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5. Medidas adoptadas pela Autoridade de Gestão e pelo Comité de Acompanhamento para assegurar a qualidade e eficácia da execução

5.1 Medidas de gestão

A 22 de Abril de 2008 foi publicado o Decreto Legislativo Regional n.º 11/2008/M, (JORAM I série, n.º 44), que definiu as condições de aplicação do Programa de Desenvolvimento Rural para a Região Autónoma da Madeira.

De acordo com este diploma a Autoridade de Gestão do PRODERAM é composta por um gestor, um gestor adjunto, e um secretariado técnico, tendo-lhe sido atribuídas as competências previstas no artigo 75º do Regulamento (CE) n.º 1698/2005, do Conselho, de 20 de Setembro, que estabelece disposições gerais sobre o FEADER, bem como na restante legislação comunitária, nacional e regional aplicável.

Através da Resolução do Conselho de Governo n.º 863/2008 de 5 de Agosto, (JORAM, I série, n.º 106), foi criada a estrutura de missão do PRODERAM.

Na sequência destes diplomas, A Autoridade de Gestão do PRODERAM é uma estrutura de Missão composta por um Gestor, um Gestor adjunto e um Secretariado técnico.

A Autoridade de Gestão do PRODERAM tem, em especial, as seguintes competências:

a) Propor ao Secretário Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais a regulamentação e orientações adequadas quanto ao processo de

apresentação e apreciação dos pedidos de apoio e de

acompanhamento e execução das candidaturas a financiamento;

b) Apreciar a admissibilidade e o mérito dos pedidos de apoio apresentados, assegurando, designadamente, que as operações sejam seleccionadas em conformidade com os critérios aplicáveis ao PRODERAM;

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c) Aprovar ou propor para aprovação do Secretário Regional do Ambiente e Recursos Naturais, os pedidos de apoio que, reunindo condições de admissibilidade, tenham mérito adequado a receberem apoio financeiro, nos termos da regulamentação aplicável;

d) Garantir o cumprimento dos normativos nacionais e comunitários aplicáveis, designadamente nos domínios da concorrência, da contratação pública, do ambiente e da igualdade de oportunidades; e) Acompanhar a realização dos investimentos contratados;

f) Garantir a existência de um sistema de registo e de conservação da informação estatística sobre a execução do programa, num formato electrónico adequado para fins de acompanhamento e avaliação;

g) Assegurar a recolha e o tratamento dos dados físicos, financeiros e estatísticos sobre a execução do PRODERAM para a elaboração dos indicadores de acompanhamento e para os estudos de avaliação estratégica e operacional;

h) Garantir que o organismo pagador receba todas as informações necessárias, em especial sobre os procedimentos aplicados e todos os controlos executados relativamente às operações seleccionadas para financiamento;

i) Assegurar que as avaliações do programa sejam realizadas nos prazos estabelecidos, estejam em conformidade com o Quadro Comum de Acompanhamento e Avaliação, e sejam apresentadas às autoridades nacionais competentes e à Comissão;

j) Dirigir o Comité de Acompanhamento previsto no artigo 77º do Regulamento (CE) nº 1698/2005, do Conselho, de 20 de Setembro de 2005, e enviar-lhe os documentos necessários para o acompanhamento da execução do PRODERAM em função dos seus objectivos específicos;

k) Elaborar e assegurar a execução do Plano de Comunicação do PRODERAM e garantir o cumprimento das obrigações em matéria de informação e publicidade referidas no artigo 76.º do Regulamento (CE) n.º 1698/2005 do Conselho, de 20 de Setembro;

l) Elaborar os relatórios anuais e final de execução do PRODERAM e, após apreciação do Secretário Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais e aprovação pelo respectivo Comité de Acompanhamento, apresentá-los à Comissão Europeia;

m)Assegurar a criação e o funcionamento de um sistema de controlo interno que previna e detecte as situações de irregularidade e permita a adopção das medidas correctivas oportunas e adequadas;

