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6. MODELOS DE EFICIÊNCIA DE USO DO NITROGÊNIO NA

6.4. Material e Métodos

No desenvolvimento desse capítulo, visando estimar a máxima eficiência agronômica, técnica e econômica de uso do nitrogênio sobre a produtividade do trigo, foram utilizadas como variáveis a produtividade de grãos (PG, kg ha-1), a produtividade

biológica (PB, kg ha-1) e a produtividade de palha (PP, kg ha-1). Os dados obtidos foram

submetidos à análise de variância para detectar os efeitos principais e de interação entre os fatores doses, condições de nitrogênio e os anos de cultivo. Em seguida, os dados foram submetidos à análise de regressão linear, na elaboração de modelos que permitem descrever o comportamento e estimativa da eficiência agronômica do trigo em função da adubação nitrogenada em cada estádio fenológico em estudo. Os dados da produtividade de grãos também foram submetidos a análise de regressão linear e quadrática para a elaboração de modelos que permitem explicar a máxima eficiência técnica e máxima eficiência econômica e de 3 t ha-1, respectivamente, do trigo em função da dose do nitrogênio para cada condição de fornecimento do nutriente e ano agrícola avaliado. As doses de nitrogênio que determinaram a máxima eficiência técnica, econômica e de 3 t ha-1 da produtividade de grãos de trigo foram utilizadas para simular a produtividade biológica e de palha. Para as simulações da máxima eficiência econômica foi utilizado: o preço do insumo de R$3,52 para cada kg de nitrogênio fornecido e o preço do produto de R$0,70 a cada kg do trigo para venda.

Os procedimentos da análise de variância e análise de regressão linear e quadrática envolvidas no desenvolvimento desse capítulo, foram realizadas separadamente, para

cada sistema de sucessão, soja/trigo e milho/trigo, com o auxílio do software GENES (CRUZ, 2006).

6.5. Modelos Matemáticos e Estatísticos

Os modelos utilizados para o desenvolvimento desse capítulo, são os mesmos mencionados e descritos no capítulo anterior (capítulo 5).

6.6. Resultados e Discussão

Na Tabela 9 do sistema soja/trigo, estão apresentadas as funções lineares que descrevem o modelo da eficiência agronômica em cada momento de fornecimento do nitrogênio, cheia e fracionada, e condição de ano agrícola para mensurar a produtividade de grãos, biológica e de palha. A máxima eficiência agronômica de produtividade de grãos foi obtida em ano favorável ao cultivo (2013), seja em dose cheia ou fracionada, com 23,9 kg, 22,9 kg, e 21,2 kg de produtividade de grãos por quilograma de nitrogênio fornecido em condição V3, V3/V6 e V3/R1, respectivamente. Embora, 2016 e 2018

também sejam favoráveis ao cultivo, a eficiência agronômica foi muito inferior, porém, partindo de valores mais altos do intercepto, fato que comprova a complexidade existente de uso do nitrogênio sobre a elaboração da produtividade de grãos. De modo geral, independente da condição de ano agrícola e da forma de fornecimento do nutriente, a cada 1 kg ha-1 de nitrogênio o retorno foi de aproximadamente, 10 kg de produtividade de grãos. Destaca-se que há uma pequena tendência de redução da eficiência agronômica e valores do intercepto no fracionamento em V3/R1. Na produtividade biológica e de palha

a complexidade de aproveitamento do nutriente na elaboração da biomassa e palha ainda é maior e não necessariamente acompanha a maior eficiência na produtividade de grãos. De modo geral, a cada 1 kg de nitrogênio fornecido retorna 27 kg ha-1 e 17 kg ha-1 de produtividade biológica e de palha, respectivamente, considerando a condição V3/V6 que

apresentou os valores mais expressivos. De qualquer forma, a condição V3/R1 também

evidencia uma tendência de redução de produtividade biológica e de palha, seja por valores do intercepto e coeficiente angular. Portanto, a eficiência agronômica mostra necessidade de melhor detalhamento das condições de ano agrícola, devido a inconsistência da relação com a condição de cultivo.

Tabela 9. Eficiência agronômica da produtividade de grãos, biológico e de palha de trigo nas condições de fornecimento do nitrogênio nos anos de cultivo no sistema soja/trigo

