• Nenhum resultado encontrado

ACOPLAMENTO 3 J FCF EM 2-FLUOR-6-X-BENZALDEÍDOS

4.2.3 Mecanismos De Transmissão Dos Acoplamentos 3 J FCF

FCf

Visando entender a origem da diferença nos acoplamentos 3JFCf para os confôrmeros sin e anti dos compostos estudados, o 2-fluorobenzaldeído foi utilizado como composto modelo no estudo dos caminhos de transmissão do acoplamento 3JFCf. Os valores totais desse acoplamento são explicados quase que exclusivamente pela contribuição do mecanismo de contato de Fermi (Figura 27). Ainda, entre os confôrmeros, não há variação significativa do diedro envolvendo os átomos que participam do acoplamento 3JFCf, sendo assim, a variação nesse acoplamento é devido a mudança de orientação dos demais átomos que não fazem parte do caminho do acoplamento, que afetam a estrutura esteroeletrônica dos confôrmeros.

Figura 27: SSCCs totais e suas contribuições de contato de Fermi (FC), spin dipolar (SD),

paramagnética spin órbita (PSO) e diamagnética spin órbita (DSO), obtidas por cálculos de SSCCs com o nível teórico BHandH/aug-cc-pVTZ, para os confôrmeros do 2-fluorobenzaldeído (0-80: confômeros sin-periplanares, 100-180: confômeros anti-periplanares).

Ao decompor a componente de FC por análises de NJC, verificou-se que a principal variação nas SSCCs, entre os confôrmeros, ocorre no termo de L, que possui um perfil crescente de contribuição conforme a carbonila tende ao lado oposto ao átomo de flúor (Figura 28).

Figura 28: Termo FC total e suas contribuições de Lewis e não Lewis, calculadas por NJC com o nível

teórico BHandH/D95, para os confôrmeros do 2-fluorobenzaldeído (0-80: confômeros sin-periplanares,

100-180: confômeros anti-periplanares).

Ainda, ao analisar a contribuição de cada NLMO para a componente de L, observou-se que, somadas, as contribuições dos orbitais LP1(F) e LP2(F) e σC-F descrevem o perfil de variação do termo L entre os confôrmeros do 2-fluorobenzaldeído (Figura 29, pg. 68).

Figura 29: Contribuições de Lewis dos NLMOs C-F, LP1(F) e LP2(F) para os confôrmeros do

2-fluorobenzaldeído (0-80: confômeros sin-periplanares, 100-180: confômeros anti-periplanares), também obtidas nos cálculos de NJC.

Para acoplamentos vicinais, é relatado na literatura que repulsões estéricas entre orbitais possuem grande influência sobre o acoplamento [14]. Dessa forma, uma possibilidade para a diferença da contribuição do tipo L no acoplamento 3JFCf é que as variações de energias de trocas estéricas envolvendo os orbitais LP1(F), LP2(F) e σC-F com orbitais que envolvem o carbono formílico (Tabela 5, pg. 69), que é o átomo do acoplamento com flúor estudado no presente trabalho, exerçam influências positivas ou negativas para a contribuição total desses orbitais no acoplamento. Sendo assim, é possível analisar isoladamente os perfis de contribuição dos orbitais LP1(F), LP2(F) e σC-F em relação ao comportamento de cada um desses orbitais frente às repulsões estéricas que os envolvem.

Em relação à contribuição do orbital LP1(F) para o acoplamento 3JFCf, observando as alterações partindo do confôrmero 0 ao 180, nota-se que esse começa com contribuições negativas, que tornam-se ainda mais negativas (~40 Hz), para o acoplamento, porém, a partir do confôrmero 100, há uma inversão do perfil de contribuição para o acoplamento, que passa a aumentar até possuir pequenas contribuições de sinal positivo, a partir do confôrmero 150 (Figura 29). Uma sugestão para este perfil do LP1(F) é que as interações estéricas desse orbital com os orbitais πC-Of e LP2(Of) levam a contribuições negativas, enquanto interações com o orbital σC-

Hf contribuem positivamente para o acoplamento (Tabela 5). Ou seja, nos confôrmeros

sin (0-50) a troca estérica com o LP2(Of) com o LP1(F) diminuiria o acoplamento, já nos confôrmeros anti (120-180) a troca estérica entre os orbitais LP1(F) e σC-Hf contribuiria positivamente para o 3JFCf. Ao passo que, a troca estérica entre os orbitais LP1(F) e πC-Of poderia estar relacionada à grande contribuição negativa observada entre os confôrmeros 60 e 120.