n) Preparar as propostas de alterações ao PRODERAM nos termos previstos no artigo 19º do Regulamento (CE) n.º 1698/2005 do Conselho, de 20 de Setembro e nos artigos 6º a 10º do Regulamento (CE) 1974/2006, da Comissão de 15 de Dezembro, e submetê-las à apreciação do Secretário Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, sem prejuízo das competências atribuídas, nesta matéria, à Comissão de Coordenação Nacional do FEADER (CCN) e ao Comité de Acompanhamento;

o) Preparar os contributos do PRODERAM para os relatórios síntese de acompanhamento do Plano Estratégico Nacional (PEN);

p) Praticar os demais actos necessários à regular e plena execução do PRODERAM, considerados necessários e inerentes ao cabal e completo desempenho da missão definida e à prossecução dos objectivos da Autoridade de Gestão.

A Autoridade de Gestão pode delegar parte das suas tarefas noutros organismos através da celebração de um protocolo entre as partes, nos termos do previsto no n.º 2 do artigo 75.º do Regulamento (CE) n.º 1698/2005 do Conselho, de 20 de Setembro e na legislação nacional aplicável.

O Secretariado técnico com a capacidade técnica e a adaptabilidade necessárias às funções que lhe vão sendo cometidas ao longo do período de programação, integra um máximo de 25 elementos, incluindo quatro secretários técnicos.

A Autoridade de Gestão conta ainda com a colaboração das estruturas técnicas da Secretaria Regional do ambiente e Recursos Naturais, bem

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Em caso de necessidade e quando devidamente justificado, podem ser celebrados contratos individuais de trabalho a termo, e a aquisição de serviços

A 5 de Dezembro de 2008 foi celebrado um Protocolo de articulação funcional entre o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, IP, (IFAP), e a Autoridade de Gestão.

Desse Protocolo, salientamos os seguintes aspectos:

a) A Gestão, execução e controlo das Medidas do PRODERAM são asseguradas pela AG do PRODERAM e pelo IFAP;

b) O sistema de informação do PRODERAM é o sistema de informação do IFAP ( SIIFAP);

c) A recepção, registo, tratamento e decisão dos pedidos de apoio são asseguradas pela AG, com excepção das Medidas abrangidas pelo SIGC, em que a recepção, registo e controlo administrativo são asseguradas pelo IFAP;

d) A celebração do contrato de atribuição de ajudas, a recepção, registo e tratamento dos pedidos de pagamento, são asseguradas pelo IFAP; e) O pagamento dos apoios é assegurado pelo IFAP;

f) O IFAP e a AG designarão a entidade responsável pelo controlo in loco, com a qual será celebrado acordo.

O IFAP tem um protocolo celebrado com a DRADR para a recepção, registo e controlo das ajudas abrangidas pelo SIGC.

Um acordo será celebrado para a realização do controlo in loco para as Medidas não abrangidas pela SIGC.

A DRADR tem na sua estrutura uma unidade especializada na realização de controlos que, na medida das necessidades, será reforçada, sendo esse custo suportado pela assistência técnica do Programa.

5.2 – Comité de Acompanhamento

Nos termos do disposto no título VII, artigo 77° do Regulamento (CE) n.º 1698/2005 e do artigo 14° do Decreto-lei n.º 2/2008, o Comité de

Acompanhamento foi constituído e é composto pelo Gestor, que preside, e por três categorias de membros:

a) Membros com direito a voto;

b) Membros com estatuto consultivo, sem direito a voto;

c) Membros com estatuto de observador, sem direito a voto. Os membros com direito a voto são os seguintes:

a) O Gestor do PRODERAM

b) Um representante da Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DRADR)

c) Um representante da Direcção Regional de Florestas (DRF)

d) Um representante da Direcção Regional de Ambiente (DRAmb)

e) Um representante do Parque Natural da Madeira (PNM)

f) Um representante da Secretaria Regional do Plano e Finanças (SRPF)

