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CLORIDRATO DE COCAÍNA Produto final do refino (“pó”) Pureza: 30 a

3 ANÁLISE DE COCAÍNA EM CÉDULAS MONETÁRIAS UTILIZANDO ELETROFORESE CAPILAR COM DETEC-

3.2 Materiais e métodos 1 Instrumentação

O método desenvolvido por eletroforese capilar foi efetuado em um equipamento da marca Agilent Technologies modelo 7100 (Palo Alto, CA, USA), equipado com detector de arranjo de diodos. A cocaína e a lidocaína foram detectadas em 200 nm e o propranolol (padrão in- terno) em 215 nm, respectivamente. A temperatura do capilar foi mantida

em 20 °C durante todos os experimentos. A aquisição e o tratamento dos dados foram realizados com o programa HP Chemstation, versão B.04.03.

Para a otimização da composição do eletrólito de corrida foi uti- lizado o software Peakmaster 5.1® que pode ser baixado gratuitamente

do site http://web.natur.cuni.cz/~gas/. Por este programa é possível obter características do eletrólito de corrida como: pH, força iônica, condutivi- dade, capacidade tamponante e a melhor proporção entre os constituintes do eletrólito. Também é possível se obter características eletroforéticas dos analitos, tais como: tendências de dispersão, mobilidade efetiva, en- tre outras.

3.2.2 Reagentes e soluções

Todos os reagentes utilizados foram de grau analítico. Cocaína (1.000 mg L-1 em acetonitrila) foi adquirida de Cerilliant Corporation

(Round Rock, TX, EUA). Cloridrato de propranolol (padrão interno – P.I.), tris(hidroximetil)aminometano (TRIS), ácido 2 - hidroxiisobutírico (HIBA) foram adquiridos da Sigma - Aldrich (São Paulo, SP, Brasil). Água desionizada (Milli - Q deionizer, Millipore, Bedford, MA, EUA) foi utilizada para preparar o eletrólito de corrida (BGE, do inglês “background electrolyte”. Acetonitrila (grau HPLC) foi adquirida de Te- dia Brasil (Rio de Janeiro, RJ, Brasil).

3.2.3 Separação por CE

As análises eletroforéticas foram realizadas em um capilar de sí- lica fundida (48,5 centímetros x 75 µm D.I. × 375 µm D.E.) com reves- timento externo de poliimida, o qual foi obtido de Polymicro (Phoenix, AZ, EUA). Antes da primeira utilização, os capilares foram condiciona- dos com NaOH 1 mol L-1 e água desionizada durante 40 min, respectiva-

mente. Diariamente, os capilares foram condicionados com NaOH 1 mol L-1, água desionizada e BGE, durante 5 min, consecutivamente. A com-

posição do eletrólito de corrida otimizado foi composta de 20 mmol L-1

HIBA e 60 mmol L-1 de TRIS, pH 8,4. O capilar foi lavado por 30 s com

BGE entre todas as corridas. As soluções padrão e amostras foram intro- duzidas a partir da extremidade do capilar mais afastada do detector (comprimento até o detector = 40 cm) e injetadas hidrodinamicamente a 50 mbar durante 10 s (50 mbar = 4996,2 Pa). A separação foi realizada aplicando-se uma voltagem positiva de 25 kV.

3.2.4 Curvas de calibração

Para as análises de CE, uma solução de trabalho com o padrão de cocaína foi preparada por diluição da solução estoque 1.000 mg L-1

até 10 mg L-1, em acetonitrila. A solução estoque de cloridrato de propra-

nolol (P.I.) foi preparada por dissolução de 20 mg do padrão em 10 mL de acetonitrila. A concentração adicionada de P.I. às amostras e padrões de cocaína foi 2,0 mg L-1. As curvas de calibração foram obtidas após a

preparação de padrões individuais em concentrações cuja faixa de apli- cação foi de 0,8 a 8 mg L-1. Todas as soluções foram armazenadas sob

refrigeração, à temperatura de 4 °C.

3.2.5 Procedência e preparo das amostras

Este estudo analisou 46 cédulas monetárias brasileiras de R$ 2,00, coletadas na cidade de Florianópolis, no Estado de Santa Catarina, sendo que 30 foram obtidas diretamente da circulação em geral e 16 de caixas eletrônicos. Todas as notas constituem um grupo de amostragem de dinheiro circulante e elas não foram adicionadas de padrão de cocaína. As amostras foram colocadas num tubo de ensaio (uma nota em cada tubo), contendo 10 mL de acetonitrila e a extração de cocaína foi reali- zada por ultrassom durante 8 min. Este procedimento foi baseado no tra- balho relatado por A. Jenkins em 2001, sendo que esta pesquisadora uti- lizou 5 mL de acetonitrila e não usou ultrassom e sim um agitador do tipo vortex, no qual as amostras permaneceram por 2 horas. Antes da injeção no equipamento de CE, tanto as amostras quanto os padrões foram colo- cados em vials numa proporção de 9:1 (extrato de nota e/ou padrão: P.I.). 3.2.6 Método comparativo utilizando LC-MS/MS

A comparação entre o método proposto por CE-UV e outro mé- todo utilizando LC-MS/MS foi feita pela análise de 10 extratos de notas escolhidos aleatoriamente a partir das amostras que continham cocaína acima do limite de quantificação do método. Essas amostras foram inje- tadas, em duplicata, no mesmo dia em ambos os instrumentos, tendo em conta que, antes da injeção no LC-MS/MS, os extratos das notas foram diluídos 100 vezes com água desionizada. As curvas analíticas foram pre- paradas também em água desionizada na faixa de aplicação de 10 a 100 µg L-1, preparadas e injetadas em duplicata.

O método usando LC-MS/MS foi realizado em um cromatógrafo a líquido de alta eficiência Agilent 1200 Series (Agilent Technologies, Waldbronn, AL). Foi utilizada uma coluna cromatográfica da marca Phe- nomenex modelo Synergi Polar-RP com comprimento de 150 mm, diâ- metro interno de 2 mm e tamanho da partícula igual a 4 µm; equipada com uma pré – coluna da mesma marca modelo Polar-RP (4x2,0 mm). Foi utilizado o modo isocrático de eluição e os experimentos foram rea- lizados utilizando uma fase móvel constituída de 50% de solvente A (so- lução aquosa de ácido fórmico 0,1%) e 50% de solvente B (metanol:H2O

(95:5 v/v)). A taxa de fluxo da fase móvel foi fixada em 350 µL min-1.

Em todas as corridas, o volume injetado foi de 10 µL e a temperatura da coluna foi ajustada em 40 °C.

O sistema cromatográfico foi acoplado a um espectrômetro de massas triploquadrupolar API 3200™, Applied Biosystems/MDS Sciex, (Sciex, Concord, CA) equipado com cela de colisão LINAC® e fonte de

ionização Turbo V™ operada no modo TurboIonSpray®. Os experimen-

tos foram realizados usando a fonte no modo de ionização positivo. Foi aplicado o modo de escaneamento de massas Monitoramento de Reações Múltiplas (MRM, do inglês “Multiple Reaction Monitoring”) para a rea- lização das análises quantitativas. A aquisição e o tratamento dos dados foram realizados com o software Analyst versão 1.5.1.

3.3 Resultados e discussão