Anos V3 V3/V6 V3/R1 y= a ± bx P(bi) R2 y= a ± bx P(bi) R2 y= a ± bx P(bi) R2 Produtividade de grãos (kg ha-1) 2012 (AI) 1774 + 9,5 x * 98 1743 + 9,9x * 82 1691 +10,7x * 93 2013 (AF) 2189 + 23,9x * 96 2102 + 22,9x * 97 1970 + 21,2x * 96 2014 (AD) 1292 + 4,1x * 62 1150 + 5,1x * 45 1111 + 5,4x * 80 2015 (AI) 1770 + 12,7x * 83 1619 + 13,8x * 92 1579 + 13,4x * 95 2016 (AF) 2859 + 7,3x * 55 2807 + 6,7x * 68 2621 + 8,3x * 81 2017 (AD) 1515 + 4,4x * 68 1613 + 4,5x * 65 1375 + 3,1x * 73 2018 (AF) 2465 + 9,1x * 80 2583 + 10,6x * 82 2567 + 7,5x * 75 Geral 1981 + 10,1x * 89 1945 + 10,5x * 90 1845 + 9,9x * 92 Produtividade biológica (kg ha-1) 2012 (AI) 5814 +17,5x * 92 5680 + 19,8x * 97 5444 + 20,1x * 98 2013 (AF) 6413 + 29,4x * 91 6345 + 31,5x * 99 5938 + 26,9x * 92 2014 (AD) 5081 + 20,1x * 94 4786 + 23,8x * 90 4797 + 21,9x * 92 2015 (AI) 5759 + 23,4x * 97 5772 + 24,4x * 95 5354 + 22,0x * 97 2016 (AF) 7575 + 28,4x * 93 7353 + 30,5x * 98 7317 + 25,4x * 97 2017 (AD) 4757 + 26,2x * 95 5199 + 22,8x * 86 4694 + 18,7x * 91 2018 (AF) 8104 + 35,6x * 95 8287 + 37,5x * 92 8013 + 33,2x * 94 Geral 6215 + 25,8x * 97 6203 + 27,1x * 97 5936 + 24,1x * 98 Produtividade de palha (kg ha-1) 2012 (AI) 4040 + 7,9x * 66 3937 + 9,8x * 96 3753 + 10,2x * 85 2013 (AF) 4073 + 10,5x * 90 4243 + 8,5x * 91 3968 + 7,5x * 50 2014 (AD) 3789 + 15,9x * 95 3635 + 18,7x * 92 3686 + 16,4x * 92 2015 (AI) 3990 + 10,7x * 97 4153 + 10,6x * 96 3774 + 8,7x * 90 2016 (AF) 4716 + 21,4x * 92 4547 + 23,7x * 98 4695 + 17,1x * 95 2017 (AD) 3242 + 21,8x * 97 3186 + 21,6x * 91 3318 + 15,6x * 88 2018 (AF) 5639 + 26,4x * 97 5704 + 26,9x * 90 5446 + 25,7x * 96 Geral 4212 + 16,4x * 99 4200 + 17,1x * 99 4091 + 14,4x * 97

AA= Ano aceitável; AF= Ano favorável; AD= Ano desfavorável; V3= Condição cheia (100%) da dose de nitrogênio na terceira folha expandida; V3/V6 = Condição fracionada (70%/30%) da dose de nitrogênio na terceira e sexta folha expandida; V3/R1 = Condição fracionada (70%/30%) da dose de nitrogênio na terceira e diferenciação da espiga; R2= Coeficiente de determinação; P(b

i)= probabilidade do parâmetro de inclinação da reta; * = significativo a 5% de probabilidade de erro, pelo teste t

Na Tabela 10 do sistema milho/trigo, o mesmo comportamento foi observado também no sistema soja/trigo, porém, com valores mais reduzidos de intercepto e mais elevados em eficiência agronômica. Uma condição que era esperada, pela forma mais restritiva de N-residual, levando a resposta mais significativa quando fornecido o N- fertilizante. Neste sistema de cultivo, maior se evidencia a redução das produtividades na condição fracionada em V3/R1 e indicando em dose cheia neste sistema, de modo geral,

detém, maior valor de intercepto e taxa de produtividade por unidade de nitrogênio fornecido.

Tabela 10. Eficiência agronômica da produtividade de grãos, biológica e de palha de trigo nas condições de fornecimento do nitrogênio anos de cultivo no sistema milho/trigo

