 4, 5 e 6 mm e para o nível de 3 mm, o teste paramétrico ANOVA com auxiliar de Tukey (tabela 2). As comparações foram realizadas dentro de cada nível.

Tabela 2 - Inferência estatística, para o quociente, comparada dentro de cada nível.

Níveis Grupos

1 mm 2 mm 3 mm 4 mm 5 mm 6 mm

Grupo 1 5.5647A 4.1117A 2.1205 A 2.0532 A 5.3539 A 4.0819 B Grupo 2 2.5853A 2.4453B 1.3703 AB 2.7449 A 3.7659 B 2.4744 C Grupo 3 1.9021B 2.4570B 1.9229 B 1.5195 B 3.8589 B 3.3282 C Grupo 4 1.9317AB 2.9786B 2.4726 A 1.2185 B 4.7617 B 7.2291 A Grupo 5 2.0114B 2.3212B 1.6606 B 1.6145 B 4.8421 A 8.5153 A

Letras diferentes indicam diferenças significantes e iguais não significantes.

Denota-se valores mais distantes de um para o grupo 1 nos três milímetros apicais, com exceção do terceiro milímetro. Os três milímetros restantes observa-se valores mais discrepantes para os grupos 1, 4 e 5.

Pelos desgastes médios, interno e externo, em todos os níveis, foi realizado um traçado para forma média final, juntamente com um exemplo das transferências das médias para o programa Image Tool (figura 8).

Figura 8 - Observa-se maior transporte para o grupo 1, com tendência de retificar o canal.

Os valores originais relativos ao tempo gasto para realização dos preparos, dos 5 grupos, estão expressos na tabela 3.

Tabela 3 - Tempo gasto (em segundos) para realização dos preparos.

_________________________________________________________________________

Amostra ProTaper F3 ProDesign ProTaper F2 ProDesign+F2 ProDesign F1+F2 1- 250 130 160 171 209 2- 160 128 185 207 174 3- 140 190 143 154 187 4- 202 190 137 177 185 5- 172 128 156 173 192 6- 153 240 149 188 168 7- 183 220 172 185 169 8- 181 140 129 190 189 9- 190 130 158 195 188 10- 180 140 154 189 178 11- 190 150 144 178 200 12- 170 192 160 179 210 13- 185 185 170 189 205 14- 182 148 140 184 199 15- 180 140 141 190 198 Média 181,2 163,4 153,2 183,2 190,0 Desvio padrão 24,6 36,4 14,9 12,2 13,6 ___________________________________________________________________________

Foi realizado o teste de normalidade com os valores originais, resultando em curva não normal. Foi realizada a transformação em logaritmo na base 10, sendo aplicado o teste Lilliefors obtendo curva normal. O teste de homogeneidade mostrou variâncias desiguais, permitindo a adoção de teste não paramétrico Kruskall-Wallis de comparação múltipla.

Tabela 4 - Resultados do teste de Kruskal-Wallis.

___________________________________________________________________

Comparações (método de Dunn) Dif. Postos z calculado z crítico p Postos médios 1 e 2 11.9000 1.4953 2.807 ns Postos médios 1 e 3 22.1667 2.7854 2.807 ns Postos médios 1 e 4 4.7000 0.5906 2.807 ns Postos médios 1 e 5 11.7000 1.4702 2.807 ns Postos médios 2 e 3 10.2667 1.2901 2.807 ns Postos médios 2 e 4 16.6000 2.0859 2.807 ns Postos médios 2 e 5 23.6000 2.9655 2.807 < 0.05 Postos médios 3 e 4 26.8667 3.3760 2.807 < 0.05 Postos médios 3 e 5 33.8667 4.2556 2.807 < 0.05 Postos médios 4 e 5 7.0000 0.8796 2.807 ns

___________________________________________________________________

Diferenças significantes = (< 0.05) e não significante (ns)

Denota-se tempos de preparos significativamente menores para os grupos 2 e 3 em relação aos grupos 4 e 5 e não significante para o grupo 1.

Foi verificado também a ocorrência de deformação apical, zip e elbow expressos na tabela 4. Para determinação do índice de concordância entre os avaliadores foi aplicado o teste Kappa com resultados expressos na tabela 5.

Tabela 5 - Teste Kappa com resultados expressos.