Tabela 5: Energias de troca estérica, em kcal mol-1, para os orbitais LP1(F), LP2(F)e σC-F.

LP1(F) LP2(F) σC-F

CONFÔRMERO σC-Hf πC-Of LP2Of σC-Hf πC-Of LP2(Of) σC-Cf σC-Hf πC-Of σC-Cf

0 0,05 - 0,51 - 0,02 1,03 0,57 0,23 - 2,05 10 - - 0,48 - 0,02 0,98 0,58 0,23 0,01 2,07 20 0,05 0,07 0,38 - 0,09 0,86 0,62 0,23 - 2,11 30 - 0,13 0,27 - 0,18 0,66 0,67 0,22 0,07 2,17 40 - 0,18 0,17 - 0,27 0,44 0,73 0,19 0,11 2,25 50 - 0,23 0,08 - 0,34 0,25 0,81 0,16 0,16 2,33 60 - 0,26 - - 0,39 0,12 0,9 0,12 0,24 2,42 70 - 0,27 - - 0,42 - 0,99 0,07 0,29 2,49 80 - 0,28 - - 0,48 - 1,06 - 0,35 2,56 90 - 0,28 - 0,07 0,54 - 1,09 - 0,4 2,61 100 - 0,23 - 0,17 0,49 - 1,07 - 0,34 2,6 110 - 0,17 - 0,33 0,36 - 1,02 - 0,26 2,56 120 0,10 0,11 - 0,24 0,53 - 0,95 - 0,16 2,48 130 0,17 - - 0,74 0,16 - 0,88 0,12 0,1 2,42 140 0,24 - - 0,95 0,09 - 0,80 0,19 0,06 2,34 150 0,31 - - 1,16 0,05 - 0,75 0,24 - 2,30 160 0,37 - - 1,33 - - 0,71 0,3 - 2,26 170 0,41 - - 1,44 - - 0,68 0,34 - 2,23 180 0,42 - - 1,47 - - 0,67 0,35 - 2,21

O perfil de contribuição do LP2(F) é oposto ao do LP1(F) (Figura 29, pg. 68). Dessa forma, para o LP2(F), interações com os orbitais πC-Of e LP2(Of) e interações com o orbital σC-Hf resultariam em contribuições positivas e negativas, respectivamente (Tabela 5). Para esse orbital, as interações com o orbital σC-Cf

poderiam, também, ser importantes e contribuir positivamente para o acoplamento 3JFCf.

Em relação as contribuições do orbital σC-F, embora exista um perfil decrescente do confôrmero 0 ao 180, nenhuma relação direta com valores de energias de trocas estéricas foi observada, indicando que outros fatores mais complexos podem ser significantes para a descrição da contribuição desse orbital para o acoplamento estudado (Figura 29, pg. 68; Tabela 5, pg. 69).

5 CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS FUTURAS

Neste trabalho, os efeitos de funções de bases em análises de NJC para constantes de acoplamento de grande magnitude (acoplamento 1JCHf em benzaldeídos) foram investigados. Foi discutido o efeito de funções de bases nessas análises levando em consideração o balanço das contribuições de deslocalização, de repolarização e de Rydberg para o termo de NL. Em trabalhos anteriores [14,46], o efeito de funções de bases em 3J, foi discutido apenas em relação ao balanço entre os termos de L e NL, ignorando a decomposição do termo de NL. Com base neste estudo, foi possível concluir que as bases desenvolvidas e otimizadas para cálculos de constantes de acoplamento não são ideais para análises de NBO, como a de NJC que decompõe o termo FC da SSCC em termos de orbitais naturais localizados. Bem como, bases estendidas com funções difusas geram contaminações nos resultados, nos quais observam-se contribuições de Rydberg significativas para as SSCC. Dessa forma, para análises de NJC, seria aconselhado utilizar conjuntos de funções de base sem contrações de funções s e sem funções difusas. A base D95, conjunto mais simples proposto por Dunning, apresentou resultados coerentes para análises de NJC, descrevendo satisfatoriamente o termo FC para os compostos estudados.