Anos V3 V3/V6 V3/R1 y= a ± bx P(bi) R2 y= a ± bx P(bi) R2 y= a ± bx P(bi) R2 Produtividade de grãos (kg ha-1) 2012 (AI) 1222 + 14,5x * 85 1248 + 14,7x * 89 1192 + 12,4x * 89 2013 (AF) 1603 + 21,6x * 92 1559 + 21,8x * 95 1461 + 16,7x * 93 2014 (AD) 927 + 5,8x * 82 774 + 7,6x * 72 758 + 6,7x * 90 2015 (AI) 1277 + 13,8x * 83 1262 + 13,8x * 88 1053 + 12,1x * 94 2016 (AF) 1766 + 16,2x * 90 1584 + 17,9x * 96 1574 + 16,1x * 94 2017 (AD) 769 + 5,9x * 81 867 + 4,8x * 74 755 + 5,4x * 91 2018 (AF) 1850 + 13,5x * 92 1600 + 14,7x * 98 1606 + 11,1x * 99 Geral 1344 + 13,1x * 90 1270 + 13,6 x * 93 1199 + 11,5x * 96 Produtividade biológica (kg ha-1) 2012 (AI) 4566 + 35,9x * 93 4661 + 35,3x * 88 4291 + 33,4x * 91 2013 (AF) 5845 + 31,3x * 90 5797 + 31,8x * 87 5594 + 28,1x * 85 2014 (AD) 3828 + 20,3x * 87 3249 + 21,6x * 85 2773 + 20,5x * 97 2015 (AI) 4509 + 29,2x * 87 4423 + 28,1x * 92 4025 + 25,3x * 95 2016 (AF) 7595 + 28,3 x * 88 7327 + 31,9x * 92 6511 + 32,5x * 98 2017 (AD) 2324 + 24,9x * 95 2754 + 18,6x * 98 2388 + 19,5x * 92 2018 (AF) 8025 + 27,0x * 91 7618 + 27,9x * 87 7466 + 24,5x * 78 Geral 5242 + 28,1x * 93 5118 + 27,9x * 92 4721 + 26,2x * 96 Produtividade de palha (kg ha-1) 2012 (AI) 3344 + 21,4x * 94 3413 + 20,3x * 83 3098 + 20,9x * 92 2013 (AF) 4232 + 10,0x * 80 4237 + 9,9x * 49 4068 + 10,1x * 62 2014 (AD) 2901 + 14,4x * 87 2475 + 13,9x * 87 2015 + 13,8x * 87 2015 (AI) 3231 + 15,4x * 80 3291 + 13,2x * 88 2972 + 13,2x * 93 2016 (AF) 5829 + 12,0x * 85 5743 + 14,0x * 81 4938 + 16,3x * 87 2017 (AD) 1553 + 18,9x * 93 1887 + 13,7x * 98 1672 + 12,8x * 81 2018 (AF) 6175 + 13,5x * 85 6030 + 13,3x * 67 5802 + 13,4x * 73 Geral 3895 + 15,1x * 95 3868 + 14,1x * 87 3509 + 14,4x * 93

AA= Ano aceitável; AF= Ano favorável; AD= Ano desfavorável; V3= Condição cheia (100%) da dose de nitrogênio na terceira folha expandida; V3/V6 = Condição fracionada (70%/30%) da dose de nitrogênio na terceira e sexta folha expandida; V3/R1 = Condição fracionada (70%/30%) da dose de nitrogênio na terceira e diferenciação da espiga; R2= Coeficiente de determinação; P(b

i)= probabilidade do parâmetro de inclinação da reta; * = significativo a 5% de probabilidade de erro, pelo teste t

A rápida liberação de N-residual do sistema de sucessão soja/trigo, beneficia a produtividade de grãos, palha e biomassa, mudando de maneira significativa a eficiência agronômica de uso do nitrogênio (SILVEIRA et al., 2016; ARENHARDT et al., 2017). A produtividade é positivamente associada às eficiências agronômica, de recuperação e de utilização de nitrogênio, as quais diferem com o manejo do fertilizante nitrogenado (SANTOS & FAGERIA, 2007). Arenhardt et al. (2017), avaliando a eficiência agronômica do N-fertilizante para a produtividade em aveia, destacam a cultivar URS Taura de maior eficiência com 4,8 kg de grãos produzidos por quilograma de nitrogênio fornecido, no entanto, com coeficiente linear de 1544 kg ha-1, levando a uma drástica

redução quando comparada a outras cultivares com menores coeficientes angulares. Zakirullah et al. (2017), em trigo, encontraram respostas positivas de aproveitamento do nutriente nitrogenado para a produção de palha, no entanto, elevadas doses do N- fertilizante podem acarretar o acamamento da planta, resultando em perdas significativas na produtividade final. Cazetta et al. (2007), trabalhando com a eficiência agronômica de uso do nitrogênio, verificaram que, quanto maior a dose do nutriente, menor a eficiência agronômica, ou seja, a resposta das plantas ao fertilizante nitrogenado segue a lei dos rendimentos decrescentes, em que, na menor dose de nitrogênio utilizada (30 kg ha-1), cada kg de nitrogênio aplicado rendeu 12,4 e 13,3 kg de grãos de trigo, respectivamente. Em feijão, a eficiência agronômica de nitrogênio diminuiu com o incremento da dose de nitrogênio, alterando os grãos produzidos por quilograma de nitrogênio acumulado na planta, palha e grãos (SANT'ANA et al., 2011).