____________________________________________________________________________

Deformação ProTaper F3 ProDesign ProTaper F2 ProDesign+F2 ProDesign F1+F2

“Zip” 5 1 1 1 1

“Elbow” 5 1 1 1 1

_______________________________________________________________

Soma das freqüências concordantes 18 Soma das freqüências casuais 9 Soma das proporções concordantes 1 Soma das proporções casuais 1

Valor calculado de Kappa 1 Concordância muito boa entre os observadores

_______________________________________________________________

Denota-se concordância entre os observadores com relação a presença de zip e elbow. Foi observado que quando da formação de zip, na maioria para o grupo 1, os valores para diferença entre desgaste interno e externo, no nível de 2 mm, eram 0.25 e o quociente 4 (figura 9). Para o grupo 2, diferença de 0.15 e o quociente 4. Para o grupo 3, diferença 0.21 e quociente 6. Para o grupo 4, diferença 0.23 e o quociente 5 e 6. Para o grupo 5, diferença 0.16 e o quociente 3.

Figura 9 - Formação de zip e elbow no grupo 1.

Aplicou-se o teste do qui-quadrado, para verificar a significância entre as comparações.

Tabela 6 - Resultados do teste qui-quadrado.

__________________________________________________________

Lin : Col Qui-Quadrado GL (p) Partição 1 2 : 2 0.0000 1 1.0000 Partição 2 2 : 3 0.0000 1 1.0000 Partição 3 2 : 4 0.0000 1 1.0000 Partição 4 2 : 5 0.0000 1 1.0000

Geral Tabela 0.0000 4 1.0000

__________________________________________________________

Não se observa diferenças significativas, mas a quantidade de deformações no grupo ProTaper Universal (Dentsply-Maillefer), grupo 1, foi muito superior aos demais grupos analisados.

Para fratura e deformações dos instrumentos foi confeccionada a tabela 7.

Tabela 7 - Resultados para fratura e deformações dos sistemas analisados.

____________________________________________________________________________

Grupos ProTaper F3 ProDesign ProTaper F2 ProDesign+F2 ProDesign F1+F2 Fraturas 1 0 0 0 0

Deformações 0 1 0 0 0

____________________________________________________________________________

Observa-se pouca fratura e deformações, demonstrando a segurança na atuação dos sistemas.

6 DISCUSSÃO

Várias metodologias são utilizadas, para avaliar a atuação das limas e técnicas, na modelagem do canal radicular. O método radiográfico avalia a pré e pós-instrumentação apenas em dois planos. Esta metodologia utiliza dentes naturais, com pouca padronização do comprimento, ângulo e diâmetro das curvaturas, sendo utilizada por vários pesquisadores, destacando-se Lopes et al.

(1997), Iqbal et al. (2004), Limongi et al. (2004), Schafer et al. (2004), Veltri et al.

(2004) e Matwychuk et al. (2007).

A metodologia proposta por Bramante et al. (1987) permite analisar, no dente natural, a anatomia anterior e posterior à instrumentação, mas limita-se a partes seccionadas transversalmente. Esta metodologia tem dificultada a padronização acurada do ângulo de curvatura, diâmetro e comprimento dos canais radiculares. Destaca-se na utilização desta metodologia Poulsen et al. (1995), Cayón et al. (1997), Short et al. (1997), Barroso et al. (2005), Guelzow et al. (2005) Paqué et al. (2005), Al- Sudani & Al-Shahrani (2006), Grande et al. (2007) Plotino et al.

(2007) Yang et al. (2007) e Coutinho Filho et al. (2008).

O processo histológico permite análise somente da pós-instrumentação, resultando na observação de acidentes que são considerados decorrentes do preparo e que poderiam existir, fazendo parte da anatomia original do canal radicular (Walton 1976; Haideth et al., 1989; Brosco et al., 1991). Semelhante condição se verifica quando da utilização de microscopia eletrônica de varredura (Bolanos,

Jensen, 1980; Costa et al., 1986; Goldman et al., 1988; Zmener et al., 1994; Heard, Walton, 1997).

A metodologia de tomografia computadorizada é muito utilizada atualmente, pois pode evidenciar o canal radicular na sua totalidade antes e após os preparos. É utilizado em dentes naturais levando a dificuldade de padronização do diâmetro, grau e comprimento de curvatura. Utilizada por Peters et al. (2003), Uyanik et al. (2006), Hartmann et al. (2007) e Loizides et al. (2007).

A metodologia de canais radiculares artificiais foi introduzida por Weine et al. (1975) para analisar os procedimentos de preparo do canal. Os canais eram confeccionados com material similar à dentina quanto à dureza e corte. Em contra partida Lopes et al. (2007) encontraram valores de microdureza diferente entre a resina de confecção dos blocos e a dentina. É um método muito empregado, já tendo sido comprovada sua validade por Lim & Webber (1985a, b), que observaram, dentre outras vantagens, a redução de viés e maior uniformidade da amostra.