Em relação aos efeitos de substituintes no mecanismo de transmissão do acoplamento 1JCHf de derivados de benzaldeído, a maioria dos substituintes, quando na posição orto, levou a um aumento em torno de 10 Hz no 1JCHf, enquanto derivados

meta e para substituídos possuem o 1JCHf próximo ao do benzaldeído. Os resultados

teóricos indicam que a proximidade espacial, entre a ligação C-Hf e os substituintes na posição orto, afeta mais o mecanismo de transmissão do 1JCHf do que o caráter doador ou retirador de elétrons dos substituintes. Com as análises de NCE, ao acessar as cargas naturais de Lewis dos átomos acoplados, pôde-se propor que o aumento no 1JCHf para benzaldeídos orto-substituídos está relacionado a diminuição e aumento nas cargas naturais do carbono e do hidrogênio, respectivamente. A polarização da ligação C-Hf e re-hibridização do carbono formílico leva a um encurtamento de C-Hf e indica que a interação de proximidade é uma ligação de hidrogênio imprópria entre a ligação de C-Hf e o substituinte em orto.

No estudo do acoplamento 3JFCf em 2-F-6-X-benzaldeídos, traçou-se uma relação de preferência conformacional sin e anti desses compostos com os valores de

acoplamento 3JFCf observados experimentalmente. Com o auxílio de cálculos teóricos, verificou-se que o arranjo dos átomos nos confôrmeros sin resultam em interações que contribuem negativamente enquanto as interações resultantes do arranjo molecular dos confôrmeros anti, contribuem positivamente para a SSCC total em equilíbrio. A origem da diferença dessas contribuições foi investigada uma vez que a variação do ângulo diedro entre os átomos acoplados não explica a mudança no acoplamento entre os confôrmeros, pois esse não se altera significativamente nos confôrmeros dos compostos estudados. As análises de NJC indicaram que mudanças nas contribuições de Lewis dos orbitais LP1(F), LP2(F) e σC-F descrevem o perfil de variação do acoplamento entre os confôrmeros. As mudanças de contribuições desses orbitais foram relacionadas com alterações nas interações de trocas estéricas com os orbitais πC-Of, LP1(Of), LP2(Of) e σC-Hf.

Como perspectivas para este projeto, têm-se o estudo da modificação de função base já otimizadas para cálculos de constantes de acoplamento, retirando os blocos de funções difusas dessas bases, e testar efeitos de substituintes do grupo VI, em fluorbenzaldeídos, nos acoplamentos 3JCF.

6 REFERÊNCIAS

1. BIFULCO, G. et al. Determination of Relative Configuration in Organic Compounds by NMR Spectroscopy and Computational Methods. Chemical Reviews, 107, 2007. 3744–3779.

2. TORMENA, C. F. Conformational analysis of small molecules: NMR and quantum. Progress in Nuclear Magnetic

Resonance Spectroscopy, 96, 2016. 73-88.

3. KUMMERLÖWE, G.; LUY, B. Residual Dipolar Couplings for the Configurational and Conformational Analysis of Organic Molecules.

Annual Reports on NMR Spectroscopy, 68, 2009. 193-232.

4. CONTRERAS, R. H. High Resolution NMR Spectroscopy

Understanding Molecules and their Electronic Structures. Oxford:

Elsevier, v. 3, 2013.

5. CORMANICH, R. A. et al. 1hJFH coupling in 2-fluorophenol revisited: is intramolecular hydrogen bond responsible for this long- range coupling? Magnetic Resonance in Chemistry, 49, 2011. 763- 767.

6. PALERMO, G.; RICCIO, R.; BIFULCO, G. Effect of Electronegative Substituents and Angular Dependence on the Heteronuclear Spin−Spin Coupling Constant 3JC−H: An Empirical Prediction Equation Derived by Density Functional Theory Calculations. The Journal of Organic Chemistry, 75, 2010. 1982- 1991.

7. FAVARO, D. C.; CONTRERAS, R. H.; TORMENA, C. F. Unusual Through-Space, TS, Pathway for the Transmission of JFHf Coupling: 2-Fluorobenzaldehyde Study Case. The Journal of

Physical Chemistry A, 117, 2013. 7939-7945.