Na Tabela 11 sistema soja/trigo, estão apresentadas as funções que descrevem o comportamento da produtividade de biomassa por condição de fornecimento do nitrogênio, cheia e fracionada, e por ano agrícola. As doses utilizadas para as simulações foram definidas a partir das funções da produtividade de grãos pela máxima eficiência técnica, econômica e de expectativa de 3 t ha-1 (Tabela 7). Portanto, busca-se a

interpretação biológica do uso do nitrogênio considerando a dose ótima de produtividade independente do ano agrícola. Nessa perspectiva, independente da condição de fornecimento do nitrogênio, de modo geral, o comportamento da produtividade de biomassa mostra tendência linear. Além disso, a simulação na dose de nitrogênio pela produtividade de grãos via máxima eficiência técnica, econômica e de 3 t ha-1 mostraram uma redução da produtividade biológica, independente da condição de fornecimento do nutriente. Embora a produtividade biológica seja reduzida no sistema soja/trigo a produtividade de grãos se mostrou de pouca alteração (Tabela 7). Nesse sistema, as condições de fornecimento de forma cheia e fracionada do nitrogênio se mostraram similares sobre a expressão da produtividade biológica, com redução significativa em V3/R1. Destaca-se que este mesmo comportamento também foi observado sobre a

expressão da produtividade de biomassa (Tabela 12) no sistema milho/trigo, indicando redução significativa pelo uso da eficiência técnica, econômica e de 3 t ha-1, bem como a redução quando fornecido em V3/R1. Portanto, de modo geral, percebe-se que a

nitrogênio, visto que na comparação com as demais condições a expectativa de 3 t ha-1

em V3/R1, o decréscimo foi linear frente a demora do nutriente.

Tabela 11. Simulação da produtividade biológica pela máxima eficiência técnica, econômica e expectativa de 3 t ha-1 da produtividade de grãos nas condições de fornecimento do nitrogênio no sistema soja/trigo

Ano Modelo P R

2 N (kg ha-1) PB (kg ha-1)

PB = b0± b1x ± b2x2 (bi) (%) PGMET PGMEE PG3t ha-1 PGMET PGMEE PG3t ha-1 Dose cheia (V3) 2012 (AA) 5814 + 17,4x * 92 - - 60 - - 6858 2013 (AF) 5988 + 57,7x - 0,23x2 * 98 - - - - 8622 2014 (AD) 5081 + 20,1x * 94 88 57 6850 6227 6287 2015 (AA) 5759 + 23,4x * 97 114 93 8426 7935 7163 2016 (AF) 7575 + 28,4x * 93 87 69 10046 9534 9279 2017 (AD) 4477 + 44,9x - 0,15x2 * 99 88 56 7266 6521 6631 2018 (AF) 8104 + 35,6x * 95 93 73 11415 10703 10240 Geral 6215 + 25,8x * 97 119 91 60 9285 Aa 8563 Ba 7763 Ca Dose fracionada (V3/V6) 2012 (AA) 5680 + 19,8x * 97 114 86 60 7937 7383 6868 2013 (AF) 6345 + 31,5x * 99 - - - - 8235 2014 (AD) 4786 + 23,8x * 90 80 59 6690 6190 6214 2015 (AA) 5772 + 24,4x * 95 - - - - 7236 2016 (AF) 7353 + 30,5x * 98 100 72 10393 9542 9183 2017 (AD) 5199 + 22,8x * 86 86 58 7160 6521 6567 2018 (AF) 8287 + 37,5x * 92 - - - - 10537 Geral 6203 + 27,1x * 97 120 93 60 9455 Aa 8723 Ba 7829 Ca Dose fracionada (V3/R1) 2012 (AA) 5444 + 20,1x * 98 - - 60 - - 6650 2013 (AF) 5938 + 26,9x * 92 - - - - 7552 2014 (AD) 4797 + 21,9x * 92 109 67 7184 6264 6111 2015 (AA) 5354 + 22,0x * 97 - - - - 6674 2016 (AF) 7317 + 25,4x * 97 105 77 9984 9273 8841 2017 (AD) 4694 + 18,7x * 91 96 33 6489 5311 5816 2018 (AF) 8013 + 33,2x * 94 98 73 11266 10436 10005 Geral 5936 + 24,1x * 98 - - 60 - - 7382 b

AA= Ano aceitável; AF= Ano favorável; AD= Ano desfavorável; V3= Condição cheia (100%) da dose de nitrogênio na terceira folha expandida; V3/V6 = Condição fracionada (70%/30%) da dose de nitrogênio na terceira e sexta folha expandida; V3/R1 = Condição fracionada (70%/30%) da dose de nitrogênio na terceira e diferenciação da espiga; N= doses de nitrogênio; PB= Produtividade biológica (kg ha-1); R2= Coeficiente de determinação; P(bi)= probabilidade do parâmetro de inclinação da reta; * = significativo a 5% de probabilidade de erro, pelo teste t; PGMET= dose de nitrogênio pela máxima eficiência técnica da produtividade de grãos (kg ha-1); PG