Schäfer & Vlassis (2004a) realizaram pesquisa com canais radiculares artificiais curvos e de maneira semelhante em dentes naturais Schäfer & Vlassis (2004b) denotando proximidade de valores entre as duas metodologias. Concluíram que os resultados atribuídos a metodologia de canais radiculares simulados curvos podem ser transpostos para a situação clínica semelhante. Já Sonntag et al. (2007), não observaram semelhança de resultados entre a metodologia de canais simulados curvos e o método radiográfico em dentes naturais. Da análise das figuras expostas, denota-se discrepância entre as curvaturas dos canais simulados e do dente natural, podendo ter interferido nos resultados.

Algumas vantagens são atribuídas a metodologia dos canais radiculares artificiais curvos, em relação aos dentes extraídos de humanos; como a não necessidade de radiografias, as limas são vistas atuando pela transparência do corpo de prova, indicado para treinamento em cursos de graduação e pós-graduação, avaliação da modelagem do canal pelo formato inicial e final, verificar a eficiência da irrigação, análise de técnicas de instrumentação, bem como, os movimentos dados aos instrumentos, torção a que os instrumentos são submetidos, fraturas e quantidade de raspas de resina que se depositam na parte final do canal radicular simulado (Yang et al., 2006; Ding-Ming et al., 2007; Inan et al., 2007).

Como observado em prévios estudos, a utilização de canais radiculares simulados curvos, oferece uma condição padronizada do comprimento e ângulo de curvatura, bem como a análise da forma prévia e final dos preparos (Machado, 1998;

Miranzi, 1999; Miranzi et al., 1999a, b; Hata et al., 2002; Yun, Kim, 2003; Perez et al., 2005; Yoshimine et al., 2005; Bürklein, Schäfer, 2006; Schirrmeister et al., 2006;

Yang et al., 2006; Ding-Ming et al., 2007; Inan et al., 2007; Lopes et al., 2007;

Rezende Neto, 2007; Sonntag et al., 2007; Uzun et al., 2007; Aydin et al., 2008;

Pasqualini et al., 2008; Tu et al., 2008; Zhang et al., 2008).

Para medir as alterações decorrentes dos preparos em canais radiculares artificiais curvos, são propostas as mensurações das áreas apicais e cervicais da curvatura Coleman & Svec (1997) e Miranzi (1999), a diferença de remoção de material, na parte curva, externa e internamente Hata et al. (2002) e o quociente entre o material removido externa e internamente Aydin et al. (2008). Justifica-se neste ensaio in vitro a aplicação das metodologias de Hata et al. (2002) e Aydin et al. (2008) devido a precisão milimétrica das aferições. Neste estudo as alterações na forma dos canais pós-instrumentação foram comparadas sob condições controladas

em laboratório. O uso de canais radiculares simulados permitiu a padronização do grau, diâmetro e comprimento da curvatura. As variáveis encontradas no dente natural são eliminadas com a utilização de canais radiculares artificiais curvos (Aydin et al., 2008). A sobreposição foi realizada com precisão, com coincidência das referências, obedecendo às distâncias objeto/filme nas fotografias antes e após os preparos. O programa Image Tool permite calibração em milímetros e análise acurada da remoção de material da porção interna e externa da curvatura, seis milímetros, observação semelhante foi denotada por Miranzi et al. (1999a) e Lopes et al. (2007).

Os preparos, para esta presente investigação, foram realizados por um único operador, com experiência nos dois sistemas comparados nesta investigação, instrumentando a título de treinamento, vários blocos antes de realizar os preparos para a pesquisa, familiarizando com o modus operandi em canais radiculares artificiais de acordo com o preconizado por Thompson & Dummer (1997b) e Aydin et al. (2008).

Utilizou-se, neste ensaio, irrigação com água destilada a cada troca dos instrumentos, e para lubrificar as paredes de resina foi empregada glicerina bi-destilada, de acordo com o preconizado por Thompson & Dummer (1997b), Miranzi (1999) e Lopes et al. (2007) a fim de se prevenir a impactação de partículas de resina na região apical, diminuir o calor produzido e reverter algumas mudanças resultantes nas características dos blocos. Schirrmeister et al. (2006), Ding-Ming et al. (2007), Inan et al. (2007), Sonntag et al. (2007), Uzun et al. (2007), Aydin et al.

