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1. Introdução

2.8 Mamografia

2.8.1 O câncer de mama

De acordo com a OMS (2006), em todo o mundo cerca de um milhão de mulheres descobre que está com câncer de mama a cada ano. Segundo o INCA (2006), o número de novos casos de câncer de mama esperados para o Brasil em 2006 é de 48.930, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres.

No corpo humano as células estão constantemente se reproduzindo através do processo chamado de mitose, onde uma célula adulta divide-se em duas. A mitose é realizada de forma controlada dentro do organismo, porém em determinadas ocasiões e por motivos ainda

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desconhecidos, determinadas células reproduzem-se com uma velocidade maior, resultando em massas celulares chamadas neoplasias segundo Leite (apud GOUMOT, 1993).

As neoplasias malignas apresentam um crescimento rápido desordenado e infiltrativo, onde as células não guardam semelhanças com as que lhes deram origem e se desenvolvem em outras partes do corpo, fenômeno denominado metástase, característica mais marcante dos tumores malignos segundo Leite (apud GOUMOT, 1993).

O câncer de mama mínimo é definido como um câncer de menos de 1,0 cm de diâmetro não invasivo. A maioria dos cânceres que são clinicamente palpáveis medem 1 cm ou mais de tamanho. Mesmo os cânceres mamários mínimos de 0,5 cm de diâmetro, tidos como clinicamente iniciais, representam um tumor biologicamente tardio. O tamanho médio dos cânceres detectados por auto-exame é maior do que 2 cm de acordo com Santos (2002). O câncer de mama comporta-se de forma menos previsível do que outros cânceres e pacientes com câncer de mama podem sucumbir muito rapidamente. A sobrevida das pacientes depende do tamanho do tumor no diagnóstico inicial e da presença ou ausência de linfonodos auxiliares positivos. O diagnóstico precoce, portanto, não apenas influencia o prognóstico, mas propicia uma cirurgia cosmeticamente mais aceitável que pode fornecer índices livres de recidiva e de sobrevida comparáveis as intervenções cirúrgicas mais dramáticas e agressivas, conforme Santos (2002). O diagnóstico precoce do câncer de mama seria melhorado se as técnicas pudessem detectar com precisão e de forma não invasiva as alterações pré-cancerosas hiperplásicas.

2.8.2 Calcificações

As calcificações que podem ser identificadas como benignas, na mamografia, são tipicamente grandes, mais grosseiras, redondas com margens regulares e vistas mais facilmente do que as calcificações malignas. As calcificações associadas com malignidade, e

muitas calcificações benignas, também são geralmente muito pequenas e, freqüentemente, exigem o uso de uma lente de aumento para serem vistas, segundo BI-RADS® (2005).

De acordo com BI-RADS® (2005), as calcificações dividem-se em: 1. Tipicamente benignas

a. Calcificações na pele: Possuem centro radiotransparente e, freqüentemente, são patognomônicas em sua aparência;

b. Calcificações vasculares: Possuem trilhas paralelas ou calcificações lineares que são claramente associadas com estruturas tubulares;

c. Calcificações grosseiras ou semelhantes a “pipoca”: São calcificações grandes, maiores do que 2 mm de diâmetro, produzidas por um fibroadenoma em involução;

d. Calcificações grandes semelhantes a bastonetes: São calcificações associadas à ectasia ductal, podem formar bastonetes lineares, sólidos ou descontínuos, geralmente maiores do que 1 mm de diâmetro.

e. Calcificações redondas: quando múltiplas podem variar em tamanho. Podem ser consideradas benignas quando se encontram dispersas.

f. Calcificações com centro radiotransparente: São calcificações que variam de 1mm a 1 cm de tamanho, redondos ou ovóides, com superfície lisa e centro radiotransparente. g. Calcificações em “casca de ovo” ou em “anel”: São calcificações finas que aparecem

como cálcio depositado sobre a superfície de uma esfera.

h. Calcificações em “leite de cálcio”: São calcificações sedimentadas em macro ou microcistos, aparecem na mamografia craniocaudal como depósitos amorfos, indistintos, redondos, enquanto na incidência lateral em 90º elas são mais claramente definidas, em forma de meia-lua, crescente, curvilínea ou linear.

i. Calcificações de “fios de sutura”: representam cálcio depositado sobre material de sutura, tem aparência tipicamente linear ou tubular.

j. Calcificações distróficas: geralmente se formam na mama irradiada ou na mama pós- trauma, são grosseiras e maiores do que 0,5 mm.

2. Preocupação intermediária, calcificações suspeitas

a. Calcificações amorfas ou indistintas: São suficientemente pequenas ou de aparência imprecisa. Justificam uma biópsia quando agrupadas, de forma regional, linear ou segmentar.

b. Calcificações heterogêneas grosseiras: São irregulares, evidentes, maiores do que 0,5 mm e tendem a coalescer, mas não tem o tamanho das calcificações distróficas irregulares.

3. Alta probabilidade de malignidade

a. Calcificações pleomórficas finas: São geralmente mais visíveis que as de forma amorfa e não se enquadram na classificação 2a nem 3b. Variam de tamanho e forma e tem usualmente, menos do que 0,5 mm de diâmetro.

b. Calcificações finas lineares ou finas lineares ramificadas: são calcificações finas, lineares ou curvilíneas, que podem ser descontínuas e menores do que 0,5 mm em extensão. Sua aparência sugere o preenchimento do lúmen de um duto envolvido irregularmente pelo câncer de mama.

3.1 Classificação da pesquisa

Essa pesquisa pode ser identificada quanto à natureza como aplicada, quanto à abordagem do problema como quantitativa. Quanto aos fins como descritiva, quanto aos meios de investigação como bibliográfica e de campo, segundo Moresi (2003).

É pesquisa aplicada porque está dirigida à solução de um problema específico: desenvolver um sistema neuro-fuzzy para reconhecimento de padrões de calcificações em mamogramas. Trata-se também de uma pesquisa quantitativa, pois serão coletados dados referentes à eficiência do sistema para atingir o objetivo desejado.

Constitui-se em pesquisa descritiva porque se pretende analisar características de uma determinada população de mamogramas e estabelecer correlações para um diagnóstico médico. É pesquisa bibliográfica, pois compreende o estudo sistematizado a partir de conhecimentos disponibilizados em artigos, livros, periódicos, jornais, acervos de dados eletrônicos, entre outros.

Por fim, é de campo, na medida em que se aplicarão técnicas de RNA, testes, treinamento e observação dos resultados a partir de casos reais de bases de dados digitais de mamogramas.

3.2 Hipótese

Esta pesquisa pretende testar a seguinte hipótese:

Um sistema neuro-fuzzy para a classificação da região de interesse do mamograma como maligna ou benigna pode auxiliar o diagnóstico médico, pois reconhece padrões de calcificações em mamogramas oferecendo uma segunda opinião ao especialista.

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