8. SCHUQUEL, I. T. A. et al. 13C NMR: nJCH and 1JCC scalar spin–spin coupling constants (SSCCs) for some 3-monosubstituted 2-methylpropenes. Journal of Molecular Structure, 1068, 2014. 170- 175.

9. BARBOSA, T. M. et al. The Antagonist Effect of Nitrogen Lone Pair: 3JHF versus 5JHF. Physical Chemistry Chemical Physics, 19, 2018. 1358-1362.

10. RAMSEY, N. F.; PURCELL, E. M. Interactions between Nuclear Spins in Molecules. PHYSICAL REVIEW, 85, 1952. 143-144.

11. AUTSCHBACH, J.; GUENNIC, B. L. Analyzing and

Interpreting NMR Spin–Spin Coupling Constants Using Molecular Orbital Calculations. Journal of Chemical Education, 84, 2007. 156- 171.

12. KOWALEWSKI, J. Calculations of Nuclear Spin-Spin Couplings. Annual Reports on NMR Spectroscopy, 12, 1982. 81- 176.

13. HELGAKER, T.; JASZUńSKI, M.; PECUL, M. The quantum-

chemical calculation of NMR indirect spin–spin coupling constants.

Progress in Nuclear Magnetic Resonance Spectroscopy, 53, 2008.

249-268.

14. WILKENS, S. J. et al. Natural J-Coupling Analysis:  Interpretation of Scalar J-Couplings in Terms of Natural Bond Orbitals.

Journal of American Chemical Society, 123, 2001. 12026-12036.

15. MISHRA, S. K.; SURYAPRAKASH, N. Intramolecular hydrogen bonds involving organic fluorine in the derivatives of hydrazides: an NMR investigation substantiated by DFT based theoretical calculations. Physical Chemistry Chemical Physics, 17, 2015. 15226-15235.

16. PETRAKIS, L.; SEDERHOLM, C. H. NMR Fluorine‐Fluorine Coupling Constants in Saturated Organic Compounds. The Journal of

Chemical Physics, 35, n. 4, 1961. 1243-1248.

17. HIERSO, J.-C. Indirect Nonbonded Nuclear Spin−Spin Coupling: A Guide for the Recognition and Understanding of “Through- Space” NMR J Constants in Small Organic, Organometallic, and Coordination Compounds. Chemical Reviews, 114, 2014. 4838-4867.

18. ALABUGIN, I. V. Stereoelectronic Effects: A Bridge Between Structure and Reactivity. Chichester: John Wiley & Sons, 2016.

19. WOLFE, S. et al. The Perlin Effect: bond lengths, bond strengths, and the origins of stereoelectronic effects upon one-bond C-H coupling constants. Canadian Journal of Chemistry, 68, 1990. 1051-1062.

20. PERLIN, A. S.; CASU, B. Carbon-13 and proton magnetic resonance spectra of D-glucose-13C. Tetrahedron Letters, 10, 1969. 2921-2924.

21. KAMIENSKA-TRELA, K.; WÓJCIK, J. Applications of spin- spin couplings. Nuclear Magnetic Resonance, 42, 2013. 181–229.

22. VILKAUSKAITė, G.; ŠAčKUS, A.; HOLZER, W.

Sonogashira‐Type Reactions with 5‐Chloro‐1‐phenyl‐1H‐pyrazole‐4‐

carbaldehydes: A Straightforward Approach to

Pyrazolo[4,3-c]pyridines. European Journal of Organic Chemistry, 2011, 2011. 5123-5133.

23. SABA, G. et al. Study of Dimethyl-substituted Benzene Derivatives by 13C Nuclear Magnetic Resonance Spectroscopy and INDO MO Calculations. Journal of the Chemical Society, Perkin

Transactions 2, 1983. 1569-1572.

24. KOWALEWSKI, D. G. D. et al. Intramolecular electric üeld eþect on a 1J(C,H) NMR spin-spin coupling constant. An experimental and theoretical study. MAGNETIC RESONANCE IN CHEMISTRY, 37, 1999. 227-231.