(2008) e Pasqualini et al. (2008) recomendam a utilização de Glyde (Dentsply-Maillefer®) como lubrificante e Yun & Kim (2003) o RC-prep. Coleman & Svec (1997) indicaram o retorno de instrumentos menos calibrosos para prevenir a impactação

de debris de resina e perda do comprimento de trabalho. Neste ensaio foi utilizado o instrumento #10 para recapitulação no comprimento de patência.

Schirrmeister et al. (2006) recomendaram o preparo de cinco (5) canais radiculares artificiais para cada conjunto. Já Hata et al. (2002), recomendaram cada conjunto de limas preparando três canais simulados. Portanto cada conjunto preparou quatro canais simulados, de acordo com o preconizado por Thompson &

Dummer (1997b).

Pesquisadores como Yang et al. (2006) recomendaram mesmo na metodologia de canais simulados, que o operador não tenha acesso visual da ação dos instrumentos pela transparência do acrílico, sendo que esta condição tenta simular a situação clínica. Nesta presente pesquisa, foi utilizada uma “máscara” para que o acesso visual ao trabalho dos instrumentos não fosse permitido.

Diante das dificuldades no preparo de canais curvos, as limas e técnicas são modificadas e melhoradas. O objetivo de se conseguir um aparato, que substitua a instrumentação manual, ganhou destaque no momento atual. Com a inserção da liga de (Ni-Ti) na confecção das limas endodônticas, possibilitando sua atuação em aparelhos rotatórios, constitui evolução significativa na modelagem de canais radiculares com curvaturas severas. A conicidade dos instrumentos permitiu também a evolução da técnica, ou seja, dilatação do terço cervical e médio e por último o terço apical. Atualmente existem sistemas de conicidade única e múltipla conicidade ProTaper (Dentsply-Maillefer®). Para o presente estudo escolheu-se o sistema ProTaper Universal (Dentsply-Maillefer®) comparando-o com o sistema de conicidade única, mas com dois designs de secção transversal ProDesign (Easy®) e técnicas híbridas entre os dois sistemas.

Com relação ao tempo de preparo, observou-se que os dois sistemas isoladamente ou utilizando hibridismo, preparam rapidamente canais simulados. Os valores de tempo, em segundos (s), foram de 150 a 190 com menores registros para os sistemas ProTaper até a lima F2 (Dentsply-Maillefer®) de 153,2s, significante em relação aos grupos 4 e 5 e ProDesign (Easy®) 163,4s, significante em relação ao grupo 4 podendo ser observado nas tabelas (35 e 36). Esse fato pode ser justificado pelo maior número de instrumentos utilizados nas técnicas híbridas e no grupo do ProTaper (Dentsply-Maillefer®) conduzido até o instrumento F3. Yang et al. (2006) utilizando canais radiculares artificiais, encontraram diferença significativa entre os sistemas Hero (Micro-Mega®) e ProTaper (Dentsply-Maillefer®) sendo que menores valores de preparos foram creditados para o sistema Hero (Micro-Mega®). O sistema Hero (Micro-Mega®) tem semelhança de desenho dos instrumentos com o sistema ProDesign (Easy®), evidenciando semelhante resultado com a presente pesquisa.

Schäfer & Florek (2003) valendo de canais simulados, encontraram diferenças significativas entre o sistema rotatório K3 (Sybron Endo®) quando comparados com instrumentos de aço inoxidável K-Flexofiles (Dentsply-Maillefer®) manuais, com menor tempo de preparo para o sistema rotatório. Em contrapartida Yun & Kim (2003) observaram preparos mais rápidos para o sistema ProTaper (Dentsply-Maillefer®) significante em relação ProFile (Dentsply-Maillefer®), GT Rotary (Dentsply-Maillefer®), Quantec (Analytic Endodontics®) em canais simulados.

Pasqualini et al. (2008) encontraram menores valores de tempo de preparo para o sistema ProTaper (Dentsply-Maillefer®) rotatório, menor significativamente, em relação ao ProTaper (Dentsply-Maillefer®) manual, utilizando blocos com canais simulados. Já Loizides et al. (2007), não encontraram diferenças significantes entre os preparos realizados com os sistemas Hero (Endoflare, Hero shaper, Hero apical)

(Micro-Mega®) e ProTaper (Dentsply-Maillefer®), sendo que esse estudo foi realizado em dentes extraídos. Uyanik et al. (2006) valendo-se de dentes naturais e tomografia computadorizada, não encontraram diferenças significativas entre os sistemas Hero Shaper (Micro-Mega®), ProTaper (Dentsply-Maillefer®) e Race (FKG®). Pelas comparações de resultados entre dentes extraídos e canais simulados, observa-se discrepância de resultados, verificando a diferença de atuação dos instrumentos na dentina e resina. Para o grupo 1 observou-se que o instrumento com maior dificuldade de alcançar o comprimento de trabalho foi o F3, justificando tempo menor para o grupo 3 que foi até o instrumento F2.

