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Avaliação in vitro das alterações verificadas em canais radiculares artificiais curvos por dois sistemas rotatórios / Benito André Silveira Miranzi

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Academic year: 2022

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BENITO ANDRÉ SILVEIRA MIRANZI

AVALIAÇÃO IN VITRO DAS ALTERAÇÕES VERIFICADAS EM CANAIS RADICULARES ARTIFICIAIS CURVOS POR DOIS SISTEMAS ROTATÓRIOS

CAMPINAS 2008

(2)

BENITO ANDRÉ SILVEIRA MIRANZI

AVALIAÇÃO IN VITRO DAS ALTERAÇÕES VERIFICADAS EM CANAIS RADICULARES ARTIFICIAIS CURVOS POR DOIS SISTEMAS ROTATÓRIOS

Tese apresentada ao Centro de Pós- Graduação / CPO para obtenção do grau de Doutor em Clinicas Odontológica.

Área de concentração: Endodontia.

Orientador: Prof. Carlos Eduardo da Silveira Bueno.

CAMPINAS 2008

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Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca "São Leopoldo Mandic"

M672a

Miranzi, Benito André Silveira.

Avaliação in vitro das alterações verificadas em canais radiculares artificiais curvos por dois sistemas rotatórios / Benito André Silveira Miranzi. - Campinas: [s.n.], 2008.

134f.: il.

Orientador: Carlos Eduardo da Silveira Bueno.

Tese (Doutorado em Clinicas Odontológicas) - C.P.O. São Leopoldo Mandic - Centro de Pós-Graduação.

1. Cavidade pulpar. 2. Clínicas odontológicas. I. Bueno, Carlos Eduardo da Silveira. II. C.P.O. São Leopoldo Mandic – Centro de Pós-Graduação. III. Título.

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C.P.O. - CENTRO DE PESQUISAS ODONTOLÓGICAS SÃO LEOPOLDO MANDIC

Folha de Aprovação

A tese intitulada: “AVALIAÇÃO IN VITRO DAS ALTERAÇÕES VERIFICADAS EM CANAIS RADICULARES ARTIFICIAIS CURVOS POR DOIS SISTEMAS ROTATÓRIOS” apresentada ao Centro de Pós-Graduação, para obtenção do grau de Doutor em Clínicas Odontológicas, área de concentração: Endodontia em ____/___/____, à comissão examinadora abaixo denominada, foi aprovada após liberação pelo orientador.

___________________________________________________________________

Prof. (a) Dr (a) Orientador

___________________________________________________________________

Prof. (a) Dr (a) 1º Membro

___________________________________________________________________

Prof. (a) Dr (a) 2º Membro

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AGRADECIMENTOS

Primeiro a Deus, pela oportunidade de fazer parte desse mundo e tentar realizar esforços para atuar de maneira correta e justa, principalmente com relação a meu semelhante.

A meus pais, Almir Miranzi in memorian e Norma Silveira Miranzi, por me colocarem neste mundo e através dos seus ensinamentos me lapidaram para ser o que sou hoje.

A minha esposa, alma gêmea, Rosa Maria Neto França Silveira Miranzi, sempre presente, ajudando de maneira decisiva nos momentos de tristeza e alegria, que nosso amor seja eterno.

A meus filhos, Táiron, Hugo e Sophia, que sempre me dedicaram amor e carinho.

Ao meu irmão Almir José Silveira Miranzi, segunda alma gêmea, amigo de fé irmão camarada.

Ao meu irmão Mário Alfredo Silveira Miranzi, companheiro, amigo e irmão, obrigado pela sua ajuda fundamental.

A minha irmã Maria Emília Silveira Miranzi, que através do seu carinho e dedicação a família, soube ajudar na realização desse projeto.

Aos familiares que direta ou indiretamente souberam como amenizar meu coração nos momentos de aflição.

A Universidade de Uberaba, desde a minha graduação sempre presente em minha vida, homenagem ao professor Mário Palmério in memoriam e ao magnífico reitor Marcelo Palmério, as suas presenças em minha vida foram e serão sempre muito importantes.

A São Leopoldo Mandic por proporcionar espaço para pesquisa e aprendizado, instituição compromissada com o ensino.

Ao professor Alaor Carlos de Oliveira que foi a frente desse projeto, a nossa amizade é muito importante.

Ao diretor Luis Henrique Borges que atendeu os meus apelos nos momentos mais difíceis.

A Vanderli Siqueira in memoriam partiu tão cedo e deixou um vazio imenso

Ao professor José Maurício Lamego Goulart que através de sua presença extraordinária como profissional e pessoa humana soube sempre me incentivar durante o caminho.

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Ao meu orientador, Professor Dr. Carlos Eduardo da Silveira Bueno, dotado de paciência e conhecimento soube conduzir esse trabalho de forma brilhante.

Aos colegas de doutorado, sinto saudade, que pessoal legal!

Ao “Java” Paulo Roberto Henrique, pela ajuda, convívio e amizade no dia a dia.

Ao Murilo Bazaga pelo seu companheirismo, amizade e conhecimento.

Ao Gilberto Antônio Borges, “Tim”, pelo incentivo em pesquisar cada vez mais.

Ao professor Wildomar de Oliveira que sempre foi um incentivador dos meus projetos.

Ao diretor da policlínica Anderson Silva que sempre me auxiliou nos momentos difíceis.

Ao Dr. Amir Mattar que desde a graduação me introduziu no caminho da Endodontia, muito obrigado pela alegria da nossa convivência.

Aos colegas professores de Endodontia da Universidade de Uberaba, Maria Inês Prata, Luciana Pardi, Yasmine Mamere, Rinaldo Mattar e Ester Mattar que de maneira direta ou indireta me auxiliaram muito nesta caminhada

Aos colegas de trabalho da Universidade de Uberaba, todos foram importantes e contribuíram de alguma maneira.

Ao Márcio Antônio Alves, companheiro das grandes jornadas.

Ao professor Henrique Bassi pelos seus ensinamentos e dedicação a aprendizagem.

A (Dentsply-Maillefer®) em especial Sany D. Miranda que forneceu os blocos com canais simulados para a presente pesquisa.

Ao Nominato Martins Borges e Antônio José de Andrade, meus amigos para qualquer hora.

Aos professores da São Leopoldo Mandic pelos ensinamentos e aprofundamento nos temas, em especial a Dra. Vera Cavalcanti, ao Dr. Thomaz Wassall, Dr. José Luiz Cintra Junqueira, Patrícia Curi, Carlos Nelson Elias e Saturnino Ramalho.

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RESUMO

O objetivo desta pesquisa experimental in vitro, através da metodologia de canais radiculares artificiais com curvatura acentuada, foi comparar as alterações decorrentes dos sistemas rotatórios de (Ni-Ti): ProTaper Universal (Dentsply- Maillefer), ProDesign (Easy) e hibridismo entre os sistemas. Utilizou-se 75 (setenta e cinco) canais simulados, divididos em cinco grupos (n=15). Para o grupo 1 foi utilizado o sistema ProTaper Universal (Dentsply-Maillefer), com instrumento de preparo apical a lima F3. Para o grupo 2 utilizou-se o sistema ProDesign (Easy) com preparo apical com a lima #30/0.2. No grupo 3 realizou-se preparo semelhante ao grupo 1 modificando apenas a lima apical, realizado com instrumento F2. Para o grupo 4 os preparos foram conduzidos de maneira semelhante ao grupo 2 ProDesign (Easy) sendo o preparo apical realizado com a lima F2 ProTaper Universal (Dentsply-Maillefer). Para o grupo 5 os preparos foram semelhantes ao grupo 4 sendo o preparo apical realizado pelas limas F1 e F2 ProTaper Universal (Dentsply-Maillefer). Todas as instrumentações foram realizadas com auxílio de brocas de Gates-Glidden #5, #4, #3, #2 e #1 caracterizando o preparo cérvico-apical.

Foram analisadas a diferença e o quociente entre a quantidade de material removido, nos seis milímetros da parte curva, medido interna e externamente, quantidade de deformação apical zip e elbow, forma final média de cada modalidade testada. Foi avaliado também o tempo gasto para o preparo, bem como, o número de instrumentos fraturados e deformados. Foram utilizados testes estatísticos de comparações múltiplos paramétricos ANOVA e não paramétricos Kruskal-Wallis e Qui-quadrado. Os resultados mostraram apenas uma fratura para o sistema ProTaper Universal (Dentsply-Maillefer) e menor tempo gasto para os preparos dos grupos 2 e 3. Observou-se melhores preparos para os grupos 2, 3 e 4 quando analisados os quesitos diferença, quociente e forma média final. Os preparos do grupo 1 denotaram maior formação de zip e tendência de retificação do canal. Os preparos para o grupo 5 tiveram transporte para o lado interno da curvatura tendendo a formação de danger zones. Concluiu-se que os preparos realizados nos grupos 2, 3 e 4 mantêm desgaste mais equilibrado entre a parte interna e externa da curvatura.