25. KARPLUS, M. Contact Electron‐Spin Coupling of Nuclear Magnetic Moments. The Journal of Chemical Physics, 30, 1959. 11-15.

26. KARPLUS, M. The Analysis of Molecular Wave Functions by Nuclear Magnetic Resonance Spectroscopy. The Journal of

27. KARPLUS, M. Vicinal Proton Coupling in Nuclear Magnetic Resonance. Vicinal Proton Coupling in Nuclear Magnetic

Resonance, 85, n. 18, 1963. 2870-2871.

28. MINCH, M. J. Orientational dependence of vicinal proton‐ proton NMR coupling constants: The Karplus relationship. Concepts

in Magnetic Resonance, 6, 1994. 41-56.

29. ABRAHAM, R. J.; MCLAUCHLAN, K. A. Proton Resonance

Spectra and Conformations of the Prolines. 11. Conformations of Trans Hydroxy-L-proline and Cis (allo) Hydroxy-L- proline. Molecular

Physics, 5, 1962. 513-523.

30. DUNCAN, M.; GALLAGHER. The 1H, 13C and 31P NMR spectra of EZ pairs of some phosphorus substituted alkenes.

ORGANIC MAGNETIC RESONANCE, 15, n. 1, 1981. 37-42.

31. HERSH, W. H. et al. A Non-Karplus Effect: Evidence from Phosphorus Heterocycles and DFT Calculations of the Dependence of Vicinal Phosphorus−Hydrogen NMR Coupling Constants on Lone-Pair Conformation. The Journal of Organic Chemistry, 77, 2012. 4968- 4979.

32. ALABUGIN, I. V. Hyperconjugation. WIREs Computational

Molecular Science, 1, 2011. 109-141.

33. PARR, W. J. E.; SCHAEFER, T. The J method: application of NMR spectroscopy to the determination of small internal rotation barriers in solution. Accounts of Chemical Research, 13, 1980. 400- 406.

34. ABRAHAM, R. J. et al. Conformational Analysis Part 26 - An Objective Method for Determining Conformer Populations and Coupling Constants in NMR Spectroscopy. Magnetic Resonance in

Chemistry, 34. 71-77.

35. MORGON, N. H. Computação em Química Teórica:

Informações Técnicas. Química Nova, 24, 2001. 676-682.

36. LEVINE, I. N. Quantum Chemistry. 4ª. ed. Englewood Cliffs: Prentice Hall, 200.

37. SCHULMAN, J.; VENANCI, T. Theory and calculation of carbon-nitrogen spin-spin coupling constants. Journal of the

American Chemical Society, 98, 1976. 4701–4705.

38. ENGELMANN, A. R.; CONTRERAS, R. H.; FACELLI, J. C.

The use of partially restricted molecular orbitals to investigate transmission mechanisms of spin-spin coupling constants. I. The σ and π contributions within the FPT INDO method. Theoretica Chimica

Acta (Berlin), 59, 1981. 17–24.

39. FUKUI, H.; TSUJI, T.; MIURA, K. Calculation of the Nuclear Spin-Spin Coupling Constants. 3. σ- and π-Electron Contributions in Some Simple Unsaturated Hydrocarbons. Journal of the American

Chemical Society, 103, 1981. 3652-3653.

40. CONTRERAS, R. H. et al. Viewpoint 8 — polarization propagator analysis of spin-spin coupling constants. Journal of

Molecular Structure: THEOCHEM , 284, 1993. 249-269.

41. DICKSON, R. M.; ZIEGLER, T. NMR Spin−Spin Coupling Constants from Density Functional Theory with Slater-Type Basis Functions. The Journal of Chemical Physics, 100, 1996. 5286–5290. 42. CREMER, D.; GRÄFENSTEIN, J. Calculation and analysis of NMR spin-spin coupling constants. Physical Chemistry Chemical

Physics, 9, 2007. 2791-2816.

43. ZARYCZ, M. N. C.; SAUER, S. P. A.; PROVASI, P. F. Localized molecular orbital analysis of the effect of electron correlation on the anomalous isotope effect in the NMR spin-spin coupling constant in methane. The Journal of Chemical Physics, 141, 2014. 151101-7.

