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A respeito dos mecanismos de atribuição de apoios por parte da DGArtes, o estudo procurou saber se, para além dos apoios que já são atribuídos através de concurso público, as entidades consideram relevante para o sector prever outros mecanismos de atribuição de apoios. 32

A análise das respostas indica que a maioria dos posicionamentos é favorá- vel a um modelo de atribuição de apoios assente em concurso público, que con- temple de forma ponderada a possibilidade de outros apoios não concursais (financeiros e não financeiros) e a revisão dos apoios atualmente existentes. Em menor número, as entidades que consideram que os apoios devem ser atribuí- dos exclusivamente por concurso.

A maioria dos contributos incidem em propostas relativas ao tipo de “ou- tros apoios a contemplar” ou ao tipo de aspetos específicos a alterar nos apoios atuais.

32 Q15. Para além dos apoios que já são atribuídos através de concurso público, consi- dera relevante para o sector prever outros mecanismos de atribuição por parte da DGAr- tes? Por favor, fundamente a resposta. A taxa de resposta é 85%.

As entidades que se pronunciaram favoravelmente sobre um modelo sus- tentado em procedimentos concursais fundamentam o seu posicionamento sa- lientando que os concursos públicos são a forma mais democrática e igualitária de acesso ao financiamento por parte do Estado. O concurso público é o meca- nismo que dá, segundo as opiniões recolhidas, maiores garantias de imparciali- dade do Estado.

Ao mesmo tempo que se reconhece a importância da manutenção de um modelo assente em concursos públicos, considera-se que o modelo deve ser revisto, por exemplo, quanto aos objetivos dos apoios, critérios de avaliação e competência dos júris, simplificação dos procedimentos de candidatura e flexi- bilização dos concursos (por exemplo, possibilidade de revisão do orçamento e atividades e/ou pedido de financiamento adicional). Estes posicionamentos in- cidem as suas propostas sobretudo na reorganização e reforço dos apoios exis- tentes.

Para uma parte destas entidades, apoios sem concurso, a serem criados, devem cingir-se a apoios não financeiros, tais como reforço das iniciativas in- terministeriais.

As entidades que se pronunciaram favoravelmente sobre um modelo que contemple outros apoios não concursais fundamentam o seu posicionamento salientando as características do sector. Tratando-se de um sector muito di- verso e dinâmico, faz sentido introduzir uma maior flexibilidade nos apoios que responda às necessidades permanentes das entidades.

Os posicionamentos que propõem uma revisão dos apoios existentes con- sideram essencial que o novo modelo tenha em conta as inúmeras diferenças entre as entidades do sector, quanto ao tipo, antiguidade (longo historial vs. emergentes), dimensão (por exemplo, estruturas grandes e consolidadas vs. singulares) e área artística.

No âmbito do Modelo de Apoio às Artes, uma parte significativa dos contri- butos procura uma resposta ao carácter dinâmico da atividade do sector. Pro- põe-se um quadro que assegura estabilidade e regularidade dos apoios princi- pais, através da abertura regular e atempada de concursos, acompanhada do reforço de mecanismos de apoios pontuais/extraordinários nos períodos em que não estão previstos concursos. Reservar parte do orçamento (residual) para projetos relevantes que surjam fora do calendário ou manter uma linha de apoio pontual aberta em permanência ilustram este tipo de propostas.

Seria importante prever uma linha permanente de apoio. Por vezes surgem oportunidades às entidades que mesmo conseguindo outras formas de finan- ciamento para projectos não previstos continua a faltar algum financiamento. Fomentaria a vontade e entusiasmo de fazer outras coisas, de inovar, experi- mentar.

[281 – teatro, teve apoio] É fundamental prever outros mecanismos de atribuição. O sector cultural é um sector em constante desenvolvimento e intersecção com outras áreas de acti- vidade. É aconselhável uma flexibilização que permita dar resposta a outros âmbitos de actividade e projectos paralelos, que muitas vezes decorrem das actividades desenvolvidas com carácter regular.