Palavras-chave: Instrumentos rotatórios de Níquel-Titânio. Preparo do canal radicular. Canais radiculares artificiais curvos.

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ABSTRACT

The goal of this in vitro experimental research, through the methodology of simulated root canal curved, was to compare the changes from the rotary system of (Ni-Ti):

ProTaper Universal (Dentsply-Maillefer), ProDesign (Easy) and hybridism between the systems. Seventy-five simulated canal, divided into five groups (n = 15). For Group 1 was the system used ProTaper Universal (Dentsply-Maillefer), with apical preparation at for the file F3. In group 2 was used the system ProDesign (Easy) with apical preparation 30/0.2. In group 3 was held preparation similar to group 1 only modifying the file apical held instrument with F2. In group 4 the preparations were conducted a manner similar to group 2 ProDesign (Easy) in combination ProTaper Universal (Dentsply-Maillefer) the preparation apical F2. In group 5 were the similar to group 4 and the preparation done by apical files F1 and F2. All instrumentations were conducted with the help of the Gates-Glidden drills # 5, # 4, # 3, # 2 and # 1 featuring the preparation cervical-apical. Were analyzed the difference and quotient between the amount of material removed, within six millimeters of the curve, measured both internally and externally, amount of deformation apical zip and elbow, so final average for each type tested. It also evaluated the time to prepare, and the number of instruments fractured and deformed. Data were analyzed using parametric tests ANOVA and non-parametric Kruskal-Wallis and Qui-square. The results showed only a fracture to the system ProTaper Universal (Dentsply-Maillefer) and less time to prepare them in groups 2 and 3. There was better prepared for groups 2, 3 and 4 when analyzed the questions difference, and order a final quotient. The preparations of the group 1 created aberrations with zip and trend of rectification of the canal. The preparations for group 5 were transported to the internal side of the curvature tending the formation of danger zones. It was concluded that the preparations made in groups 2, 3 and 4 were more balanced between the inside and outside of the curved.

Keywords: Rotary instruments for Nickel-Titanium. Root canal preparation. Curved artificial root canals.

(9)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...8

2 REVISÃO DA LITERATURA ...12

3 PROPOSIÇÃO ...69

4 MATERIAIS E MÉTODOS ...70

4.1 Comprimento de trabalho...71

4.2 Procedimentos fotográficos...71

4.3 Preparo dos canais radiculares simulados...73

4.3.1 Grupo 1- (n=15) preparo com o sistema ProTaper Universal Dentsply-Maillefer) de (Ni-Ti):... 74

4.3.2 Grupo 2- (n=15) preparo com o sistema ProDesign (Easy) de (Ni- Ti):... 75

4.3.3 Grupo 3 - (n=15) preparo com o sistema ProTaper Universal (Dentsply-Maillefer) de (Ni-Ti).... 75

4.3.4 Preparo com o sistema ProDesign (Easy) e ProTaper Universal (Dentsply-Maillefer) de (Ni-Ti) técnica híbrida 1.... 75

4.3.5 Preparo com o sistema ProDesign (Easy) e ProTaper Universal (Dentsply-Maillefer) de (Ni-Ti) técnica híbrida 1:... 76

4.4 Métodos de avaliação ...77

5 RESULTADOS...82

6 DISCUSSÃO ...90

7 CONCLUSÃO ...102

REFERÊNCIAS...103

ANEXO A – TABELAS ...113

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1 INTRODUÇÃO

O principal objetivo do preparo do canal radicular é proporcionar limpeza e forma, gerando um canal cirúrgico com forma afunilada, procurando respeitar a anatomia original (Schilder, 1974). Esta tarefa torna-se particularmente difícil de ser alcançada em canais curvos e estreitos, sendo que as limas de aço inoxidável tendem a retificar a curvatura do canal, produzindo algumas deformações que foram descritas por Weine et al. (1975), como zip, elbow e danger zones. Na tentativa de minimizar esses danos, o preparo de canais curvos, na sua porção apical, ficou limitado relativamente a instrumentos de pequeno diâmetro (#25) (Pécora, Capelli, 2006).

O transporte do canal pode deixar áreas sem atuação dos instrumentos, enquanto outras são excessivamente dilatadas, removendo dentina desnecessária, em detrimento da remoção do conteúdo do canal, além de dificultar ou até mesmo impedir o selamento apical adequado (Miranzi, 1999; Miranzi et al., 2004). Assim, na área apical da curvatura, os instrumentos desgastam mais para o lado externo e na área cervical da curvatura, para o lado interno (Kartal, 1997; Miranzi et al., 2004).

Objetivando melhorar a qualidade do preparo dos canais radiculares, modificações nos desenhos dos instrumentos e novas técnicas, têm sido propostas visando obter efetiva limpeza, desinfecção e correta modelagem do sistema de canais, minimizando a ocorrência de iatrogenias. Os instrumentos endodônticos passam por inúmeras modificações, variando a forma de sua ponta, secção transversal, número de espiras da parte ativa, conicidade e a composição química

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de sua liga, conferindo-lhes maior flexibilidade, capacidade de corte e menor risco de fratura durante o preparo do canal radicular. Com esse objetivo Roane et al. (1985), modificaram as limas tipo K convencionais, de aço inoxidável, impondo-lhes, secção triangular e ponta arredondada, denominada lima Flex-R (Union Broach USA®).

Civjan et al. (1975), foram os primeiros a investigar a liga de Níquel- Titânio (Ni-Ti) para ser usada na Odontologia. Walia et al. (1988), avaliaram as propriedades físicas das primeiras limas de (Ni-Ti), confeccionadas a partir de fios ortodônticos, evidenciando melhores resultados que as limas de aço inoxidável. Os instrumentos de (Ni-Ti), podem ser usados, de forma manual, em contra-ângulos oscilatórios e em motores que movimentam uma peça de mão de baixa rotação, girando 360 graus no sentido horário, com velocidade de 150 a 350 rpm (Leonardo, 1997).

Ademais a grande elasticidade da liga de (Ní-Ti) comparada com os metais tradicionais é denominada de superelasticidade. Esta característica, aliada ao efeito memória de forma, fornecem o grande diferencial da aludida liga em relação à de aço inoxidável (Schafer, Lohmam 2002; Lopes et al., 2004).

Várias pesquisas iniciais compararam os sistemas de (Ni-Ti) com limas de aço inoxidável, com outros sistemas de (Ni-Ti), em aparelhos pneumáticos e elétricos oscilatórios e rotatórios, demonstrando a efetividade dos sistemas rotatórios de (Ni-Ti) na capacidade de modelagem em canais curvos, utilizando as metodologias de canais radiculares artificiais, dentes naturais e radiografias (Espósito, Cunningham, 1995; Glosson et al., 1995; Himel et al., 1995; Pertot et al., 1995; Royal, Donnely, 1995; Coleman et al., 1996; Gambill et al., 1996 Sahli et al., 1996; Bishop, Dummer, 1997; Elliott et al., 1998). Portanto o uso de motor elétrico

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com controle de torque, baixa velocidade e rotatório, utilizando limas de (Ni-Ti) têm sido encorajados pelos resultados encontrados, principalmente em canais curvos, onde se pode levar o preparo apical com instrumentos mais calibrosos.

Atualmente são encontrados diferentes sistemas rotatórios: Quantec série 2000 (Analytic Endodontics®), Profile série 29 (Dentsply-Maillefer®), Sistema GT (Dentsply-Maillefer®), Hero 642 (Micro-Mega®), Sistema K3 (Sybron Endo®), Race (FKG®), ProTaper (Dentsply-Maillefer®), Mtwo (VDW®) ProDesign (Easy®) entre outros. Reconhecidamente esses sistemas mecânicos de (Ni-Ti) trouxeram um novo impulso à endodontia.

O avanço técnico dos motores, modificações nos desenhos das limas, em relação aos sistemas anteriores a 1999 e as limas de aço inoxidável, instrumentos com grande conicidade e múltipla conicidade, redução da área de corte e sistemas híbridos, permitem maior segurança na fase de modelagem e limpeza do canal radicular (Zhang et al., 2008).