44. PERALTA, J. E.; CONTRERAS, R. H.; SNYDER, J. P. Natural bond orbital dissection of fluorine-fluorine through-space NMR coupling (JF,F) in polycyclic organic molecules. Chemical Communications, 0, 2000. 2025-2026.

45. AUTSCHBACH, J. Analyzing molecular properties

natural bond orbitals: NMR spin-spin coupling constants. The Journal

of Chemical Physics, 127, 2007. 124106-11.

46. VEGA, J. M. G. D. L.; FABIÁN, J. S. Natural bond orbital/natural J-coupling study of vicinal couplings. Journal of

Molecular Modeling, 20, 2014. 2225-7.

47. SALOME, K. S.; TORMENA, C. F. Revisiting the Long- Range Perlin Effect in a Conformationally Constrained Oxocane. The

Journal of Organic Chemistry, 83, 2018. 10501-10504.

48. GOODMAN, L.; SAUERS, R. R. Diffuse functions in natural bond orbital analysis. Journal of Computational Chemistry, 28, 2006. 269-275.

49. AMPT, K. A. M. et al. Determination of size and sign of hetero-nuclear coupling constantsfrom 2D 19F–13C correlation spectra.

Journal of Magnetic Resonance, 215, 2012. 27-33.

50. FRISCH, M. J. et al. Gaussian 09, Revision D.01. Wallingford : Gaussian, Inc., 2009.

51. ZHAO, Y.; TRUHLAR, D. G. The M06 suite of density functionals for main group thermochemistry, thermochemical kinetics, noncovalent interactions, excited states, and transition elements: two new functionals and systematic testing of four M06-class functionals and 12 other function. Theoretical Chemistry Accounts, 120, 2008. 2015-241.

52. MARDIROSSIAN, N.; HEAD-GORDON, M. How Accurate Are the Minnesota Density Functionals for Noncovalent Interactions, Isomerization Energies, Thermochemistry, and Barrier Heights Involving Molecules Composed of Main-Group Elements? Journal of

Chemical Theory and Computation, 12, n. 9, 2016. 4303-4325.

53. MARENICH, A. V.; CRAMER, C. J.; TRUHLAR, D. G. Universal Solvation Model Based on Solute Electron Density and on a Continuum Model of the Solvent Defined by the Bulk Dielectric Constant and Atomic Surface Tensions. The Journal of Physical

54. PERDEW, J. P. Density-functional approximation for the correlation energy of the inhomogeneous electron gas. Physical

Review B: Condensed Matter and Materials Physics, 33, 1986.

8822-8824.

55. GRIMME, S. et al. Fully Automated Quantum-Chemistry- Based Computation of Spin-Spin-Coupled Nuclear Magnetic Resonance Spectra. Angewandte Chemie International Edition, 56, 2017. 14763–14769.

56. GEERTSEN, J.; ODDERSHEDE, J. Second-order

polarization propagator calculations of indirect nuclear spin-spin coupling tensors in the water molecule. Chemical Physics, 90, 1984. 301-311.

57. ENEVOLDSEN, T.; ODDERSHEDE, J.; SAUER, S. P. A. Correlated calculations of indirect nuclear spin-spin coupling constants using second-order polarization propagator approximations: SOPPA and SOPPA(CCSD). Theoretical Chemistry Accounts, 100, 1998. 275-284.

58. SAUER, S. P. A. Second-order polarization propagator approximation with coupled-cluster singles and doubles amplitudes - SOPPA(CCSD): the polarizability and hyperpolarizability of Li-.

Journal of Physics B: Atomic and Molecular Physics, 30, 1997.

3773-3780.

59. AIDAS, K. et al. The Dalton quantum chemistry program system. Wiley Interdisciplinary Reviews: Computational Molecular

Science, 4, 2014. 269-284.

60. DUNNING, T. H. Gaussian Basis Functions for Use in Molecular Calculations. I. Contraction of (9s5p) Atomic Basis Sets for the First‐Row Atoms. The Journal of Chemical Physics, 53, 1970. 2823-2833.

61. HARIHARAN, P. C.; POPLE, J. A. The influence of polarization functions on molecular orbital hydrogenation energies.

62. FRANCL, M. M. et al. Self‐consistent molecular orbital methods. XXIII. A polarization‐type basis set for second‐row elements.