[244 – cruzamentos disciplinares, teve apoio] Em geral o sistema está correcto. Os contratos programa para todos os tipos de concurso são a forma mais democrática e transparente de acesso a fundos públicos. Somos decididamente contra a contratação directa, por exemplo, com as “companhias históricas”, isentando-as de qualquer concurso. No en- tanto, existem casos raros onde é necessário intervir por questões reactivas ou outras, de superior interesse nacional. Não vemos, por isso, que, excepcional- mente, estes apoios não possam existir. No caso [da entidade], a título de exemplo e, apesar de dependermos de apoios extraordinários para a realização de um dos nossos projectos bandeira [...] consideramos que esta deveria estar incluída no nosso plano de actividades, apesar de se revestir de interesse naci- onal, pois é parte integrante da nossa actividade regular.

[418 – cruzamentos disciplinares, teve apoio] Criação de uma tipologia de concurso diferente, uma espécie de bolsa, que po- deria ser temporária e estrategicamente desenvolvida, incidindo na tónica da correcção de desequilíbrios territoriais: um projecto piloto, no qual as estrutu- ras e autarquias interessadas pudessem inscrever-se com propostas e solicita- ções em áreas específicas, para, com a retaguarda da tutela, encontrar parcei- ros estratégicos por todo o território, onde pudessem exponenciar os seus re- cursos e competências. Este tipo de mecanismo seria muito mais interessante do que o actual modelo de acordo tripartido, que comporta inúmeras fragili- dades éticas e projectuais, bem como administrativas e legais.

[376 – dança, teve apoio]

Uma parte significativa dos contributos sublinha a importância de atribui- ção de apoios específicos para o perfil dos emergentes e/ou das entidades de menor dimensão, menos consolidadas.

A saudável renovação do tecido, e a solidariedade entre gerações, deveria obri- gar a que parte relevante dos apoios pontuais fosse integrada numa quota para artistas emergentes (fator idade).

[209 – teatro, teve apoio] Penso que seria de contemplar um concurso para apoios a estruturas emer- gentes, nomeadamente no quadro de aquisição de meios técnicos. Deveria também ser contemplado um mecanismo de apoio para a beneficiação de in- fra-estruturas materiais.

[278 – cruzamentos disciplinares, teve apoio] Consideramos que deveria existir uma linha de apoio a jovens criadores (até 30 anos). Este apoio deveria ser aberto apenas a pessoas singulares. Deveriam ser excluídos deste concurso criadores que já integrassem de alguma forma estruturas de produção profissionais com apoio anual/plurianual (para não existir aproveitamento dessas estruturas para duplo financiamento). Estes apoios teriam um montante a atribuir com um limite máximo de 5.000€. O mesmo criador não poderia beneficiar mais do que uma/duas vezes deste apoio. Esta era uma forma de criar condições para a promoção de novos cria- dores, bem como combater o alto grau de precariedade com muitos artistas se lançam às suas primeiras obras.

[502 – teatro, concorreu mas nunca teve apoio] Apoios a estágios de novos criadores - com bolsas, por exemplo - por forma a integrar os artistas mais novos nas estruturas de criação apoiadas pelo estado; [291 – teatro, teve apoio]

Por outro lado, emergem também posicionamentos, embora em número reduzido, que consideram relevante alterar o modelo de apoio das entidades com longo historial e atividade.

Consideramos fundamental haver apoios em separado para entidades com um historial suficiente, com provas dadas em resultados já atingidos, com uma es- trutura apoiada pelas autarquias. Estas entidades deviam ser apoiadas através de um protocolo que envolvesse a entidade, as autarquias e a DGArtes, asse- gurando uma continuação do projeto e um crescimento sustentável. Estas en- tidades deixavam de ficar sujeitas a uma permanente dependência dos concur- sos, cujo resultado pode colocar em causa toda uma instituição com custos fixos e permanentes. Por outro lado, seria assim possível fazer um planea- mento a longo prazo garantindo a criação de postos de trabalho permanentes.

as autarquias envolvidas e sujeita a uma atualização dos orçamentos de uma forma positiva ou negativa.