MEE= dose de nitrogênio pela máxima eficiência econômica da produtividade de grãos (kg ha-1); PG

3t ha-1 = dose de nitrogênio pela expectativa de 3 t ha-1 da produtividade

de grãos (kg ha-1); Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e maiúsculas na linha, constituem grupo estatisticamente homogêneo pelo modelo de Scott & Knott a 5% da probabilidade de erro

Tabela 12. Simulação da produtividade biológica pela máxima eficiência técnica, econômica e expectativa de 3 t ha-1 da produtividade de grãos nas condições de

fornecimento do nitrogênio no sistema milho/trigo

Ano Modelo P R

2 N (kg ha-1) PB (kg ha-1)

PB = b0± b1x ± b2x2 (bi) (%) PGMET PGMEE PG3t ha-1 PGMET PGMEE PG3t ha-1 Dose cheia (V3) 2012 (AA) 4093 + 67,4x - 0,26x2 * 99 101 86 80 8248 7966 7821 2013 (AF) 5324 + 66,1x - 0,29x2 * 99 - - - - 8756 2014 (AD) 3828 + 20,3X * 87 107 65 6000 5147 5452 2015 (AA) 4007 + 62,2x - 0,28x2 * 97 109 90 7460 7337 7191 2016 (AF) 7595 + 28,3x * 88 - - - - 9859 2017 (AD) 2323 + 24,9x * 95 - - - - 4315 2018 (AF) 8025 + 27,0x * 91 - - - 10185 Geral 5242 + 28,1x * 93 118 95 80 8558 A 7911 B 7490 Ca Dose fracionada (V3/V6) 2012 (AA) 4036 + 76,9x - 0,35x2 * 99 114 96 80 8254 8193 7948 2013 (AF) 5354 + 61,2x - 0,24x2 * 94 - - - - 8714 2014 (AD) 2850 + 48,1x - 0,22x2 * 97 93 70 5420 5139 5290 2015 (AA) 4000 + 56,2x - 0,23x2 * 99 108 90 7387 7195 7024 2016 (AF) 7327 + 31,9x * 92 - - - - 9875 2017 (AD) 2754 + 18,6x * 98 92 91 4465 4446 4242 2018 (AF) 7618 + 27,9x * 87 - - - - 9850 Geral 5118 + 27,9x * 92 - - 80 - - 7350 a Dose fracionada (V3/R1) 2012 (AA) 3788 + 66,9x - 0,28x2 * 99 110 89 80 7759 7524 7348 2013 (AF) 5128 + 59,1x - 0,26x2 * 94 - - - - 8192 2014 (AD) 2773 + 20,5x * 97 113 71 5089 4228 4413 2015 (AA) 4025 + 25,3x * 95 - - - - 6049 2016 (AF) 6511 + 32,5x * 98 - - - - 9111 2017 (AD) 2388 + 19,5x * 92 - - - - 3948 2018 (AF) 7466 + 24,5x * 78 - - - - 9426 Geral 4721 + 26,2x * 96 - - 80 - - 6817 b

AA= Ano aceitável; AF= Ano favorável; AD= Ano desfavorável; V3= Condição cheia (100%) da dose de nitrogênio na terceira folha expandida; V3/V6 = Condição fracionada (70%/30%) da dose de nitrogênio na terceira e sexta folha expandida; V3/R1 = Condição fracionada (70%/30%) da dose de nitrogênio na terceira e diferenciação da espiga; N= doses de nitrogênio; PB= Produtividade biológica (kg ha-1); R2= Coeficiente de determinação; P(bi)= probabilidade do parâmetro de inclinação da reta; * = significativo a 5% de probabilidade de erro, pelo teste t; PGMET= dose de nitrogênio pela máxima eficiência técnica da produtividade de grãos (kg ha-1); PG

MEE= dose de nitrogênio pela máxima eficiência econômica da produtividade de grãos (kg ha-1); PG

3t ha-1 = dose de nitrogênio pela expectativa de 3 t ha-1 da produtividade

de grãos (kg ha-1); Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e maiúsculas na linha, constituem grupo estatisticamente homogêneo pelo modelo de Scott & Knott a 5% da probabilidade de erro

Na Figura 9, está apresentada a máxima eficiência técnica, econômica e expectativa 3 t ha-1 de uso do nitrogênio, na simulação da produtividade biológica, a partir das funções lineares que descrevem o comportamento, nas condições de fornecimento do nitrogênio, cheia e fracionada, no sistema soja/trigo e milho/trigo. Nessa perspectiva, independente de condição de ano agrícola, as doses pré-estabelecidas pela simulação da produtividade de grãos (Tabelas 7 e 8), mostraram alteração das produtividades com o incremento da doses. Portanto, a eficiência de uso do nitrogênio na elaboração da produtividade

biológica foram responsivas, indicando a importância das relações ambientais no uso adequado do N-fertilizante para a planta do trigo.