A fratura dos instrumentos rotatórios constitui preocupação constante.

Verifica-se através dos resultados desta pesquisa in vitro a segurança dos dois sistemas testados tanto isoladamente ou em hibridismo (tabela 40). Foi observada apenas uma fratura da lima F3 do sistema ProTaper (Dentsply-Maillefer®). Um instrumento #4 do sistema ProDesgn (Easy®) deformou e foi substituído. Esses resultados vão ao encontro as pesquisas realizadas por Ankrum et al. (2004), Calberson et al. (2004), Shäfer & Vlassis (2004a), Bürklein & Schäfer (2006) e Schirrmeister et al. (2006). Veltri et al. (2004) observaram fraturas após o terceiro uso. Contrariamente Guelzow et al. (2005); evidenciaram alto índice de fraturas para os instrumentos ProTaper (Dentsply-Maillefer®) e Ankrum et al. (2004) encontraram elevado número de distorções.

A direção de transporte, nos canais radiculares simulados em blocos de resina, em relação ao dente natural é semelhante (Coleman, Svec, 1997). Observa-se nesta pesquisa in vitro que pelos valores das médias de desgaste e, das diferenças entre o material removido da parte externa e interna, direcionamento de remoção de material, ou seja, nos três milímetros apicais, da curvatura, denota-se

desgaste mais externo e nos três milímetros cervicais, da curvatura, desgaste interno, para todos os grupos (tabelas 1 a 10). Esses resultados encontram apoio em pesquisas realizadas por Miranzi et al. (2004), Shäfer & Vlassis (2004a), Yoshimine et al. (2005), Al- Sudani & Al-Shahrani (2006), Uyanik et al. (2006) e Ding-Ming et al.

(2007). Para o nível de 2 mm observam-se maiores transportes para os grupos 1, 4 e 5 significante em relação aos outros grupos testados. Nesse nível denotou-se que os maiores desgastes da parte externa e valores mais distantes de zero induziram a produção de zip e conseqüentemente elbow. Para o nível de 5 mm as maiores remoções de material foram para os grupos 1 e 5 significante em relação aos outros grupos testados, denotando forte tendência de formação de perfuração para região da furca. Para o nível de 6 mm os grupos 1, 4 e 5 tiveram remoção de material significante em relação aos outros grupos confirmando a tendência de formação de perfuração para a região de furca. Pode-se observar melhores preparos para os grupos 2, 3 e 4 na prevenção de zip e danger zones. Os preparos com maior potencial de formação de zip e danger zones recaem sobre os grupos 1 e 5 (figuras 8 e 9).

A capacidade de manter o canal centrado foi quantificada através do quociente entre o maior e menor valor. O resultado que mais se aproxima de 1 significa que o sistema tem mais capacidade de equilibrar o desgaste interno com o externo. Com exceção do nível de 6 mm observa-se maior distância de 1 para o sistema ProTaper (Dentsply-Maillefer®) até a lima apical F3 (grupo 1). Neste nível prevaleceu maior distanciamento para os grupos 4 e 5. Para o nível de 1 mm houve diferença significante para os grupos 1 e 2. Observa-se que o valor para o grupo 1 é mais que o dobro do grupo 2, denotando menor equilíbrio. Para o nível de 2 mm observa-se significância do grupo 1 em relação aos demais. No nível de 3 mm os

preparos mais distantes de (1) significantes, foram para os grupos 1 e 4. Para o nível de 4 mm o grupo de desgaste menos centrado foi o do grupo 1. Para o nível de 5 mm também prevaleceu desgaste desequilibrado significante para o grupo 1. No nível de 6 mm observa-se maior desequilíbrio significante, para os grupos 4 e 5.