The Journal of Chemical Physics, 77, 1982. 3654-3665.

63. DUNNING, T. H. Gaussian basis sets for use in correlated molecular calculations. I. The atoms boron through neon and hydrogen.

The Journal of Chemical Physics, 90, 1989. 1007-1023.

64. WOON, D. E.; DUNNING, T. H. Gaussian basis sets for use in correlated molecular calculations. III. The atoms aluminum through argon. The Journal of Chemical Physics, 98, 1993. 1358-1371. 65. KRISHNAN, R. et al. Self‐consistent molecular orbital

methods. XX. A basis set for correlated wave functions. The Journal

of Chemical Physics, 72, 1980. 650-654.

66. MCLEAN, A. D.; CHANDLER, G. S. Contracted Gaussian basis sets for molecular calculations. I. Second row atoms, Z=11–18.

The Journal of Chemical Physics, 72, 1980. 5639-5648.

67. KENDALL, R. A.; DUNNING, T. H.; HARRISON, R. J. Electron affinities of the first‐row atoms revisited. Systematic basis sets and wave functions. The Journal of Chemical Physics, 96, 1992. 6796-6806.

68. PROVASI, P. F.; SAUER, S. P. Analysis of isotope effects in NMR one-bond indirect nuclear spin–spin coupling constants in terms of localized molecular orbitals. Physical Chemistry Chemical

Physics , 11, 2009. 3987-3995.

69. PROVASI, P. F.; AUCAR, G. A.; SAUER, S. P. A. The effect of lone pairs and electronegativity on the indirect nuclear spin–spin coupling constants in CH2X (X = CH2, NH, O, S): Ab initio calculations using optimized contracted basis sets. The Journal of Chemical

Physics, 115, 2001. 1324-1334.

70. BARONE, V. In: CHONG, D. P. Recent Advances in

Density Functional Methods, Part I. Singapore: World Scientific

71. JENSEN, F. The optimum contraction of basis sets for calculating spin–spin coupling constants. Theoretical Chemistry

Accounts, 126, 2010. 371-382.

72. ADAMO, C.; BARONE, V. Toward reliable density functional methods without adjustable parameters: The PBE0 model. The

Journal of Chemical Physics, 110, 1999. 6158-6170.

73. FABIÁN, J. S. et al. Computational NMR coupling constants: Shifting and scaling factors for evaluating 1JCH. Magnetic Resonance

in Chemistry, 51, 2013. 775-787.

74. CUNHA NETO, A. et al. Density functionals for calculating NMR 1JCH coupling constants in electron-rich systems. Chemical

Physics Letters, 454, 2008. 129-132.

75. MAXIMOFF, S. N. et al. Assessment of Density Functionals for Predicting One-Bond Carbon−Hydrogen NMR Spin−Spin Coupling Constants. Journal of Chemical Theory and Computation, 1, n. 4, 2005. 541–545.

76. NOZIROV, F.; KUPKA, T.; STACHÓW, M. Theoretical prediction of nuclear magnetic shieldings and indirect spin-spin coupling constants in 1,1-, cis-, and trans-1,2-difluoroethylenes. The

Journal of Chemical Physics, 140, 2014. 144303.

77. LEE, C.; YANG, W.; PARR, R. G. Development of the Colle- Salvetti correlation-energy formula into a functional of the electron density. Physical Review B, 37, 1988. 785−789.

78. BECKE, A. D. Density functional thermochemistry. III. The role of exact exchange. The Journal of Chemical Physics, 98, 1993. 5648−5652.

79. YANAI, T.; TEW, D. P.; HANDY, N. C. A new hybrid exchange–correlation functional using the Coulomb-attenuating method (CAM-B3LYP). Chemical Physics Letters, 393, 2004. 51-57. 80. ZHANG, Y. et al. OPBE: A promising density functional for the calculation of nuclear shielding constants. Chemical Physics

81. ZEIDAN, T. A. et al. Ortho Effect in the Bergman Cyclization:  Comparison of Experimental Approaches and Dissection of Cycloaromatization Kinetics. The Journal of Organic Chemistry, 71, n. 3, 2006. 962-975.

