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3.1.

Descrição dos Procedimentos

As atividades bem como seus procedimentos estão descritos a seguir, foram elencados de acordo com os objetivos específicos. A visão geral da pesquisa; contendo o objetivo geral e os específicos, atividades, indicadores, instrumentos e fontes de dados e informações; está resumida na “Matriz de Monitoramento” (Apêndice 01).

3.1.1. Objetivo Específico 1: Identificar e avaliar os critérios adotados pelos comitês de bacias paulistas, para pontuar e hierarquizar propostas a serem financiadas com recursos do FEHIDRO.

3.1.1.1. Atividade 1.A) Coleta das deliberações dos comitês paulistas, que tratavam dos critérios de investimentos no ano de 2017 ou 2016. Foram coletadas todas as deliberações, dos 21 Comitês de Bacias Hidrográficas de São Paulo, que tratavam dos critérios utilizados para pontuar e hierarquizar empreendimentos a serem financiados com recursos do FEHIDRO. Estabeleceu-se como espaço temporal para a coleta de dados e informações o ano de referência de 2017 e na impossibilidade ou indisponibilidade, o ano de 2016.

Não se fez necessária a coleta do histórico de deliberações, uma vez que não se objetivou encontrar padrões, tendências ou evoluções históricas dos critérios de investimentos, mas sim realizar um diagnóstico, pois os critérios devem refletir uma necessidade em um dado momento. Optou-se por não fazer uma avaliação amostral, mas sim realizar a coleta de dados com abrangência de todo o Estado.

A principal fonte de coleta das deliberações foi o site do Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo (SIGRH). Para aqueles comitês que não mantinham o sistema atualizado, as deliberações foram solicitadas às suas secretarias executivas.

De posse das deliberações, foi criado um banco de dados para arquivamento e organização dos documentos. Assim houve condições suficientes para calcular o indicador quantitativo “% de comitês que possuíam deliberações que dispunham sobre critérios de investimentos”.

3.1.1.2. Atividade 1.B) Identificação dos critérios de seleção de propostas utilizados nos Comitês de Bacias do Estado de São Paulo.

Após a leitura das deliberações, foram elaborados resumos gráficos quantitativos e uma listagem qualitativa contendo os 10 critérios mais utilizados pelos comitês. Esses instrumentos possibilitaram a geração de subsídios para a atividade 1.C “Comparação dos comitês quanto aos seus critérios de investimentos”. As fontes de informações para essa atividade foram advindas da atividade 1.A “Coleta das deliberações dos comitês paulistas, que tratavam dos critérios de investimentos no ano de 2017 ou 2016”.

3.1.1.3. Atividade 1.C) Comparação dos comitês quanto aos seus critérios de investimentos.

Tendo como base a leitura das deliberações e a listagem dos critérios mais utilizados, foi possível comparar a similaridade dos colegiados quanto aos critérios de investimentos. Para tanto, foi utilizado uma matriz que quantificou os critérios mais recorrentes em cada um dos Comitês de Bacias Hidrográficas. A matriz possibilitou a geração do indicador “Grau de uniformidade dos comitês em relação aos critérios de investimentos”, que serviu de subsídio para a atividade 3.C “Escolha do projeto piloto”.

3.1.2. Objetivo Específico 2: Identificar os métodos utilizados pelos comitês paulistas para definir os critérios de investimentos.

3.1.2.1. Atividade 2.A) Identificação dos métodos utilizados pelos comitês para definir os critérios de investimentos.

Foram encaminhados e-mails para as secretarias executivas ou agências de bacias dos comitês do Estado de São Paulo, contendo um breve resumo da pesquisa e uma questão aberta sobre o método utilizado. A partir das informações recebidas, foi possível calcular o indicador “% de métodos identificados”, bem como identificar um padrão adotado pelos comitês.

3.1.3. Objetivo Específico 3: Propor método para elaboração de critérios, que atendam às necessidades específicas dos comitês de bacias. 3.1.3.1. Atividade 3.A) Descrição da proposta de construção de critérios de

investimentos.

Passada a fase de diagnóstico, o método foi proposto em cinco etapas, prezando sempre pelas seguintes características: ser participativo; utilizar técnicas acadêmicas ágeis e de fácil aplicação; ser capaz de identificar as necessidades específicas dos comitês; e ser replicável.

As cinco etapas foram designadas como: “1ª) Identificação do contexto decisório; 2ª) Estruturação do problema; 3ª) Construção de critérios; 4ª) Determinação das taxas de substituição e 5ª) Avaliação das propostas”; todas descritas detalhadamente no item 4.3.1, desta pesquisa.

As bases metodológicas da proposta foram pautadas por referências internacionais, tais como Keeney (1992) e Roy (1996) e, principalmente, pela obra “Apoio à decisão: Metodologia para Estruturação de Problemas e Avaliação Multicritério de Alternativas”, de Ensslin, Montibeller e Noronha (2001). Também foram fontes de inspiração os diagnósticos realizados nos objetivos específicos 1 e 2, a Atividade 3.B “Validação da proposta” desta tese, entre outros.

3.1.3.2. Atividade 3.B) Validação da proposta

A proposta foi submetida à avaliação de quatro profissionais com grande experiência, sendo dois da área de Gestão de Recursos Hídricos e dois da área acadêmica, habituados com a utilização de ferramentas multicritério aplicadas aos Recursos Hídricos. As opiniões e considerações desses profissionais contribuíram

para melhorar e refinar a proposta, objetivando a transformação desta em um método válido. Considerou-se com grande experiência aqueles profissionais que atuam ou atuaram nas áreas de interesses por mais de 20 anos.

3.1.3.3. Atividade 3.C) Escolha do projeto piloto

A escolha do projeto piloto foi pautada pelos resultados das atividades 1.C, 2.A e 3.B, pelo “Grau de uniformidade dos comitês em relação aos critérios de investimentos” e sobretudo pelo interesse dos comitês em aplicar o método. Acredita-se que o fator primordial para a boa execução de um projeto piloto seja o apoio institucional do comitê selecionado para a aplicação do método.

3.1.3.4. Atividade 3.D) Aplicação do método

Escolhido o projeto piloto, iniciou-se a aplicação prática do método proposto na atividade 3.A e validado na atividade 3.B.

3.1.3.5. Atividade 3.E) Avaliação dos resultados

Ao final da aplicação do método, os critérios de investimentos foram divulgados e avaliados em reunião plenária do comitê selecionado como piloto. Para tanto, foi realizada uma breve apresentação dos critérios criados com o auxílio do método proposto, sob a forma de minuta de deliberação do comitê. A avaliação se deu por meio de votação simples pela aprovação da minuta ou rejeição da mesma, pelos representantes do comitê com direito a voto. O Indicador utilizado para medir a avaliação dos resultados foi o “% de aceitação dos critérios de investimentos”, calculado por meio da contabilização dos votos a favor e contra a aprovação da deliberação.

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