Portanto o sistema ProTaper (Dentsply-Maillefer®) até o instrumento F3 foi o que proporcionou preparos mais irregulares e menos centrados. Observa-se valores próximos de (1) para os outros grupos, menos nos níveis 5 e 6 mm para os grupos 4 e 5, que vinham mantendo regularidade de preparo (tabelas 2, 4, 6, 8 e 10). Os sistemas ProTaper (Dentsply-Maillefer®) até o instrumento F2 e ProDesign (Easy®) denotaram em todos os níveis preparos mais centrados. Pesquisas realizadas com ProTaper (Dentsply-Maillefer®) até o instrumento F2 corroboram com esses resultados como Bergmans et al. (2003) comparando o sistema ProTaper (Dentsply-Maillefer®) e K3 (Sybron Endo®) observando que os preparos ficaram centrados para os dois sistemas, mas para o sistema ProTaper (Dentsply-Maillefer®) houve grande transporte para o lado da furca. Em contrapartida Peters et al. (2003) evidenciaram através de dentes extraídos e tomografia computadorizada e Iqbal et al. (2004) e Veltri et al. (2004) através do método radiográfico, Guelzow et al. (2005) através da metodologia Bramante et al. (1987), preparos com pouco transporte apical para o sistema ProTaper (Dentsply-Maillefer®) até o instrumento F3. Semelhante resultado foi obtido por Yun & Kim (2003) em canais simulados, denotando inclusive o desgaste interno, para o lado da furca, Ankrum et al. (2004) em molares extraídos.

Já Calberson et al. (2004), efetuando pesquisa em canais simulados observou deslocamento apical, pela maior remoção de material na parte externa que na parte interna, e remoção de material excessivo para o lado interno da parte cervical da curvatura, responsabilizando os instrumentos F2 e F3 pelos transportes. Shäfer &

Vlassis (2004a), Yoshimine et al. (2005), Yang et al. (2006) e Uzun et al. (2007) realizaram pesquisa em canais simulados denotando que o sistema ProTaper (Dentsply-Maillefer®) promove grande quantidade de zips quando levado até a lima F3. Schäfer & Vlassis (2004b) em pesquisa semelhante, só que em dentes extraídos e metodologia de radiografias antes e após os preparos, verificaram resultados parecidos para o sistema ProTaper (Dentsply-Maillefer®). Sonntag et al. (2007) em pesquisa semelhante não encontrou os mesmos resultados para canais simulados e dente humano, para o sistema ProTaper (Dentsply-Maillefer®). Os canais simulados exibiam 50% de zips quando preparados com ProTaper (Dentsply-Maillefer®) enquanto no dente natural exibiam preparos centrados. Nessa pesquisa pode-se observar que o grau de curvatura dos blocos com canais simulados em relação ao dente extraído foram bem maiores, o que pode ter influenciado nos resultados.

Loizides et al. (2007) e Zhang et al. (2008) recomendaram o hibridismo do sistema ProTaper (Dentsply-Maillefer®) com o sistema Hero (Micro-Mega®) e evidenciaram melhores resultados em canais simulados em forma de “S”.

Observaram também melhor conicidade dos preparos, devido ao taper dos instrumentos F1 (#20 diâmetro da ponta e inicialmente taper 0.07) e F2 (#25 diâmetro da ponta e inicialmente taper 0.08) ProTaper (Dentsply-Maillefer®).

Evidenciou-se que o grupo 4, com técnica híbrida, obteve formas regulares na porção apical e maior conicidade que o grupo 2 ProDesign (Easy®) utilizando preparo apical #30/0.2. Esta condição favorece uma melhor limpeza e melhora a qualidade da obturação. Atenção especial deve ser dada ao deslocamento, no nível de 6 mm, lado interno, para o grupo 5, sendo evidenciada tendência a formação de danger zones. Portanto justifica-se a utilização da combinação dos sistemas testados, principalmente no que se refere à conicidade dos preparos.

Quanto a formação de zip e elbow o aspecto visual forneceu maior quantidade de deformações para o sistema ProTaper (Dentsply-Maillefer®) quando da atuação do instrumento F3 (grupo 1). Esse resultado é semelhante aos observados por Calberson et al. (2004), Shäfer & Vlassis (2004a), Schäfer & Vlassis (2004b), Yoshimine et al. (2005), Sonntag et al. (2007) e Aydin et al. (2008).

Contrariamente Guelzow et al. (2005) evidenciou menor quantidade de irregularidades para o sistema ProTaper (Dentsply-Maillefer®).

Pela forma média dos canais dos grupos comparados, observou-se maior tendência de retificar o canal para o grupo 1. Nesse particular houve grande transporte para o lado externo na região apical e, excessivo desgaste interno na porção cervical da curvatura. Confirmando os achados quantitativos analisados. Os grupos 2, 3 e 4 apresentaram formas regulares e tendência a centralizar o preparo.

