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“O que se vê mais, o jogo ou o jogador?”

IRLANDÊS CHAMA HENRY DE “HIPÓCRITA” POR GOL DE MÃO

O lance ilegal que foi decisivo para a classificação da França para a Copa do Mundo – uma bola conduzida com a mão pelo atacante Thierry Henry antes da assistência para o gol de Gallas, contra a Irlanda – gerou nesta quinta-feira várias críticas de torcedores e personalidades ligadas ao futebol irlandês.

Uma das mais duras foi feita pelo ex-atacante Tony Cascarino, que defendeu a Irlanda nas Copas de 1990, na Itália, e de 1994, nos Estados Unidos.

Suas declarações, publicadas nesta quinta-feira pelo jornal The Times, questionam o caráter de Henry, a quem chamou de “hipócrita”.

“Não sou um anjo, mas nunca teria feito o que ele fez. Henry pode dizer o que quiser, mas para mim não foi um lance acidental, e sim uma trapaça bem calculada. Ele colocou a mão para não perder o domínio da bola, e depois a levou claramente até seu pé direito”, afirmou (...)

Fonte: Notícia veiculada em 19 de novembro de 2009. Site http://bit.ly/17kOENr (acessado em 5 de março de 2010)

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Instituições Sociais. No caso de Thierry

Henry, a grande repercussão do seu ato se deveu a ter burlado uma regra dentro de uma instituição que é internacional – no caso, as regras da organização mundial do futebol, representada pela FIFA – Fédération Internationale de Football Association.

E como sugere o título deste capítulo, numa partida de futebol, muitas vezes nós reparamos mais no jogador e, algumas, nas regras do jogo. Os jogadores, evidentemente, são mais visíveis do que as regras. E na sociedade, reparamos mais nos indivíduos ou mais nas instituições? Ou reparamos nos dois? Tem gente que só percebe a existência de um deles. Mas vamos à nossa conversa.

Definindo os termos da conversa

Em primeiro lugar, podemos afirmar que essa reflexão sobre as instituições

sociais é muito importante para pensar

sobre as nossas vidas e o nosso cotidiano. As instituições estão por todos os lados. Nossa convivência com os pais e irmãos se dá na instituição família, com suas regras de comportamento e maneiras de pensar. Da mesma forma a escola, com todas as suas normas que envolvem os critérios de avaliação de desempenho, os horários, os uniformes dos estudantes, assim como a sua convivência com professores e os outros profissionais.

Mas não para por aí. Quando vamos nos divertir com nossa família num clube, estamos participando diretamente de uma instituição, da qual somos sócios. Já alguma pessoa que seja mais religiosa certamente frequenta algum local de culto, que está representando uma instituição para fins religiosos.

Acha que parou por aí? E quando você completar 18 anos (ou já completou?) certamente terá (ou já

teve) que possuir e lidar com uma série de documentos para provar que tem certos direitos, ou seja, vai lidar com uma burocracia que pertence ao Estado, que é outra instituição presente com bastante força em nossas vidas. Enfim, até a mídia que seleciona, organiza, sistematiza e difunde informações para nós, também é uma instituição, já que se trata de uma empresa capitalista, apesar de deter uma concessão pública como meio de comunicação de massa.

Mas, não pense que as instituições fazem tudo por você, como se você vivesse num mundo “automático”, onde tudo é determinado pelas instituições sociais.

Vanderlei Sadrack

Todos os cidadãos são obrigados a lidar com a burocracia da instituição Estado.

As instituições devem ser vistas pela nossa imaginação sociológica de forma bilateral, como dizia o sociólogo americano Peter Berger (1976). O que quer dizer isso? Que elas moldam os indivíduos, com suas regras e normas impessoais, com seu controle, através de sanções ou de ameaças de sanções e, até mesmo, com o uso da violência. No futebol, se você não seguir as regras, pode ser até expulso. Na sala de aula, se você não cumprir com uma rotina de estudos e não alcançar um certo nível nas avaliações de desempenho, pode ser reprovado; se não tiver uma conduta ou uma postura adequada de estudante, pode ser repreendido pelo professor ou pela direção da escola. Em casa, se

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você não zelar pela harmonia da família, pode sofrer algumas consequências emocionais.

Mas, por outro lado, você também pode ajudar a moldar ou modificar as instituições. Um exemplo disso é quan- do os movimentos sociais contribuem para que o Estado garanta um direito do cidadão ou quando um grande movi- mento de pessoas pressiona as institui- ções para que elas tenham outra forma de organização.

Você sabia que, em função das lutas pela democracia no Brasil, só nos últimos vinte e cinco anos é que os jovens entre 16 e 18 anos conquistaram o direito de votar? Você sabia que após cada Olimpíada acontece a organização das Paralimpíadas? Um evento onde as pessoas com deficiências (cegos, surdos ou com alguma limitação física) também realizam os seus jogos olímpicos? Pois bem, o Comitê Olímpico Internacional – uma instituição social – organiza as Paralimpíadas, como resposta às grandes lutas pelos direitos civis em nível mundial.