Os sistemas rotatórios de (Ni-Ti) foram idealizados para preparo de canais radiculares com curvaturas acentuadas. O sistema ProDesign (Easy®) é composto de limas para pré-alargamento de corte agressivo e rígido para trabalhar na parte reta do canal (#20 conicidade 0.7, #20 conicidade 0.6, #35 conicidade 10). As limas da parte apical têm hélice tripla, capazes de acompanhar as curvaturas (#20 conicidade 0.3, #15 conicidade 0.5, #22 conicidade 0.4, #25 conicidade 0.4 e #20 conicidade 0.6) e modelar satisfatoriamente os canais (Bassi, 2008).

Poucos estudos experimentais existem com relação ao sistema acima aludido, quer seja em dentes naturais, em blocos com canais radiculares artificiais ou microscopia de varredura.

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Os instrumentos ProTaper (Dentsply-Maillefer®) tem característica inovadora das suas limas na variação de conicidade (multitaper) de 3.5% a 19%. A técnica utilizada para o sistema é cérvico-apical, sendo que o sistema vem com três limas de preparo do corpo do canal (shaping SX, S1 e S2), de maior conicidade, e três limas de preparo apical (finishing) com diâmetros diferentes: #20 (F1), #25 (F2) e #30 (F3). Apresenta secção transversal triangular convexa, reduzindo a área de contato entre a dentina e lâmina de corte (Baumann, 2004). Recentemente, a (Dentsply-Maillefer®) realizou ligeiras modificações no sistema denominando-o de ProTaper Universal (Endoline, 2007).

Muito é pesquisado sobre o sistema ProTaper (Dentsply-Maillefer®), alguns pesquisadores destacam sua eficiência na modelagem do canal radicular como Paqué et al. (2005) e Schirrmeister et al. (2006) sendo que Schafer & Vlassis (2004) e Yoshimine et al. (2005) demonstram sua dificuldade na manutenção do canal centrado.

Portanto o objetivo deste trabalho foi avaliar as alterações anatômicas, dos canais simulados curvos, após uso dos sistemas rotatórios ProTaper Universal (Dentsply-Maillefer), ProDesign (Easy) e hibridização dos mesmos. Foi avaliado também o tempo gasto para o preparo, bem como, o número de instrumentos fraturados e deformados.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

Clem (1969), preocupado com a flexibilidade dos instrumentos e a influência desta propriedade no preparo de canais radiculares curvos sugeriu a instrumentação escalonada ápico-cervical (step preparation). A região apical era dilatada da lima K # 10 até a # 35, com instrumentos pré-curvados, empregando movimentos de ¼ de volta e tração. A lima # 40 foi utilizada 4 mm aquém do comprimento de trabalho e assim sucessivamente até a lima # 80, sendo que esses instrumentos foram utilizados com movimentos rotacionais. Se houvesse necessidade de se colocar um pino, recuava-se mais 4 mm e instrumentava-se com as limas #90 e #100.

Schneider (1971) comparou o grau de curvatura do canal radicular com a forma resultante do preparo. Utilizou-se de dentes extraídos unirradiculares de humanos, classificados mediante o grau de curvatura mensurado na radiografia. Os canais radiculares foram considerados retos, quando apresentavam 5º ou menos de curvatura, moderados de 10º a 20º, e severos quando as curvaturas apresentavam variações de 25º a 70º. A instrumentação foi realizada com limas K em movimentos de limagem e os canais radiculares obturados com cones de prata. Os resultados mostraram que a forma arredondada foi conseguida em 80% dos canais retos, 40%

em curvaturas moderadas e 33% em curvaturas severas, para o nível de 1 mm aquém do ápice. Para o nível de 5 mm aquém do ápice, a forma arredondada foi alcançada em 40% dos canais retos, 10% com curvaturas moderadas e 0% com curvaturas severas. Concluiu que canais retos são mais facilmente preparados com

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a forma arredondada que canais com curvaturas. Formas redondas foram obtidas em 51% das vezes no nível de 1 mm e 17% para 5 mm.

Civjan et al. (1975) foram os primeiros a investigar a liga de níquel-titânio (Ni-Ti) para Odontologia. Conhecida como Nitinol possui baixo módulo de elasticidade e efeito memória de forma, sendo mais resiliente que o aço inoxidável.

Realizaram cinco experimentos, testando a liga em trabalhos de prótese, dentística operatória, endodontia e ortodontia. Os resultados mostraram facilidade de uso em ortodontia. A característica do Nitinol confere resistência à corrosão, utilizada tanto em corte manual ou rotatório para confecção de instrumentos de dentística operatória, cirurgia, periodontia e endodontia. Tanto o 55 ou 60-Nitinol são resistentes a corrosão no canal radicular. Concluíram que a composição equilibrada (Ni-Ti) tem potencial de aplicação na Odontologia e Medicina por suas propriedades físicas e memória de forma.

Weine et al. (1975) avaliaram as alterações morfológicas produzidas em canais radiculares artificiais curvos, utilizando várias técnicas de instrumentação, diferentes operadores e cinemática dos instrumentos. Os canais simulados foram fotografados antes e após o preparo, e independente do operador ou técnica, pôde- se notar algumas características comuns a todas as amostras: a porção apical não foi a parte mais estreita do canal, mas o meio da porção curva, gerando acidentes denominados zips e elbows. Tanto pré-curvada ou reta, a lima tendia a retificar a curvatura do canal.

Walton (1976) através da análise de cortes histológicos comparou as técnicas de instrumentação convencional e escalonada. Foi analisada a porcentagem de paredes instrumentadas em noventa e um (91) canais radiculares

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retos e curvos. Os canais radiculares foram preparados e o grau de curvatura analisado através da técnica de Schneider (1971). Após os preparos, os dentes foram extraídos e analisados. Concluiu-se que quanto maior a curvatura, menor circularidade é conferida ao preparo e quando do preparo escalonado, melhores resultados foram obtidos quanto à porcentagem de paredes lisas.

Abou-Rass et al. (1980) propuseram um método de instrumentação, almejando diminuir os acidentes que mais ocorrem durante o preparo dos canais radiculares curvos, especialmente nas zonas de maior fragilidade e achatamento. O método proposto foi denominado de anti-curvatura, sendo preconizado um desgaste compensatório mais enérgico na direção oposta à curvatura. O preparo dos terços médio e apical foi realizado valendo-se de procedimentos escalonados, imprimindo aos instrumentos pressão no sentido contrário à furca. Observaram, que quando o preparo era assim realizado, os acidentes são bem reduzidos.

Bolanos & Jensen (1980) avaliaram as técnicas de instrumentação escalonada, utilizando limas tipo K e seriada, valendo-se de limas tipo K e Hedströen, em canais radiculares curvos, associadas a três agentes irrigantes:

solução salina, hipoclorito de sódio e RC-Prep, quanto à presença de "magma"

dentinário remanescente. Através da microscopia eletrônica de varredura, concluíram que a técnica seriada promoveu melhores preparos, com menor formação de debris, não sendo observado, para ambas as técnicas, diferenças relativas à solução irrigadora.

Goerig et al. (1982) descreveram a técnica de preparo step-down para canais radiculares curvos. Após a cirurgia de acesso, foi realizado um desgaste compensatório na parede contrária à curvatura, com limas Hedströen (#15, #20 e

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#25) sem pressão, a uma profundidade de 16 a 18 mm, em seguida o preparo do terço cervical era realizado com brocas de Gates-Glidden número #3 (11 a 13 mm de profundidade) e número #2 (14 a 16 mm de profundidade). Para o preparo apical as limas K, foram utilizadas até o número #35, finalizando com um escalonamento com recuo de 0.5 mm a cada instrumento até a lima #60.

Fava (1983) descreveu uma alternativa para o preparo de canais radiculares curvos, estreitos e com polpa mortificada, denominada de duplo escalonamento (Double-Flare). Enfatizou a necessidade de prévio alargamento dos terços médio e cervical, com o intuito de impedir que o conteúdo séptico, neles contido, fosse forçado para a região periapical.

Roane et al. (1985) desenvolveram um novo conceito para a instrumentação de canais radiculares curvos. Sugeriram o emprego das forças balanceadas, com o intuito de minimizar e até de eliminar os acidentes durante o preparo. Correlacionou a força aplicada no instrumento, no sentido anti-horário, e controle de corte desejável nos casos de curvatura. Para analisar a validade da técnica, valeu-se de cálculos matemáticos, análise de dentes seccionados, blocos com canais simulados curvos e radiografias. Este estudo introduziu um novo desenho para as limas tipo-K, que passou a contar com uma secção triangular e guia de penetração arredondada.