[234 – música, teve apoio] Sim. Existem estruturas que pela sua história, pelas provas dadas pelos seus dirigentes, pela qualidade artística dos seus elencos e pela qualidade da obra realizada ao longo de vários anos, não deveriam depender da lógica actual que faz coabitar, no mesmo ponto de partida, propostas com diferentes capacida- des, origens e ideais artísticos ainda não suficientemente implantadas ou que representam públicos minoritários. Os contratos directos nem por isso com- preendem atitude elitista do Estado mas um patamar reservado a entidades que na vida profissional já provaram tudo o que é possível provar e também uma forma de estimular os mais jovens a seguir a trabalhar para um dia serem eles a estar nessa posição. A haver claro que teriam também eles que obedecer a regras de transparência como todos as instituições do Estado.

[287 – dança, teve apoio] Do conjunto de propostas, os apoios à internacionalização recolhem boa parte dos contributos. A este respeito sugere-se adequar e/ou flexibilizar as da- tas dos concursos, ter mais datas ao longo do ano para permitir às entidades dar resposta às oportunidades e convites que surgem fora das datas dos con- cursos.

Quanto aos apoios à internacionalização, achamos que o concurso deveria es- tar aberto todo o ano, ou pelo menos de três em três meses, para dar resposta e continuidade aos esforços que as estruturas e os artistas fazem de internaci- onalização. Também seria importante criar uma linha de apoio à retroversão (tradução de Português para outras línguas), no sentido de promover interna- cionalmente o trabalho artístico nacional e, de uma forma mais prática, a le- gendagem de espetáculos portugueses falados em língua portuguesa. Quer o apoio à edição, quer à retroversão e à internacionalização, constituem um fa- tor importante para invertermos a lógica de importação cultural que nos tem regido, dando a conhecer a enorme diversidade e qualidade dos projetos pro- duzidos em Portugal.

[273 – teatro, teve apoio] Apoio à circulação de criações, no âmbito internacional: dirigida a estruturas e artistas nacionais para a circulação de criações e a realização de residências artísticas portuguesas em território internacional e apoio directo aos teatros e

festivais estrangeiros para apresentação de criações portuguesas em território estrangeiro.

Apoio à promoção de criações, no âmbito internacional: dirigida a estruturas nacionais que promovam a vinda de programadores estrangeiros para partici- par em acções de promoção de criações nacionais (festivais, plataformas, cen- tro de residências/espaço de trabalho, artistas associados), dirigida a profissio- nais nacionais que desenvolvam trabalho na área da difusão internacional, para a realização de viagens de representação e dirigida a programadores de teatros e festivais estrangeiros que pretendam viajar para Portugal, com base no compromisso de contacto com um número mínimo de artistas (em contexto de festival, centro de residências/espaço de trabalho, artistas associados).

[396 – dança, teve apoio]

Outros mecanismos de apoios propostos de forma transversal são os apoios a espaços e equipamentos. A este respeito encontram-se propostas muito di- versificadas que contemplam o mapeamento, identificação e dinamização dos espaços culturais (ou outros) sem atividade artística, para desenvolver em arti- culação com as autarquias a programação e a atividade nesses espaços. A par- tilha de recursos e espaços entre entidades é outra proposta. Neste âmbito, propõe-se também o apoio à renovação de espaços, reestruturação de salas de ensaio e o apoio a espaços de trabalho para entidades que não têm espaço pró- prio. E, ainda, o apoio à aquisição de equipamento técnico.

No que se refere a uma linha de apoio à aquisição de material técnico básico, é importante sublinhar que este apoio não é de facto apenas para uma enti- dade e estrutura, mas para o conjunto de projetos artísticos aí produzidos, pro- movidos e acolhidos.

[273 – teatro, teve apoio] Os apoios a espaços de ensaios e exibição, na forma de co-pagamento de ren- das, de equipamentos etc;

[291 – teatro, teve apoio] Um tipo de apoio que poderia ser muito interessante é o apoio ao aluguer de espaços de trabalho, estúdio e atelier. Este tipo de apoio é uma forma simples e comprovada de promover a criação junto das novas gerações de artistas, e gerar núcleos ou centros culturais geográficos. O apoio ao espaço de trabalho artístico partilhado gera o cruzamento de criadores e fomenta actividades co- munitárias genuínas. A disponibilização de equipamentos imobiliários ou de verbas exclusivas para o aluguer de ateliers colectivos, estúdios e salas de tra-

balho e ensaio, seria uma forma simples e rápida incentivar os artistas a traba- lharem localmente e manterem-se no país. Um apoio deste género, direccio- nado aos artistas entre os 20 e 35 anos poderia ser algo realmente marcante para a produção nacional, e poderia ser uma forma de promover as estruturas informais de artistas que se poderão transformar futuramente em projectos maiores.

