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MATERIAL E MÉTODO

3. M ATERIAL E MÉTODO

Foram in c lu íd a s neste estu d o c ria n ç a s com su sp e ita de ICQ, encam inhadas por d ife re n te s p e d ia tra s ao S e rv iço de O rtop ed ia do Hospital In fa n til Pequeno P rín c ip e e Hospital de C ria n ça s Cesar Pernetta, no p e ríod o com preendido e n tre ja n e iro de 1989 à setem bro de 1990, em C u ritib a , que após o exame o rto p é d ico apresentavam d ia g n ó stico c lín ic o nâo c o n c lu s iv o para ICQ, pelo que foram adm itidas no program a de seguim ento c lín ic o sem q u a lq u e r atuação terap êutica.

Neste program a tiveram seus q u a d ris avaliado s pelo

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Exame U ltra s s o n o g rá fic o

O exame u ltra s s o n o g rá fic o foi realiza do com um apa relho de marca In te rse p e c com tra n s d u to r setorial de 5,0 MHZ. A té cn ica de abordagem foi a p re co n iza d a por HARCKE e COLS 34, que co n siste na avaliação da articu la çã o do q u a d ril nas posições tra n s v e rs a /n e u tra (TN) e co ro n al/fle xão (CF) (Fig.1 e 2), onde a prim e ira é a posição do tra n s d u to r e a se g u n d a a posição do q u a d ril du ran te o exame. A análise u ltra s s o n o g rá fic a baseou-se em dois parâm etros d iferen tes: um qu alitativo , ou seja, a im pressão visu al do examinador em relação ao desenvolvim ento e m aturidade do q u a d ril

nas duas posições anteriorm ente d e scritas; e o o u tro q u a n tita tivo , baseado na medida dos ân g u los a lfa e beta de GRAF 410 adaptando po para a posição em co ro n a l/fle xã o de HARCKE e COLS 34 com tra n s d u to r setorial. (Fig. 3 e 4)

F ig u ra 1. Posição T ra n sv e rs a /N e u tra (TN) de HARCKE e

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F ig u ra 3. M edida dos Angulos A lfa e Beta de GRAF po (T ra n s d u to r Linear).

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F ig u ra 4. M edida dos Angulos A lfa e Beta adaptada para T ra n s d u to r Setorial.

Na análise u ltra s s o n o g rá fic a v isu a l o exam inador c la s s ific o u os q u a d ris nas c a te g o ria s de "norm ais",

"su sp e ito s de in s ta b ilid a d e " ou "lu xad os" ten d o como base a localização da cabeça femoral em relação ao acetáb ulo e o desenvolvim ento do re b o rd o acetab ular.

Todos os q u a d ris que não apresentavam o re b o rd o a ce ta b u la r ang uloso na seção e c o g rá fic a centra!, na posição em coronal flexão, ou que não apresentavam a imagem típ ic a de " p ir u lito " na in c id ê n c ia em tra n s v e rs a / n e u tra foram c la s s ific a d o s como "su sp e ito s de in s ta b ilid a d e ". (Fig. 5 e 6) Quando a cabeça femoral c a rtila g in o s a lo ca liza va -se fo ra da ca v id a d e a ce ta b u la r os q u a d r is foram c la s s ific a d o s como "lu xados".

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F ig u ra 5. Imagem E c o g rá fic a em C o ron al/Fle xão m ostrando R eb ordo Anguloso.

F ig u r a 6. Imagem E c o g rá fic a em T ra n sv e rs a /N e u tra , M ostran do Imagem em " P ir u lito " .

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A an álise q u a n tita tiv a dos ân g u lo s a lfa e beta seguiram os c r ité r io s de GRAF p Q, onde q u a d ris com ângulo a lfa igual ou acima de 60 g ra u s e beta igual ou abaixo de 55 g ra u s foram co n sid e ra d o s como "norm ais".

Q u a d ris com ân g u lo alfa en tre 43 e 59 g ra u s e an g u lo beta e n tre 56 e 77 g raus foram co n sid e ra d o s “su sp e ito s de in s ta b ilid a d e ". Q u ad ris com ân g u lo a lfa igual ou menor do que 42 g ra u s e ân g u lo beta igual ou maior do que 78 g ra u s foram co n sid e ra d o s "lu xad os". (Tabela I).

Tabela I

C la ssifica çã o dos Q u a d ris ao Exame U ltra s s o n o g rá fic o em Relação aos V alores dos Ângulos A lfa e Beta Segundo G raf 28.

A LFA BETA

Normais 1 60° * 55°

S u spe itos 43-59° 56-77°

Luxados < 42° - 78°

Quando houve resu lta d o s c o n flita n te s e n tre a análise q u a n tita tiv a e q u a lita tiv a foram u tiliz a d o s os c r ité r io s de EXNER

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para os â n g u lo s a lfa e beta (55 e 72 grau* respectivam ente como v a lo re s lim ites de norm alidade).

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núcleo loca lizad o no q u a d ra n te s ú p e ro -la te ra l foram co n sid e ra d o s "luxados".