Figura 9. Comportamento da produtividade biológica do trigo

Figuras A, C, E= Sistema soja/trigo; Figuras B, D, F= Sistema milho/trigo; V3= Condição cheia (100%) da dose de nitrogênio na terceira folha expandida; V3/V6 = Condição fracionada (70%/30%) da dose de nitrogênio na terceira e sexta folha expandida; V3/R1 = Condição fracionada (70%/30%) da dose de nitrogênio na terceira e diferenciação da espiga; R2= Coeficiente de determinação; P(b

i)= probabilidade do parâmetro de inclinação da reta; * = significativo a 5% de probabilidade de erro, pelo teste t; NPGMEE = Dose de nitrogênio da produtividade de grãos da máxima eficiência econômica; NPGMET = Dose de nitrogênio da produtividade de grãos da máxima eficiência técnica (kg ha-1); N

PG3tha-1 = Dose de nitrogênio

da produtividade de grãos para expectativa de três toneladas (kg ha-1). Fonte: Própria autora (2020)

Na Tabela 13 do sistema soja/trigo, as doses do nitrogênio determinadas pela máxima eficiência técnica, econômica e expectativa 3 t ha-1 da produtividade de grãos (Tabela 7) estabelecidas por condição de fornecimento, cheia e fracionada, do nutriente e por ano agrícola, além do geral, foram utilizadas para estimativa da expressão da produtividade de palha, a partir das funções que explicam seus comportamentos. De modo geral, a tendência linear da produtividade de palha é obtida, sendo que numa relação de

17,1 kg ha-1 da produtividade de palha por unidade de nitrogênio fornecido na condição

fracionada em V3/V6 de melhor resposta sobre esta variável. Além disso, a simulação da

dose de nitrogênio pela produtividade de palha via eficiência técnica, econômica e de 3 t ha-1 mostrou uma redução da produtividade de palha, independente da condição de fornecimento do nutriente.

Tabela 13. Simulação da produtividade de palha pela máxima eficiência técnica, econômica e expectativa de 3 t ha-1 da produtividade de grãos nas condições de fornecimento do nitrogênio no sistema soja/trigo

Ano Modelo P R

2 N (kg ha-1) PP (kg ha-1)

PP = b0± b1x ± b2x2 (bi) (%) PGMET PGMEE PG3t ha-1 PGMET PGMEE PG3t ha-1 Dose cheia (V3) 2012 (AA) 4040 + 7,9x * 66 - - 60 - - 4514 2013 (AF) 4074 + 10,5x * 90 - - - - 4704 2014 (AD) 3789 + 15,9x * 95 88 57 5188 4695 4743 2015 (AA) 3990 + 10,7x * 97 114 93 5210 4985 4632 2016 (AF) 4716 + 21,4x * 92 87 69 6579 6193 6000 2017 (AD) 3242 + 21,8x * 97 88 56 5160 4463 4550 2018 (AF) 5638 + 26,4x * 97 93 73 8093 7565 7222 Geral 4212 + 16,4 x * 99 119 91 60 6163 Aa 5704 Aa 5196 Ba Dose fracionada (V3/V6) 2012 (AA) 3937 + 9,8x * 96 114 86 60 5054 4878 4525 2013 (AF) 4243 + 8,5x * 91 - - - - 4753 2014 (AD) 3635 + 18,7x * 92 80 59 5131 4738 4757 2015 (AA) 4153 + 10,6x * 96 - - - - 4790 2016 (AF) 4547 + 23,7x * 98 100 72 6917 6253 5969 2017 (AD) 3186 + 21,6x * 91 86 58 5035 4433 4482 2018 (AF) 5704 + 26,9x * 90 - - - - 7318 Geral 4200 + 17,1x * 99 120 93 60 6252 Aa 5790 Aa 5226 Ba Dose fracionada (V3/R1) 2012 (AA) 3753 + 10,2x * 85 - - 60 - - 4365 2013 (AF) 3968 + 7,5x * 50 - - - - 4418 2014 (AD) 3686 + 16,4x * 92 109 67 5473 4785 4670 2015 (AA) 3774 + 8,7x * 90 - - - - 4296 2016 (AF) 4695 + 17,1x * 95 105 77 6490 6012 5721 2017 (AD) 3318 + 15,6x * 88 96 33 4815 3832 4254 2018 (AF) 5446 + 25,7x * 96 98 73 7964 7322 6988 Geral 4091 + 14,4x * 97 - - 60 - - 4955 a