Lim & Webber (1985a) utilizaram vinte e cinco (25) dentes extraídos de humanos com canal único e curvatura moderada (10 - 20º), outros vinte e cinco (25) dentes com curvaturas severas (25 - 40º). Utilizaram de simulados curvos, confeccionados em resina de poliéster, sendo (12) doze canais radiculares simulados com curvatura moderada (15º) e (12) doze canais radiculares simulados

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com curvatura severa (30º). As curvaturas, para os dentes e canais radiculares artificiais, foram determinadas empregando-se a metodologia de Schneider (1971).

Os dentes e os blocos foram preparados similarmente, valendo-se da instrumentação seriada do instrumento #15 ao #25, sendo o preparo considerado completo quando a lima #30 alcançasse o comprimento de 1 mm aquém do comprimento de trabalho, sendo todas as limas pré-curvadas. Os resultados mostraram que canais com curvaturas severas mostraram alta incidência de forma de “ampulheta”. A proporção dessa forma foi similar entre os dentes extraídos de humanos e canais artificiais. Concluíram que canais radiculares artificiais constituem um válido modelo experimental para o estudo das alterações na forma do canal radicular.

Lim & Webber (1985b) estudaram os efeitos da técnica escalonada no preparo de dentes humanos, em raízes com curvaturas moderadas (10 - 20º) e curvaturas severas (25 - 40º). Os preparos foram iniciados com preparo seriado das limas #15 a #25 sendo que o preparo apical estaria finalizado quando a lima #30 alcançasse 1 mm aquém do comprimento de trabalho. Foi realizado um escalonamento com recuo programado de 1 mm do instrumento #30 ao #40, sendo todas as limas pré-curvadas. Utilizando o método de sobreposição radiográfica, constataram que a incidência de canais em forma de "ampulheta" aumentou em curvaturas severas. A dilatação coronal deu forma de “funil” ao preparo, e o escalonamento aumentou o risco de rompimento ou exagerada dilatação na parte interna das curvaturas. Em curvaturas moderadas, 16% mostraram zip após completa instrumentação, enquanto em curvaturas severas, 80% apresentavam este acidente.

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Eldeeb & Boraas (1985) compararam cinco tipos de limas, em canais radiculares simulados curvos, K-Flex (Kerr®), K (Unitec®), Flexofile (Dentsply- Maillefer®), Hedström (Union Broach USA®) e K (Union Broach USA®), quanto à compactação de debris, alterações na forma e tempo de preparo. Os resultados mostraram que a lima Hedström foi a que consumiu menor período de tempo para o preparo, bem como, propiciou o menor índice de compactação apical de debris. As limas Hedström e Flexofile determinaram significativamente menores quantidades de formação de desvio apical, em relação às limas da Union Broach, quando do preparo até o instrumento #25, e não significantes para as limas #30 e #35. Concluíram que Independente do tipo de lima, a formação de zip mostrou-se mais acentuada na passagem do instrumento #30 para o #35.

Lopes & Costa Filho (1986) descreveram uma técnica de instrumentação para canais curvos. Iniciando com um instrumento #10 no comprimento de trabalho, executando movimentos de limagem e pequeno recuo de 0.5 a 2 milímetros. Quando o instrumento estivesse atuando livre no canal, recomendavam um novo movimento para o instrumento, que passaria a atuar com pressão lateral e tração. Esta cinemática promovia maior dilatação do canal radicular sem, contudo provocar o deslocamento do forame apical ou zip. Se a curvatura fosse gradual e pouco acentuada, o instrumento principal apical recomendado era o de número #30, se gradual e acentuada, o preconizado era o instrumento #25 ou #20. Para finalizar, era realizado um escalonamento, de quatro instrumentos, com recuo programado de 1milímetro. Neste estágio, para maior dilatação coronal era feito uso das brocas de Batt, Gates-Glidden ou pontas diamantadas números 2082 e 3083 para alta rotação.

Bramante et al. (1987) descreveram uma metodologia para avaliar instrumentos e técnicas de instrumentação em canais radiculares. Os dentes eram

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inicialmente inseridos em blocos de resina acrílica e, após a confecção de ranhuras nos mesmos, eram colocados em blocos de gesso como se fossem muflas, no sentido de obter-se um modelo. Para que se tornasse possível a análise antes do preparo, os blocos de resina foram cortados no sentido transversal e fotografados, servindo de controle. As secções foram reposicionadas nas muflas, para realização dos preparos e fotografadas novamente para realizar as mensurações. Essa metodologia é capaz de obter informações para análise estatística, sendo facilmente reproduzível.

Calhoun & Montgomery (1988) compararam quatro técnicas de instrumentação quanto à manutenção da forma original, remoção de dentina, direção e quantidade do transporte e forma final dos canais preparados em molares superiores extraídos de humanos, com curvatura entre 30 e 35º. Para o grupo A, os canais foram instrumentados com limas K-Flex (Kerr®) e dilatados no comprimento de trabalho com a lima #35 a 0,5 milímetro aquém do forame, com movimentos de limagem, completado com escalonamento até a lima #50. No grupo B, foi utilizada a lima Flex-R (Union Broach USA®) com a técnica de forças balanceadas e auxílio das brocas Gates-Glidden. O preparo apical foi realizado com a lima #35 com escalonamento até a lima #55. No grupo C, foi usado o sistema ultra-sônico Enac com limas Flex-R (Union Broach USA®) até o instrumento #40 e escalonamento até a lima #50. No grupo D, os canais foram preparados da mesma maneira que no grupo C, apenas mudando o tipo de instrumento, utilizando a lima Zipperer (Anteos®). Valendo-se da metodologia proposta por Bramante et al. (1987) concluíram que houve tendência da lima Flex-R (Union Broach USA®), usando forças balanceadas, manter os canais centrados, embora não fosse estatisticamente

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significante em relação às outras técnicas. Para o nível apical, houve transporte mesial e distal e no nível cervical, para distal, em todas as técnicas testadas.

Horokosky et al. (1988) verificaram a incidência de desvio apical para as técnicas escalonada com recuo programado e seriada, em raízes mésio-vestibulares de molares superiores humanos. Após os preparos, realizaram impressões à base de silicone e posteriormente as raízes foram imersas em solução de ácido clorídrico a 35%. Concluíram que a técnica escalonada apresentou desvio em 5% dos casos e a seriada em 10% dos casos.

Walia et al. (1988) compararam limas #15 de secção triangular confeccionadas em níquel-titânio com instrumentos tipo K #15 de aço inoxidável.

Foram analisadas as superfícies fraturadas, quando torcidas no sentido horário e anti-horário, através da microscopia eletrônica de varredura, o módulo de elasticidade e ductibilidade. Os resultados sugeriram que as limas de nitinol têm potencial para instrumentação de canais curvos, possuindo boas propriedades de flexibilidade e torção. Concluíram que a lima de (Ni-Ti) foi duas a três vezes mais flexíveis que a de aço inoxidável, bem como, superior resistência a fratura.

Dummer et al. (1991) preconizaram um método de confecção de canais artificiais em blocos de resina transparente. Os canais simulados são de simples confecção e de grande ajuda para alunos de graduação e pós-graduação, podendo ser utilizados também para pesquisa, particularmente durante a avaliação de instrumentos e técnicas.

Dagher & Yared (1995) analisaram molares superiores extraídos de humanos com curvatura mínima de 24º e no máximo de 52º, instrumentados pelas limas Flex-R (Union Broach USA®), Ultra-Flex (Ni-Ti) e lima K (Sybron-Kerr®) de aço

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inoxidável. Todos os grupos tiveram como lima memória apical o instrumento #35.

Para todos os instrumentos, a cinemática empregada foi de limagem. Através de radiografias antes e após os preparos, concluíram que a curvatura foi mais preservada com as limas Flex-R (Union Broach USA®) e Ultra-Flex.

Esposito & Cunningham (1995) compararam a capacidade de manter a forma original em canais de quarenta dentes extraídos de humanos, com limas de níquel-titânio manual, rotatório (MAC) e aço inoxidável K-Flex (Kerr®). Utilizando o método radiográfico, concluíram que as limas de níquel-titânio (manual e rotatório) têm maior capacidade em manter a forma original quando o preparo era dilatado até a lima #35, #40 ou #45 na porção apical.

Glosson et al. (1995) compararam o preparo em canais mesiais de molares inferiores humanos, utilizando limas de níquel titânio manual (Mity, Canal Master "U"®), níquel-titânio movidos a motor (Sensor e Lightspeed®) e limas manuais de aço inoxidável K-Flex (Kerr®). As amostras foram trabalhadas e analisadas pelo método de cortes transversais antes e após os preparos. Concluíram que as limas movidas a motor e a manual Canal Master "U" promoveram significativamente menor transporte, gerando forma mais centrada, proporcionando preparos mais circulares do que os realizados pelas limas K-flex (Kerr®) e Mity.