[114 – artes plásticas, teve apoio]

O apoio à circulação está também muito presente nas propostas.

A DgArtes deveria centrar parte da sua actividade no fomento, prospecção e co- organização da circulação nacional dos projectos performativos apoiados com as autarquias, e a rede de equipamentos, tendo para isso verbas próprias. Nesta competência reside a observância dos objectivos gerais de assegurar o acesso público aos diversos domínios da atividade artística - concorrendo para a promoção da qualidade de vida, da cidadania e da qualificação das popula- ções; de Fomentar a descentralização e dinamização da oferta cultural - corri- gindo as assimetrias regionais e promovendo a atividade artística como instru- mento de desenvolvimento económico e de qualificação, inclusão e coesão so- ciais;

[480 – música, teve apoio] Absolutamente fundamental é, também, o apoio à circulação/digressão pelo país das atividades das estruturas apoiadas pela DGArtes - tantas vezes impos- sível pelo magro orçamento de que dispõem as salas para acolhimentos - por forma a pôr termo à desleal concorrência com atividades de carácter comer- cial. O financiamento que as estruturas recebem destina-se, totalmente, à cri- ação e divulgação dos espectáculos não sobrando verbas que possam suportar as digressões dos mesmos. O apoio à digressão das atividades desenvolvidas pelas estruturas apoiadas pela DGArtes tornaria possível uma maior circulação pelas salas públicas do país e um sentido acrescido ao dinheiro investidos por todos na fruição cultural por um público mais alargado.

[291 – teatro, teve apoio] Sente-se presentemente a falta de um programa específico de apoio à circula- ção a nível nacional.

[363 – dança, teve apoio] Sim, promover um concurso/medidas para circulação nacional dos criadores portugueses. A realidade dos Teatros e Auditórios Municipais é, de uma forma

geral, de sub-financiamento e os espectáculos para circularem tem custos lo- gísticos inerentes e, por vezes, pesados, que são muitas vezes impeditivos da contratação dos mesmos.

[366 – música, teve apoio] Sim, nomeadamente para a circulação de espetáculos pelos Teatros que são financiados pelo Estado e também em áreas complementares como seja a for- mação de públicos.

[415 – teatro, teve apoio]

Como outro tipo de apoio a contemplar, surge a proposta de alargamento ao apoio à edição, digital e em papel.

Parece-nos que é importante a atribuição de apoios para a edição, no sentido de promover a escrita contemporânea para teatro e para se conseguir produzir material relevante de estudo e reflexão sobre os percursos das estruturas ar- tísticas e artistas em Portugal, construindo assim um património físico, palpá- vel e consultável que justifica os próprios apoios públicos.

[273 – teatro, teve apoio]

Considera-se ainda relevante contemplar o apoio técnico e jurídico às enti- dades, designadamente o apoio à preparação de candidaturas nacionais, euro- peias, internacionais. Apoio à formação de equipas técnicas em territórios/es- paços que não têm equipas técnicas suficientemente competentes para dar apoio às entidades. Também se avança com a ideia de a DGArtes funcionar como incubadora de projetos e propostas para capacitar entidades/projetos não apoiados.

O apoio financeiro é o mais fácil. O difícil é definir como apoiar bons projetos (ou projetos com enorme potencial) que já não conseguem obter apoio finan- ceiro. E mesmo os projetos ""classificados"" abaixo dos limiares de qualidade, devem ser objeto de atenção, na perspetiva de que, se surgiram, é porque al-

guém se deu ao trabalho de os pensar, estruturar e apresentar - ou seja, é por- que existe ali um potencial de motivação, interesse, relevância e oportunidade. Pensamos que a DGARTES deve desenvolver os seguintes mecanismos: 1. Selo DGARTES - apoio institucional, funcionando como um selo de qualidade, a conceder a todos os projetos aos quais a DGARTES reconhece qualidade, ou seja, incluindo os apoiados e os não apoiados financeiramente;