AA= Ano aceitável; AF= Ano favorável; AD= Ano desfavorável; V3= Condição cheia (100%) da dose de nitrogênio na terceira folha expandida; V3/V6 = Condição fracionada (70%/30%) da dose de nitrogênio na terceira e sexta folha expandida; V3/R1 = Condição fracionada (70%/30%) da dose de nitrogênio na terceira e diferenciação da espiga; N= doses de nitrogênio; PP= Produtividade de palha (kg ha-1); R2= Coeficiente de determinação; P(bi)= probabilidade do parâmetro de inclinação da reta; * = significativo a 5% de probabilidade de erro, pelo teste t; PGMET= dose de nitrogênio pela máxima eficiência técnica da produtividade de grãos (kg ha-1); PG

MEE= dose de nitrogênio pela máxima eficiência econômica da produtividade de grãos (kg ha-1); PG

3t ha-1 = dose de nitrogênio pela expectativa de 3 t ha-1 da produtividade

de grãos (kg ha-1); Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e maiúsculas na linha, constituem grupo estatisticamente homogêneo pelo modelo de Scott & Knott a 5% da probabilidade de erro

Salienta-se que a produtividade de palha (Tabela 14) sistema milho/trigo, apresentou comportamento similar ao sistema soja/trigo, evidenciando redução significativa pelo uso da máxima eficiência técnica, econômica e de 3 t ha-1.

Tabela 14. Simulação da produtividade de palha pela máxima eficiência técnica, econômica e expectativa de 3 t ha-1 da produtividade de grãos nas condições de fornecimento do nitrogênio no sistema milho/trigo

Ano Modelo P R

2 N (kg ha-1) PP (kg ha-1)

PP = b0± b1x ± b2x2 (bi) (%) PGMET PGMEE PG3t ha-1 PGMET PGMEE PG3t ha-1 Dose cheia (V3) 2012 (AA) 3344 + 21,4x * 94 101 86 80 5505 5184 5056 2013 (AF) 4232 + 10,0x * 80 - - - - 5032 2014 (AD) 2901 + 14,4x * 87 107 65 4452 3843 4053 2015 (AA) 2980 + 32,1x - 0,14x2 * 94 109 90 4815 4735 4652 2016 (AF) 5829 + 12,0x * 85 - - - - 6789 2017 (AD) 1553 + 18,9x * 93 - - - - 3065 2018 (AF) 6175 + 13,5x * 85 - - - - 7254 Geral 3895 + 15,1x * 95 118 95 80 5677 A 5330 A 5103 Ba Dose fracionada (V3/V6) 2012 (AA) 3049 + 44,9x - 0,20x2 * 97 114 96 80 5568 5516 5361 2013 (AF) 4237 + 9,9x * 49 - - - - 5029 2014 (AD) 2270 + 27,6x - 0,11x2 * 94 93 70 3885 3663 3774 2015 (AA) 3291 + 13,2x * 88 108 90 4716 4479 4347 2016 (AF) 5743 + 14,0x * 81 - - - - 6863 2017 (AD) 1887 + 13,7x * 98 92 91 3147 3133 2983 2018 (AF) 6030 + 13,3x * 67 - - - - 7094 Geral 3868 + 14,1x * 87 - - 80 - - 4996 a Dose fracionada (V3/R1) 2012 (AA) 3098 + 20,9x * 92 110 89 80 5398 4958 4770 2013 (AF) 4068 + 10,1x * 62 - - - - 4876 2014 (AD) 2015 + 13,8x * 87 113 71 3574 2995 3119 2015 (AA) 2972 + 13,2x * 93 - - - - 4028 2016 (AF) 4938 + 16,3x * 87 - - - - 6241 2017 (AD) 1672 + 12,8x * 81 - - - - 2696 2018 (AF) 5802 + 13,4 * 53 - - - - 6888 Geral 3509 + 14,4x * 93 - - 80 - - 4661 b

AA= Ano aceitável; AF= Ano favorável; AD= Ano desfavorável; V3= Condição cheia (100%) da dose de nitrogênio na terceira folha expandida; V3/V6 = Condição fracionada (70%/30%) da dose de nitrogênio na terceira e sexta folha expandida; V3/R1 = Condição fracionada (70%/30%) da dose de nitrogênio na terceira e diferenciação da espiga; N= doses de nitrogênio; PP= Produtividade de palha (kg ha-1); R2= Coeficiente de determinação; P(bi)= probabilidade do parâmetro de inclinação da reta; * = significativo a 5% de probabilidade de erro, pelo teste t; PGMET= dose de nitrogênio pela máxima eficiência técnica da produtividade de grãos (kg ha-1); PG

MEE= dose de nitrogênio pela máxima eficiência econômica da produtividade de grãos (kg ha-1); PG

3t ha-1 = dose de nitrogênio pela expectativa de 3 t ha-1 da produtividade

de grãos (kg ha-1); Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e maiúsculas na linha, constituem grupo estatisticamente homogêneo pelo modelo de Scott & Knott a 5% da probabilidade de erro

Na Figura 10, está apresentada a máxima eficiência técnica, econômica e expectativa 3 t ha-1 de uso do nitrogênio, na simulação da produtividade de palha, a partir

fornecimento do nitrogênio, cheia e fracionada, no sistema soja/trigo e milho/trigo. Nessa perspectiva, de modo geral, as doses pré-estabelecidas pela simulação da produtividade de grãos (Tabelas 7 e 8), mostraram alteração das produtividades com o incremento da doses.