Os preparos do grupo 5 foram de aspecto similar ao grupo 1, com tendência de retificar a curvatura, principalmente na cervical da curvatura, onde houve excessivo transporte para a região de furca. Os resultados quantitativos e qualitativos apontam para instrumentação com ProTaper (Dentsply-Maillefer®) até o instrumento F2 (grupo 3), já que os canais preparados com F3 denotam transporte e tendência de retificação (grupo 1). O sistema ProDesign (Easy®) promoveu preparos regulares (grupo 2) e deve ser indicado em combinação com o sistema ProTaper (Dentsply-Maillefer®), como no grupo 4, tendo cuidado com desgaste para o lado interno, na região cervical da curvatura.

É preciso cuidado ao transpor estes resultados para o preparo em pacientes, apesar das inúmeras vantagens dos canais radiculares artificiais, eles não simulam a complicada anatomia interna, principalmente o achatamento das raízes em canais curvos. Fatores como limpeza devem ser considerados, o que não se

pode evidenciar em canais radiculares artificiais, porque os mesmos são confeccionados de forma cilíndrica, enquanto que, os canais radiculares dos dentes humanos apresentam uma complexa anatomia.

7 CONCLUSÃO

Com base na metodologia empregada e nos resultados obtidos pode-se concluir que:

a) os dois sistemas testados são seguros, em relação à fratura e deformação dos instrumentos;

b) os preparos mais rápidos foram referentes aos grupos 2 e 3;

c) pelos resultados da diferença e quociente verificou-se maior distanciamento dos valores de referência (0 e 1) para o grupos 1 e 5;

d) maior quantidade de zip e elbow foi evidenciada para o grupo 1;

e) as médias de desgaste mostraram configurações médias mais regulares para os grupo 2, 3 e 4.

REFERÊNCIAS1

Abou-Rass M, Frank AL, Glick DH. The anticurvature filing method to prepare the curved root canal. J Am Dent Assoc. 1980 Nov;101(5):792-94.

Al-Sudani D, Al-Shahrani S. A comparison of the canal centering ability of ProFile, K3, and RaCe nickel-titanium rotary systems. J Endod. 2006 Dec;32(12):1198-202.

Ankrum MT, Hartwell GR, Truitt JE. K3 Endo, ProTaper, and ProFile systems:

breakage and distortion in severely curved roots of molars. J Endod. 2004 Apr;30(4):234-7.

Aydin C, Inan U, Yasar S, Bulucu B, Tunca YM. Comparison of shaping ability of RaCe and Hero Shaper instruments in simulated curved canals. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral radiol Endod. 2008;105(2):92-7.

Barroso JM, Guerisoli DMZ, Capelli A, Saquy PC, Pécora JD. Influence of cervical preflaring on determination of apical file size in maxillary premolars: SEM analysi.

Braz Dent J. Jan-Abr;16(1):8-14.

Bassi H. Sistema integrado: um novo método de controle na substituição de suas limas [texto na internet]. 2008. [citado 2008 mar 6]. Disponível em:

http://www.easy.odo.br/artigo.php?n_idArtigo=6.

Baumann MA. ProTaper NT system. Dent Clin N Am. 2004 48:87-111.

Berger CR. Instrumentos endodônticos de conicidade gradual: nova proposta para o preparo escalonado dos canais. J Bras Odonto Clin. 1997;1(5):54-6.

Bergmans I, Cleynenbreugel JV, Beullens M, Wevers M, Meerbeek BV. Progressive versus constant tapered shaft design using NiTi rotary instruments. Int Endod J.

2003;36(7):288-95.

Bishop K, Dummer PMH. A comparison of stainless stell Flexofiles and nickel-titanium Nitiflex files during the shaping of simulated canals. Int Endod J. 1997 Jan;30(1):25-34.

Bolanos OR, Jensen JR. Scanning electron microscope comparisons of the efficacy of various methods of root canal preparation. J Endod. 1980 Nov;6(11):815-22.

1 De acordo com o manual de normalização para dissertações e teses do centro de pós-graduação CPO São Leopoldo Mandic, baseado no estilo Vancouver 2007, e abreviatura dos títulos e periódicos em conformidade com index Medicus.

Bramante CM, Berbert A, Borges RP. A methodology for evaluation of root canal instrumentation. J Endod. 1987 May;13(5):243-5.

Brayant ST, Thompson SA, Al-Omari MAO, Dummer PMH. Shaping ability of Profile rotary nickel-titanium instruments with isso sized tips in simulated root canals: part 2.

Int Endod. 1998 July;31(4):282-9.

Buchanan LS. The standardized-taper root canal preparation. Part 1. Concepts for variably tapered shaping instruments. Int Endod J. 2000;33(6):516-29.

Bürklein S, Schäfer E. The influence of various automated devices on the shaping ability of Mtwo rotary nickel-titanium instruments. Int Endod J. 2006;39(11)945-51.