Mas, também podem ocorrer mu- danças em instituições com regras rí- gidas, devido às ações e atitudes de certos indivíduos. Por exemplo: a Igre- ja católica, há poucos anos, exigia que seus padres rezassem a missa somente em latim, que era a língua oficial do Antigo Império Romano, da qual ori- ginaram diversas outras línguas mo- dernas, como o espanhol, o francês, o italiano e o português. Porém, alguns padres começaram a perceber que as missas estavam se esvaziando, porque muitas pessoas não entendiam ou não viam significado na missa sendo reali- zada em uma língua que elas não co- nheciam. Final da história: muitos pa- dres começaram a rezar as missas nas suas línguas maternas e a autoridade máxima da igreja, o Vaticano, resolveu não mais exigir que as missas fossem realizadas em latim. Aqui, portanto, temos um exemplo explícito de que as instituições podem sofrer mudanças devido à ação dos indivíduos.

Bom, entendendo isso, já podemos definir as instituições sociais como órgãos reguladores da vida humana, que nos dizem de que maneira devemos nos conduzir, que existem de forma padronizada e que nos obrigam a seguir comportamentos e atitudes desejáveis pela sociedade. Muitas vezes, as instituições nos mostram que há somente aquela maneira de fazer e pensar as coisas do mundo. Podemos dizer, em outras palavras, que as instituições, enquanto estruturas organizadas, nos apontam o tipo de ação que se deve fazer num determinado tempo e espaço.

Essa definição nos faz lembrar aquilo que dizia Durkheim – que os fatos sociais são exteriores a nós. Podemos perceber que o mesmo se aplica às instituições. Elas existem, independentemente de nós; não podem ser negadas e temos que saber lidar com elas. Elas moldam nossas ações

Igreja – uma poderosa instituição social. Na foto, paróquia de São Sebastião dos Capuchinhos.

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e expectativas. Por isso, temos que cumprir certos papéis sociais e, se recusamos estes papéis, as instituições têm um número variado de recursos de controle e sanções. Essas sanções são capazes de nos isolar, nos expor ao ridículo, nos privar de algo e, em último caso, nos violentar.

Mas, como dissemos antes, a vida com as instituições não é tão automática assim. Se elas são quase impessoais e entidades acima de nós, por que muitas pessoas as aceitam e convivem plenamente com elas? Simplesmente porque quase sempre desejamos e queremos aquilo que a sociedade e algumas instituições esperam de nós. Mas também, porque o que nós somos e como nós definimos as coisas, são quase da mesma maneira que as instituições fazem ou são. Isso também pode ser entendido porque todas as instituições tiveram uma origem no tempo, em uma determinada época da História.

Os homens sempre inventaram novas formas de conduta, novas regras, novos valores e novas ideias. Contudo, na medida em que são transmitidas às novas gerações, as condutas, as regras e os valores se cristalizam ou

se solidificam, quer dizer, passam a ser percebidas como independentes dos indivíduos que as mantém e que as desejam. É como se as instituições sociais adquirissem uma vida própria, cuja existência não é mais percebida como uma criação humana. Por isso é que é muito difícil para os indivíduos perceberem que as instituições – ou a estrutura da sociedade onde vivem – são assim porque os indivíduos, em um determinado momento, as fizeram e as reproduziram de uma certa forma. Entretanto, isto não impede que certos indivíduos modifiquem uma instituição ou a destruam e criem outras instituições. Lembra do exemplo dos padres?

Pois bem, diante deste início de conversa, o que podemos definir é que as instituições funcionam para um determinado fim, representam certas ideias, códigos, valores expressos com uma determinada linguagem, se autor- reproduzem para se legitimarem, têm uma durabilidade muito maior que os grupos e os indivíduos e interagem e influenciam-se com outras instituições. Portanto, veremos agora algumas das principais instituições que existem em nossa sociedade. Sede central da Universidade Federal do Paraná – UFPR, em Curitiba. Essa instituição exerce grande influência social e política em todo o estado – reconhecida pela formação qualificada de profissionais e pela extensa produção científica. Luiz Fernandes

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Papai, mamãe, titia e os outros...