Poulsen et al. (1995) avaliaram em canais mesiais de molares humanos, preparados com instrumentos Lightspeed (Lightspeed®) em 3 velocidades: 750, 1300 e 2000 rpm, a quantidade de dentina removida, transporte do canal e capacidade de manter o instrumento centrado. A metodologia utilizada foi a de subtração de imagens pelo método proposto por Bramante et al. (1987). Concluíram não haver diferenças significantes entre os três grupos nas velocidades testadas.

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Royal & Donnely (1995) utilizando molares extraídos de humanos com canais curvos, compararam as limas Flex-R (Union Broach USA®), K-Flex (Kerr®) e NT Files (níquel-titânio), usando a cinemática de forças balanceadas, sendo que, para todos os grupos foi utilizado o instrumento #45 para preparar a parte apical.

Através da sobreposição radiográfica, antes e após os preparos, analisaram as alterações na forma. Concluíram que as limas NT (Ni-Ti) promoveram menos deformações, na curvatura do canal que Flex-R (Union Broach USA®) e K-Flex (Kerr®).

Harlan et al. (1996) compararam as limas Flex-R (Union Broach USA®), de aço inoxidável e limas Onyx-R (Union Broach USA®), de níquel-titânio, em canais mesiais de molares humanos com curvatura variando entre 20 e 40º. Os dentes foram divididos em dois grupos, ambos preparados com a técnica de forças balanceadas até a lima #30 ou #45 no comprimento de trabalho, auxiliada pelas brocas de Gates-Glidden #1 a #6 na entrada do canal e movimentos de anticurvatura. Pela metodologia proposta por Bramante et al. (1987). Concluíram que não houve diferenças significativas entre os preparos para os dois tipos de limas, no transporte da porção apical.

Sahli et al. (1996) compararam instrumentos de níquel-titânio Nitiflex (Dentsply-Maillefer®) e (Naviflex) com os de aço inoxidável Flexofile (Dentsply- Maillefer®) e Flex-R (Union Broach USA®), analisando a resistência à fratura e torção. Concluíram que as limas de níquel-titânio possuem maior flexibilidade e menor resistência que as limas de aço inoxidável. Os resultados desse estudo apontaram maior resistência à fratura e torção para as limas Flexofiles (Dentsply- Maillefer®) seguida pelas limas Flex-R (Union Broach USA®) e Nitiflex (Dentsply- Maillefer®).

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Berger (1997) ressaltou a importância do uso de instrumentos com conicidade progressiva ou gradual, projetados em padronização diferente do incremento de 0.2 milímetros. Os instrumentos com conicidade 0.4, 0.6 e 0.8, têm o objetivo de instrumentar o canal proporcionando adequada conicidade, sem a necessidade de recuo dos instrumentos, eliminando o uso da lima memória.

Cayón et al. (1997) avaliaram os instrumentos Flexofile (Dentsply- Maillefer®), Canal Master "U" (Ni-Ti) rotatório, Heliapical de aço inoxidável (Micro Mega®), Flexogates de aço inoxidável (Dentsply-Maillefer®), Ultraflex de (Ni-Ti) (Texcced®) e Lightspeed (Lightspeed®) em (240) duzentos e quarenta canais mesiais de molares extraídos de humanos. Para o grupo A Flexofile (Dentsply-Maillefer®): foi utilizado movimento anticurvatura, preparo cervical com Gates-Glidden #2 e #3 (Dentsply-Maillefer®), escalonamento com (3) três limas e preparo apical final, no comprimento de trabalho, com instrumento #30. No grupo B: Canal Master "U" (Ni- Ti) rotatório, auxiliado por contra-ângulo com velocidade de 1000 rpm, utilizado de forma escalonada. Para o grupo C: utilizou-se a lima Heliapical de aço inoxidável (Micro Mega®) com técnica escalonada auxiliada pelas brocas Gates-Glidden #2 e

#3 (Dentsply-Maillefer®), sendo a lima apical final no comprimento de trabalho #30.

Para o grupo D: Flexogates de aço inoxidável (Dentsply-Maillefer®) utilizada com auxílio das brocas de Gates-Glidden #2 e #3 (Dentsply-Maillefer®) e lima apical final, no comprimento de trabalho, #40 seguido de escalonamento de (3) três instrumentos. No grupo E: Ultraflex de (Ni-Ti) (Texcced®) utilizou-se movimento anticurvatura e técnica escalonada com auxílio das brocas de Gates-Glidden #2 e #3 (Dentsply-Maillefer®), sendo a lima apical final, no comprimento de trabalho, #40.

Para o grupo F: Lightspeed (Lightspeed®) em movimento rotatório de 2000 rpm, lima apical final no comprimento de trabalho #40 e escalonamento de oito limas.

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Utilizando a metodologia proposta por Bramante et al. (1987), concluíram que os melhores resultados foram obtidos com os instrumentos de níquel-titânio e lâmina de corte pequena, em movimentos rotatórios. Os preparos com Canal Master "U", Flexogates e Lightspeed tiveram significativamente preparos mais circulares que as limas Flexofile, Heliapical e Ultraflex em todos os níveis (2, 5 e 9 mm aquém do ápice). Os instrumentos Lightspeed promoveram preparos redondos em sua maioria e as limas Lightspeed, Ultraflex, Heliapical e Flexofile produziram preparos mais rápidos.

Coleman & Svec (1997) compararam os preparos utilizando-se da técnica escalonada com limas tipo K de aço inoxidável e níquel titânio manual Mity (JS Dental®) em quarenta canais radiculares simulados curvos, com curvatura de 25º de acordo com. Foram produzidas imagens computadorizadas, antes e após os preparos. Os blocos com canais simulados foram seccionados em três niveis: 1 a 2 milímetros do forame, na metade e porção cervical da curvatura. Os resultados mostraram que as limas de níquel-titânio Mity (JS Dental®) causaram significativamente menos transporte e deixaram o canal mais centrado na porção apical. A área removida pela instrumentação foi significantemente maior, no nível médio, com os instrumentos de aço inoxidável. Os resultados apresentados com a metodologia de canais radiculares artificiais foram similares em dentes humanos.

Kuhn et al. (1997) avaliaram o efeito das limas com pontas modificadas e convencionais, de aço inoxidável e níquel-titânio, em raízes mesiais de molares extraídos de humanos, com curvatura entre 23 e 25 graus. A instrumentação foi realizada manualmente usando movimentos de ¼ de volta e tração. Para o grupo 1, foram utilizadas limas Onyx-R (Union Broach USA®) com ponta modificada não cortante, para o grupo 2, limas de aço inoxidável Flex-R (Union Broach USA®)

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também com ponta modificada, semelhante a Onyx-R (Union Broach USA®), no grupo 3, limas Mity (JS Dental®) de níquel-titânio com ponta cortante e finalmente no grupo 4 limas de aço inoxidável sem modificações na ponta que serviram como grupo controle. Os canais foram preparados até a lima #25 ou #40 no comprimento de trabalho, sem realizar o pré-curvamento dos instrumentos, complementando com um escalonamento até a lima #60. Pela metodologia proposta por Bramante et al.

(1987) e teste paramétrico ANOVA, verificaram que as limas de níquel-titânio, independentemente do desenho da ponta, mantiveram significativamente o canal mais centrado, demonstrando também menor transporte apical do que as limas de aço inoxidável até o tamanho #25. Quando a instrumentação foi realizada até a lima

#40 as diferenças não foram significantes no transporte do canal tanto na porção apical quanto no nível cervical, sendo que as limas de níquel-titânio com ponta modificada deformaram mais o canal e removeram mais dentina no terço médio que os outros desenhos. Estas deformações não implicariam em importância significativa quando da realização do tratamento em condições clínicas.

Leonardo (1997) descreveu as limas Profile séries 29, confeccionadas em liga de níquel-titânio, destacando sua maior conicidade e sua utilização em peça de mão com baixa rotação (250 a 350 rpm) de alto torque.

