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As correlações foram apresentadas em mapas para a interpretação espacial ser facilitada. Os valores do coeficiente de correlação de Pearson (r) são apresentados em intervalos para uma melhor visualização dos resultados. Não foram esquematizadas todas as correlações possíveis para não comprometer a leitura gráfica dos resultados. Assim apresentamDse as correlações com as estações mais próximas e as mais elevadas. No entanto, as matrizes de correlações completas são apresentadas no Anexo II. As estações da Chamusca e de Entrecampos não se encontram representadas no mapa, por questões de interpretação gráfica. A estação da chamusca está muito distanciada do centro de Lisboa e encontraDse fora do alcance do mapa. A estação de Entrecampos não foi incluída pois apresentava, no geral, correlações baixas.

As correlações de Pearson dos dados horários de ozono apresentam valores elevados. A análise dos da Figura 6.1 revelou que a proximidade entre estações nem sempre implica, em relação às concentrações horárias de ozono, a maior correlação. Como é o caso das correlações entre as estações de Paio Pires e Hospital Velho, Alfragide/ Amadora e Reboleira, Alfragide/ Amadora e Restelo e Alfragide/ Amadora e Quinta do Marquês. Noutros casos como é o caso da correlação entre Hospital Velho e Escavadeira, Arcos e Camarinha, Beato e Olivais, e Loures e Odivelas as correlações mais fortes verificamDse com as estações mais próximas. A estação de Alfragide/ Amadora é a estação que apresenta correlações mais fracas com todas as estações na sua proximidade na AML Norte. VerificouD se que, de uma forma geral, as correlações são mais fortes na margem norte do rio Tejo. É nessa margem onde existem mais estações e onde estas se encontram espacialmente mais distribuídas pela área.

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Figura 6.1 r de Pearson para correlações dos dados horários das concentrações de ozono entre as estações.

Ao incluir apenas os dados da época do ozono constatouDse que, no geral, as correlações diminuem (Figura 6.2). Isto deveDse, provavelmente, ao facto dos seis meses fora da época do ozono apresentarem valores muito baixos em toda a região. Assim, o comportamento do ozono no período excluído é muito parecido pois as condições meteorológicas não são favoráveis á formação de ozono. Posto isto, esses seis meses encontramDse, possivelmente, muito correlacionados visto que, praticamente, não existe formação de ozono. No entanto, verificaDse que os pares de estações com correlações mais elevadas, bem como com as mais baixas mantêmDse. Os pares de estações com correlações mais elevadas continuam, assim a ser entre Beato e Olivais e Arcos e Camarinha.

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Figura 6.2 r de Pearson para correlações dos dados horários das concentrações de ozono entre as estações, para a época do ozono.

A análise das concentrações máximas diárias revelou correlações, na globalidade, mais elevadas do que as dos dados horários (Figura 6.3). O que significa que os valores dos picos diários, têm uma correlação muito elevada entre estações, e que provavelmente a ocurrência de episódios de concentrações elevadas é um fenómeno comum à maioria das estações. As correlações entre Odivelas e Loures e Odivelas e Reboleira e Beato Olivais continuam muito elevadas. Odivelas continua a ser a estação que apresenta correlações mais elevadas. As correlações mais fracas verificamDse, novamente, entre as estações de Alfragide/ Amadora e Restelo e Hospital Velho e Paio Pires.

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Figura 6.3 r de Pearson para correlações das concentrações máximas diárias de ozono entre as estações.

Através da Figura 6.4 verificaDse que as correlações diminuem, no geral, à semelhança do que tinha acontecido também com os dados horários quando se diminuía o período de análise. MantêmDse, porém, os pares de correlações identificados anteriormente.

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Figura 6.4 r de Pearson para correlações das concentrações máximas diárias de ozono entre as estações, para a época do ozono.

As correlações das médias diárias em relação às máximas diárias do mesmo período de tempo não variam muito. Os padrões da distribuição espacial das correlações são semelhantes aos analisados anteriormente. A estação de Odivelas continua a ser a estação que apresenta maiores correlações e Hospital Velho e Alfragide/ Amadora e Escavadeira as estações com correlações mais baixas (Figura 6.5).

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Figura 6.5 r de Pearson para correlações das concentrações médias diárias de ozono entre as estações.

Ao encurtar o período de análise, mais uma vez, verificouDse que a correlações decrescem de uma forma geral (Figura 6.6), embora a tendência geral das concentrações permaneça semelhante.

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Figura 6.6 r de Pearson para correlações das concentrações médias diárias de ozono entre as estações, para a época do ozono.

Em relação à frequência de excedências verificouDse que todas as correlações são muito baixas, pelo que não é possível retirar conclusões concretas. No entanto é perceptível, através da Figura 6.7, que as correlações seguem, no geral, a tendência das correlações já analisadas. Os pares de correlações mantêmDse.

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Figura 6.7 r de Pearson para correlações da frequência de excedências do valor 160Fg/m3ozono entre as estações.

De forma genérica, as correlações são bastante elevadas, excepto no caso da frequência de excedências, o que anuncia que provavelmente se obterão boas relações lineares com base nos dados de outras estações. As correlações diminuem quando o período de análise utilizado é apenas a estação de ozono. No entanto, este é o período de mais interesse, visto que é nele que se verificam grandes concentrações de ozono e portanto é também quando a concentração de ozono apresenta grandes variações diárias, tornando a previsão mais difícil.

A Aglomeração da AML Norte, apresenta no geral correlações mais elevadas entre as estações do que a AML Sul. No entanto, é de notar que a AML Sul tem um menor número de estações e não se encontram espacialmente bem distribuídas.

A estação de Odivelas, estação mais recente, apresenta correlações elevadas com a maioria das estações, contudo apresenta menos dados. A estação da Chamusca exibe correlações mais baixas que as verificadas nas aglomerações. Tal pode acontecer devido à grande distância a que esta se encontra das aglomerações e ao facto de ser a única estação rural de fundo.