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− de autodesbaste de Yoda et al (1963) entre outros.

3.7 Métodos de avaliação de investimentos florestais

Segundo Schneider (1984, 2006), a avaliação de projetos de investimento florestal é realizada pela operacionalização de um fluxo de caixa, que se constitui nas estimativas de receitas e despesas dos recursos monetários aplicados ao longo do tempo. Para estas estimativas, é necessário agrupar os dados das operações em matrizes de coeficientes técnicos e levantar os preços de insumos e produtos. A partir destes, o fluxo de caixa líquido resulta da diferença de dois grandes fluxos de recursos: as receitas, divididas em valor da produção, valor dos subprodutos, valor residual, subsídios governamentais e receitas adicionais; e as despesas, compostas de custos de investimentos e de operação (NORONHA, 1987).

Segundo Schneider (2006), a avaliação econômica de projetos de investimentos, entendida como a aplicação de capital em unidades produtivas para obtenção de receitas, pressupõe a determinação de fluxo de caixa e a escolha do custo de oportunidade do capital. Por isso, a inversão de capitalcom a finalidade de obtenção de receita pode ser representada, esquematicamente, por meio de um fluxo de entradas e saídas monetárias, até o final de um período de tempo considerado.

A comparação entre as alternativas pode ser realizada por métodos econômicos, como o do Valor Presente Líquido, que tem como característica essencialo desconto para o presente do fluxo de caixa esperado como resultado de uma decisão de investimento, sendo, portanto, uma medida direta da atratividade econômica do investimento proposto. Este método, de

acordo com Schneider (2006), pode ser definido como a diferença entre as receitas e despesas descapitalizadas para o ano 0 (zero), determinando o valor atual de um fluxo de caixa futuro.

Em estudos econômicos, quanto maior for o Valor Presente Líquido, mais atrativo é o projeto de investimento, sendo que a taxa de juro utilizada no cálculo deve representar o que se deixa de ganhar pela não aplicação do capital em outra oportunidade de investimento ao alcance do investidor. Por isso, a magnitude da taxa de juro a ser utilizada depende da posição do investidor em relação às demais oportunidades de empregos do capital. Assim, a taxa de juro deveráequiparar-se à taxa de projetos alternativos, sujeitos ao mesmo grau de risco.

Segundo Souza e Clemente (1999), o método do Valor Presente Líquido (VPL), com certeza é a técnica robusta de investimento mais conhecida e mais utilizada. O VPL, como o próprio nome diz nada mais é do que a concentração de todos os valores esperados de um fluxo de caixa no momento zero.

De acordo com Faro (1979), o Valor Presente Líquido de um projeto é a soma algébrica dos valores descontados, à determinada taxa de juros, do fluxo de caixa a ele associado.

Segundo Silva (1992), esse método do Valor Presente Líquido é um dos mais utilizados na avaliação de investimentos, por valor da produção em termos atuais, considerando uma taxa de juros, e por ser isento de falhas técnicas.

A taxa interna de juro de um projeto expressa a taxa anual de retorno do capital investido e tem a propriedade de igualar o valor das receitas ao valor atual dos custos. Esta medida econômica está associada à viabilidade de um projeto de investimento e determina se a rentabilidade é superior, inferior ou igual ao custo do capital utilizado para financiar o projeto (SCHNEIDER, 2006).

Por este critério, um projeto é considerado viável economicamente se sua taxa interna de juro for maior que uma taxa de desconto alternativa de remuneração de capital, que normalmente é chamada taxa de desconto mínima de atratividade.

Por outro lado, a taxa interna de juro não é recomendável como critério de equalização de horizonte, sendo necessário, nestes casos, fazer preliminarmente as correções com base nos custos de Fisher (FARO, 1979).

Segundo Faro (1979), na maioria dos casos de seleção entre investimentos alternativos, que sejam mutuamente exclusivos e que tenham vidas diferentes, é necessário tornar a análise de alternativas comparáveis, ou seja, tornando as vidas iguais. Para tanto, ele sugere dois procedimentos:

a) O primeiro deles consiste em tornar como período de estudo o Mínimo Múltiplo Comum entre as vidas dos projetos que estão sendo comparados; e

b) Estimar valores residuais no fim da vida útil do projeto de menor duração, para as demais alternativas.

Para Rezende (1995), a comparação entre os horizontes de planejamento usando o critério do Mínimo Múltiplo Comum (MMC) é foi feita utilizando-se o conceito do método do mínimo múltiplo comum, com o objetivo de igualar o horizonte de tempo das diferentes culturas para poder compará-las na mesma unidade, devendo-se considera os seguintes pontos:

a) Os projetos devem ser renovados nas mesmas condições iniciais, o que nem sempre é possível; e

b) Se “ n “ (duração do projeto 1) e “ m “ (duração do projeto 2) são números primos, o MMC poderá ser superior ao horizonte de dados, colocando-se assim, fora do caso determinístico que está assumindo.

O Fluxo Anual Equivalente (FAE) ou Valor Anual Equivalente (VAE), segundo Albuquerque (1993) é utilizado principalmente para a comparação de projetos que apresentam horizontes diferentes, tais como, culturas florestais versus culturas agrícolas ou entre diferentes sistemas de manejo florestais. A pressuposição é de que cada fluxo de caixa se repita perpetuamente, tornando o infinito um horizonte comum a todas as alternativas. Ao empregar este critério deve-se levar em consideração a natureza do valor das parcelas. Se estas apresentam uma receita, deve-se optar pelo projeto de maior fluxo anual equivalente.

Ao empregar este critério de análise, Schneider (2006) recomenda levar em consideração a natureza do valor das parcelas dos projetos de investimento. Se estes apresentam uma receita positiva, deve-se optar pelo projeto de maior fluxo anual equivalente. Caso contrário, se as parcelas representam custos, como custos anuais de manutenção, deve-se optar pelo projeto de menor fluxo anual equivalente em termos absolutos.

De acordo com Faro (1979), a Razão Benefício/Custo é o quociente entre o valor presente da sequência de receitas e o valor presente da sucessão dos custos. Se esta razão exceder a unidade, o valor presente líquido do investimento será positivo, indicando que o projeto é economicamente viável, sendo tanto mais interessante quanto mais a razão exceder a unidade.