Lopes et al. (1997) avaliaram em molares inferiores com curvatura, por meio de radiografias, os deslocamentos apicais após a instrumentação do canal radicular com as limas: K-Flexofile (Dentsply-Maillefer®), K-Flexofile Golden Mediums (Dentsply-Maillefer®), Nitiflex (Dentsply-Maillefer®), e Profile 0,04 série 29 (Dentsply- Maillefer®), acionadas a motor. Para o grupo I os dentes foram preparados convencionalmente até a lima #25 Flexofile (Dentsply-Maillefer®), no grupo II a instrumentação foi semelhante ao grupo I porém intercalada com as limas Golden

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Mediums (Dentsply-Maillefer®), de números #12, #17 e #22, no grupo III preparados convencionalmente até o número #25 com as limas Nitiflex (Dentsply-Maillefer®), e no grupo IV inicialmente preparados no sentido coroa-ápice com a lima Profile 0,04 de números #5, #4 e #3 até 2/3 do comprimento de trabalho, a seguir, no sentido ápico-cervical até o instrumento #4 em toda a extensão do canal. As radiografias foram analisadas e os resultados mostraram que os deslocamentos apicais foram nulos com o emprego das limas de níquel-titânio acionadas a motor.

Short et al. (1997) compararam três tipos de limas de níquel-titânio; Profile 0.04, (Dentsply-Maillefer®), Lightspeed (Lightspeed®) e McXim, utilizadas em sistemas automatizados, em relação às limas manuais Flex-R (Union Broach USA®), no transporte do canal, utilizando raízes de molares inferiores com curvatura. Os canais foram preparados até a lima apical final #30 ou #40, através da metodologia proposta por Bramante, Berbert e Borges (1987). As imagens dos terços cervical, médio e apical foram sobrepostas e analisadas. Observaram que os sistemas de níquel-titânio deixam o canal com menor deformação do que a lima manual de aço inoxidável, não havendo diferenças significativas entre os sistemas de níquel-titânio em qualquer nível analisado. As diferenças entre a instrumentação manual e os sistemas de níquel-titânio foram mais evidentes com o instrumento de tamanho #40, no preparo apical.

Tepel & Schäfer (1997) realizaram extensa revisão da literatura analisando instrumentos com diferentes ligas (aço inoxidável, níquel-titânio e níquel- alumínio), utilizados de forma manual. Analisaram aspectos como eficiência de corte e capacidade de modelagem em canais curvos. Concluíram que os instrumentos de aço inoxidável tipo K convencional e flexível, possuem capacidade de corte superior aos de (Ni-Ti). Instrumentos fabricados em aço inoxidável com ponta modificada

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produzem melhor forma, em canais com curvatura, que outros instrumentos de aço inoxidável e a base de (Ni-Ti).

Thompson & Dummer (1997a) avaliaram a capacidade dos instrumentos rotatórios Profile 0.4 série 29 de níquel-titânio, no preparo de canais radiculares simulados curvos, valendo-se da técnica cérvico-apical. Verificaram o tempo, fratura, perda do comprimento de trabalho, obstrução e forma tridimensional do canal.

Utilizaram para irrigação dos canais radiculares artificiais, 20 mL de água destilada por bloco, juntamente com um lubrificante Hibiscrub (Zanega®). O aparelho NT-Matic (NT Company®) manteve a velocidade constante em 280 rpm. As impressões foram realizadas com Polysiloxane (Coltene®). Os resultados mostraram que o tempo necessário para o preparo do canal não foi influenciado significativamente pela forma do canal. Nenhum canal simulado tornou-se obstruído com restos de resina e a perda do comprimento de trabalho foi em média 0,5 milímetro ou menos. As impressões da forma do canal demonstraram que os condutos apresentavam um

"batente apical" definido com paredes lisas e boa conicidade. Concluíram que Profile 0.4 série 29 preparou rapidamente canais simulados criando boa forma tridimensional.

Thompson & Dummer (1997b) avaliaram a capacidade do instrumento Profile 0.4 série 29 em dar forma a canais radiculares simulados curvos, valendo-se da técnica cérvico-apical. Foram analisadas deformações, tais como: zips, danger zones, perfurações, elbows e degraus. Os resultados mostraram que nenhum zip, perfuração ou danger zones foram observados, mas em 60% foram evidenciados degraus. A direção do transporte em curvaturas de 8 milímetros ficou equilibrada entre a parte interna e externa, mas em curvaturas de 12 milímetros foi direcionada

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para o lado externo. Excessiva quantidade de resina foi removida do lado externo na parte apical da curvatura, sendo associados a degraus.

Bryant et al. (1998) avaliaram, em canais simulados curvos, 20 ou 40º a capacidade de modelagem dos instrumentos Profile de conicidade 0.04 (Dentsply- Maillefer®), utilizando da técnica cérvico-apical. Os preparos foram conduzidos pelo motor NT-Matic (NT Company) com velocidade constante de 280 rpm. Evidenciaram nove formações de zips e apenas um "degrau". O transporte foi em direção ao lado externo da curvatura, na porção apical e o canal permaneceu mais centrado na parte reta. Concluíram que o instrumento Profile produz zips em grande quantidade.

Kavanagh & Lumley (1998) desenvolveram um modelo de dupla exposição radiográfica para verificar a manutenção da forma original, em canais curvos de molares humanos, preparados de três maneiras diferentes; grupo I, limas Profile 0.04 (Dentsply-Maillefer®), em sistema rotatório de 200 rotações por minuto (rpm) e técnica cérvico-apical com a lima final apical #6 correspondendo ao instrumento ISO #35; no grupo II, preparados com abridores de orifício, manuais, para ampliar a entrada do canal, e instrumentos Profile 0.04 e 0.06, no grupo III, utilizando brocas de Gates-Glidden #2 a #4 e limas manuais Profile 0.2 do número

#2 ao #6. O transporte do canal foi avaliado na parte apical, média e cervical sendo que os resultados mostraram que não houve diferenças significantes entre as técnicas, em qualquer nível analisado. Concluíram que o uso de limas com conicidade 0.6 melhoraram a forma do canal não aumentando o transporte.

Machado (1998) avaliou as possíveis alterações da área, perímetro e fator de forma para três técnicas mecânicas representadas pelos sistemas Profile 04 (Dentsply-Maillefer®), Profile 04 associado a técnica cérvico-apical com auxílio de

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brocas de Gates-Glidden e Lightspeed (Lightspeed®), em canais radiculares artificiais curvos. Os resultados foram analisados, não demonstrando para as propriedades de área e perímetro diferenças significativas. Quanto à forma, o grupo do sistema Profile 04 (Dentsply-Maillefer®), evidenciou diferenças significativas em relação aos demais, apresentando preparos de boa qualidade.

Thompson & Dummer (1998) compararam as alterações promovidas por dois tipos de limas de níquel-titânio: Mity Roto 360 e Naviflex, acionadas por sistema rotatório, utilizadas para preparar canais radiculares simulados em 20 ou 40º valendo-se da técnica cérvico-apical. Essas limas possuem conicidade de 0.2 milímetro e ponta arredondada. Imagens pré e pós-operatórias foram analisadas e verificou-se que nenhum dos instrumentos criou zips, elbows e danger zones.

Ombros foram observados em 50% dos canais preparados com Mity e 72% com Naviflex. A direção de transporte na parte apical foi para o lado externo da curvatura.

Concluíram que tanto Mity quanto Naviflex prepararam canais com alta incidência de ombros, mas não provocaram iatrogenias.

Miranzi (1999) comparou as alterações promovidas em quarenta (40) canais radiculares artificiais curvos em 30º, após preparo com limas de (Ni-Ti) manuais Onyx-R (Union Broach USA®) e acionadas por motor elétrico Pow-R (Union Broach USA®), ambas auxiliadas por brocas de Gates-Glidden #1 e #2 na técnica cérvico-apical, preparados no comprimento de trabalho até o instrumento #40.

Foram avaliadas as áreas desgastadas na parte curva, as distâncias desgastadas em três níveis 4, 5 e 11 mm aquém do final apical dos canais simulados e contorno final do canal para ambos os tipos de limas. Os resultados mostraram, pelas medidas das áreas apical e cervical da curvatura, maior tendência à formação de zip e danger zones, significativamente para os preparos manuais, o mesmo

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acontecendo nos três níveis averiguados. O contorno final mostrou canais mais centrados e regulares quando executados com limas de (Ni-Ti) movidas a motor.

Concluiu que os preparos manuais com limas de (Ni-Ti) denotam transporte do canal e maior tendência de deformações ao preparo.

Miranzi et al. (1999a), avaliaram através de canais radiculares simulados curvos a regularidade decorrente do preparo manual, com movimento de limagem e forças balanceadas. Os preparos foram auxiliados por brocas de Gates-Glidden #1 e

#2 na parte reta do canal, e instrumentados no comprimento de trabalho até um instrumento #40. As imagens foram feitas antes e após os preparos, resultando não haver diferenças estatísticas. Concluíram que o movimento de limagem produz maior quantidade de zips e elbows, sendo que o movimento de forças balanceadas manteve o canal mais centrado, obtendo preparos regulares.