Figura 10. Comportamento da produtividade de palha do trigo

Figuras A, C, E= Sistema soja/trigo; Figuras B, D, F= Sistema milho/trigo; V3= Condição cheia (100%) da dose de nitrogênio na terceira folha expandida; V3/V6 = Condição fracionada (70%/30%) da dose de nitrogênio na terceira e sexta folha expandida; V3/R1 = Condição fracionada (70%/30%) da dose de nitrogênio na terceira e diferenciação da espiga; R2= Coeficiente de determinação; P(b

i)= probabilidade do parâmetro de inclinação da reta; * = significativo a 5% de probabilidade de erro, pelo teste t; NPGMEE = Dose de nitrogênio da produtividade de grãos da máxima eficiência econômica; NPGMET = Dose de nitrogênio da produtividade de grãos da máxima eficiência técnica (kg ha-1); N

PG3tha-1 = Dose de nitrogênio

da produtividade de grãos para expectativa de três toneladas (kg ha-1). Fonte: Própria autora (2020)

Os resultados apresentados sugerem que o uso de doses ótimas à expressão da produtividade de palha, levem em consideração as condições edafoclimáticas e o momento de aplicação do nutriente durante o ciclo de cultivo do trigo, na busca de maior retorno econômico e com redução de custo e impactos ambientais, pelo reduzido

aproveitamento do N-fertilizante que tende a ser volatilizado ou lixiviado pelas condições ambientais.

Em estudo Wendling et al. (2007), concluíram que a cultura do trigo responde economicamente à dose de 35 kg ha-1 de nitrogênio após a soja, para produtividade em torno de 3.100 kg ha-1, após a cultura do milho, responde economicamente até a dose de 30 kg ha-1, atingindo produtividade em torno de 2.100 kg ha-1. Em milho, a máxima produtividade de grãos é obtida com a aplicação de 283 a 289 kg ha-1 de nitrogênio, mas a máxima eficiência econômica ocorre com 156 a 158 kg ha-1 de nitrogênio, isso evidencia que, em muitas situações, os produtores estão utilizando fertilizantes nitrogenados acima do necessário (PAVINATO et al., 2008). Resposta contraditória a pesquisa de Fernandes et al. (2005), que estudando a eficiência de uso de nitrogênio em cultivares de milho, utilizando doses de 0 a 180 kg ha-1 de nitrogênio, relataram que os aproveitamentos de nitrogênio decresceram com a elevação das doses aplicadas, em razão de o suprimento de nitrogênio exceder as necessidades da cultura do milho. Essa diminuição é oriunda de prováveis perdas de amônia e perdas de nitrato por lixiviação após o processo de nitrificação, que aumentam com a dose aplicada, e esse aumento pode ser linear ou exponencial (FARINELLI & LEMOS 2010). Em trigo, os melhores resultados com fertilização foram obtidos em níveis de nitrogênio que vão 70 a 120 kg ha-1 sem irrigação

(ESPINDULA et al., 2010; TEIXEIRA FILHO et al., 2010). A eficiência de uso da adubação nitrogenada em níveis superiores a 120 kg ha-1 não influenciou os parâmetros

produtivos de grãos e palha do trigo, enquanto que para os aspectos qualitativos não foi observado alterações significativas, com exceção do aumento da proteína bruta dos grãos (WROBEL et al., 2016). Estes resultados são similares ao encontrado nesse trabalho, corroborando que a faixa da produtividade está associada a alta variabilidade das condições de cultivo e manejo do nutriente.

Tomando como eixo os modelos de regressão que propiciem quantificar na dose ideal via eficiência técnica, econômica e expectativa de 3 t ha-1, simular com acurácia as variáveis de interesse, reduzindo custos e contaminação ambiental. Portanto, o capítulo seguinte objetiva simular por regressão linear a eficiência agronômica de aproveitamento do nitrogênio sobre a expressão da proteína total e amido pela relação dose fornecida e produto obtido. Estimar por regressão quadrática a máxima eficiência técnica, econômica e expectativa de 3 t ha-1 a expressão da produtividade de grãos pelo fornecimento do nitrogênio aplicada em condição cheia e fracionada. A partir disso, simular pelos modelos

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