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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.2. Métodos

3.2.1. Mapas Temáticos

Os mapas temáticos de hidrografia, compartimentos hidrológicos, solo e declividade foram gerados empregando-se técnicas de sensoriamento remoto e sistema de informação geográfica, permitindo a quantificação e distribuição na Bacia Hidrográfica do Córrego Rico. Todos os mapas temáticos gerados foram atualizados para o Datum Horizontal SIRGAS 2000, com projeção UTM, Fuso 22S.

x Mapa de Hidrografia

Na base do modelo digital de elevação (DEM) obtido pelo Projeto Embrapa Relevo, (MIRANDA et al. 2011), foi gerado em sistema de informação geográfica

ArcGIS 10, versão ArcMap 10.1 (ESRI ArcGIS 10®) a rede de drenagem da Bacia Hidrográfica do Córrego Rico.

A primeira etapa do trabalho consistiu em corrigir o modelo numérico do terreno, removendo as depressões fechadas que interrompem o escoamento na rede de drenagem. Sobre a ferramenta ArcToolbox, expandiu a opção Spatial

Analyst Tools, posteriormente a opção Hydrology e clique duplo em Fill.

Na caixa de diálogo Fill, selecionou o modelo digital de elevação na caixa de entrada da opção Input surface raster. Na caixa de saída, Output surface raster, digitou o nome DEM_FILL.

Após a correção do DEM, determinou-se a direção do fluxo de escoamento da água baseado nas direções do escoamento para cada célula que compõem o DEM.

Continuando na opção Hidrology, foi realizado o Flow Direction, como referência o arquivo feito anteriormente, que será adicionado na opção Input surface

raster. Em seguida a determinação da direção de fluxo, foi determinado o fluxo

acumulado que depende da direção de fluxo. Ainda na opção Hidrology, foi realizado o Flow Accumulations, como referência o arquivo feito anteriormente, que será adicionado na opção Input surface raster.

Ao término desta etapa foi visualizada a rede de drenagem da área estudada.

x Mapa de Compartimentos Hidrológicos

O modelo hidrológico para análise das características físicas da bacia foi gerado no programa ArcSWAT 2009 (Soil and Water Assessment Tool), na base DEM (Miranda et al., 2011), com a interface em sistema de informação geográfica ArcGIS 10, versão ArcMap 10.1 (ESRI ArcGIS 10®). Toda a metodologia seguiu os preceitos dos trabalhos desenvolvidos por Neitsch et al. (2010).

A configuração da bacia hidrográfica foi realizada em compartimentos hidrológicos, possuindo uma posição geográfica espacialmente relacionada nos pontos de confluência e vazão para outro curso do rio, convergindo toda a vazão da bacia para o exutório da bacia do córrego Rico no Rio Mogi-Guaçú. Esse processo simula a fase hidrológica do meio e determina o canal principal e seus tributários, permitindo a configuração de compartimento hidrológico.

Cada compartimentos hidrológicos foi correlacionado a um banco de dados e um número específico.

Na caracterização da Bacia Hidrográfica do Córrego Rico foram coletadas as coordenadas de cada ponto de junção de rede de drenagem entre os principais córregos. Os pontos de controle nesse trabalho foram obtidos nas cartas topográficas (escala 1:50.000) e com GPS de navegação coletados no campo. Todas essas informações apresentam coordenadas que são armazenados em um banco de dados e são trabalhadas em Planos de Informações (PIs), o que facilita a manipulação e cruzamento de dados temáticos.

Os principais compartimentos hidrológicos foram delineados com o objetivo de gestão agropecuária e no ponto de junção entre as redes de drenagem de cada um foi determinado um algoritmo que requer três pontos conhecidos de coordenadas: X; Y; elevação, respectivamente.