Miranzi et al. (1999b), compararam os preparos apicais, promovidos por limas de aço inoxidável, em dois tamanhos. Utilizaram da técnica cérvico-apical e cinemática de forças balanceadas. Vinte blocos com canais simulados curvos foram preparados pelas limas Flex-R (Union Broach USA®) sendo que para o grupo 1 (n=10) o preparo apical foi conduzido até o instrumento #30 e para o grupo 2 (n=10) até a lima #40. Foram avaliados os desgastes ocorridos em três níveis: 3, 5 e 13 mm aquém do final apical do canal simulado assim como as formações de zips e danger zones. No nível de 3 mm, houve diferenças significantes, prevalecendo menor deformação para os preparos com instrumento #30. Para o nível de 5 mm não houve diferenças significantes. Por outro lado, o deslocamento do canal para o lado interno durante o preparo, ao nível de 13 mm mostrou diferenças significantes, com maior desgaste e propensão a formação de danger zones para os preparos apicais com a lima #40. Foi denotado um (1) zip para preparo apical #30 e dois (2) para a lima #40.

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Não ocorreu nenhuma formação de danger zones para preparo apical com lima #30 e quatro (4) para #40.

Buchanan (2000) afirmou que a dilatação do canal por instrumentos tradicionais é complexa, resultando em iatrogenias. Destacou a importância da conicidade dos instrumentos de (Ni-Ti) 0.06, 0.08, 0.10 e 0.12, objetivando dilatação cervical adequada e domínio da lima na porção apical, facilitando a limpeza e obturação.

Jardine & Gulabivala (2000) compararam a capacidade de modelagem entre os sistemas rotatórios de (Ni-Ti) McXIM (McXIM®), Profile série 29 (Tulsa®) e limas FlexoFiles (Dentsply-Maillefer®) de aço inoxidável. Utilizaram sessenta (60) canais radiculares de molares e pré-molares com curvatura em 35º. Os sistemas foram usados como recomendado pelo fabricante. No grupo das limas de aço inoxidável a técnica utilizada foi a do duplo escalonamento. Imagens radiográficas foram obtidas antes e após os preparos para mensurar as alterações de posição.

Não houve diferenças significativas entre os instrumentos testados. Concluíram que as curvaturas foram mantidas de maneira semelhante pelos instrumentos testados.

Thompson & Dummer (2000) determinaram a capacidade de modelagem dos instrumentos rotatórios de (Ni-Ti) Hero 642 (Micro Mega®) em quarenta (40) canais simulados curvos em 20º e 40º com tamanho de curvatura de 8 ou 12 mm e raio de 16 mm, utilizando técnica cérvico-apical. Verificaram também o tempo de preparo, fratura de instrumentos, perda do comprimento de trabalho e impactação.

Todos os canais foram instrumentados com velocidade constante de 170 rpm e lima apical final no comprimento de trabalho #35. O tempo de preparo foi de 8.6 minutos em média e foi significativamente influenciado pela forma do canal. Dois

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instrumentos fraturaram e oito deformaram sendo significativas as diferenças com relação ao formato da curvatura. Cinco canais simulados mantiveram o comprimento de trabalho, 15 perderam comprimento e oito ganharam em comprimento. A forma assumida após os preparos apresentavam boas características, foi denotado pouca conicidade em 79% das amostras e boa em 21%.

Deplazes et al. (2001) compararam o deslocamento do centro do canal mésio-vestibular, molar superior ou inferior, com grande e pequena curvatura. Para tanto, valeram-se de secções transversais, 1.25 mm, 3.25 mm e 5.25 mm do ápice.

As amostras foram divididas em dois grupos (n=11) sendo que para o grupo 1:

utilizados instrumentos LithSpeed (LighSpeed®) com lima final apical #50. Para o grupo 2: os canais radiculares foram preparados pelas limas Nitiflex (Dentsply- Maillefer®) até o instrumento #40. Concluíram que os dois tipos de instrumentos testados desviaram do centro sem diferenças significativas.

Pereira et al. (2001) compararam a ação das limas de aço inoxidável e de (Ni-Ti) com relação a ocorrência de transporte apical em canais mesiais curvos em 29º de primeiros molares superiores, por meio de dupla exposição radiográfica. O grupo I recebeu tratamento com emprego das limas Flexo-files (Dentsply-Maillefer®) e grupo II utilizaram instrumentos de (Ni-Ti) Sureflex (Dentsply-Maillefer®). A lima de dilatação apical final foi #25, sendo realizado escalonamento programado de quatro (4) limas. Não foram evidenciadas diferenças significativas, para o transporte apical, mas foi denotado quatro canais com transporte para Flexo-files (Dentsply-Maillefer®) e apenas um para (Ni-Ti).

Peters et al. (2001) analisaram as alterações morfológicas, através de tomografia computadorizada, em dezoito canais de seis molares superiores

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extraídos de humanos. Os dentes foram instrumentados com limas de aço inoxidável tipo K (Dentsply-Maillefer®), LightSpeed (LightSpeed®) e Profile 0.4 (Dentsply- Maillefer®) de (Ni-Ti). Todos os canais foram preparados com Gates-Glidden de #4 a

#1 e o preparo apical realizado com limas #40 ou #45 e escalonamento até #60.

Verificaram maior quantidade de áreas não instrumentadas para os instrumentos de aço inoxidável tipo K (Dentsply-Maillefer®) em relação aos outros grupos. O transporte apical ocorreu para o lado externo da curvatura para todas as limas do estudo. Concluíram que as variações de geometria antes do preparo dos canais têm mais influência do que as próprias técnicas testadas.

Chen & Messer (2002) através de impressões de silicone, antes e após os preparos, compararam as deformações produzidas com dois sistemas rotatórios de (Ni-Ti), ProFile (Tulsa®), LightSpeed (LightSpeed®) e preparo manual com limas tipo K-File (Kerr®). A lima final apical foi definida, com três instrumentos acima, da lima que inicialmente ajustou no comprimento de trabalho. A técnica aplicada para instrumentação manual foi a ápico-cervical, para os sistemas ProFile (Tulsa®) e Lightspeed (Lightspeed®) foi utilizada a técnica cérvico-apical. As imagens foram analisadas em 7 mm aquém do comprimento de trabalho. A instrumentação manual ocorreu significativamente em maior quantidade de deformações, do que os preparos com (Ni-Ti) rotatório (p<0.005). Diferenças significantes foram encontradas também entre ProFile (Tulsa®) e Lightspeed (Lightspeed®), sendo que o sistema Lightspeed (Lightspeed®) promoveu menor quantidade de erros. Concluíram que o sistema Lightspeed (Lightspeed®), promoveu melhor forma aos preparos prevenindo deformações.

Hata et al. (2002) utilizando canais radiculares artificiais curvos com curvatura de 20 e 30 graus, compararam os preparos produzidos com os sistemas

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ProFile (Dentsply-Maillefer®), GT (Dentsply-Maillefer®) e instrumentação manual Flex-R (Union Broach USA®) com forças balanceadas. As imagens pré e pós- operatórias foram sobrepostas e medidas as quantidades de material removido, do lado interno e externo da curvatura, em cinco níveis, 5 mm aquém do ápice. A diferença entre o desgaste interno e externo, em cada nível, quando resultava em zero o canal havia sido perfeitamente preparado, se o resultado fosse negativo, maior desgaste interno e positivo maior quantidade de material removido do lado externo. Foi analisado também o tempo de preparo, incluindo os procedimentos de irrigação. A 1 mm do ápice o transporte foi evidenciado para o lado externo da curvatura, exceto para a lima Flex-R (Union Broach USA®) com forças balanceadas que desgastou mais para o lado interno. No nível de 2 mm e 3 mm preparos mais regulares foram observados com o sistema ProFile (Dentsply-Maillefer®). Para o nível de 4 mm todas as técnicas removeram mais material para o lado interno da curvatura, o mesmo acontecendo no nível de 5 mm. A técnica de forças balanceadas requereu significativamente mais tempo para sua execução. Concluíram que os instrumentos de aço inoxidável produziram deformações como zip e perfurações, e os sistemas rotatórios de (Ni-Ti) foram mais rápidos com melhor conformação.

