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3.3. Métodos

Este tipo de trabalho envolve várias fases com metodologias distintas:  Base de dados:

• Dados de campo utilizados foram recolhidos pelo LEA entre 2004 e 2011. Descriminação de espécies e de número de indivíduos por espécies;

• Criação de uma base de dados para uniformização da informação recolhida no campo, e obtenção dos dados dos indicadores abundância e riqueza. Contagem de espécies por classes e de número de indivíduos por espécie/classe. Elaboração de uma tabela georreferenciada com estes resultados

 Criação de um projeto em ambiente SIG:

• recolha de toda a informação necessária e disponível:contagem do número de espécies e do número de indivíduos por espécie

o folhas da carta militar; o ortofotomapas;

o carta de uso e ocupação do solo (COS06);

o altimetria, declive, exposição e rede hidrográfica; o imagens de satélite

• identificação e localização cartográfica da área de estudo;

• identificação do sistema de coordenadas

(WGS_1984_Complex_UTM_Zone_29N);

• Adicionou-se a shapefile com o limite do território português, criaram-se novas shapefiles como os pontos de amostragem (tabela de atributos com os indicadores abundância e riqueza) e quadriculas UTM,

• Atualização do projeto SIG, com mais informação: folhas da Carta Militar série M888; altimetria; hidrografia; COS; CLC

• A partir dos pontos cotados e das curvas de nível obtivemos uma TIN, através desta calculámos uma TINGRID, que permitiu, posteriormente, calcular o declive e a exposição da área de estudo;

• A atualização do projeto com a shapefile da rede hidrográfica permitiu calcular as equidistâncias às margens da rede;

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• Recorrendo a ferramenta Extract Multi Values to Point atualizou-se a tabela de atributos da shapefile pontos de amostragem com os raters concebidos ( TINGRID, declive, exposição, distância á rede hidrográfica e NDVI);

• Assim através da ferramenta GWR efetuou-se uma análise multidimensional. o Para correr o método GWR foi necessário:

 criar um ficheiro de pontos com as vaiáveis dependentes e com as independentes  correr a rotina OLS (Ordinary Least Squares) sobre o ficheiro de pontos e gerar um

novo ficheiro de pontos

 correr a rotina GWR sobre esse novo ficheiro de pontos: seleccionar as variáveis, configurar o modelo Kernel adaptative, Aditional parameters: Coefficient raster workspace: criar uma pasta nova,Environment: extent e cell size

 correr a rotina Map Algebra usando os rasters com os parâmetros estatísticos e os rasters originais

• Sobre o ficheiro Excel realizou-se um tratamento estatístico convencional.  análise e modelação dos dados

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Capítulo: IV – Apresentação da Área de Estudo

A região da Serra do Marão, na qual se insere este estudo, localiza-se no ponto culminante do complexo montanhoso da Península Ibérica, denominado Maciço Hespérico e nas províncias de Trás-os-Montes e Alto Douro, Alto Douro e Douro Litoral, entre os distritos de Vila Real e Porto. A Serra do Marão possui uma orientação dominante SO-NE, limitada a Este e a Oeste pelos rios Corgo e Tâmega, apresenta-se sinuosa, constituída por vertentes abruptas, grandiosas encostas e cumes estreitos acima dos 900 e 1000 metros de altitude, com uma linha de cumeada com cerca de 13km, e com declives entre os 25 e os 50%. Nas áreas sub-montanhosas, entre os 600 e 900 metros de atitude, apresenta declives entre os 12 e os 45% (Silva,1992).

A Serra do Marão pode ser dividida em três zonas climáticas distintas: Terra Fria de Alta Montanha; Terra Fria de Montanha e Terra Fria de Planalto. O clima da Serra caracteriza- se por Invernos longos, frios e húmidos, e Verões curtos, quentes e secos, apresentando uma precipitação média anual superior a 1400mm e uma temperatura média de 10 a 12,5ºC.

Altitude, declive, exposição e distância à rede hidrográfica

Na figura 7 apresenta-se a caracterização morfológica da área de estudo.

Em termos de altitude, atendendo a que os parques eólicos se localizam no cimo das serras, esta varia entre os 1413 e os 404 metros, as amostras só foram recolhidas entre os 594 – 1031metros. Relativamente ás outras variáveis morfológicas, calculou-se a carta de declives a carta de exposições e a distância à rede hidrográfica. Os resultados obtidos mostram que os declives variam entre 0 e 223% que as exposições abrangem todos os quadrantes, havendo zonas planas sem exposição predominante e que a distância à rede hidrográfica varia entre os 500.899 e os 0 metros.

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Relativamente à carta de uso e ocupação do solo, começou-se por analisar a COS06 e a CLC07. Estas peças foram úteis para fazer a caracterização em si, mas não puderam ser utilizadas nos processos estatísticos de análise de relação para com as variáveis abundância e riqueza, uma vez que o tipo de ocupação do solo estava codificado e não constituía, por isso, uma variável contínua. Contudo, esta informação permite caracterizar o tipo de ocupação do solo, sendo que a floresta mista, a vegetação esparsa e o mato dominam a paisagem, como se mostra na Figura 8 e se apresenta na Tabela 4.

Figura 7: Caracterização morfológica da área de estudo

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Tabela 4: Uso e Ocupação do solo (adaptado da COS 07)

De sign ão Nº de m an ch as Ár ea to tal (ha) Ár ea m éd ia p or m an ch a (ha) Ár ea (% )

Agricultura com espaços naturais e semi-naturais 8 23. 2.9 0.60 Áreas ardidas 1 1.9 1.9 0.05 Culturas temporárias de regadio 13 33.2 2.6 0.87 Culturas temporárias de sequeiro 6 18.8 3.1 0.49

Florestas abertas, cortes e novas plantações 22 162.9 7.4 4.28 Florestas de folhosas 19 118.5 6.2 3.11 Florestas de resinosas 27 125.3 4.6 3.29 Florestas mistas 31 189.0 6.1 4.96 Matos 25 2426.5 97.1 63.75 Olivais 6 6.7 1.1 0.17 Rocha nua 1 8.4 8.4 0.22 Sistemas agro-florestais 2 4.9 2.5 0.13 Sistemas culturais e parcelares complexos 21 111.8 5.3 2.94

Tecido urbano contínuo 1 1.7 1.7 0.04

Tecido urbano descontínuo 10 21.0 2.1 0.55 Vegetação esclerófila 23 159.8 6.9 4.20 Vegetação esparsa 4 274.3 68.6 7.21 Vegetação herbácea natural 1 100.1 100.1 2.63 Vinhas 10 18.4 1.8 0.48 Total 231 3806.2 330 100

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