2. Incubadora DGARTES - apoio técnico e logístico, a conceder opcionalmente (caso a entidade assim o pretenda), no qual os projetos com potencial são in- cubados pela DGARTES, na perspetiva do seu desenvolvimento/ apuramento, o que pode passar por: formação às entidades; apoio técnico ao desenvolvi- mento/ aprofundamento/ melhoria do projeto; apoio técnico na exploração de financiamentos e redes/ parcerias (por exemplo, que possam incrementar componentes artísticas, reduzir custos, assegurar a colocação - acolhimento/ programação);

3. DGARTES + Perto - iniciativa de visita às entidades, podendo passar por as- sistir a exibições, ensaios, etc, ficando a conhecer melhor as realidades, apro- ximando a instituição dos artistas e formalizando e divulgando as impressões dessas visitas, que poderiam depois ser vertidas num roteiro (anual). O roteiro anual deveria balancear a cobertura geográfica (todo o território), as diferen- tes áreas artísticas, diferentes tipos de estruturas (mais antigas/ estabelecidas/ formais/ objeto já de apoio regular, versus as novas, emergentes, não apoia- das; grandes e pequenas - em termos infraestruturais, de estrutura/ orça- mento, etc)

[442 – teatro, concorreu mas nunca teve apoio] Poderiam ser considerados outros mecanismos de atribuição, tais como: -Apoio jurídico;-Aquisição de equipamentos,-Bolsas de investigação;-Apoio à escrita de textos teatrais; -Acções de formação sobre criação de dossiers para candidaturas, entre outros.Estas acções de formação poderiam ser desenvol- vidas, por exemplo, através das DRCs.

[305 – cruzamentos disciplinares, teve apoio]

Por fim, outro aspeto muito referido é o do apoio à formação profissional.

Seria relevante criar uma linha de apoio, através da atribuição de bolsas, para criadores com um percurso considerável e profissionais de outras áreas, como produção, cenografia, luz, etc., no sentido promover a qualificação profissional e adaptação a novos conhecimentos, técnicas e tecnologias.

[273 – teatro, teve apoio] Outra área que recolhe alguns contributos é a do apoio à investigação, em articulação com a academia e com os centros de investigação nacionais.

Sim, a DGArtes deverá, além de prever outros mecanismos de atribuição de apoios, contemplar novos campos de intervenção como já referido na resposta à pergunta Q12. Os novos mecanismos de atribuição têm de contemplar a in- vestigação artística - essencial para o desenvolvimento científico e histórico de qualquer área de estudo – atualmente com inegável ausência de apoio pela Fundação da Ciência e Tecnologia, a principal (e quase exclusiva) entidade de apoio à investigação em Portugal. Ora, se não for a DGArtes a assumir a res- ponsabilidade de salvaguardar e promover a investigação dentro dos núcleos académicos e devidos centros de investigação de caráter artístico e/ou cultu- ral, a evolução e a sustentação da nossa investigação ficará (está) deveras com- prometida.

[478 – cruzamentos disciplinares, concorreu mas nunca teve apoio] Os apoios pontuais e os apoios à internacionalização são importantes de man- ter. Apoiar projectos específicos na área da educação e formação seria tam- bém importante assim como projectos territoriais (artísticos e de investiga- ção). Possibilitar a reflexão sobre os projectos e a acção artística nos territórios seria uma forma de assegurar uma melhoria continua das intervenções.

[522 – teatro, teve apoio] 1) Bolsas para artistas atenderem residências artísticas, um workshop, um en- contro profissional no estrangeiro. Mas com a necessidade de agilizar o pro- cesso para a obtenção desses apoios (que também seriam bastante modestas c/ despesas elegíveis: o transporte, a inscrição – no caso de um workshop – estadia).

2) Apoios (bolsas?) para projectos de investigação artística que precisam de tempo (6-12 meses) para se desenvolver e cuja finalidade é incerta a partida: exposição, livro, filme, website... Apoio ou bolsas que não têm nada a ver com as bolsas da FCT reservadas para docentes académicos.

[211 – outra área, teve apoio]