Tabela II

C la ssifica çã o dos Q u a d ris ao Exame R a d io g rá fico pelos V alores dos Ângulos A ce ta b u la re s em Relação à Idade S egu ndo TQNNIS _____________________________________

3-6 > 6

meses meses

Normais 22-32° 18-26°

S u sp e ito s 33-37° 27-30°

Luxados

o0000

-N 2 31°

Do ponto de v is ta e sta tístico , foram com paradas as fre q u ê n c ia s dos d ia g n ó stico s ("norm al", "s u s p e ita de in s ta b ilid a d e " e "lu xad o") dos exames c lín ic o e u ltra s s o n o g rá fic o com os re su lta d o s do exame ra d io g rá fic o a tra v é s do teste de M ann-W hitney para duas am ostras in d e p e n d e n te s e pareadas, com lim ite de co n fia n ça de 95%.

4. RESULTADOS

RESULTADOS 33

4. RESULTADOS

C in q ü e n ta e trê s pacien tes (106 q u a d ris ) preencheram as ex ig ên cias do protocolo. Q u arenta e cin co c ria n ç a s eram do sexo fem inin o e o ito do sexo masculino. A idade po r ocasião da p rim e ira co n su lta va riou de 0 à 49 dias de vida, com uma média de 21,6

± 13,9 dias. O exame u ltra s s o n o g rá fic o foi realiza d o e n tre 5 e 57 dias de v id a com uma média de 30,5 ± 15,6 dias. As ra d io g ra fia s do últim o seguim ento foram o b tid a s em pacien tes com idade e n tre 3 meses e 5 dias

RESULTADO S 34

RESULTADOS 35

RESULTADOS 36

Em se is q u a d ris, a ra d io g ra fia m ostrou alterações (dois com assim etria do núcleo e p ifis á rio isoladamente, dois com â n g u lo a cetab u lar de 29° e dois com s in a is de su b -lu x açâo) en q u a n to que o exame u ltra s s o n o g rá fic o estava d e n tro da normalidade.

O exame c lín ic o inicial e o exame ra d io g rá fic o fin a l foram co n co rd a n te s no d ia g n ó stico "su sp e ito de in s ta b ilid a d e " em apenas 3 q u a d ris. (Tab ela V)

Tabela V

D is trib u iç ã o dos D iagnósticos C on co rdan tes, Fa lso - P o s itiv o s e Falso -N eg ativo s dos Exames C lín ic o e U ltra s s o n o g rá fic o

R ad iog ráfico)

em Relação ao C o n tro le (Exame

c lín ic o ultras. radiol.

(co n trole)

C on co rdan tes 3 7 13

Falso N egativo 10 6 0

Falso P o s itiv o 42 4 0

DISCUSSÃO

DISCUSSÃO 38

5. DISCUSSÃO

A p ro c u ra de um método e fica z p a ra d e te cta r q u a d ris in s tá v e is no recém -n ascido tem sid o m otivo de e stu d os po r p a rte da m aioria dos p e sq u isa d o re s. Por o u tro lado, g e n e ra liz a r o tratam ento em recém -nascido s para e v ita r seq ü elas fu t u r a s rela cion ad as ao d ia g n ó stico ta rd io , como p re co n iza K LISIC 43 pode s ig n ific a r o aumento de com plicações rela cion ad as ao tratam ento, como a n ecro se a v a s c u la r 17,31,41,43,46,63 que pocje o c o rre r, mesmo em q u a d ris normais. A nece ssid ad e de co n ta r com um método a u x ilia r ao exame clín ico , o qual,

DISCUSSÃO 39

DISCUSSÃO 40

DISCUSSÃO 41

DISCUSSÃO 42

DISCUSSÃO 43

A p esa r de tod o o av an ço te cn o ló g ico parecem aind a muito a tu ais as p a la v ra s de O sch n e r em 1910 a resp eito da luxação c o n g ê n ita do q u a d ril, cita d a s p o r LAURENSON (1956)45: "Existem ainda, a lg u n s poucos problem as que permanecem em a b e rto e necessitam de fu tu ra s o b se rv a çõ e s e d iscu ssã o ".

CONCLUSÕES

CONCLUSÜES 45

6. CONCLUSÕES

1. O exame c lín ic o é in e fica z p a ra a v a lia r alteraçõ es com relação à e s ta b ilid a d e a r t ic u la r em

c ria n ç a s com idade e n tre 0 e 60 d ias de vida, qu ando os sin a is de O rtolani e Barlow são in co n clu siv o s.

2. O exame u ltra s s o n o g rá fic o é um método mais e ficaz do que o exame c lín ic o na avaliação de q u a d ris com su s p e ita de in s ta b ilid a d e em c ria n ç a s e n tre 0 e 60 dias de vida.

SUMMARY

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7. SUMMARY

One h u n d re d and six h ip s o f 53 p a tie n ts (aging from 0 to 60 days) re fe re d by th e p e d ia tricia n with s u sp e ct o f con genital hip in s ta b ility were evaluated c lin ic a lly and s o n o g ra p h y c a lly in o r d e r to analyse the e ffic ie n c y o f both methods in im ature hips. X Rpys were taken from th e same p a tie n t a fte r th re e m onths o f age.

The fin d in g s o f c lin ic a l and so n o g ra p h y c examination were compared to th e roentgenogram s. The clin ic a l assessm ent o f th e h ip s was done by the

SUMMARY 48

SUMMARY 49

In co n clu sio n the c lin ic a l examination is in e ffic ie n t to evaluate h ip s su sp e cte d o f in s ta b ility at the age o f 0 to 60 days if O rto la n i’s and B a rlo w ’s s ig n s were negative. The sonogram is b e tte r than clin ica l examination to evaluate h ip s su sp e cte d o f in s ta b ility in th is age group.

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