Todos nascemos numa família. Claro, mas nem todas são iguais ou se formam da mesma maneira. Mas, a fa- mília é a primeira instituição social em que o(s) indivíduo(s), ao nascer(em), entra(m) em contato. E por ser uma ins- tituição primordial, ela é a instituição social que mais influencia e tem impac- to sobre as relações sociais. Mas, ela também sofre as influências das outras instituições sociais e da História de uma determinada sociedade. Geralmente uma família é definida a partir de laços de parentescos, convivência e necessi- dades mútuas dos indivíduos. Podemos dizer que estas são suas características básicas, porém, suas formas variam no tempo e no espaço. Variam, porque de- pendem da cultura (veremos este con- ceito mais adiante), ou seja, de hábitos, costumes e valores de uma determinada sociedade, dependem das relações eco- nômicas, das relações com determinada religião e outros fatores.

Podemos dizer que um grupo de pessoas formado pelo pai, pela mãe e pelos filhos constitui uma família. Isto é o que acontece entre a maioria das pessoas no Brasil e em muitas partes do mundo, em especial nas sociedades ocidentais. Este tipo de família, encabeçada por um homem e uma mulher, é intitulada como monogâmica. Porém, também em muitas partes do mundo, incluindo o Brasil, alguns grupos de pessoas estão inseridos em famílias que não são estruturadas desta forma. Há famílias em que sua organização é baseada somente com um pai e várias mulheres, que tem vários filhos deste mesmo pai. Existem sociedades em que ocorre o contrário, uma mulher com muitos maridos. Essa forma de organização da família é chamada de poligamia e é comum, por exemplo, no primeiro

caso – um homem com várias esposas – em algumas sociedades muçulmanas. Já o segundo caso – uma mulher com vários parceiros – pode ser encontrado em algumas sociedades existentes na Costa do Marfim e em Moçambique, na África.

Hoje, há um novo fenômeno, por uma série de razões, em que os filhos só contam com suas mães. Em algumas sociedades africanas, como as citadas de passagem acima, são as mulheres a principal referência para as famílias, ou seja, a identificação de uma família acontece a partir da identificação de quem são os filhos e os irmãos destas mulheres. Os pais das crianças podem até ser identificados, mas são os papéis das mulheres que identificam uma determinada família. Isto tem a ver com um estudo bastante tradicional chamado relações de parentesco. No caso em questão, trata-se de um sistema de parentesco matrilinear. Já nas sociedades em que as relações de parentesco são determinadas pela figura paterna, temos um sistema patrilinear. O antropólogo francês Lévi-Strauss pesquisou essas relações, na década de 1940. Para ele, o parentesco é uma estrutura formal, universal, própria dos seres humanos. Ou seja, é através das variadas formas de parentescos que as famílias se organizam (cf. LÉVI- STRAUSS, 1982). O que ele fez com estes estudos foi desnaturalizar a família ocidental, ou seja, demonstrar que o tipo de família monogâmica não é universal.

Mas, as famílias também são es- truturadas e influenciadas pelas concep- ções religiosas, pelas condições econô- micas ou pelos valores e ideias em uma determinada sociedade, no espaço e no tempo. Isto quer dizer que, dependendo da sociedade e de uma determinada reli- gião, certas formas familiares são acei- tas e outras não. Um bom exemplo diz respeito aos casamentos entre pessoas

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exemplificar melhor o que faz uma instituição social, resolvemos falar da escola.

Houve um tempo em que falar de educa- ção escolar era afirmar uma perspectiva de futu- ro para as novas gerações de crianças e jovens. A professora e o professor tinham seus papéis, os alunos e alunas tinham suas obrigações, os métodos ti- nham suas funções e as instituições de ensino tinham suas regras e normas.

A escola básica surge por volta dos séculos XVII e XVIII, junto com a chamada modernidade na Europa. Era na escola que se depositavam todas as esperanças redentoras de uma sociedade mais justa, igualitária, fraterna e livre.

Família construída através do casamento monogâmico: na sociedade ocidental, uma instituição que é influenciada pela concepção religiosa judaico-cristã.

Luiz Fernandes

do mesmo sexo. Na nossa cultura este tipo de unidade familiar é bastante re- jeitado e malvisto. A grande maioria das religiões não aceita este tipo de união matrimonial e influencia diretamente as pessoas nas suas concepções sobre o que seja uma família.

Agora, vamos pensar: que influên- cias devem ser consideradas para que uma família seja de um jeito e não de outro? Este é um bom debate e pode motivar uma boa pesquisa sociológica.

Enfim, a família é uma instituição que socializa os indivíduos, tem certas normas, que prescrevem condutas e possuem laços parentais, que podem ser nucleares, ou seja, com casais que cuidam de seus filhos, ou ampliadas, compostas também por outras pessoas, não necessariamente parentes, mas que sempre foram muito próximas. Porém, seria mais interessante falarmos de “famílias” no sentido de que suas formas são muito variadas.

Meus colegas, minha turma, meus professores...

Poderíamos falar aqui da educa- ção em geral e suas instituições mais exemplares como as escolas, os inter- natos ou as universidades. Mas, para

Na instituição escola aprendemos regras e normas sociais.