A configuração dos compartimentos hidrológicos foi de acordo com os trabalhos realizados na área desde o início de 1996 nos Departamentos de Engenharia Rural/Unesp/Câmpus de Jaboticabal e Câmpus de Botucatu. Para a seleção das subbacias foi considerada a premissa que a bacia hidrográfica é a unidade territorial para a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e a atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Como a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades, foi realizado ampla discussão e verificou-se a grande importância do manejo conservacionista considerando a bacia com unidade de trabalho, não tendo fronteiras administrativas e políticas de entes federados. Assim, foram realizados contatos com os gestores municipais das Prefeituras de Monte Alto, Jaboticabal, Taquaritinga, Guariba e Santa Ernestina, e com Órgãos Públicos que trabalham na Bacia Hidrográfica para verificar a importância do mapeamento para o planejamento ambiental.

x Mapa de Solo

As principais ocorrências de solos foram elaboradas de acordo com o Mapa Pedológico do Estado de São Paulo (OLIVEIRA et al. 1999). Todo o procedimento

de vetorização do limite de cada solo foi realizado no programa se sistema de informação geográfica ArcGIS 10, versão ArcMap 10.1 (ESRI ArcGIS 10®), na barra de ferramentas Editor, e posteriormente, sobre a opção Start Editing.

O recorte dos solos da área da Bacia Hidrográfica do Córrego Rico foi realizado com base no BASIN realizado pelo ArcGIS 10, versão ArcMap 10.1 (ESRI ArcGIS 10®), com o procedimento da ferramenta Extract e na opção Clip. Todos os recortes gerados foram atualizados para o Datum Horizontal SIRGAS 2000, com projeção UTM, Fuso 22S.

x Mapa de Declividade

Uma possibilidade de representar o relevo é por meio da declividade do terreno que é expressa como a variação de altitude entre dois pontos do terreno, em relação à distância que os separa. O modelo digital de elevação foi utilizado como imagem de entrada para a geração do mapa de declividade. A imagem de declividade gerada é do tipo contínua, por apresentar valores reais.

As definições de cada classe seguiram os preceitos dos trabalhos realizados na EMBRAPA (1999):

Plano: superfície de topografia esbatida ou horizontal, onde os desnivelamentos são muito pequenos, com declividades variáveis de 0 a 3%. No mapa, foi identificado o relevo de várzea que corresponde aos terrenos situados em planície aluvial.

Suave Ondulado: superfície de topografia pouco movimentada, constituída por conjunto de colinas ou outeiros (elevações de altitudes relativas até 50 m e de 50 a 100 m), apresentando declives suaves, variando de 3 a 8%.

Moderadamente Ondulado: superfície de topografia moderadamente movimentada, constituída por conjunto de colinas ou outeiros apresentando declives moderados, variando de 8 a 13%.

Ondulado: superfície de topografia movimentada, constituída por conjunto de colinas ou outeiros apresentando declives moderados, variando de 13 a 20%.

Forte Ondulado: superfície de topografia movimentada, formada por outeiros ou morros (elevações de 50 a 100 metros e de 100 a 200 metros de altitudes relativas) e raramente colinas com declives fortes, variando de 20 a 45%.

Montanhoso: superfície de topografia movimentada com declives fortes, >45%.

Na base do modelo digital (DEM) foi gerado em sistema de informação geográfica ArcGIS 10, versão ArcMap 10.1 (ESRI ArcGIS 10®) a declividade segundo os intervalos discutidos anteriormente da Bacia Hidrográfica do Córrego Rico.

Clicou-se no menu Spatial Analyst, apontou para Surface Analysis e na opção

Slope. Na caixa de diálogo Slope, selecionou o DEM_Fill no Input surface.

Posteriormente selecionou-se a opção Percent em Output measurement. No menu

Spatial Analyst, clicou-se na opção Reclassify e selecionou declive da opção Input raster. Na caixa de diálogo Classification, foi selecionado a opção Classes e no

painel Break Values preenchido os intervalos de valores de declividade.

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