82. ALABUGIN, I. V.; MANOHARAN, M.; KOVALENKO, S. V. Tuning Rate of the Bergman Cyclization of Benzannelated Enediynes with Ortho Substituents. Organic Letters, 4, n. 7, 2002. 1119-1122. 83. WEINHOLD, F.; LANDIS, C. R. In Discovering Chemistry

with Natural Bond Orbitals. Hoboken: John Wiley & Sons, 2012.

84. ALABUGIN, I. V. et al. Electronic Basis of Improper Hydrogen Bonding:  A Subtle Balance of Hyperconjugation and Rehybridization. Journal of the American Chemical Society, 125, n. 19, 2003. 5973-5987.

85. ALABUGIN, I. V.; BRESCH, S.; GOMES, G. D. P. Orbital hybridization: a key electronic factor in control of structure and reactivity*. Journal of Physical Organic Chemistry, 28, 2015. 147- 162.

86. SAURÍ, J.; PAU, N.; TEODOR, P. Simultaneous

determination of the magnitudeand the sign of multiple heteronuclear couplingconstants in 19F or 31P-containing compounds. Magnetic

Resonance in Chemistry, 53, 2015. 427-432.

87. MARCÓ, N.; FREDI, A.; PARELLA, T. Ultra high-resolution HSQC: application to the efficient and accurate measurement of heteronuclear coupling constants. Chemical Communications, 51, 2015. 3262-3265.

7

ANEXO

Tabela A 1: Acoplamentos 1J

CHf experimentais, em Hertz, para os benzaldeídos estudados e suas

diferenças do acoplamento 1JCHf em relação ao benzaldeído.

COMPOSTO 1J

CHf (1JCHf-1JCHfben.*) COMPOSTO 1JCHf (1JCHf-1JCHfben.*)

benzaldeído 174,0 - m-NO2ben. 179,1 5,1

p-OMeben. 172,1 -1,9 o-Meben. 173,0 -1,0 p-OHben. 172,4 -1,6 o-OHben. 176,4 2,4 p-Meben. 172,9 -1,1 o-OMeben. 180,6 6,6 m-Meben. 173,5 -0,5 o-Fben. 182,2 8,2 p-Fben. 174,6 0,6 o-Iben. 181,1 7,1 p-Clben. 175,3 1,3 o-Clben. 182,8 8,8 p-Brben. 175,4 1,4 o-Brben. 181,1 7,1 p-Iben. 175,4 1,4 o,o-diClben. 187,7 13,7

p-NO2ben. 178,8 4,8 o-F,o-Iben. 186,1 12,1

m-OMeben. 174,6 0,6 o,o-diFben. 186,8 12,8

m-OHben. 175,0 1,0 o-F,o-Brben. 187,3 13,3

m-Brben. 175,4 1,4 o-F,o-Clben. 187,4 13,4

m-Fben. 176,5 2,5 o-NO2ben. 192,3 18,3 m-Clben. 176,6 2,6

baseando-se nas contribuições de cada confôrmero e variação do 1JCHf comparado ao benzaldeído. COMPOSTO 1J CHfTotal teor. 1 1J CHfTotal teor. 2 1J CHfFC teor. 1 1J CHfFC teor. 2 1J CHfFC teor. 3 Δ1J CHfTotal teor. 1 Δ1J CHfTotal teor. 2 Δ1J CHfFC teor. 1 Δ1J CHfFC teor. 2 Δ1J CHfFC teor. 3 Δ1J CHf exp. Benzaldeído 170,6 172,9 170,5 172,3 172.2 0,0 10,1 0,0 0,0 0.0 0,0 o-Fbenzaldeído 179,9 183,2 179,6 182,4 182.5 9,3 10,4 9,1 8,2 10.3 8,2 o-Clbenzaldeído 181,6 183,5 181,3 182,7 182.8 11,0 8,2 10,8 8,8 10.5 8,8 o-Brbenzaldeído 181,3 181,4 180,8 180,5 179.9 10,7 8,1 10,3 7,1 7.7 7,1 o-Ibenzaldeído 180,6 181,3 180,1 180,4 180.4 10,0 8,8 9,6 7,1 8.2 7,1 o-OMebenzaldeído 177,9 181,9 177,6 181,1 181.3 7,3 3,1 7,1 6,6 9.0 6,6

Documentos relacionados