Luiz Fernandes

A História revela que uma “política educacional”, em seu sentido específico, tem início no final do século XVIII e início do XIX e decorre de três visões de mundo que passaram a ser dominantes no ocidente naquele momento: a crença

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instituição que se organiza da mesma forma para todas as pessoas; ela não tem, de fato, um caráter “universal”. Os filhos da burguesia, por exemplo, frequentam escolas privadas, com a melhor infraestrutura possível em termos de salas de aula e seus recursos tecnológicos, com a presença de profissionais como pedagogos e psicólogos, e docentes recebendo um salário acima da média recebida pelos professores em geral. O ensino básico, nessas escolas, tem como objetivo a “formação integral” do ser humano em termos de acesso ao conhecimento geral, para somente depois, no ensino superior, assumir um caráter de especialização e formação para o exercício de uma profissão.

No caso da classe trabalhadora – tendo como exemplo o nosso país –, a escola é diferente: infraestrutura e recursos escassos, péssimas condições de trabalho e salários baixos dos profissionais de ensino e, consequen- temente, inúmeras desistências no exercício do magistério. Nessas escolas, o número de evasões é bastante alto; há muitas dificuldades para os estudantes concluírem o ensino básico pois também precisam trabalhar enquanto estudam, contribuindo para o sustento da família. Poucos conseguem, depois, cursar uma universidade.

Ainda em relação ao Brasil, parte da classe trabalhadora tem como al- ternativa cursar o Ensino Médio e, ao mesmo tempo, aprender determinados conhecimentos especializados que lhe permitam o ingresso no mundo do tra- balho em profissões técnicas, de nível médio. Trata-se das escolas pertencen- tes à rede profissional e tecnológica, de âmbito federal, mas também existindo em diversos estados. Neste caso, de qualquer forma, persiste um mecanis- mo de segregação em termos de polí- tica educacional, pois o objetivo desta no poder da razão e da ciência, o projeto

liberal de igualdade de oportunidades e a luta pela consolidação dos Estados

Nacionais.

Bem, o que estamos querendo dizer com isso?

Primeiro, quando falamos em “po- lítica educacional” estamos nos refe- rindo a um conjunto de ações que são planejadas por instituições – como o próprio Estado, por exemplo – no sen- tido de construir escolas, contratar pro- fessores e organizar currículos (ou seja, os conteúdos que serão ensinados), en- tre outras possibilidades.

A partir dessas ações, a educação escolar recebe uma missão principal: a ilustração do povo – tarefa somente possível a partir do princípio da instru- ção pública com um caráter universal e iniciado pela alfabetização básica. Essa missão não significou necessariamente que os sistemas nacionais de ensino – na Europa e na América do Norte – te- nham assumido proporções significati- vas de imediato. Pelo contrário, do final do século XVIII até meados do século seguinte, a presença da escola é muito mais intenção de um grupo de intelec- tuais da burguesia – a classe dominante composta por industriais, banqueiros e comerciantes – do que a realidade.

Só a partir do século XX houve um desenvolvimento significativo do pro- cesso de escolarização nas sociedades ocidentais, atingindo basicamente to- das as classes sociais. Neste sentido, o que de fato estamos afirmando é que a escola moderna – tal como hoje a co- nhecemos – é uma invenção histórica, ou seja, surge com a ascensão do mundo industrial e de uma nova classe social, a burguesia. Assim, aparece uma institui- ção especializada – a escola – que sepa- ra o aprender do fazer.

O que estamos dizendo, com esta última frase, é que a escola, na verdade, não é “única”, ou melhor, não é uma

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é a formação de um quadro de técnicos que se torna necessário aos projetos de desenvolvimento capitalista. Com os re- cursos disponíveis, em geral, e a garan- tia de uma relativa qualidade do ensino nessa rede de escolas, são elas que ge- ralmente permitem a ascensão dos filhos

A escola como instituição social é um espaço de educação criado no século XIX na Europa. Na foto, uma aula de Sociologia no município de Seropédica – RJ.

Nalayne Mendonça Pinto

da classe trabalhadora ao ensino supe- rior público – o que significa, na práti- ca, o “fracasso” da política educacional proposta pelos gestores governamentais e os diversos investimentos promovidos para a expansão dessa rede.

Voltando à discussão mais geral sobre o papel desempenhado pela instituição escola, vale a pena lembrar que ainda não completou duzentos anos a ideia de que a educação é um produto da escola, com um conjunto de pessoas especializadas na transmissão de saberes e conhecimentos – os professores.

A escola é também uma nova insti-

tuição porque passou a funcionar como

uma “fábrica de cidadãos” (segundo de- terminado ponto de vista), possuindo um conjunto de valores estáveis e próprios. Estes, portanto, foram os elementos que contribuíram para uma longa estabilida-