g) Um representante do Instituto de Desenvolvimento Regional (IDR)

h) Um representante do Gabinete de Planeamento e Políticas (GPP)

i) Um representante do Instituto de Financiamento da Agricultura e PESCAS (IFAP) como Autoridade de Pagamento

j) Um representante da Inspecção-geral de Agricultura e Pescas (IGAP)

k) Um representante da Associação de Municípios da Região Autónoma da Madeira (AMRAM)

l) Um representante da Associação de Agricultores da Madeira (AAM)

m) Um representante da Associação dos Jovens Agricultores da Madeira e do Porto Santo (AJAMPS)

n) Um representante das Associações Ambientais

o) Um representante das Associações de Mulheres

p) Um representante do Conselho Empresarial da Madeira (CEM)

q) Um representante da Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF)

Os membros com estatuto consultivo, sem direito a voto, são os seguintes:

a) Representantes da Comissão Europeia

b) Dois representantes do Programa Operacional de Valorização do Potencial Económico e Coesão Territorial da RAM (INTERVIR +)

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d) Um representante do Fundo Europeu das Pescas (FEP)

e) Outros representantes de entidades públicas, personalidades ou especialistas com competências específicas em políticas relacionadas com o PRODERAM, mediante proposta do Presidente do Comité de Acompanhamento

Os membros com estatuto de observadores, sem direito a voto, são os seguintes:

a) Um representante da Autoridade de Gestão do PRODER

b) Um representante da Autoridade de Gestão do PRORURAL

c) Um representante da Inspecção-Geral de Finanças (IGF)

A 1ª Reunião do Comité de Acompanhamento realizou-se no dia 27 de Fevereiro de 2008, com o principal objectivo de analisar e aprovar os Critérios de Selecção.

Realizaram-se ainda durante o ano de 2008, duas consultas ao Comité de Acompanhamento.

A primeira consulta escrita realizou-se a 18 de Junho com o objectivo de solicitar parecer sobre o Relatório de Execução de 2007.

A segunda consulta realizou-se em 12 de Dezembro, tendo sido submetido a apreciação do Comité uma proposta de alteração do Programa.

5.3 – Controlo ex-post

A 2 de Dezembro de 2008 foi celebrado um protocolo entre a Inspecção-Geral da Agricultura e Pescas (IGAP) e a Inspecção Regional de Finanças da Secretaria Regional do Plano e Finanças (IRF), de colaboração para a realização de controlo “ex-post”, no âmbito do PRODERAM, onde é definido os termos e condições da delegação de competências do IGAP na IRF.

5.4 – Resumo das questões mais importantes verificadas na gestão do Programa

A reestruturação do IFAP, IP, nomeadamente a extinção da Delegação Regional da Madeira foi das questões que maiores dificuldades colocaram à implementação do Programa.

Esta questão condicionou o estabelecimento do Protocolo de articulação funcional entre o IFAP e a Autoridade de Gestão.

Assumiu igualmente uma importância relevante o facto do IFAP, IP, não ter sido acreditado enquanto organismo pagador.

5.5 – Resposta a observações apresentadas nos termos do Artigo 83º do regulamento (CE) n.º 1698/2005

A Comissão promoveu no dia 14 de Novembro uma reunião para realizar o “Exame anual dos programas de desenvolvimento rural 2007-2013 de Portugal”, conforme previsto no artigo 83º do Regulamento (CE) n.º 1698/2005.

Pelo facto da reunião se ter iniciado mais tarde do que o previsto, devido ao prolongamento da reunião do Comité de Acompanhamento do PRODER, ficou acordado que na reunião só seriam tratadas questões de carácter horizontal, e que os pontos específicos de cada PDR seriam abordados em reunião a agendar no mês de Janeiro de 2009.