Calberson CA, Deroose CAJG, Hommez GMG, Moor RJG. Shaping ability of ProTaper nickel-titanium files in simulated resin root canals. Int Endod J. 2004 37(12):613-23.

Calhoun G, Montgomery S. The effects of four instrumentation techniques on root canal shape. J Endod. 1988 June;14(6):273-7.

Cayón MR, Monné JB, Herrándiz RA, Aguadé EB, Sahli CC. A comparison of molar root canal preparations using six instruments and instrumentation techniques. J Endod. 1997 June;23(6):383-6.

Chen JL, Messer HH. A comparison of stainless steel hand and rotary nickel-titanium instrumentation using a silicone impression technique. Aust Dent J. 2002;47(1):12-20.

Civjan S, Huget EF, De Simon LB. Potential applications of certain nickel-titanium. J Dent Res. 1975 Aug;14(7):89-96.

Clem WH. Endodontic: the adolescent patient. Dent Clin N Am. 1969;13(2):483-49.

Coleman CL, Svec TA, Rieger MR, Suchina JA, Wang MM, Glickman GN. Analysis of nickel-titanium versus stainless steel instrumentation by means of direct digital imaging. J Endod. 1996;22(11):603-7.

Coleman CL, Svec TA, Rieger MR, Suchina JA, Wang MM, Glickman GN. Analysis of nickel-titanium versus stainless steel instrumentation by means of direct digital imaging. J Endod. 1996;22(11):603-7.

Coutinho Filho T, De Deus G, Gurgel Filho ED, Rocha Lima AC, Dias KRC, Barbosa CA. Evaluation of risk of a stripping perfuration with Gates-glidden drills: serial versus crown-down sequences. Bras Oral Res. 2008;22(1):18-24.

Dagher FEB, Yared GM. Comparasion of three files to prepare curved root canals. J Endod. 1995;21(5):264-65.

Del Bello TPL, Wang N, Roane JB. Crown-Down tip design and shaping. J Endod.

2003;29(8):513-8.

Desplazes P, Peters O, Barbakow F. Comparing apical preparations of root canals shaped by Nickel-Titanium Rotary instruments and Nickel-Titanium hand instruments.

J Endod. 2001;27(3):196-202.

Ding-ming H, Hong-xia L, Cheung GSP, Lan Z, Hong T, Xue-dong Z. Study of the progressive changes in canal shape after using different instruments by hand in simulated S-shaped canals. J Endod. 2007 Aug;33(8):986-9.

Dummer PMH, Alodeh MHA, Al-Omari MAO. A method for the construction of simulated root canals in clear resin blocks. Int Endod. 1991;24(2):63-6.

Eldeeb ME, Boraas JC. The effect of different files on the preparation shape of severely curved canals. Int Endod J. 1985 Jan;18(1):1-7.

Elliott LM, Curtis RV, Pitt Ford TR. Cutting pattern of nickel-titanium files using two preparation techniques. Endod Dent Traumatol. 1998 Jan;14(1):10-5.

Endoline. Lançamentos rotatórios Dentsply-Maillefer [texto na internet] 2007. [citado

2008 mar 6]. Disponível em http://www.endoline.com.br/dest/dentsplyprouni/prouni.htm.

Esposito PT, Cunningham CJ. A comparison of canal preparation with nickel-titanium and stainless steel instruments. J Endod. 1995 Apr;21(4):173-5.

Fava LR. The Double-flared technique: An alternative for biomechanical preparation.

J Endod. 1983 Feb;9(2):76-80.

Foschi F, Nucci C, Montebugnoli L, Marchionni S, Breschi L. Malagnino VA et al.

SEM evaluation of canal wall dentine following use of Mtwo and ProTaper NiTi Rotary instruments. Int Endod J. 2004;37(12):832-9.

Gambill JM, Alder M, Del Rio CE. Comparison of nickel-titanium and stainless steel hand-file instrumentation using computer tomography. J Endod. 1996 July;22(7):369-75.

Glosson CR, Haller RH, Dove B, Del Rio CE. A comparison of root canal preparations using Ni-Ti hand, Ni-Ti engine-driven, and K-flex endodontics instruments. J Endod. 1995 Mar;21(3):146-51.

Goerig AC, Michelich RJ, Schultz HH. Instrumentation of root canals in molar using the step-down technique. 1982 Dec;8(12):550-4.

Grande NM, Plotino G, Butti A, Messina F, Pameijer CH, Somma F. Cross-sectional analysis of root canals prepared with NiTi Rotary instruments and stainless steel

Documentos relacionados