Schäfer & Lohmann (2002) realizaram análise comparativa da capacidade de modelagem da lima FlexMaster (Vereinigte®), com instrumentos de aço inoxidável K-Flexofiles (Dentsply-Maillefer®) manuais. Utilizaram de canais radiculares artificiais curvos, com ângulo de curvatura de 28º e 35º. Os preparos para os dois grupos foram conduzidos até o instrumento #35. As imagens pré e pós-operatórias foram sobrepostas e analisou-se o material removido em vinte pontos, iniciando 1 mm aquém do final de cada canal simulado. Foram observados também os tempos gastos para o preparo, incidência de deformações, alterações no comprimento de

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trabalho e alterações nos instrumentos. As limas FlexMaster (Vereinigte®) mostraram modelagens superiores comparadas com as tipo K-Flexofiles (Dentsply-Maillefer®), produzindo menos deformações, para os dois tipos de ângulo de curvatura. Quinze (15) limas FlexMaster (Vereinigte®) e onze (11) K-Flexofiles (Dentsply-Maillefer®) sofreram deformações permanentes, sendo que dois instrumentos FlexMaster (Vereinigte®) fraturaram. Ambos mantiveram o comprimento de trabalho sendo o preparo com FlexMaster (Vereinigte®) mais rápido significativamente (p<0.01) em relação a técnica manual e limas de aço inoxidável. Concluíram que a lima FlexMaster (Vereinigte®) prepara canais curvos rapidamente, com mínimo transporte para o lado externo da curvatura.

Tan & Messer (2002) compararam a qualidade do alargamento apical, transporte do canal, limpeza e forma final, através de cortes histológicos em canais mésio-vestibulares de molares inferiores, utilizando limas de aço inoxidável convencional, manualmente e (Ni-Ti) rotatório LightSpeed (LightSpeed®). Para tanto utilizaram trinta molares inferiores, sendo que para o grupo 1 (n=10) os canais mésio-vestibulares, preparados pela técnica ápico-cervical, sem uso de alargamento cervical prévio, e limas tipo K. No grupo 2 (n=10) foi utilizado o alargamento cervical prévio e lima de aço inoxidável tipo K. Para o grupo 3 (n=10) os canais foram instrumentados com LightSpeed (LightSpeed®). A lima apical final para os grupos 1 e 2 foi baseado na lima inicial mais três limas acima. Para o grupo 3 seguiram as recomendações do fabricante. Preparos mais largos e conseqüentemente melhor limpeza foram conseguidos com LightSpeed (LightSpeed®) significantes em relação aos outros grupos (p<0.001). Os instrumentos LightSpeed (LightSpeed®) promoveram preparos com menor transporte e melhor forma, significante (p<0.05).

Nenhumas das três técnicas promoveram limpeza completa no terço apical.

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Bergmans et al. (2003) compararam em dez molares inferiores a capacidade de modelagem entre os sistemas ProTaper (Dentsply-Maillefer®) múltipla conicidade e K3 (Sybron Endo®) conicidade constante. Os canais foram irrigados com hipoclorito 2.5% e Glyde (Dentsply-Maillefer®) como lubrificante. Os dois grupos foram preparados pela técnica cérvico-apical sem uso de brocas de Gates-Glidden.

A seqüência para o sistema ProTaper (Dentsply-Maillefer®) foi: Sx, S1, S2, F1 e F2 com velocidade constante de 300 rpm. Para o grupo K3 (Sybron Endo®) foi utilizada velocidade constante de 300 rpm e para a parte cervical usaram instrumentos de conicidade 0.08 e depois 0.06 para completar, os preparos no comprimento de trabalho, começavam com tamanho #40 indo até o #15, manobra que era repetida até que o instrumento #25 atingisse o comprimento de trabalho. Os dois sistemas foram capazes de manter a forma original do canal. O sistema ProTaper (Dentsply- Maillefer®) e K3 (Sybron Endo®) proveram preparos apicais centrados, e deslocamentos na região da furca foram evidentes para o sistema ProTaper (Dentsply-Maillefer®), indicando cuidado especial com a conicidade progressiva nesta região.

Del Bello et al. (2003) comparam as alterações de forma, decorrentes de três formatos da ponta das limas de aço inoxidável manuais. Noventa (90) blocos com canais curvos foram utilizados, trinta em cada grupo. A técnica empregada para todos os grupos foi cérvico-apical com uso das brocas de Gates-Glidden de #6 a #2.

Os canais simulados foram fotografados, antes e após as instrumentações, e analisadas a incidência de transporte, deformações dos instrumentos e ledge. As limas comparadas foram: Flex-O files (Dentsply-Maillefer®), ponta piramidal, Mor- Flex (Union Broach USA), ponta cônica, e Flex-R (Union Broach USA), ponta bi- cônica. A cinemática empregada foi a de forças balanceadas, o preparo apical foi

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realizado com instrumento #45 para todos os grupos. Ponta bi-cônica produziu menos transporte e nenhuma formação de “ledge” significante em relação aos outros grupos. Flex-O files (Dentsply-Maillefer®) produziu muita deformação nos preparos, ledge e danos aos instrumentos. Concluíram que os instrumentos com ponta bi- cônica mantêm a curvatura original melhor que os de ponta cônica e piramidal.

Hadchiti et al. (2003) avaliaram a capacidade de três diferentes instrumentos, em causar deformações e desvios ao nível apical. Foram empregados 21 canais simulados com curvatura em 30º. Inicialmente foram preparados com Gates-Glidden #1 e #2 (Dentsply-Maillefer®). Para o grupo 1: instrumentados com limas Flex-R (Union Broach USA®) #15-#40. No grupo 2: instrumentados de #15-#40 pelas limas Flexofiles (Dentsply-Maillefer®). Grupo 3: preparados pelo sistema Pow- R (Union Broach USA®) #15-#40. As imagens foram sobrepostas e analisadas pelo programa ImageLab (Fousp SP), referente a área instrumentada e largura 2 mm aquém da largura um (1). De acordo com os dados estatísticos observou-se que o instrumento Pow-R (Union Broach USA®) removeu menor quantidade de material, em área, e a lima Flex-R (Union Broach USA®) maior. Pelas diferenças das larguras 2 e 1 denotou-se maior deformação, com os instrumentos Flex-R (Union Broach USA®), ficando o canal em forma de ampulheta. Concluíram que as limas Pow-R (Union Broach USA®) promovem forma mais homogênea, com relação à alteração da forma original, as limas Flexofiles (Dentsply-Maillefer®) tiveram desempenho semelhante às Flex-R (Union Broach USA®), sendo a deformação mais observada foi a forma de ampulheta.

Martin et al. (2003) avaliaram o efeito da velocidade de rotação, ângulo e raio de curvatura, na fratura de dois tipos de limas ProTaper (Dentsply-Maillefer®) e K3 (Sybron Endo®). Duzentos e quarenta canais de molares inferiores foram

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divididos em dois grupos, de acordo com o ângulo de curvatura (grupo A <30º grupo B >30º). Cada grupo foi subdividido em dois (2) subgrupos que foram instrumentados pelos sistemas K3 (Sybron Endo®) e ProTaper (Dentsply-Maillefer®).

Três diferentes velocidades foram testadas: 150, 250 e 350 rpm (n=20 para cada velocidade). Cada instrumento foi utilizado no máximo 20 vezes em cada velocidade.

No total vinte e dois instrumentos fraturaram (12 ProTaper (Dentsply-Maillefer®) e 10 K3 (Sybron Endo®)); todos em curvaturas com ângulo >30º. As limas fraturaram significativamente na velocidade de 350 rpm (6 ProTaper (Dentsply-Maillefer®) e 4 K3 (Sybron Endo®)). O raio de curvatura não teve influência significante na fratura do instrumento. Concluíram que as limas testadas tiveram associação significativa com a velocidade de rotação e ângulo de curvatura.

Peters et al. (2003) analisaram a capacidade de modelagem do sistema ProTaper (Dentsply-Maillefer®) em molares superiores através de tomografia computadorizada. Os canais foram preparados com S1, S2, F1, F2 e F3 com velocidade de 250 rpm. A abertura dos canais foi dilatada com Gates Glidden #3 e

#2 (Dentsply-Maillefer®). A câmara pulpar foi irrigada com 5 mL de água destilada e a cada troca de instrumentos, foi utilizado também um lubrificante Glyde (Dentsply- Maillefer®). O comprimento de trabalho foi estabelecido em 0.5 mm aquém da patência. Um conjunto de instrumentos preparou três (3) canais e depois foi descartado. Concluíram que o sistema ProTaper (Dentsply-Maillefer®) prepara canais de molares superiores sem erros de preparo e com tamanhos apropriados, sendo que pouco transporte apical foi evidenciado. O sistema estudado promove melhores preparos em canais mais estreitos do que em dentes imaturos.

Schäfer & Florek (2003) realizaram análise comparativa da capacidade de modelagem da lima K3 (Sybron Endo®), rotatório de (Ni-Ti) com instrumentos de aço

Referências

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