Essa reunião realizou-se no dia 30 de Janeiro de 2009. As principais questões abordadas foram as seguintes:

 Acreditação do organismo pagador (IFAP)  Actualização dos indicadores

 Sistemas de acompanhamento e de avaliação  Controlo e verificação das medidas

 Demarcação com as OCM Vinho e Frutas & Produtos hortícolas  Mecanismos de coordenação com os outros Fundos

 Modificação dos programas  Critérios de selecção

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Dentro das observações apresentadas destaca-se a necessidade de adaptar os programas por forma a torná-los conformes às OCM que foram objecto de uma reforma (vinho, frutas & produtos hortícolas, açúcar, tabaco, algodão), por forma a estabelecer uma demarcação clara entre as acções dos programas de desenvolvimento rural e dos programas de acção nacionais nestes sectores, a recomendação de consultar os Comités de Acompanhamento sobre todas as modificações dos programas antes de as enviar à Comissão e, recomendaram ainda a alteração dos critérios de selecção.

Relativamente a estas observações a Autoridade de Gestão do PRODERAM apresentou à Comissão uma alteração ao Programa que visava adequar o Programa às OCM reformadas, proposta que só foi apresentada à Comissão após consulta ao Comité de Acompanhamento. No anexo II, encontra-se carta da Comissão Europeia de 29 de Maio de 2009, em que são comunicadas as observações formuladas pela Comissão na sequência do exame anual.

Foi igualmente dado início aos trabalhos relativos à alteração dos critérios de selecção.

5.6 - Utilização da Assistência Técnica

No ano de 2008, não foram apresentadas despesas no âmbito da assistência técnica

5.7- Medidas tomadas para garantir que o programa é objecto de publicidade em conformidade com o artigo 76º do Regulamento (CE) n.º 1698/2005, do Conselho de 20 de Setembro

Durante o ano de 2008 foi aprovado o “Plano de Informação e Comunicação” do PRODERAM.

Esse plano tem por objectivo definir quais as linhas principais de orientação para a comunicação do PRODERAM.

No âmbito da estratégia de comunicação, o primeiro passo da execução do Plano de comunicação foi escolher o nome do Programa, “Madeira+Rural” e o logótipo de suporte a todas as acções de

comunicação .

A marca “ MADEIRA + Rural” e o seu logótipo foram objecto de registo no Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

O Programa durante o ano de 2008 foi amplamente divulgado, nomeadamente quando da sua aprovação, e à medida que as Medidas têm sido regulamentadas.

Foram realizadas reuniões com agricultores e organizações de agricultores para dar conhecimento do Programa, e também através de mailings dirigidos aos agricultores, nomeadamente os que se encontram registados enquanto beneficiários de ajudas FEOGA-O.

Foram também abrangidos outros potenciais beneficiários, como autarquias, associações empresariais, e associações não governamentais. Durante o ano de 2008 foram realizadas 100 acções de divulgação em que participaram 5.260 agricultores, acções que estiveram a cargo da Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural.

33 6. Declaração de conformidade com as políticas comunitárias (Artigo 82º, n.º 2 alínea f), do Regulamento (CE) n.º 1698/2005)

Para as medidas com execução em 2008 e compromissos transitados do FEOGA – secção Garantia, nomeadamente os referentes ao programa PDRu-Madeira, foi respeitada a legislação comunitária, nomeadamente no que se refere às regras relativas à concorrência, contratos públicos, protecção e melhoria do ambiente, promoção da igualdade entre géneros e não discriminação.

Em 2008, através da Portaria n.º 213-A/2008 de 12 de Dezembro foi aprovada a lista de indicadores relativas aos requisitos legais de gestão para o ano de 2008, aplicáveis para efeitos de candidaturas ao regime de pagamentos directos e pagamentos “superfície” e “animais” no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (2007-2013) na Região Autónoma da Madeira.

7. Reutilização dos montantes recuperados nos termos do artigo 33º do Regulamento (CE) n.º 1290/2005 (Artigo 82º, n.º 2 alínea g), do Regulamento (CE) n.º 1698/2005)

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